sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Viagem Astral

Conscienciologia e Projeciologia
Após 30 anos de estudo e compilação de referências sobre a projeção de consciências, Waldo Vieira, 65 anos, dentista, formado em medicina e pós-graduado em cosmética, aconselha: "Não acredite em nada nem ninguém. Faça a sua experiência pessoal. Tenha a sua vivencia própria". Em 1988, Vieira fundou o Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, o IIPC, para dar seguimento ao estudo da ciência que são a Projeciologia (projeção da consciência ou experiência fora do corpo) e a Conscienciologia (que pesquisa o ego ou personalidade de maneira integral).

"Todos nós saímos do corpo, mas a grande maioria não percebe. Muitos nem se lembram que sonharam, imagina se vão se lembrar que saíram do corpo", diz o médico cardiologista Hernande Leite, 42, que coordena o IIPC em São Paulo. Segundo ele, 89% se projetam sem lucidez, cerca de 8% têm uma projeção parte lúcida e parte inconsciente, que é confundida com o sonho, e somente 2% da população tem projeção totalmente lúcida. Com sede mundial no Rio de Janeiro e 64 escolas-laboratórios em diversas cidades brasileiras, o IIPC tem sedes na Argentina, Canadá, Inglaterra, Portugal, Espanha e Estados Unidos. O instituto promove cursos de técnicas para vivenciar a experiência lúcida fora do corpo e se dedica à pesquisa científica de manifestações da consciência e fenômenos paranormais.

Waldo Vieira trabalhou dez anos com Chico Xavier, com quem escreveu dez dos 40 livros que já tem publicado. Dono de uma coleção de 5.000 livros sobre o assunto, Vieira decidiu descolar a experiência de projeções fora do corpo das visões esotéricas e espiritualistas, optando por uma abordagem mais científica. "Sou contra religião. Ela só é boa para a massa impensante (sic). Para uma pessoa madura é uma tolice se submeter aos outros, é uma fuga. Esse misticismo para mim é doentio".

Imbuídos de fervor científico, os membros do IIPC rejeitam qualquer conexão com religião e o misticismo. Seus experimentos partem da experiência dos próprios projetores, com a preocupação de baseá-las em princípios considerados científicos. Para tanto desenvolveram o que eles chamam de "paradigma consciencional", que parte do princípio de que existem outras dimensões e propõe que o próprio sujeito da consciência estude a si mesmo quando projetado para fora do corpo. O fato de manter a lucidez durante a projeção é o que, segundo eles, permite que este processo seja estudado. "Na projeção você está totalmente consciente. O sonho é uma criação da sua mente, você não domina aquela ação", explica Leite.

O trabalho do IIPC está centrado na Conscienciologia, termo que Waldo cunhou para denominar o estudo da consciência (ego, alma, essência) em todas as dimensões, tanto as manifestas dentro do corpo como fora dele. A Projeciologia seria a parte prática da conscienciologia, tanto no que se refere a projeções energéticas da consciência - quando só a energia da pessoa é projetada, como nos passes - como as projeções da consciência para fora do corpo humano. A Experiência da Quase Morte (EQM) é considerada pelos "conscienciólogos" uma evidência da capacidade que o ser humano tem de se projetar para fora do corpo.

"Muitas pessoas relatam terem se visto flutuando em cima de seu corpo durante uma parada cardíaca, conseguindo detalhar os procedimentos dos médicos naquele momento", conta o cardiologista Hernande Leite, que já ouviu vários desses relatos e, dependendo da abertura que o paciente lhe der, costuma usar as projeçõs que vivencia para atendê-los melhor.

De acordo com ele, o maior objetivo do IIPC é a "evolução consciencional". "Temos imaturidades e maturidades nos nossos comportamentos. Quando mais evoluída a consciência, mais madura ela é nos seus comportamentos, mais respeito tem por sua própria vida, mais compreensão da existência dela, deixando de lado a futilidade e a frivolidade do comportamento social de hoje. A pessoa tende a não ter esta competição e esta perseguição às outras".


Projeciologia com espiritualidade
Aos 15 anos, o carioca Wagner Borges começou a ter experiências fora do corpo sem querer, espontaneamente. "Em agosto de 77, comprei a revista Planeta, que tinha uma reportagem sobre saída do corpo, e aí descobri que não estava maluco", recorda. A partir de então começou a devorar todos os livros que aparecessem e que abordassem algum assunto vinculado ao tema. Hoje, aos 38 anos, Borges é o fundador do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas, em São Paulo, onde promove cursos, palestras e grupos de estudo sobre o tema. Após muitos anos pesquisando e dando palestras e aulas na linha de Waldo Vieira, Borges decidiu trilhar caminho próprio, enveredando por uma linha mais espiritualista.
"Eles não querem envolvimento espiritual, mas para mim não dá para separar uma coisa da outra", explica ele. "Uma pessoa pode estudar temas espirituais e continuar na religião dela. Nunca peço aos meus alunos para trocarem de religião. Cada um adapta o que aprender dentro de sua linha".

Ele acredita que sair conscientemente do corpo ajuda os seres humanos a se tornarem melhores. "Se uma pessoa tem um certo nível espiritual, ela é incapaz de fazer mal para alguém, pois sabe que tudo de mal que fizer volta".

Na opinião dele, a maior vantagem da projeção lúcida é o contato com seres espirituais evoluídos, através do qual a pessoa tem oportunidade de aprender muitas coisas sobre a vida e sobre si mesmo. "Uma experiência do lado de lá te faz viver melhor do lado de cá", diz ele.

Borges também acredita que a saída fora do corpo ajuda as pessoas a curarem traumas, porque podem fazer uma regressão de memória mais forte, fora do corpo, e reviver algum fato traumático que tenham vivenciado, libertando-se dele.

Embora Borges promova cursos onde ensina técnicas de projeção, ele reconhece que nem todo mundo consegue. "É como em qualquer curso, nem todos se dão bem". Ele também acha que a intenção de cada um também determina o sucesso ou não da projeção. "Tem gente que quer se projetar para viajar para Paris, outro para ver a vizinha pelada. Dependendo da intenção que você tem, você pode atrair coisas ruins". Mas, segundo ele, não existe risco de alguém se perder no além, ou de que algum espírito ocupe seu corpo enquanto você está fora. "É tudo lenda". Ele afirma que quando a consciência se projeta o espírito fica ligado ao corpo físico por um conduto energético que os antigos chamavam de cordão de prata, uma extensão de luz brilhante.


Veja se você costuma sair do corpo
Segundo Wagner Borges, há vários sintomas de projeção do corpo. Normalmente as pessoas sentem estes sintomas durante o sono, mas devido à falta de informação do que está acontecendo, ficam com medo de contar para outras pessoas. Veja algumas das sensações decorrentes da soltura do corpo espiritual em relação ao físico:
- Catalepsia projetiva:
A pessoa acorda no meio da noite (ou mesmo numa soneca durante o dia) e descobre que não consegue se mexer. Parece que uma paralisia tomou conta do corpo. Ela não consegue mexer um dedo sequer. Tenta gritar para chamar alguém, mas não sai voz nenhuma. A pessoa luta tenazmente para sair desse estado, mas parece que uma força invisível tolheu-lhe os movimentos. Inclusive, pode ter alguém deitado do lado e não perceber nada do que está acontecendo tão perto. Dominada por aquela paralisia, a pessoa grita mentalmente: "Eu tenho que acordar! Isso deve ser um pesadelo!" Mas ela já está acordada, só não consegue se mover. Devido ao pânico que a pessoa sente, seus batimentos cardíacos se aceleram. A adrenalina se espalha pela circulação e estimula o corpo. O resultado disso é que a pessoa recupera os movimentos abruptamente, normalmente com um solavanco físico (espasmo muscular). Em poucos momentos, seu cérebro racionaliza o fato e dá a única resposta possível: - Foi um pesadelo! Algumas pessoas mais impressionáveis podem fantasiar algo e jogam a culpa da paralisia em demônios ou seres espirituais. Na verdade, a pessoa acordou no meio de um processo decorrente da mudança do padrão de vibrações do corpo espiritual em relação ao corpo físico. Ela acordou num estado transicional dos corpos. Simplesmente ela despertou para uma situação que ocorre todas as noites quando ela dorme. Antes, ocorria com ela adormecida, e naquela situação ela acordou bem no meio da transição. Se a pessoa ficar quieta e não tentar se mover, sentirá uma sensação de flutuação por sobre o corpo. Ocorrerá um desprendimento espiritual consciente! E então ela poderá comprovar na prática que aquilo é realmente uma saída do corpo. Se ela não quiser a experiência, é só tentar mover o dedo indicador de uma das mãos ou uma das pálpebras, assim ela recupera o movimento tranqüilamente.
- Ballonemant:
A pessoa acorda e sente a sensação de estar inflando (semelhante a um balão inflando). Na verdade, é sua aura que está dilatando, mas como ela não sabe disso, pensa que é o corpo que está crescendo e inchando em todas as direções. Se a pessoa ficar quieta e deixar a sensação continuar, ela se projetará suavemente para fora do corpo. Não há perigo algum. Inclusive, essa sensação é muito familiar a sensitivos e médiuns em geral, pois eles têm forte tendência de soltura energética.
- Sensação de falsa queda durante o sono ou cochilo:
Quase todo mundo já sentiu isso alguma vez. A pessoa está deitada cochilando (hipnagogia) e, repentinamente, tem a sensação de estar escorregando ou caindo abruptamente da cama. Então, ela desperta com um solavanco físico e um pequeno susto. O que aconteceu? Simplesmente seu corpo espiritual deslocou-se uma polegada para fora do alinhamento vibratório com o corpo físico e foi tracionado vigorosamente para dentro, pois o metabolismo ainda estava ativo e impediu uma soltura maior.
- Estado vibracional:
A pessoa desperta no meio do sono e sente uma série de vibrações (descargas energéticas) propagando-se pelo seu corpo. Parece que ela tem uma tempestade elétrica percorrendo seu corpo, às vezes acompanhada de fortes zumbidos dentro da cabeça. Isso ocorre porque o corpo espiritual acelera suas vibrações para escapar das lentas vibrações do corpo denso. Se a pessoa ficar quieta e deixar a sensação continuar, ela se projetará em instantes.

Thelema / Tantra

A DIMENSÃO PERDIDA DO SEXO
Introdução
"O que está em cima é como o que está embaixo..." assim diz o grande axioma de Hermes que forma a premissa central dos ensinamentos da Magia (e do ermetismo, por ocasião). As grandes forças do Universo estão refletidas no organismo no qual temos nosso ser, portanto, os Mistérios tanto são fisiológicos como espirituais e o simbolismo dos Mistérios reflete ambos sistemas de Gnosis.Através da história encontramos pistas deste arcano tântrico, um dos mais conhecidos ícones do Tantrismo era a Missa do Espírito Santo, que formava o santuário simbólico da Alquimia Sexual. Aqui o pão era o corpo; o vinho, as secreções sagradas a pomba que descendia simbolizava Vênus, o planeta do erotismo. Ícones mais antigos deram pistas de sua origem tântrica, o Jardim do Éden era a sagrada Yoni (vagina), a montanha era o Lingam (falo), os rios eram as secreções sexuais e por aí vai. Num estudo moderno de magia sexual, o uso de tal simbolismo não é mais necessário, embora às vezes tenha mérito artístico.A base da magia sexual moderna é estreita e precisa e é encontrada no simples dito de Hermes, que claramente ilustra como as forças do Universo não apenas fluem dentro e ao redor do humano como espécie, mas que também existe em cada organismo individual como um reflexo do Todo.
A Natureza do Orgasmo
O orgasmo tem muitas utilizações, em magia sexual a libido ou impulso sexual não é desperdiçada mas encarnada num meio ou forma previamente formulada. Isto forma a base para muitos dos usos das energias sexuais na magia. O orgasmo é usado para crear um vórtice de energia que é então encarnado num corpo específico para que um certo resultado possa ser manifestado na realidade. O resultado alcançado pode variar de necessidades pessoais e físicas até a impregnação dum símbolo para exploração de dimensões astrais mais altas.O orgasmo, quando a ejaculação é adequadamente controlada, pode ser usado para energizar certas imagens de grande pode, estas imagens, evocadas e fixadas na mente, tomam forma e cream vida própria, sendo de uso prático em muitos aspectos da Grande Obra.Os dois pré-requisitos desta forma de magia sexual são a fixação da mente no símbolo durante o processo e a obtenção de um orgasmo extremamente intenso pelo prolongamento da estimulação. Os dois fatores nunca podem ser postos de lado, portanto o pretenso mago deve começar sua exploração imediatamente. A concentração de uma imagem no olho da mente pode ser alcançada por prática intensa das várias artes de concentração e visualização, enquanto que o segundo fator, o de aumentar a intensidade orgasmática, pode ser praticado através de vários exercícios encontrados nas técnicas Alfa de magia sexual. Com este assunto em mente, é importante vir a se compreender a relação entre ejaculação e orgasmo. Orgasmo é uma experiência de êxtase sexual, é normalmente atingida através da ejaculação, não sendo, entretanto, sempre assim. Na magia sexual o orgasmo deve ser atingido com certa voracidade e isto é melhor conseguido através da retardação gradual da ejaculação durante o processo sexual, levando a um nível mais alto de clímax na ejaculação. Desta maneira, o entendimento dos magos sobre a ejaculação e orgasmo tem muito mais a ver com o clímax pleno de uma mulher do que uma simples emissão de fluidos. Esta intensidade do orgasmo pode ser facilmente desenvolvida pela mulher, talvez, até mesmo mais prontamente, pois a técnica da masturbação feminina oferece um clímax muito mais forte e de maior valor mágiko do que a simples emissão masculina.

A Criação de Crianças Astrais
Como discutido antes, todas as formas de sexo geram algum resultado. Sexo heterossexual gera crianças, astrais ou físicas. Num ato sexual onde não há produção ísica (um feto) então o resultado é astral. Pelo uso do sexo uma criação pode ser formulada nos planos espirituais, isto pode ser atingido tanto por uma técnica masturbatória (alfa/beta) quanto por uma técnica utilizando parceiro (gamma/epsilon). Esta criação pode tomar a forma de um elemental artificial (elementar) que é programado para atingir certas metas e dissolver-se após concluída a tarefa, ou um íncubo, que é utilizado para se explorar suas próprias realidades internas. crianças astrais também podem ser usadas para controlar sonhos e girar 'a teia da Ilusão'. Controle onírico é um aspecto importante da magia sexual, pois em seus ensinamentos o Tantrismo oferece uma forma única de manipulação onírica pela qual os sonhos podem ser controlados e usados para moldar a própria realidade. Esta técnica de "Sonhar de Verdade" foi primeiramente ensinada em cultos Draconianos do Egito e tornada popular nas adaptações mais modernas do ocultismo encontrado nos escritos de Dion Fortune.

Assunção de Formas de Deuses
Deuses Formas de deuses (godforms) são um aspecto importante do treinamento oculto, contudo, na magia sexual seu uso assume relevância máxima. normalmente, a faceta sexual da forma-deus é exagerada para auxiliar no processo de identificação. O verdadeiro personagem da forma-deus pode incluir uma variedade de formas humanas e animais. Duas formas específicas são de suma importância, as de Babalon e Therion. Num nível superficial Babalon e Therion são simplesmente as máscaras sexuais feminina e masculina usadas nos ritos de natureza polarizada. Estas máscaras devem ser assumidas sempre astralmente, invocando-se os poderes de Binah e Chokmah. Quando isso ocorre com sucesso os resultados produzidos são localizados em Daath, podendo então ser transferidos para qualquer das Sephiroth mais baixas à vontade. Num rótulo mais esotérico, contudo, os papéis de Babalon e Therion têm uma utilização secreta."Há a pomba e há a serpente. Escolha a sua bem ! Ele, meu profeta, escolheu conhecendo a lei do forte e o grande mistério da casa de Deus." Liber al Vel Legis 1 : 57 O extrato acima, do Livro da lei, sugere um entendimento esotérico de Babalon e Therion. Babalon sendo a pomba e Therion, a serpente. Eles representam não as técnicas de magia hetero e homossexual, mas variações dentro de cada técnica, por assim dizer, a habilidade de trabalhar magia polarizada e apolar. O mago necessita entender ambos trabalhos e como eles podem ser usados, ele também necessita dissolver o conceito de que há uma simples divisão entre práticas heterossexuais e homossexuais. Em magia sexual há quatro possibilidades distintas ou elementos : Heterossexual, polarizado e apolar; Homossexual, polarizado e apolar. Estas possibilidades incorporam o mistério do Forte (o Templo do Mistério Quádruplo) e o Mistério da Casa de Deus (letra Beth). Eles também envolvem o segredo do Magus. Além disso, encontramos uma pista adjunta na associação animal do arcano Magus, o pássaro Íbis. O Íbis é uma ave que lava o ânus com seu próprio bico sendo então considerada na mitologia como bissexual. Portanto, o mistério do Magus é que ele é andrógino e não escolhe entre seus lados homossexual ou heterossexual mas usa as variações de ambos de acordo com a natureza do trabalho. Estas quatro possibilidades são conhecidas como os elementos tântricos.

Os Elementos Tântricos
Antes examinamos os vários ciclos na Magia Sexual, isto é, as formações O e X e a atribuição das letras gregas a estas operações. Aqui, queremos ir mais longe
e esquematizar as quatro ferramentas do mago. Considerando a atribuição, a quinta ferramenta ou elemento é o Akasha e portanto é o próprio mago, que deve ser uma mistura de todas as quatro possibilidades. As quatro possibilidades como esquematizadas são vistas como :OO - O trabalho Gamma de Magia heterossexual.XX - O trabalho Epsilon de Magia Homossexual.Cada uma tem dois potenciais, a plena expressão de sua própria modalidade e os elementos cruzados. A plena expressão inclui Gamma de Gamma (Magia totalmente polarizada como em ritos puramente heterossexuais) e Epsilon de Epsilon (Magia totalmente apolar como em ritos puramente homossexuais). Esta forma de magia puramente apolar é muito volátil e é mais utilizada em trabalhos Qliphóthicos e do Necronomicon.Entre estes pólos estão dois outros potenciais, conhecidos como "Os Elementos Tântricos Cruzados" e incluem :OX - O trabalho Gamma usando assunção de formas de deuses como se fosse trabalho Epsilon. (Por exemplo, macho e fêmea assumindo imagens de deuses do mesmo sexo).XO - O trabalho Epsilon usando formas de deuses como fosse trabalho Gamma. (Por exemplo, dois homens assumindo imagens de deuses de sexos opostos).Estes elementos misturados são utilizados numa variedade de trabalhos, sendo, conduto, imperativo ao mago entender estes papéis e seus usos. No mais antigo dos mistérios, o Organismo Estelar (o corpo astral) era atribuído ao deus Set, enquanto que os corpos espirituais eram atribuídos ao deus Hórus. A batalha entre estes deuses acirrou-se e o organismo integral pareceu dividir-se em partidos opostos. Entretanto, a ligação descoberta entre os Deuses das Estrelas e os Deuses do Fogo estava na corrente Lunar ou sexual, que era governada por Thoth (o Íbis). Portanto, a Magia Sexual é o método pelo qual as várias facetas do mago podem ser exploradas, purificadas e integradas para formar uma nova identidade, estimulada pelo impulso da Vontade Verdadeira.

A Base Biológica dos Mistérios
As evidências aparecem vindas dos lugares mais estranhos. Wilhelm Reich (1897-1957) era um arquimaterialista e consorte de Sigmund Freud, que gastou a maior parte de sua juventude em estudos de psicanálise e de ciências. Contudo, sua pesquisa mais tardia concentrou-se na descoberta de 'Bions', células azuis de energia parafísica que eram libertadas pelo fluxo livre da libido expressa dentro do organismo. Seu trabalho teve empecilhos por parte do governo e das igrejas da época e ele morreu na prisão em 1957 condenado por charlatanismo. Seu trabalho, porém, é altamente relevante pois dá uma base científica para as antigas teorias tântricas, especificamente as de que as secreções sexuais do organismo, tanto macho quanto fêmea, produzem uma forma especial de energia. Esta forma de energia era conhecida como Kalas no oriente e pode mudar a concentração de acordo com a situação.No não iniciado sexualmente há apenas quatorze kalas, entretanto, naqueles com libido excessiva e orientação do Eu (Self), os décimo quarto, décimo quinto e décimo sexto kalas são despertados e o ciclo total é manifestado. Em corrupções tântricas tardias estes kalas eram tidos fluírem apenas da Shakti ou Sacerdotisa, mas isto não corresponde com os Mistérios originais.Todos iniciados no Tantra tornam-se "Irmãs da Estrela Prateada", por assim dizer, e portanto todos iniciados têm os Kalas em atividade. O papel da "Irmã" é balancear as polaridades dentro de si mesma e preencher as condições do Livro da Lei, capítulo dois, verso vinte e quatro. Neste verso lemos sobre os Eremitas, que vivem em camas purpúreas e são acariciados por magnificentes mulheres bestiais com membros compridos e fogo nos olhos. Este verso é uma descrição codificada de uma "Irmã" em transe com os Kalas ativados, isto pode ser igualmente aplicado para ambos os sexos. As frases-chave aqui são 'as camas purpúreas', isto é, iluminadas pela Sahasrara Chakra e 'Fogo e Luz nos seus olhos', isto é, elas estão em transe e a plena expressão de su Vontade é expressa através delas. Aqui, entendemos a base biológica da Magia Sexual, o fluxo e refluxo do universo como refletido pelos Aeons acima nas secreções do organismo e do ciclo dos Kalas abaixo.

A Yôga do Sexo
Tantra é a yôga do sexo, não requerendo, entretanto, uso de longas sessões de Asana ou posturas peculiares. Requer, porém, a disciplina do instinto sexual e sua modificação em formas utilizáveis pelo Mago em sua busca por si mesmo (Self). No Tibet, por exemplo, o Tantra é conhecido como "Prayôga" e a primeira coisa que se nota nestes mestres Yogis é sus conduta sexual, o iniciado deve cultivar sua libido e usá-la como outra de suas ferramentas mágikas. Yôga Sexual é uma das mais secretas tradições dos Yogis, mesmo no Gnosticismo era ensinada escondida sob o véu do simbolismo. Por exemplo, na terminologia Gnóstica egípcia, a Tumba era o símbolo do útero e, portanto, no pensamento original Gnóstico percebemos que a morte e ressurreição do Cristos, era, em certo nível, um mito sexual. Este mito reflete a destruição do eu inferior (ego) e a afirmação do Eu Mais Interno através do uso de Magia Sexual. É interessante notar que no livro 'A Morte de Cristo' de Wilhelm Reich, uma interpretação biológica similar do mito de Cristão é oferecida. Em tempos mais recentes, a pesquisa de John Allegro (autor de "The Sacred Mushroom and The Cross", "The Dead Sea Scrolls", "End of The Road, etc.) foi um passo adiante e descobriu que o termo 'Christós' realmente referia-se ao sêmen sagrado, outra sugestão velada referindo-se aos Mistérios Sexuais Gnósticos. A Yôga do Sexo ou Magia Sexual é uma parte importante da Vontade para se fortalecer, pois oferece ao mago controle das partes instintivas de sua natureza e estas, sem dúvida, têm a chave para muito mais poder. O sexo, nos trabalhos de muitos psicólogos modernos é a conduta humana suprema, embora possamos não aceitar esta afirmação, sabemos que realizá-lo corretamente abre uma porta para um imensurável poder pessoal.

Os Chakras
O orgasmo pode ocorrer em qualquer um dos seis chakras inferiores, mas se ocorre no sétimo, então todos os chakras serão ativados através de meios sexuais, a serpente sendo levantada dos centros mais baixos (através de libido controlada) e no final resulta a união da serpente com a pomba do Sahasrara Chakra. A energia que é levantada através dos chakras é conhecida como Ojas e é absorvida dos fluidos sexuais e redirecionada para a coluna vertebral no orgasmo, sendo secrecionada no sêmen a energia não absorvida.O uso de feitiçaria sexual como parte do desenvolvimento da Kundalini é um aspecto importante dos ensinamentos tântricos (corresponde-se com Delta). Dá ao mago controle sobre seu organismo e habilidade para controlar o largo espectro de estados de consciência. Como pode ser rapidamente deduzido, os sete estados de consciência podem ser relacionados aos sete chakras e portanto ao uso correto do corpo, experimentar estados alterados de consciência é possível e necessário como parte do processo de desenvolvimento.

A Luxúria e o Novo Aeon: Arcanos do TarotTarot
Nas chaves da Luxúria e do Novo Aeon nós temos dois segredos da Magia Sexual, outros Arcanos Tântricos do Tarot incluem 'A Torre' e 'O Enforcado'. Na fórmula da Luxúria temos Babalon cavalgando aBesta (o Eu cavalgando o corpo) que tem sete cabeças (os chakras) e está tocando o ventre de Nuit. Por trás de Babalon a serpente ergue-se sugerindo o uso correto da energia sexual para ativar os chakras e estimular os estados intuitivos de consciência simbolizados por Babalon em seu aspecto Saturnino. Babalon é claramente a representação de Nuit nos mundos inferiores, o lado feminino do Eu (Self).Acima da representação de Nuit estão dez serpentes projetadas, as sephiroth da Árvore da Vida movendo-se em plena atividade através da conjunção da Besta e de Babalon. O número desta carta é onze pelo arcano e portanto refere-se à magia em ação; pela atribuição hebraica é Teth ou nove, a serpente. Juntos, estes números tornam-se vinte, as cartas do novo aeon para o qual é a chave.No arcano do novo aeon temos Nuit, seu corpo arqueado por amor, algo como o Graal, vertendo os Kalas para os Magos da Noite. Em seu ventre está o trono real de Hadit, o poder do Eu (Self). A união de Hadit e Babalon produz a criança conquistadora, Hórus, que é o senhor do aeon representado na frente da carta. Ele representa os vários 'eus espirituais' do humano fluindo pelos Aeons, fortalecidos e individualizados pela Vontade, simbolizado por Hadit. Para este arcano é atribuída a letra Shin, o fogo secreto, o fogo da luxúria divina, cuja natureza forja o Eu na glória de Nu.

Principia Caótica

Na Magia do Caos, crenças não são vistas como fins em si, mas como ferramentas para criar os efeitos desejados. Entender isto completamente é encarar uma terrível liberdade na qual nada é verdadeiro e tudo é permitido, que é o mesmo que dizer que tudo é possível, que não há certezas, e que as conseqüências podem ser desastrosas. A gargalhada parece ser a única defesa contra a compreensão de que não se possui sequer um Eu real.



O objetivo dos rituais do Caos é criar crenças agindo como se elas fossem verdadeiras. Nos Rituais do Caos você finge até sentir, para obter o poder que uma crença pode prover. Em seguida, se fores sensato, você rirá delas e buscará as crenças necessárias para qualquer coisa que queira fazer depois, à medida em que é movido pelo Caos.



Assim, o Caoísmo proclama a morte e o renascimento dos deuses. Nossa criatividade subconsciente e nossos poderes parapsicológicos são mais que adequados para criar ou destruir qualquer deus ou Eu ou demônio ou qualquer outra entidade espiritual na qual possamos acreditar ou desacreditar, pelo menos, para nós mesmos e, às vezes, também para os outros. Os resultados freqüentemente aterradores alcançados pela criação de deuses através do ato de comportar-se ritualisticamente como se eles existissem não deverá conduzir o mago Caótico no abismo de atribuir realidade definitiva a qualquer coisa. Este é o engano transcendentalista, que leva a um estreitamento do espectro do Eu. O verdadeiro terror reside no leque de coisas que podemos descobrir que somos capazes de fazer, mesmo se tivermos que temporariamente acreditar que os efeitos se devem a algo externo para que possamos criá-los. Os deuses estão mortos. Longa vida aos deuses.



A Magia apela aos que têm muito orgulho e uma imaginação fértil, somadas a uma forte suspeita de que ambas, a realidade e a condição humana, possuem as características de um tipo de jogo. O jogo possui final aberto, e joga a si mesmo por diversão. Os jogadores podem criar suas próprias regras até certo ponto, e, se desejado, trapacear usando parapsicologia. O tipo de magia apresentado aqui, consiste em uma série de técnicas que atuam como extensões extremas das estratégias normais que são possíveis dentro do jogo.



Um mago é alguém que vendeu sua alma pela chance de participar mais inteiramente da realidade. Apenas quando nada é verdadeiro e a idéia de um Eu verdadeiro é abandonada, tudo se torna permitido. Existe alguma exatidão no mito de Fausto, mas ele falhou ao levá-lo à sua conclusão lógica.



Precisa-se apenas da aceitação de uma simples crença para que alguém se torne um mago. Esta é a metacrença de que a crença é uma ferramenta para obter efeitos. Este efeito é geralmente muito mais fácil de observar nos outros do que em nós mesmos. É comumente muito fácil ver como outras pessoas e, até mesmo outras culturas, são mais ou menos capazes, de acordo com as crenças que possuem. Crenças tendem a levar a atividades que tendem a reconfirmá-las, num círculo normalmente chamado de virtuoso, ao invés de vicioso, mesmo quando os resultados não são agradáveis. O primeiro estágio de ver através do jogo pode ser uma iluminação chocante, que leva a um cinismo tedioso, ou ao Budismo. O segundo estágio de real aplicação do insight em si mesmo pode destruir a ilusão da alma e criar um mago. A compreensão de que crença é uma ferramenta, ao invés de um fim em si, tem imensas conseqüências se aceita por completo.



Dentro dos limites impostos pela possibilidades físicas, e estes limites são muito mais vastos e maleáveis do que a maioria das pessoas imagina, pode-se fazer reais quaisquer crenças escolhidas, incluindo crenças contraditórias.

O mago não é aquele que busca por uma identidade particular e limitada, mas aquele que deseja a meta-identidade que o torna capaz de ser qualquer coisa.



Assim, seja bem-vindo ao Kali Yuga do pandaemonaeon, onde nada é verdadeiro e tudo é permissível. Nestes dias de pós-absolutismo, é melhor construir sobre areia movediça que em pedra, que lhe confundirá no dia em que vier a rachar. Os filósofos têm se tornado não mais do que proprietários de sarcasmos úteis, pois foi revelado o segredo de que não há segredo no universo. Tudo é Caos, e a evolução não está indo a nenhum lugar em particular. É o puro acaso que comanda o universo, e assim, e apenas assim, a vida é boa. Nascemos acidentalmente em um mundo aleatório, onde apenas causas aparentes levam a efeitos aparentes, e muito pouco é pré-determinado, graças ao Caos. Como tudo é arbitrário e acidental, talvez estas palavras sejam muito simplórias e pejorativas; ao invés disso seria melhor dizer que a vida, o universo e todo o resto são espontaneamente criativos e mágicos.


Deleitando-se com a realidade estocástica, podemos nos regalar exclusivamente com as definições mágicas da existência. As estradas do excesso podem ainda levar ao palácio de sabedoria e muitas coisas indeterminadas podem acontecer no caminho do equilíbrio termodinâmico. É inútil buscar chão sólido onde pisar. A solidez é uma ilusão, como o pé que a pisa, e o Eu que pensa possuí-los é a mais transparente de todas as ilusões.

As pesadas embarcações da fé estão furadas e afundando juntamente com todos os botes salva-vidas e suas jangadas engenhosas. Então você vai fazer compras no supermercado de crenças ou no supermercado de sensações e permite que suas preferências de consumo definam seu eu verdadeiro? Ou você, em um estilo corajoso e alegre, roubaria ambos apenas por diversão? Pois a crença é uma ferramenta para obter qualquer coisa que se considere importante ou prazerosa, e a sensação não tem nenhum outro propósito além da sensação. Assim, ajude-se a obtê-las sem pagar o preço. Sacrifique a verdade pela liberdade, em cada chance que tiver. O maior divertimento, liberdade e realização estão em não ser você mesmo. Há pouco mérito em simplesmente ser quem quer que você seja por um obra congênita acidental e circunstancial. Inferno é a condição de não ter alternativas.

Rejeite então as obscenidades da uniformidade planejada, da ordem e do propósito. Vire-se e encare as ondas das marés do Caos, das quais os filósofos têm fugido apavorados por milênios. Pule para dentro e saia surfando em sua crista, exibindo-se em meio à estranheza sem limites e o mistério em todas as coisas, rejeitando falsas certezas. Graças ao Caos isso nunca terminará.

Crie, destrua, divirta-se, IO CAOS!



Rituais de Magia do Caos
A Conjuração de Qisdygym
Fuck-Faced Moron.103
Pude utilizar este rito apenas uma vez, mas ele provou ser muito eficaz. Como explicação, posso dizer que qisdygym é um tipo de larva que afeta o sistema nervoso humano. Em que o atrai, ele causa "erros fatais", normalmente expressos como alguma falta de jeito (fisicamente falando) ou reações inapropriadas. Estas criaturinhas malignosas deve ser conjuradas apenas como uma ferramenta de último caso contra um inimigo; mas o que você vier a fazer, obviamente, é decisão sua.

O Rito é assim:
1. Vá até algum local com água obviamente poluída. Pode ser oceano, lago, rio, esgoto ou poça; não faz diferença alguma.

2. Recolha um pouco da água empesteada em uma vasilha de madeira, no fundo do qual você desenhou ou inscreveu um sigilo de seu intento.

3. Corte-se e deixe que alguns pingos de seus sangue misturem-se ao conteúdo da vasilha. Enquanto você se corta, deve visualizar o inimigo em questão causando-lhe a dor.

4. Olhe fixamente para dentro da vasilha, mantendo o intento; não pisque o se mova. Projete para dentro da vasilha uma esfera negra do tamanho de uma ervilha.

5. Entoe:
"Com a boca do chacal eu te chamo;
Das profundezas de Urillia eu te chamo;
De minha escuridão eu te chamo
Ia Azathoth! Ia Azathot! Ia Azathot!
Eu esmago o trapezoedro brilhante!
Qisdygym se aproxima!
Prenda-te a (nome mudano/mágico do inimigo)!
Envolva (nome mudano/mágico do inimigo) em tuas espirais!
Beba a vida de (nome mudano/mágico do inimigo)!
Qisdygym, eu te ordeno!
Com a boca do chacal eu chamo!"

Enquanto faz tudo isto, deves visualizar cada uma das cenas implícitas na evocação. O qisdygym em si apareceu para mim como uma enguia de escuro castanho-avermelhado, com a cabeça de um rato e um apêndice prêensil, mas não tenho como saber de que modo ele vai aparecer para outras pessoas.

É importante guardar a vasilha e a água usadas na conjuração do qisdygym. Coloque-as longe dos olhos de outrem, e não as exponha à luz do sol ou da llua. Quando estiveres certo de que a larva terminou seu trabalho, queime a vasilha. Realize um banimento sobre a chama, e então derrame a água no fogo.
É igualmente importante que você não dê nome ao qisdygym, nem pense sobre ele depois que o houver enviado atrás de sua vítima. Fazer isto certamente chamará a coisa de volta para você, o que transformaria você no hospedeiro e vítima de seus efeitos. Fique de olho em sua vítima! Uma vez que o qisdygym tenha feito o trabalho, ele retornará para você, e não poderás te dar conta de sua presença até ser tarde demais.
Para dar uma idéia das capacidades do qisdygym, posso dizer que a vítima que escolhi sofreu um horrendo acidente de motocicleta que resultou em danos cerebrais permanentes. Não deixe isso acontecer com você!
Divirta-se, tenha cuidado. E lembre-se, nem eu nem qualquer outro indivíduo tem alguma responsabilidade sobre o uso que você fizer desses adoráveis nojentinhos. Registre os resultados que porventura obtiver.
Namasté gezundheit!

Traduzido por k-Ouranos 333


A Missa de Panielo
por Leghba Valys 418 em 19980427 e.v.

Introdução
Com o advento do capitalismo e a preocupação crescente no acúmulo de bens & capital, o inconsciente coletivo da humanidade acabou por resgatar uma das imagens arquetípicas primordiais: Papai Noel.
Papai Noel, como atribuição arquetipica, é visto como um velhinho simpático, que deseja sempre o bem para os seus & retribui este bem, ou seja, as boas ações, com presentes. Deste arquétipo principal derivou-se uma egrégora universal, onde um Papai Noel mundial percorre todo o globo na noite de Natal (25 de dezembro no calendario juliano, data aceita como o dia do nascimento do deus sacrificado do catolicismo) distribuindo presentes para as crianças que se comportaram conforme os padrões morais-éticos estabelecidos na época.
Esta egrégora é alimentada pelos proprio beneficiários, ou seja, as crianças. Milhões de crianças, de varios credos, raças e idades (devido à globalização da economia) unem sua vontade numa grande evocação onde pedem, fervorosamente, que Papai Noel traga, na noite de Natal, o seu presente, a sua paga pelo bom comportamento no decorrer do ano.
Papai Noel, como egrégora, vem sido alimentado há algumas décadas. O ritual da Missa de Papai Noel (PANIELO) tem como objetivo utilizar a imagem de Papai Noel como foco mágico para a concentração da vontade e reflexo das necessidades do conjurador. Sendo assim, o ritual conjura a egrégora e apresenta o desejo que cada conjurador quer ver realizado. A energia dispendida no ritual é acumulada pela egrégora, transmutada e devolvida ao conjurador na forma de seu pedido realizado.

Preparação & Materiais
O ritual deve ser realizado em um ambiente fechado, aconchegante e familiar a todos os participantes. São preferíveis ambientes tipicamente burgueses, como a sala de uma casa de familia "respeitável", que possua, preferencialmente, uma lareira.
Deve-se encontrar um "pinheiro" (normalmente o topo deste), que caiba dentro da sala. Este pinheiro deve ser enfeitado com bolas de cristal multicoloridas, mini-lâmpadas coloridas que piscam, pequenas imagens com motivos natalinos (i.e. embalagens imitando presentes, trenos, papai-noelzinhos, etc). Não é necessário restringir os bibelôs à arvore, sendo que toda a sala pode ser enfeitada, conforme a vontade dos participantes (mas sempre seguindo a linha de motivos natalinos). A lareira, se existir, deve ser enfeitada com um cuidado especial, e nela devem ser penduradas meias (uma para cada participante).
O enfeite da árvore é de suma importância, visto que serve como um ponto de referência ao Papai Noel, para que ele reconheça a casa onde espera-se sua visita.
Esta preparação material deve ser feita pelo menos uma semana antes da realização do ritual. A sala deve ser mantida, durante essa semana, limpa e em "ordem" (i.e. ordem simétrica). Todos os participantes devem estar presentes durante a preparação da árvore e da sala, e se mostrar dispostos a ajudar na preparação.
A egrégora atual de Papai Noel tem como imagem um homem idoso (70-80 anos), caucasiano, de cabelos brancos bem aparados, uma barba longa (que vai até o meio do peito) branca e plena, bem aparada e limpa. Seu rosto apresenta poucas rugas, sendo mais visíveis quando sorri. Dentes limpos, simétricos e brilhantes. Usa um óculos de aros redondos, de grau imperceptível. Apresenta-se como obeso (120-150 kg), mas de uma forma bem "distribuída" entre os membros do corpo. É ginecomasta e possui um abdômem proeminente. Veste-se com um tecido vermelho acetinado, com as bordas brancas. Calça e camisa compridas, com um grande macacão para proteção contra frio extremo, botas pretas fechadas até o tornozelo, luvas brancas finas e um cinto preto, com uma grande fivela dourada. Utiliza um gorro em forma de cone, do mesmo tecido da roupa, e uma bola de pêlos pende da ponta do cone. Vive em uma parte obscura do Pólo Norte, provavelmente no subterrâneo. Desloca-se com a ajuda de um grande trenó dourado, próprio para neve, puxado por seis renas "mágicas", que têm a capacidade de voar. Papai Noel traz consigo um grande saco vermelho, onde carrega os presentes que vem entregar.
O ritual deve ser realizado durante a noite, preferencialmente à meia-noite do dia 24 de dezembro. Os conjuradores devem escolher um simbolo qualquer para representar seu pedido, podendo ser um sigilo ou qualquer outro símbolo que contenha a ideia do pedido.
No dia da conjuração os participantes devem se reunir pelo menos uma hora antes do inicio da evocação. Durante essa hora os participantes podem utilizar qualquer tipo de substância que aumente sua percepção ou leve a estados catabólicos. Neste ínterim deve-se refletir ou mesmo comentar com os colegas seu pedido ao Panielo (Papai Noel).

A Conjuração
Na hora marcada, os participantes devem se reunir ao redor da arvore e bradar, em voz alta e com extremo desprendimento, apontando com o símbolo de seu pedido para a árvore, esta conjuração:
Vem turbulento pela noite! Vem!
De PANIELO! Iô PANIELO!
Iô PANIELO! Iô PANIELO! Do mar de além
Vem do Pólo Norte! Vem!
Vem trazer meu presente! Vem!
Sem mais demora! Vem!
Cortando o céu em seu trenó! Vem!
Com as renas cavalgando as nuvens! Vem!
Trazendo meu presente! Vem!
Iô PANIELO! Iô PANIELO!
Com sua barba branca! Vem!
Vem trazer meu presente! Vem!
Eu fui um(a) bom(a) menino(a)! Vem!
Ó PANIELO! Iô PANIELO!
Iô PANIELO! Iô PANIELO! Iô PANIELO!

Deve seguir uma grande gargalhada como a de Papai Noel (Hô! Hô! Hô!). Durante toda a conjuração cada participante deve visualizar um grande trenó cruzando o globo, saindo do Pólo Norte e dirigindo-se para onde o grupo agora se encontra. Dentro do trenó, o conjurador deve visualizar Panielo e seu saco, contendo seu presente.
Logo após a gargalhada, faz-se alguns instantes de silêncio, onde reflete-se novamente sobre o pedido feito ao Panielo. Então cada um dos participantes (um de cada vez) brada, em voz alta, segurando no ar (sobre a cabeça) o símbolo do pedido, esta fórmula:
Sim, Panielo! Eu fui um(a) bom(a) menino(a)!
Traga meu presente que é [falar o pedido], sem mais demora!
Repete-se a gargalhada em coro e faz-se mais alguns instantes de silêncio. Logo após finaliza-se bradando estas palavras:

Está feito!
Panielo ouviu meu clamor!
Satisfez meu desejo!
Agora volte para o Polo Norte, Panielo!
Continuarei a ser um(a) bom(a) menino(a)!

Agora cada participante gargalha livremente, de preferência até a exaustão, com grande desprendimento e entrega.

Conclusão
Dependendo da vontade de cada um, segue-se à conjuração uma grande orgia, ou um grande festim, onde cada participante deve abandonar o simbolo de seu pedido e esquecer completamente o pedido em si.
Se todos os passos do ritual forem realizados com grande devoção e desprendimento, o pedido será realizado.


A Missa do Caos (B)
Uma Invocação de Baphomet
O sacerdote ou sacerdotisa que assume a manifestação de Baphomet ornamenta-se e visualiza-se na tradicional forma do deus de suas fontes de poder. Baphomet, como a representação da corrente de vida terrestre, aparece como uma deidade theriomórfica com chifres, de aspecto andrógino, alado, réptil, mamífero e humano.
O sacerdote desperta em si uma ressurgência de Khi ou Kundalini ou sagrada Serpente de Fogo, como é comumente conhecida. Outros participantes podem auxiliar livremente tais encantamentos, utilizando por exemplo o incomparável "Hino a Pã", por projeção de visualização do pentagrama invertido dentro do sacerdote e, se necessário for, pela administração de ósculo infame. Este assim chamado beijo obsceno na garupa do demônio tem sido muito mal entendido. Tudo que se requer é uma contração do períneo, o espaço entre os genitais e o ânus, dentro do qual a Kundalini espera para ser libertar. O sacerdote, então, completa a invocação com a litania eônica.

No primeiro éon, eu fui o Grande Espírito
No segundo éon, os Homens me conheciam como o Deus Cornudo Pangenitor Panphage
No terceiro éon, eu fui o Obscuro, o Diabo
No quarto éon, os Homens não me conhecem, pois sou o Escondido
Neste novo éon, surjo perante vocês como Baphomet
O Deus anterior a todos os deuses, que irá perdurar até o fim da Terra.

O sacerdote, agora como Baphomet, apanha o objeto utilizado como um foco para consagração, para atingir o propósito do rito. Seja qual for o significado que o Deus veja nele, deve anunciá-lo, seja falando, por gesto ou algum outro sinal inesperado. O juramento marca o ápice do ritual, erguendo o objeto simbólico, o sacerdote e todos os participantes afirmam:

Esta É Minha Vontade.

Se o objeto é um sacramento, ele deve ser consumido. Se for um símbolo, deve ser destruído ou escondido, para que o objeto consagrado possa ser guardado e utilizado mais tarde.
O fechamento pode necessitar de um exorcismo do sacerdote, se a possessão for muito profunda. Qualquer símbolo de Baphomet e qualquer parafernália é removida e um pentagrama virado para cima é desenhado no sacerdote. É administrada uma lustração completa da face com água fria, e ele é chamado por quatro vezes, por seu nome profano, até que responda. O ritual é fechado por um último banimento.

Traduzido por Lucifer 149


O Rito do Despedaçar
MONOTREME PUBLICATIONS
TEMPLE BABEL
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San Francisco, CA 94126 - EUA

Introdução
A idéia deste rito é evocar um demônio pessoal, para depois destruí-lo. Nós somos um conglomerado de indivíduos presos em um só corpo físico. Algumas dessas personalidades nos agradam, outra não. Destas que não são bem vistas, algumas são necessárias e outras são prejudiciais (seu próprio demônio). O truque aqui é encontrar um dos aspectos nocivos de sua personalidade e destruí-lo para todo o sempre. Cuidado com o que você deseja destruir; há muitas coisas que parecem danosas, mas na verdade lhe ajudam a realizar o que você deseja.

O Rito
Declaração de Intento: É nossa vontade destruir nossos demônios.
1. Escolha seu demônio: escreva algumas palavras que o descrevam. Seja conciso, mas com precisão.
2. Viva seu demônio: concentre-se resolutamente nas palavras escolhidas. Leia-as em voz alta sem parar, até que você não mais lembre seu significado. Alternativamente, você pode querer visualizar um objeto, pessoa ou animal que o represente. Torne-se ele.
3. Aleatorize seu demônio: quando a gnosis for completamente alcançada, e você for seu demônio, conte o número de sílabas de todas as palavras que você escreveu. Jogue um dado de quantos lados quiser (4, 6, 8, 10), ou uma combinação deles, para escolher aleatoriamente um número que corresponda ao número de sílabas em suas palavras. Assim, se você possui dez sílabas em suas palavras combinadas, e tirou 8 nos dados, conte cada sílaba, e separe a oitava.
4. Crie uma Egrégora Demoníaca: O OP deve jogar um (ou mais) dado(s) de vários lados que corresponda ao número de participante. Contando no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, quem quer se seja escolhido deve soletrar sua sílaba. Continuando no mesmo sentido, cada participante soletra sua sílaba, até que o círculo seja completado. Depois que tudo tenha sido escrito, uma nova palavra surgiu. Esta é a representação de nossos demônios, esmagados em um só. Se há muitos participantes, o OP pode dividir a palavra em duas ou três partes. Ele então começa a entoar o nome repetidas vezes. Os outros devem segui-lo. Continue entoando a palavra enquanto visualiza este demônio recém-criado. O OP deve escreve a palavra em pedaços de papel, um para cada participante.
5. Invocação:
Demônio ________________________, Nós te chamamos por teu nome secreto..
Venha Kali, Venha Tiamat, Venha Set
Nós os invocamos sobre ti.
Kalitiamatset, o nome secreto do demônio é _______________________
Prenda-o com as correntes de ferro
Perfure suas juntas com facas de ferro
E rasgue-o em pedaços.
6. Mate seu demônio: enquanto visualiza a egrégora sendo despedaçada, cada participante deve rasgar seu papel em pedacihos. São encorajados gritos de agonia e dor. Sinta o demônio sendo arrancado de sua psique.
7. Bana com gargalhadas.
Este rito também pode ser realizado individualmente. Deve ser criada uma frase ou grupo de palavras que representam o demônio. Então, escolha aleatoriamente o número de sílabas a ser utilizada no 'nome'. Finalmente, jogue os dados como indicado, para determinar quais sílabas serão escolhidas. Outra alternativa é adaptar a criação do nome em qualquer maneira aleatória que você achar devida. Se dados não estiverem disponíveis, o mesmo efeito pode ser produzido se escrevendo as sílabas em pedaços de papel e sorteando-as de um recipiente. A chave aqui é o fator aleatório.

Traduzido por k-Ouranos 333


CATARSE Psicosomática
Fonte: Automatrix, CORPUS FECUNDI 1998
Propósito:
Emoções se dão presentes não só no nosso plano psíquico como no plano físico também. Freqüentemente emoções manifestam principalmente como sensações físicas, tais como reações de intestino, tensão nervosa, batida do coração e mudanças respiratórias, etc. Então, a pessoa pode dizer que o emotosfera cerca o corpo físico como também a mente e a imaginação.
O objetivo deste rito é experimentar tão fortemente o que está em sua vida lhe deixando ' doente ',--e então purgar isto, literalmente (várias vezes se necessário) limpando assim a sua emotosfera pessoal por inteiro. Sido pugnado isto fisicamente então a causa de um vírus emocional e jogada fora da mesma maneira de modo a " expondo isso ao máximo em sua consciência usando tanto o corpo quanto a mente , e então "jogando para forá de seu ser por vomito e catarse. Sentimentos de alívio e satisfação deveriam ser o resultado.

Procedimento:
Coma uma comida pesada antes do rito.
Traga a comida mais repugnante, indignante da que você consiga pensar. Esta comida representa o limo daquilo que você está sendo vítima coisas como os sentimentos de culpa, vergonha, etc. isso é o resultado da infeção psíquica que você está prestes a se livrar. O mais vil, e melhor; exemplo poderiam incluir , certos queijos indizíveis, repolho fervido (amordace), ou qualquer comida que lhe de ânsia de vômito.
Cave um buraco no solo (por razões óbvias, este rito é melhor se feito ao ar livre, ' estilo' piquenique).
Prepare a comida.
Crie dois sigilos da fonte do contágio emocional; um pictórico, um mântrico.
Quando a comida estiver preparada e pronta, coma o sigilo pictórico.
Visualize a causa do contágio emocional; imagine todos os modos que isso arruina sua vida. Sofra a vergonha, culpabilidade, sinta a dor, ou qualquer o sentimento ruim que se manifestar. Se lembrando disto pegue a comida e jogue ( eu disse jogue, e não ponha) em seu prato. Coma com as mãos, e encha sua boca com a gororoba nojenta que você criou, mas encha mesmo. Cante seu sigilo Mantrico com sua boca cheia, sentindo sua subida no desfiladeiro. Enfatize pensando em tudo o que é ruim e o esta fazendo doente em sua vida . Concentração será um desafio, mas faça!
Sinta o agito em seu crânio assim como em seu estômago; concentre-se no seu chakra coronário . Alcance gnosis por desgosto. Tente prolongar a experiência.
Quando chegar a hora, corra até seu buraco e comesse a vomitar com vontade enquanto ainda canta seu mantra.

Agora é hora de arrear o poder de seu corpo para evacuar sua mente. Deixe a força subir surgindo de seu estômago continuando até o topo de sua cabeça e vomite também o vômito psíquico pelo seu chakra coronário. Você deveria estar tão consciente do fluxo que joga do topo de sua cabeça como está do vômito fluindo de sua boca.
Se concentre em seu chakra coronário. Some a imagem repulsiva; vare seus dedos garganta abaixo. Faça a experiência tão violentamente quanto possível, até que a catarse física e emocional seja alcançada.
Depois enxague seu sistema com água e energia limpa. Descanse por algum tempo.
Enterre sua excrescência e saiba que ambos o vômitos físicos e psíquicos estão sendo soterrados e agora serão usados e reciclados , serão fertilizados na terra e na nãosfera. Sentimentos de alívio mental e físico, assim como satisfação animal deveria seguir este rito .Banimento por gargalhada.
O rito deveria ser tão nojento e asqueroso quanto possível. . . mas limpando e liberando até a última instância.
Para somar um ar de festividade ao rito, deveria haver o encorajamento desinibido, por exemplo deveriam ser dados prêmios para a comida mais nojenta , a maior tempo vomitando , etc. Enquanto a concentração é vital ao rito, uma atmosfera de competição amigável poderia ajudar, mas a escolha de dar permissão para executar isto normalmente é função privada dentro do grupo.

Artigos Necessários :
- A comida mais vil que você conseguir.
- Um buraco no solo.
- Um sigilo pictórico para a causar veneno emocional.
- Um sigilo mântrico para a causar veneno emocional.
- Alguns pequenos prêmios.
- Uma segunda muda de roupa poderia ser uma boa idéia.

O Rito:
1. Coma uma comida pesada antes do rito.
2. Cave buraco.
3. Prepare comida.
4. Crie e carregue sigilos.
5. Coma o sigilo pictórico e a comida enquanto visualiza a origem da condição emocional indesejável.
6. Cante o mantra enquanto come.
7. Perceba seu chakra coronário.
8. Vomite, fisicamente e pelo chakra coronário enquanto canta o mantra.
9. Repita o necessário para catarse.
10. Limpe com água, e boas energias.
11. Prêmios aos ganhadores, Fim.

Traduzido por Morbitus Vividus

CORPUS FECUNDI 1998


A Invocação de Lilith -- Um Rito de Sexualidade Negra
por Joseph Max.555 e Lilith Darkchilde.777
*ADVERTÊNCIA*: Lilith é a egrégora primária do animal negro. Ela é poder de domínio sexual libertos. Esta invocação não deve ser tentada por aqueles que tem pouca prática em magia cerimonial, nem por aqueles que possuem problemas psicológicos não resolvidos relativos à sexualidade. Se o sangue para ser bebido, ou atividades sexuais seguintes, todas as precauções pertinentes à prevenção de doenças carregadas pelo sangue ou por fluídos sexuais devem ser corretamente observadas. Pode ser sensato apontar um "guardião" que irá "observar" o rito enquanto este prossegue de um destacado ponto de observação e intervir se os participantes, em seus excessos, estão a ponto de cometer atos perigosos. O guardião deve banir seu próprio círculo de proteção sobre si mesmo. O guardião só deve intervir se houver uma séria ameaça de dano corporal; senão, os eventos devem ser aprovados para transcorrer segundo suas vontades. Qualquer um [que esteja] temeroso dos possíveis efeitos psicológicos deste rito em primeiro lugar faria bem em não participar. Isto não é para os tímidos. Com estes
embargos, toda discrição pertinente a essas ações é deixada aos participantes. Os autores não assumem nenhuma responsabilidade pela irresponsabilidade dos participantes no desempenho deste rito. Você foi advertido!

Materiais:
- Velas pretas e/ou púrpuras
- Incense de almíscar
- Um cálice de prata
- Um chicote (tipo "cat-o-nine-tails")
- Capa preta, preferivelmente de setim (para o/a Operador Principal)
- Vinho tinto
- Um bisturi (esterilizado) ou x-acto faca (para drenar sangue)
- Um playback system razoavelmente bom, e uma nefasta e sensual seleção musical. (Diamanda Galas, "Deliver Me From My Enemies" ou This Mortal Coil,
"Filigree and Shadow" são excelentes escolhas, mas isto é deixado para os participantes).

Preparação:
Lilith é o aspecto feminino primal da sexualidade negra [dark sexuality]. Por esta razão os autores são de opinião que a invocação será mais provavelmente [bem] sucedida se o Operador Principal for fêmea. Isto não descarta a possibilidade de sucesso com um M.O. masculino, mas ele deve estar habilitado para contatar fortemente sua natureza feminina primal para suceder e invocar Ela que é o mais fundamental de todos os demônios femininos. Os participantes podem ser tanto machos quanto fêmeas ou uma mistura de ambos em qualquer proporção. As aplicações deste rito variam consideravelmente. Desde de que é uma combinação de trabalho Lunar/Saturnino, pode ser aproximado como um ritual dividido de sexo e morte - assim como a invocação de Carroll Thanateros do _ Liber Kaos _.
Como apresentado aqui, é um ritual do liberação e também é usado para trazer adiante uma Palavra de Poder [Word Of Power] da egrégora [egregore] para uso subseqüente dos participantes; conseqüentemente a Indicação da Intenção [Statement of Intent] reflete esta intenção. A indicação deve ser talhada para expressar propriamente as intenções de um trabalho particular.

O Rito:
0. Grandes velas pretas são arrumadas em um círculo em torno do espaço do templo e acesas, assim como copiosas quantidades de incenso. O quarto deve
ser bem defumado.

1. O Banimento [pode se feito] por LBRP, GPR, Vortex ou outro procedimento, a escolha.
2. A operadora principal [Main Operator], despida por baixo da veste preta, toma posição no centro do círculo. Ela segura o açoite em sua mão direita. Outros participantes sentam em um círculo em torno da M.O. A música começa.
3. A Indicação (ver advertência) do Intento é declarado pelo M.O. e ecoada por todos os participantes: "É nossa vontade invocar a egrégora de Lilith, de modo que através de seu espírito nós experimentemos o poder do Sexo e Morte e obtenhamos sua Palavra de Poder!"
4. A seguinte passagem (veja notas) é recitada pelo M.O. para invocar a identidade de Lilith para ocupar seu corpo e mente: "Eu sou a filha da Força [Fortitude] e violo cada hora de minha juventude. Para contemplação, I sou Entendimento, e ciência habita em mim; os celestes me oprimem. Eles cobiçam e desejam-me com infinito apetite; for nenhum dos que são terrenos tem me abraçado, porque Eu estou sombreada com o Círculo das Estrelas, e coberta com as nuvens da manhã. Meus pés são mais rápidos que os ventos, e minhas mãos são mais doces do que o orvalho da manhã. Minhas vestes são do princípio, e meu lugar de descanso está em mim mesma. O Leão não sabe onde eu ando, nem as bestas do campo compreende-me. Eu sou deflorada, mas virgem; Eu santifico e não sou santificada. Feliz é aquele que me abraça: para à noite Sou doce, e de dia prazer total. Minha companhia é uma harmonia de muitos símbolos, e meus lábios mais doces do que a própria saúde. Sou uma prostituta para alguns que violam-me, e uma virgem para aqueles que não me conhecem. Purguem suas estradas, Vocês, filhos dos
homens, e lavem suas casas limpas; façam-se santos, e ponha-se no retidão. Expulsem suas velhas prostitutas, e queimem suas roupas e então eu irei
trarei crianças diante de ti e eles serão os Filhos do Conforto no Tempo do porvir."
5. Então os participantes começam a cantar o mantra de Lilith. Enquanto eles cantam, a Operadora Principal deve cair em um profundo transe gnóstico e invocar o espírito de Lilith em seu corpo. "Carne ela comerá, sangue ela beberá!" (repita)
6. Enquanto o cântico continua, um participante (o Segundo Operador) recita o seguinte: "Negra ela é, mas brilhante! Negras são suas asas, preto sobre preto! Seus lábios são vermelhos como a rosa, beijando todo o Universo! Ela é Lilith, que elevou as hordas do abismo, e levou homens à ruína! Ela é a irresistível realizadora de toda luxúria, profeta do desejo. A primeira de todas as mulheres foi ela - Lilith, Eva não foi a primeira! Suas mãos traz a revolução da Vontade e a verdadeira liberdade da mente! Ela é KI-SI-KIL-LIL-LA-KE, Rainha do Círculo Mágico! Olhe dentro dela a luxúria e o desespero!"
7. Os participantes começam o cântico "Lilith! Lilith! Lilith!" repetidamente até o M.O. invocar a egrégora de Lilith [Lilithian egregore]. Um por um eles passam em torno do bisturi e cortam seu polegar esquerdo e marcam suas testas com sangue. Então eles em torno do cálice (que é enchido com o vinho vermelho) e tocam suas testas um por um. Depois que todos fizerem assim, ele é tomado pelo M.O. que o drena num único trago. Este é o clímax da invocação.
8. Se a invocação tiver sucesso, todos os participantes sentirão simultaneamente emoções de medo, luxúria e o impulso de submissão. Força, sobressalto ou outra variação de Postura de Morte devem ser usadas para aprofundar o nível de gnose de cada participante até que estejam a ponto de desmaiar. Assim que tiverem superado suas emoções, eles devem cair à terra e prostrarem-se ante Lilith.
9. O que prossegue em seguida não é especifico, mas deixe sobrepor-se a vontade da egrégora. Ela pode escolher açoitar os participantes, caçoar deles, atenta-los ou seduzi-los. Ela pode forçá-los a cometer vários indescritíveis atos de luxúria sobre ala ou qualquer outro. Todos os participantes devem submeter-se à vontade dela, o que quer que pode ser - seria extremamente perigoso fazer de outra forma; não arrisque a fúria de Lilith!
10. Eventualmente a energia do grupo começará a diminuir. Neste ponto, o S.O. (alertado pelo guardião, se necessário) irá levantar e defrontar-se com a M.O. e recitar o seguinte em uma voz de comando:

"Lua Negra, Lilith, irmã nigérrima,
Cujas mãos formam a lama infernal,
Na minha fraqueza, na minha força,
Moldando-me como a argila no fogo.
Lua Negra, Lilith, Égua da Noite,
Você lançou sua desgraça à terra
Proferiu o nome e saiu voando
Profira agora o som secreto!"

11. A M.O. nas profundidades do transe de Lilith [Lilith-trance], chamará um nome, assim como a Lilith lendária chamou o inalterável nome de Deus para levantar [vôo] sobre Éden nos céus. Não se sabe antecipadamente o que esta palavra será, mas será mais certamente uma Palavra de Poder para ser usada posteriormente pelos participantes em trabalhos mágicos [magickal work] posteriores.
12. Se tudo for feito corretamente, o espírito de Lilith sairá da M.O. à pronuncia do Nome, e a vontade dele(la) provavelmente cairá à terra, esgotada. O guardião ou o S.O. devem então desenhar um pentagrama ereto sobre a M.O., uma generosa lustração facial de água fria será administrada por ele, e ele/ela é chamado por seu nome ordinário até que ele/ela responda.
13. O templo é banido e fechado.

Notas:
A invocação é o texto de uma mensagem entregada por uma entidade espiritual não identificada para Sir Edward Kelly em 1592 durante um longo ritual.Kelly, juntamente com o Dr. John Dee (astrólogo real da rainha Elizibeth), originou o sistema de Enoquiano (Enochian) de mágica. A visão desta entidade aterrorizou tanto Kelly que ele abandonou o trabalho da mágica deste dia em diante. Embora Kelly nunca tenha identificado a entidade, em nossa opinião ela representava a egrégora de Lilith. A chamada de Lilith é adaptada do "The Hymn to Hecate" por Frater U:.D:.


NYARLATHOTEP
Tradução de Morbitus Vividus
Propósito ou Meta:
Nyarlathotep é considerado o mensageiro, e guia das alma dos Deuses Exteriores nos Mitos Lovecraftianos. Neste mitos os Deuses Exteriores (junto com os Deuses Ancestrais conhecidos como Grandes Antigos) regem o universo. Embora estes Deuses freqüentemente sejam retratados como 'mals e caóticos; há uma enorme riqueza de conhecimento exterior para serem achados dentro destes caminhos menos - viajados. É provável que o que for achado seja surrealista, ' insano', ' grotesco', sádico ´, alienamente erótico, etc. em resumo, partes de nós mesmos que alguns de nós desejamos esquecer e fingir que não existe. Para outros poderia ser simplesmente ' estranho e lindo'.
Azathoth é o 'juiz' dos Deuses Exteriores, e é da Vontade dele que nós pretendemos solicitar (por Nyarlathotep) de forma que nós podemos compartilhar dos sonhos de Cthulhu (não um Deus Exterior, mas um dos Grandes Antigos, que são seres extraterrestres antigos muito poderosos).
Azathoth é retratado como o deus cego da loucura, um monstruoso caos nuclear. Cthulhu pode possuir muitas formas, mas freqüentemente é retratado como um humanóide de cabeça octopóide gigantesco. É dito que Cthulhu dorme na sua cidade submersa de R'lyeh, em baixo do Oceano de Pacífico ...seus seguidores aguardam o momento de seu despertar.
Nyarlathotep freqüentemente aparece como um humanóide/relâmpago totalmente negro ...mas também possui outras formas menos conhecidas. Deve ser mencionado que é dito que estes Deuses desejam nada menos que o sofrimento da humanidade, crueldade e loucura, ou ao menos, indiferença cega.
São Deuses perigosos de se trabalhar , e "você foi advertido."

Materiais necessários:
- Cabelo de um cachorro preto ( Não use de um canino pelo qual você sinta afeto, ou pena)
- Cabelo preto de um humano
- Um besouro preto
- Terra negra (escura)
- Esperma e/ou sangue Negros *
- Cinza preta
- Vaselina (ou ' Karmex')
- Incenso pungente
- Velas azuis escuras
- 1 ou 2 punhados de flores fragrantes
- Flauta como instrumento
(também é necessário uma espécie de altar/caldeirão e um recipiente pequeno para levar para casa e manter o resultado)

O Ritual * *
0. Prepare o quarto para o trabalho queimando um incenso pungente. Todo o ambiente deveria estar arrumado com cores escuras e marinhas. Participantes deveriam começar a trabalhar em um estado de transe. Os com flautas deveriam estar tocando (tambores se tocados em harmonia também são bons).Um altar deveria ser montado a leste e nele colocado além dos artefatos ligado aos Deuses invocados uma espécie de bandeja de prata ( ou prateada) - Este é o altar/caldeirão -.

1. Os participantes podem estar sentados ou não. Comece a cantar (não em concerto, e não em uníssono) "NYARLATHOTEP ESTÁ CHEGANDO". Visualize o Homem- Raio Negro (i.e. Nyarlathotep).

2. Enquanto construindo LENTAMENTE (em meia ou uma hora) um estado frenético, os participantes deveriam deixar seus corpos gesticularem livremente. Deixe o controle sair de seu corpo ...irá parecer que alguém ou alguma coisa esteja usando seu corpo para gesticular, dançar, etc. não lute contra isto. Pode ser lento e sinuoso... ou selvagem e ' caótico' ...deixe isto com o próprio fluxo.

3. Continue cantando e deixe o lance seguir até onde quiser. O Locutor começa então o encantamento:

Encantamento:
"NYARLATHOTEP PELO ABISMO
NYARLATHOTEP PELO ABISMO DO ESPAÇO/TEMPO
NYARLATHOTEP UNGOYUD ERFELCOPGECHEREF
NYARLATHOTEP TELAL ...OUÇA NOSSA VOZ!!!

NYARLATHOTEP TU QUEM CONDUZ
DEVORE ESTE MUNDO E CRIE A LOUCURA
ENTRE AS CRIANÇAS DO HOMEM
NYARLATHOTEP AXBIM XENCH'ZY VAWEG TELAL...
OUÇA NOSSA VOZ!!!

NYARLATHOTEP ALAL... .OUÇA NOSSA VOZ!!!
NYARLATHOTEP OUÇA A VOZ DE NOSSA ALMA
DO GRANDE DEUS DA LOUCURA CEGA AZATHOTH
DEPENGA BYFETH CHO REMAN / URGARTH
NYARLATHOTEP LEVE ADIANTE NOSSO DESEJO
PARA O GRANDE AZATHOTH
NOSSO DESEJO DE PARTICIPAR DOS SONHOS DE LOUCURA DE CUTHULLU
SABEMOS DE SEU SONHO E QUEREMOS PARTICIPAR!!!
NYARLATHOTEP FETH QICHI
FETH QICHI... FETH QICHI... FETH QICHI..."

4. (Os participantes deveriam começar um canto de FETH QICHI neste momento)
"NYARLATHOTEP TELAL ALAL
GUIE O PLANETA AO SEU DESEJO
EMPRESTE O TESTAMENTO DE AZATHOTH
AO NOSSO DESEJO
HÁ OFERENDAS ESCUROS
HÁ LOUCURA EM NOSSO DESEJO
NÓS SOMOS NOSSO DESEJO ...OUÇA TODOS VOCÊS!!!
AZATHOTH!!! DEPENGA BYFETH
CHO REMAN / URGARTH
ABRA OS REINOS DOS SONHO DE CTHULHU
PARA NOSSA ENTRADA NOTURNA...
NÓS DESEJAMOS COMPARTILHAR DOS SONHOS E VISÕES
AXBIM VAWAJEZA NAGUZ
EM NOSSOS PRÓPRIOS SONHOS
O DELE QUE DORME EM SUA CIDADE SUBMERSA DE R'LYEH
DEIXE OS SONHOS DELE VIREM POR NÓS AO NOSSO MUNDO
PARA QUE POSSAMOS SABER
AZATHOTH AXBIM JECHOVOG...

... BOXATONG CHO LAXENGAB
POR NYARLATHOTEP OUÇA MUNDO, OUÇA TERRA MALDITA!!!
NYARLATHOTEP É A VONTADE
ESSE É O NOSSO TESTAMENTO"

5. Neste momento os que estão tocando os instrumentos deveriam abaixar o som e os participantes deveria começar a colocar os materiais deles em algum tipo de contenção - como na mescla de altar/calderão ...todos os ingredientes incluindo a Vaselina/Karmex
"NYARLATHOTEP SUA SEMENTE
EM AFUNKASKE TELAL ALAL
SUAS CRIANÇAS TE CHAMAM
OS SONHOS DE CTHULHU DENTRO DE TELAL ALAL
É O QUE NÓS TERÍAMOS"

6. Comece a esmagar e trabalhar os ingredientes em uma pasta--os pelos animais deveriam ter sido finamente picados - e os participantes com instrumentos deveriam começar a tocar mais alto e mais intensamente até que a operação tenha se concluído e a declaração abaixo tenha sido feita:
"NYARLATHOTEP IJACEEBO,
SEJA O DEVORADOR DE NOSSO MUNDO
NYARLATHOTEP TELAL ALAL
UNGOYUD MANGEIF NAGUZ
IJACEEBO IJACEEBO IJACEEBO!!!
NYARLATHOTEP EDIN NA ZU!!!"

7. Neste momento deveria haver silêncio... então todos gritam da forma mais gutural e primal possível
" CUTHULLU ASFICTOR!"! * * *

8. Apague a vela e sentense calados durante uns 5 min minutos, então proceda o banimento com gargalhada. Em uma tigela cerâmica ou de porcelana, misture o material com uma boa porção de Vaselina/Karmex e leve tudo para casa. Ungüento deveria ser aplicado na fronte antes de ir dormir ainda falando uma pequena dedicação/prece apropriada. Escreva seu sonho quando acordar.

9. A pessoa deveria fazer isso um par de vezes, mas eu não recomendaria abusar. Embora eu tenha um trabalho próspero com Nyarlathotep antes, este ritual só foi usado até agora uma vez!!! Você foi advertido novamente ...É melhor que deixe o quarto da invocação intato e o vórtice aberto até que tudo tenha ' sucesso' ...quando então você deve fechá-lo.

Sorte boa!!! Você vai querer ter.

* Esperma ou sangue negro é obtido assim: devem ser produzidos os fluidos do ritual e esses deveriam ser colocados em um cálice de prata (ou bronze) e ser deixado descoberto durante vários dias... até que escureça. Use bastante fluido para evitar evaporação.

* * Um Vórtice pode ser aberto sobre o altar, mas deveria ser ...mantido aberto até o final do trabalho (dias?)

* * * Os participantes poderiam considerar criar sinais do Antigos Anciões ou usar os do Necronmicon )

O Mito do Vampiro

"...Aquilo que transcende a racionalidade se torna um atraente caminho em busca do inalcançável, capaz de libertar o espírito do peso dos dogmas pré estabelecidos.''
O mito do homem imortal existe desde os primeiros registros históricos da humanidade. Alguns dos livros mais antigos da humanidade, como a Bíblia e as Mil e Uma Noites, que misturam registros verídicos com ficção, citam personagens que viveram uma existência incalculável.

Atravessaram séculos divulgando uma obra de caráter místico e acabaram se tornando lendas de sabedoria. Muitos deles com o pretexto de evocarem a Deus realizavam rituais de sangue com seres humanos. Mais é possível que a evocação tivesse apenas caráter egoísta de prolongamento da própria vida através de acordo com entidades malignas. Esses homens tomado as vezes por profetas, magos poetas e sacerdotes, devem ter sido os primeiros vampiros a traçarem trilhas de sangue no planeta. Com o conhecimento acumulado por séculos de existência, se escondiam facilmente atrás de uma notória sabedoria que lhes permitiam continuar a praticar seus crimes sem levantar suspeitas. Foram eles que disseminaram o culto da eternidade através de alianças místicas realizados com o sangue de criminosos e inocentes.

Quase todas as culturas da Terra tem alguma lenda sobre seres meio humanos que prolongaram a vida carnal se alimentando de sangue. O que existe na verdade é uma confraria secular desses seres que se espalham pelos quatro cantos do mundo, contaminando outros escolhidos com uma sede maldita, para que um dia pudessem chegar o ter o poder total sobe os destinos humanos. Por isso as lendas sobre vampiros nos são contadas das mais diversas maneiras. No Egito antigo o sangue era derramado o bebido pelos sacerdotes de Set. A Bíblia também relata sacrifícios de sangue, atribuindo-os as vezes a vontades divina. Entre os Incas, essa também era uma pratica comum nas noites de solstício de inverno. Mais os registros históricos mais recentes, falam de vampiros que existiram entre criminosos e hereges que, mesmo depois de enforcados voltaram de suas tumbas para beberem o sangue dos incautos que se aventuravam pelos caminhos obscuros da vida.

A imagem de vampiros habitando velhos cemitérios abandonados nos foi legada na idade média, quando esses seres temiam ser encontrados pela Santa Inquisição e queimados na fogueira. A espécie não foi extinta porque é provável que muitos deles se escondessem atrás da própria Igreja, assumindo o lugar de padres, bispos e até Papa. A afirmação pode parecer absurda tomando-se em conta que os vampiros temem os símbolos sagrados. A verdade é que apenas os vampiros do ramo fariseu e aqueles que foram contaminados por acaso temem a força dos objetos consagrados a Deus. O ramo conhecido como os dos homens que não devem morrer é bastante esclarecido e possui um poder tão grande que os deixa livre de qualquer influencia místicas desses símbolos. No entanto vale disser que uma grande parte desse ramo é constituída por vampiros que tem feito mais bem do que mal a humanidade. Isso porque os Homens que Não Devem Morrer se originaram de rituais esotéricos que captam a bipolaridade das energias da natureza e com elas são capazes de se preservarem corporalmente e seguirem seus caminhos, livre de influências malignas encontradas nos demônios.

Como é possível notar, existem Vampiros de diferentes espécies. Alguns trilham apenas caminhos sanguinários e não deixam nada de Positivo para a humanidade, enquanto outros se utilizam da longa vida para ensinar novas alternativas para a humanidade. O importante é saber que todos são feitos das trevas, as trevas não passam de Luz condensada, ou seja, é tudo uma ilusão do poder de destruição e criação.

O Vampiro Original
Existem lendas de vampiros desde 125ac, quando ocoreu uma das principais estórias conhecidas de vampiros. Foi uma estória grega. Lendas sobre vampiros se originaram no oriente e viajaram para o ocidente através das rotas de seda para o Mediterrâneo. De lá, elas se espalharam por terras eslavas e pelas montanhas Capath. Os eslavos têm as lendas mais ricas sobre vampiros. Elas foram originariamente mais associadas com os iranianos e depois migraram para onde estão agora, por volta do oitavo século. Quase na mesma época em que chegaram, começou o processo de cristianização, e as lendas de vampiros sobreviveram como mitos.

Mais tarde, os ciganos migraram para o oeste pelo norte da Índia (onde também existem um certo número de lendas sobre vampiros), e seus mitos se confundiram com os mitos dos eslavos que já havia lá. Os ciganos chegaram na Transilvânia pouco tempo depois de Vlad Dracula nascer em 1431. O vampiro aqui era um fantasma de uma pessoa morta, que na maioria dos casos fora uma bruxa, um mago, ou um suicida.

Vampiros eram criaturas temidas, porque matavam pessoas ao mesmo tempo em que se pareciam com elas. A única diferença era que eles não possuíam sombra, nem se refletiam em espelhos. Além disso podiam mudar sua forma para a de um morcego, o que fazia deles difíceis de se pegar. Durante a luz do dia dormiam em seus caixões, para à noite beber sangue humano, já que os raios eram letais para eles. O método mais comum era, pela meia noite, voar por uma janela na forma de um morcego e morder a vítima no pescoço de forma que seu sangue fosse totalmente sugado. Os vampiros não podiam entrar numa casa se não fossem convidados. Mas uma vez que eram poderiam retornar quando quisessem. Os vampiros eslavos não eram perigosos somente porque matavam pessoas, (muitos seres humanos também faziam isso) mas também porque suas vítimas, depois de morrerem, também se transformavam em vampiros. O lado mais forte do vampiro era que eles eram quase imortais. Apenas alguns ritos podiam matar um vampiro como: Transpassar seu coração com uma estaca, decaptá-lo ou queimar seu sangue. Esse tipo de vampiro também é o tipo mais conhecido, especialmente o Conde Drácula, de Bram Stoker.

Casos Verídicos
Idries Shah descreveu, no livro Oriental Magic, a formação de uma lenda na Índia:
"Coletei curioso material sobre uma lenda de vampiro em formação, o que parece desusadamente interessante.
Circulam na Índia muitas lendas sobre uma certa vampira inglesa que dizem comer carne crua e beber sangue humano sempre que possível. É verdadeira essa história ? será apenas mais uma das histórias sangrentas difundidas por agitadores antibritânico (como o horror dos bebês belgas da primeira guerra mundial) ? A verdade está no meio termo. Constitui um dos exemplos mais clássicos de formação de uma lenda que jamais encontrei.

Uma viuva inglesa, cujo marido foi morto em 1916, vivia em Bombaim e passava a estação quente nas montanhas. Diz-se ter sido ela de aparência perfeitamente normal. A única coisa que parecia marcar sua atitude de vida era a convicção de que era irresistível ao sexo oposto. E mesmo isso não é inusitado.

Um marajá que estava passando o ano na mesma estação de montanha tinha o hábito de dar festas magníficas. Uma noite, depois desse divertimento, essa mulher (sra. W.) e uma amiga (sra. S.) estavam voltando para casa de riquixá. O riquixá que ia na frente delas havia capotado nas pedras, ao virar uma esquina muito depressa. Várias pessoas ficaram feridas. As duas mulheres pararam seu riquixá e foram ver se podiam ajudar em algo. Note-se que nenhuma das duas havia sido acidentada ou ferida de alguma forma.

Ao voltarem ao seu hotel, a sra. S. notou que a boca de sua amiga estava coberta de sangue. Depois circulou a história de que a sra. W. tinha sugado o sangue de uma das vítimas do acidente: ela era uma vampira. Ela morreu alguns meses depois e assim a lenda continuou, cresceu e provavelmente continuará a crescer.

Entretanto casualmente encontrei a sra. S. e perguntei o que sabia de toda a história. Aqui está sua versão:

Perguntei à sra. W., naquela mesma noite, por que havia sangue em seu rosto. Ela primeiro me disse que era de uma das vítimas e que tinha espirrado em seu rosto no acidente.

Três dias depois, porém, quando circulava o rumor de que era vampira - contado por algum dos sobreviventes do acidente e não por mim - ela me procurou para "confessar" que ia voltar à Inglaterra para tratamento.

Perguntei-lhe se ela era vampira e ela disse que não. A verdade é que, quando criança, ela tinha sofrido de uma doença e tinha de comer sanduíches de carne crua. Ela se acostumou tanto com isso que nunca comia carne cozida. Seu médico via isso como um estado psicológico mais ou menos inofensivo. E assim continuou ela com a dieta. Ao ir para a Índia, ela descobriu que era difícil conseguir carne crua, apesar de sentir muita vontade e, finalmente, ela conseguiu arranjar fornecedor. Mas ela se "controlava", tanto quanto possível. Na noite do acidente, ela me contou que não comia carne crua há semanas e que, ao se curvar sobre um ferido, aquilo foi demais para ela e então encostou seu rosto no dele como para beija-lo. Um indiano que estava presente, conhecendo talvez o seu gosto por carne sangrenta, deu início aos rumores."

Baseado neste relato, Idries chegou à seguinte conclusão: "O vampirismo humano, portanto - se é que jamais existiu - pode ser atribuído a uma psicose ou a um apetite determinado por um condicionamento à carne crua. Que a humanidade comia carne crua é sabido. Sobrevivência mais ou menos recente dessa prática encontra-se no famoso antropófago escocês Sawney Beane e sua família".

Mas o vampirismo de modo algum se refere a apenas isto, existem muitos outros casos, muitas outras explicações e muitos enigmas sem solução...

Vários escritos, por exemplo, ligam a idéia da cova com o fato comum de se cometer um engano e enterrar um vivo por morto, fato este que ocorre constantemente. Nos séculos 16 e 17 muita gente morria de doenças desconhecidas e algumas eram enterradas ainda vivas. Ao se reabrir a cova, o corpo estava em posição mudada e em melhor conservação do que deveria. Na época da primeira guerra mundial, em São Paulo, durante a chamada "gripe espanhola", juntava-se muita gente apenas desmaiada aos cadáveres e deixavam-nos no cemitério. Como eram muitos os mortos, não se dava conta dos enterros e, passado o estado cataléptico, o doente erguia-se para voltar para casa.

No século XVIII, na Hungria, epidemias incontroláveis à época de doenças como a varíola, foram freqüentemente ligadas à ação dos vampiros. A caça aos vampiros era implacável, montavam-se tribunais especiais e interrogavam dezenas de suspeitos. Não se enterravam cadáveres sem antes ficarem expostos com o fim de verificar se eles se decompunham normalmente. Tumbas eram abertas e se o corpo não estava putrefato enfiavam-lhe uma estaca no coração, decepavam-lhe a cabeça ou usavam qualquer outro método para por fim ao morto. Conta-se que os soberanos húngaros chegaram a determinar a formação de comissões para estudar o fenômeno que estava sendo considerado como uma praga que punha em risco o poder do estado e das autoridades constituídas. Chegou-se mesmo a determinar a perfuração dos corações, decapitações e incinerações de todos os cadáveres de cemitérios onde houvessem um ou mais vampiros pos supunha-se que o vampirismo poderia atingir os mortos que ali jaziam. Diz-se que neste tempo fogueiras ardiam por muito tempo incinerando os diversos mortos suspeitos de vampirismo e que todos os animais que se encontrassem nas proximidades eram também queimados durante esses grandes rituais de incineração pois acreditava-se que os vampiros poderiam encarnar em um deles e escapar da destruição definitiva.

No capítulo XX do livro V, o escritor grego Pausânias relata um fato que lhe fora contado e testemunhado por Aristarco, seu antiquário. Dizia que "Quando os Eleatas mandaram reparar o templo de Juno, cuja abóbada ameaçava ruir, foi descoberto entre a abóbada e o telhado o cadáver de um homem armado para a guerra e aparentemente morto por causa dos ferimentos. Era sem dúvida um dos eleatas que sustentaram o cerco contra os Lacedemónios em Áltis. Este homem atravessado de golpes foi arrastado para lá e ali morreu. Como quer que fosse, depois de decorridos tantos anos, o seu corpo tinha-se conservado perfeitamente (...)".

Quatro moças começaram a sofrer repentinamente de pesadelos terríveis numa aldeia da Ucrânia. Elas acordavam trêmulas e afirmavam que alguma coisa que não era-lhes possível definir as atacava e tentava estrangular a todo custo. Todos os pesadelos apresentavam-se idênticos e simultâneos. Todas as quatro jovens passaram a apresentar duas pequenas perfurações azuladas no pescoço. Os aldeões então, foram ao cemitério e abriram o túmulo de um suspeito de feitiçaria e relações com o diabo que fora morto a três semanas. O cadáver apresentava-se perfeitamente intacto e sem exalar qualquer odor. Seus olhos estavam abertos e havia uma grande quantidade de sangue por todo o caixão. Dadas as condições em que o cadáver se encontrava, resolveu-se proceder do modo que mandava a tradição: Um dos coveiros cravou-lhe uma estaca de madeira no coração, o corpo foi queimado numa fogueira e, por fim, enterrou-se as cinzas numa vala profunda.

Os castelões, ou melhor dizendo, os homens que cuidam dos velhos castelos ingleses, diziam que o ódio é um dos alimentos dos demônios da noite e, por extensão, dos vampiros. Ainda acrescentam que pessoas odiadas em vida podem retornar após a morte para "acertar as contas".

Um caso muito interessante teve lugar na velha Londres, a capital dos fantasmas. Trata-se da mote do ferroviário Mattews atirando-se debaixo de um trem em 1958. As investigações feitas para descobrir a causa de um ato tão desesperado, revelaram que sua noiva, morta pela Leucemia - dizia ele - aparecia-lhe todas as noites clamando por sangue loucamente. Que sem ele não poderia voltar...

Na metade do século XIX, havia na França um famoso médico chamado Trousseau que, apesar da fama, não conseguiu curar um paciente de nome Lesahor que sofria de um persistente mal hepático. Por precaução, a mulher do Sr. Lesahor, que também era paciente de Trousseau, não foi informada sobre a morte do marido o que alias ela nem percebeu sobretudo porque o morto continuava a freqüentar seu quarto todas as noites. O Dr. Trousseau tomou conhecimento desse espantoso fato por causa de um comentário da viuva: "O Sr. Lesahor tem melhorado muito da saúde, ultimamente. Está mais gordo e até corado!" Intrigado, Trousseau resolveu esperar no dia seguinte o tal visitante noturno no quarto da Sra. Lesahor para ver do que se tratava. Então eis que seu antigo paciente surgiu bem vivo e desembaraçado. Trousseau quis examina-lo mais de perto mas Lesahor evitou-o habilmente e saiu apressadamente da casa. No dia seguinte e com autorização oficial, Trousseau decidiu fazer uma inspeção no túmulo do Sr. Lessaor e encontrou o morto em seu devido lugar com um aspecto "excepcionalmente bem conservado". A viuva veio a falecer de anemia poucos dias depois. O Dr. Trousseau enviou um relatório do caso ao Colégio de Medicina mas acusaram-no de "procurar publicidade" e por isso desistiu de continuar com o caso.

Um caso interessante foi o do padre Charbel Manklouf. Ele fora monge baladita libanês do mosteiro de São Marmn de Annaya, nascido em 1828 e morto aos 70 anos de idade em 1898. Seu corpo foi sepultado no cemitério do convento. Um ano depois foi necessário resgatar o caixão que ficou meio descoberto devido à chuvas torrenciais que transformaram o cemitério num deforme lamaçal, para transferi-lo para outro lugar menos exposto. Preocupados com o estrago que o mau tempo poderia ter causado no fétero, decidiu-se pôr o corpo em um caixão novo e, para surpresa de todos, encontraram o padre não só absolutamente incorrupto como também com os membros frescos e flexíveis como os de um corpo de alguém que dorme.

Então os frades puseram-no num caixão novo e resolveram deixa-lo descoberto exposto à piedade dos devotos. Assim, pode-se constatar que este cadáver transpirava. Devido à falta de cuidado, o rosto do padre sofreu assaltos dos fanáticos que desejavam possuir relíquias ao longo dos vinte e oito anos que o corpo permaneceu visível e acessível aos devotos e curiosos., Em 1927, decidiram coloca-lo junto aos mortos devido a estas agressões. O corpo do padre Cherbal foi colocado em um ataúde de cedro forrado de chumbo e posto num nicho aberto em uma das paredes da cripta da igreja de Annaya sendo que seu sepulcro foi lacrado com a data de 24 de junho de 1927.

Em 1950, ou seja, vinte e três anos depois um frade descobriu assombrado que uma estranha umidade estava começando a ser vertida daquela parede, pôs seus dedos e quando retirou-os estavam vermelhos, molhados de sangue. Então tornaram a exumar o corpo e este se encontrava igual que em 1927. No ato do desenterramento estavam presente uma comissão eclesiástica e uma delegação científica. Esta delegação esteve estudando o caso durante dois anos e emitiu o seguinte relatório oficial em 1952: "A delegação médica e científica não pôde deixar de constatar a evidência dos fatos, seu caracter excepcional e a ausência de qualquer intervenção humana. Nunca se procedeu, nem no passado, nem agora, a embalsamar o corpo do monge".

No dia 7 de agosto de 1956 quis-se, com grande segredo, executar uma última averiguação e tornou-se a abrir o caixão que estava com as paredes externas salpicadas de sangue. A corpo encontrava-se igual a como estava em 1927 e flutuava no líquido que havia estado segregando. Apenas suas poupas haviam apodrecido mas constatou-se que "as carnes cediam elasticamente sob a pressão dos dedos como as de um ser vivo e as articulações continuavam flexíveis". Tendo em viste todas estas constatações é pois certo que se voltássemos hoje para novamente inumar o corpo encontrá-lo-íamos igual a sempre. Seria interessantet mandar um pouco do tal líquido para análise a fim de averiguar se trata-se mesmo de sangue normal ou se as novas técnicas médicas constatariam alguma irregularidade.

"Nove dias depois de ter-se produzido o falecimento da bem-aventurada madre Maria Villani, decidiram abrir o peito do cadáver, mas o cirurgião encarregado da operação teve que retirar imediatamente sua mão de dentro da cavidade que havia praticado ao perceber que um intenso e extraordinário calor exalava dela."

Um acontecimento com repercussões judiciais do vampirismo clássico ocorreu em 1912, quando um certo granjeiro húngaro foi a um cemitério, desenterrou um cadáver, enfiou alhos e pedras em sua boca, e cravou-lhe uma estaca de madeira em seu peito, acreditando ter assim cumprido os requisitos de um antigo método transmitido por incontáveis gerações de pais e filhos. Oficialmente, não se registrou mais acontecimentos desta natureza mas devido ao caráter secreto da cerimônia parece difícil comprovar que eles não tenham mais ocorrido realmente.

Em 1892, em Exeter, Inglaterra, ocorreu um caso estranho: A família Brown parecia estar sendo vitimada por uma espécie de maldição, e várias mortes a atingiram. Após a morte da mãe e de suas duas irmãs, Edwin, que era um dos filhos, começou a apresentar sinais de fraqueza e nenhum remédio foi capaz de ajuda-lo. Então concluiu-se o pior, que uma das mulheres mortas devia estar vampirizando-o. Decidiu-se exumar os corpos e para isto retiraram os três caixões da cova no cemitério local. Dois caixões continham apenas esqueletos normais mas o terceiro, da irmã Mercy apavorou os presentes ao ser aberto. Mercy tinha o mesmo aspecto de quando fora enterrada e ainda havia sangue em seu coração. Não houveram dúvidas. Reduziram a pó o coração de Mercy com um preparado químico especial. Contudo, nem mesmo isto impediu a morte de Edwim.

Dois resumos de Twelve Years' Study of the Easten Question in Bulgaria (publicado em Londres em 1877) por Saint-Clair e Broth: "Exporemos agora as superstições búlgaras em seu estado mais puro, exposição digna de todo crédito já que um de nossos próprios serventes é filho de um destacado vampiro. Na atualidade está cumprindo penitência por ser Quaresma, privando-se de fumar e beber vinhos e licores, e ao mesmo tempo evitar a tendência e a herança da condição paterna." A segunda narrativa diz que "Quando um homem que tem sangue de vampiro nas veias - porque essa condição não é só epidêmica e endêmica, mas sim também hereditária - ou tem predisposição a converter-se em vampiro, morre, nove dias depois de seu enterro retorna ao mundo dos vivos adotando natureza etérea. A presença do vampiro, neste primeiro estágio, pode-se perceber no escuro por uma série de faíscas semelhantes às emitidas pelo pedernal ao bater no aço, e à plena luz, por uma sombra que se projeta na parede variando sua densidade de acordo com os anos de atividade desenvolvida pelo vampiro. Neste período de iniciação o vampiro é relativamente inofensivo, sendo só capaz de fazer brincadeiras semelhantes às do irlandês Phooka, às dos alemães Kobold e Gnome ou às do britânico Puck. Emite uivos com uma terrível voz ou se diverte chamando os habitantes da casa com carinhosos termos, sacudindo-os depois até enche-los de contusões."

Em 1863 declarou-se uma voraz epidemia de vampirismo nas longínquas aldeias da Bulgária. À noite, os aldeães acendiam velas e reuniam-se nas praças públicas, unidos ante seu espectral adversário. Queixavam-se de serem acossados pelos "oborus" que, segundo Dudley Wring em Vampires and Vampirism (1914), "... iluminavam as ruas com seus resplendores. Alguns dos mais decididos plasmavam suas sombras nas paredes das salas onde os camponeses estavam reunidos em assembléia, compartilhando seu medo, enquanto que eles uivavam, gritavam e juravam do outro lado das portas, entravam nas casas abandonadas, salpicavam com sangue o chão e reviravam e sujavam tudo, inclusive as imagens dos santos com estrume de vaca, até que uma anciã, suspeita de desenvolver atividades relacionadas com a bruxaria, foi descoberta e com ela o espírito causador de tantas perturbações, depois do qual, a aldeia recuperou a paz e a liberdade".

Esta notícia foi retirada de um artigo do jornal francês Figaro, edição de Outubro de 1874: "Deveremos acreditar em vampiros ? Possivelmente muitos de nós discutimos a este respeito ao tomarmos conhecimento da morte do conde romeno Borolojovak, falecido em Paris há pouco mais de uma semana. Exilara-se em França para fugir à sua Romênia natal, porque a vizinhança pensava que todos os membros da sua família se transformavam em "vampiros" após a morte. Pouco tempo antes de abandonar a vida terrena, fez o seu hospedeiro parisiense jurar que lhe arrancava o coração imediatamente após a sua morte. Era, pensava ele, o único meio de esconjurar a maldição e pôr termo à sua estranha enfermidade. Era deste modo que se procedia outrora, na Europa Central, para destruir os "mortos-vivos" e os impedir de praticar o mal para além do túmulo[...]"

Nota encontrada no Dictionnaire de Théologie Catholique, do abade Migne (Paris, 1852), na rubrica "vampiros", tomo 49, página 785: Ö que há de mais notável na história dos vampiros é que eles partilharam com os filósofos, esses outros demônio, a honra de espantarem e perturbarem o século XVIII. Foram eles que assustaram a Lorena, a Prússia, a Silésia, a Polônia, a Morávia, a Áustria, a Rússia, a Boêmia e todo o norte da Europa, enquanto os demolidores da Inglaterra e da França derrubavam as crenças, dando a impressão de que não atacavam senão os enganos populares ..."

"Num relatório que o coronel March Botta Adorna entregou no tribunal marcial de Belgrado, a 26 de Janeiro de 1732, foi pedida uma recompensa para o dito cirurgião do regimento (Johann Flüchnger) e para os seus adjuntos, pois eles mereciam "uma boa recompensa, por causa dos incômodos que tiveram e pelo extraordinário inquérito que conduziram" (até aqui é Ludwing von Thalloczy quem narra).

O inquérito acima mencionado foi precedido por um outro exame médico, que publicamos fielmente, segundo os documentos. O relatório não está assinado (Hungria, 29 de Fevereiro de 1732):

"Relatório sobre a comuna rural de Metwett, na Morávia, que se queixava de um morto acerca do qual, na qualidade de médico legista em Parakin, procedi a exames e a um inquérito minucioso na própria vila, andando de casa em casa, no dia 12 de Dezembro de 1731. Como não encontrei nenhum sinal de doença infecciosa ou de estados contagiosos, tais como febre, terçã ou quartã, pleurisia ou afecção pulmonar, que resultam de indisposições contraídas antes do jejum, desenvolvi o meu inquérito e perguntei porque se queixam assim. Soube que treze pessoas tinham morrido no espaço de seis semanas e quando perguntei de que é que se queixavam antes de morrer, declararam todos a mesma coisa. Haviam tido sintomas semelhantes aos da pleurisia e da afecção pulmonar e igualmente grandes febres e dores semelhantes às provocadas pelo reumatismo, mas supunham que esses estados eram devido à existência de Vampiros. Ajudados pelos seus próprios governantes e em presença do chefe de Kragolas. o cabo Von Stallada, tentei fazer que a idéia lhes saísse do espírito, explicando-lhes que não podiam conservar tal suposição. Entretanto, responderam que preferiam ir para outro lado antes que fossem assassinados daquela maneira. Como de costume, duas ou três famílias reuniram-se de noite; uns velavam, outros dormiam, julgando que as mortes não cessariam enquanto uma autoridade competente não ordenasse a execução desses Vampiros. Em seguida, disseram-me que houve na localidade duas mulheres que em vida se tinham transformado em Vampiros e que, após a morte, elas próprias tinham vindo atacar outras pessoas. Também me informaram que essas mulheres tinham sido enterradas há sete semanas, e as pessoas estavam, em sua opinião, perfeitamente convictas acerca deste assunto, particularmente no respeitante à mais velha. Por isso, mandei abrir a sepultura de dez pessoas, para poder fazer um relatório aprofundado sobre estes fatos, e em primeiro lugar a da mulher mais velha chamada Miliza, a qual segundo pensavam, estava na origem de tudo.

Vampiro de 50 anos, morta há sete semanas. Tinha vindo da Turquia (viera de Montenegro que estava então ocupada pelos turcos) há seis anos e fixara-se em Metwett. Durante todo esse tempo os vizinhos viveram sem saber se ela acreditava no Diabo. De constituição magra e seca. Contava aos vizinhos que, noutros tempos, tinha comido carne de duas vítimas de Vampiros, e era por isso que quando morresse tornar-se-ia por sua vez Vampiro. Foi baseado nestas conversas que o povo fez o seu julgamento. Com efeito, vi o cadáver desta mulher. Como tinha sido de constituição magra e seca e morrera velha, era de crer que ao fim de sete semanas de enterrada, estivesse em semi decomposição.

Contudo achamos que estava mais gorda e pareceu-nos ensopada em sangue: um sangue fresco corria-lhe das narinas e da boca. Tudo isto me pareceu extravagante. Não se podia deixar de dar razão às pessoas.

Pelo contrário, após serem abertos alguns dos túmulos que encerravam adolescentes que eram em vida gordos e tinham morrido após uma doença breve e menos grave que a da velha, notei que os cadáveres apresentavam uma decomposição normal.

A outra mulher acusada de ser Vampiro, de nome Stanno, tinha morrido de parto. A criança tinha vindo ao mundo mas ela morrera logo após, com vinte anos. Chegou a confessar aos vizinhos que, quando esteve na Turquia, onde os Vampiros reinavam igualmente em grande número, a fim de se proteger deles, se tinha untado com o sangue de um Vampiro executado. Por isso, quando morresse, tornar-se-ia por sua vez Vampiro. Dizia-se que era do mesmo tipo físico da primeira. A criança, que pouco mais tempo tivera de vida, foi enterrada fora do cemitério, visto que nem sequer havia sido batizada; a sua sepultura ficava atrás de uma sebe, perto do sítio onde a mãe tinha morado. Vi igualmente o cadáver dessa criança. Os outros, que eram da mesma constituição, tinham morrido uns após os outros com pequenos intervalos e, segundo a crença das pessoas, tinham-se igualmente se transformado em Vampiros.

Eram, ainda segundo a mesma gente, Milloi, um rapaz de quatorze anos, falecido há cinco semanas e Joachim, um rapaz de quinze anos que também morrera a cinco semanas. Tinham morrido com um dia de intervalo, na seqüência de indisposições na altura do jejum, aquando de uma festa numa aldeia: Heyduckhen. Eram da mesma constituição que os outros.

Pudemos igualmente observar:
Ruschiza, uma mulher de quarenta anos, falecida há quinze dias, era parcialmente suspeita.
Peter, uma criança com quinze dias que morrera há cinco semanas, era, por seu lado, muito suspeito.
Enfim, porque aqueles eram novos e tinham, igualmente, sido sepultados há muito pouco tempo (morreram de doença grave) e estavam decompostos como devia ser, os habitantes de Metwett perguntaram a si próprios porque estes e não os outros... Pois eram adolescentes e mais fortes, mais corpulentos e mais frescos que os outros. E já estavam plenamente decompostos. Esta argumentação não parece má, evidentemente!
Aconteceu o mesmo com os casos seguintes:
Milosowa, da aldeia de Heyduckhen, com trinta anos, falecida há três semanas.
Radi, um rapaz de vinte e quatro anos, sepultado há três semanas.
Wutschza, uma criança de nove anos, falecida há um mês.
A fim de afastar esta calamidade, pediam respeitosamente que a execução destes suspeitos fosse efetuada, por ordem de uma autoridade competente, o que eu acho necessário, a fim de satisfazer estes indivíduos, e sendo esta vila relativamente importante."
"Pologojowits (Pedro) - Vampiro que espalhou o terror no ultimo século na aldeia de Kisolova, na Hungria, onde fora enterrado há dez semanas. Apareceu de noite a alguns habitantes da dita aldeia, durante o sono, e apertou-lhes de tal modo a garganta que morreram dentro de vinte e quatro horas. Fez deste modo pessoas, tanto velhos como novos, no espaço de oito dias.

A própria viuva de Plogojowits declarou que o marido tinha vindo pedir-lhe os sapatos, o que a assustou de tal modo que deixou a aldeia de Kissilva. Estas circunstâncias levaram os habitantes da aldeia a tirar da terra o corpo de Plogojowits e queima-lo, a fim de se livrarem de suas infestações. Descobriram que o corpo não exalava qualquer mau odor, que estava inteiro e como vivo, à exceção do nariz, que parecia enrugado; que os cabelos e a barba tinham crescido, e que em substituição das unhas antigas, que tinham caído, haviam crescido outras; que sob a primeira camada de pele, que parecia morta e esbranquiçada, existia uma outra, sã e de cor natural. Notaram também sangue fresco na boca, que Vampiro tinha certamente sugado das pessoas que matara. Mandou-se procurar uma estaca aguçada, que se espetou no peito, de onde saiu uma grande quantidade de sangue fresco e vermelho, (e também jorrou sangue) tanto pelo nariz quanto pela boca (como se o tivesse vomitado). Em seguida, os aldeões puseram o corpo sobre uma fogueira, e reduziram-no a cinzas, e ele nunca mais sugou."

Supõem-se que este seja o mesmo vampiro do seguinte trecho de Glaneur Hollandais, em Lettres Juives, do Marquês Boyer d' Argens, nova edição de 1738, carta número 137: "Acabou de ocorrer nos quartéis da Hungria uma cena de vampirismo que foi devidamente atestada por dois oficiais de Belgraro, que se deslocaram ao local, e por um oficial das tropas do imperador, em Gradish, o qual foi testemunha ocular dos processos.

Nos princípios de setembro, morreu na vila de Kisilova, a três léguas de Grandish, um velho com a idade de sessenta e dois anos. Três dias depois de ter sido enterrado apareceu ao filho, pedindo-lhe de comer. Este serviu-o, ele comeu e desapareceu. No dia seguinte o filho contou aos vizinhos o que acontecera. Nessa noite o pai não apareceu, mas na noite seguinte voltou e pediu comida. Não se sabe se o filho lha deu ou não, mas o fato é que este foi encontrado morto na cama. No mesmo dia cinco ou seis pessoas adoeceram subitamente naquela vila, e uma após a outra acabaram por morrer poucos dias depois.

O magistrado da localidade foi informado do que tinha acontecido e remeteu uma relação ao tribunal de Belgrado, que enviou à vila de Kisilova dois dos seus oficiais e um carrasco a fim de examinar o fato. O oficial imperial que enviara a relação deslocou-se também de Grandish, para ser testemunha de um fato do qual tinha ouvido falar muitas vezes.

Foram abertos todos os túmulos dos que tinham morrido há menos de seis semanas. Quando se chegou ao do velho, este foi encontrado de olhos abertos, com uma cor vermelha, respirando naturalmente, e contudo imóvel como um morto. Donde se concluiu que era mesmo um Vampiro. O carrasco espetou então uma estaca no coração. Fez-se uma fogueira e o cadáver foi reduzido a cinzas.

Graças a Deus, nós não somos mais do que crédulos! Reconhecemos que todas as luzes da física que podemos aproximar deste caso não descobrem nada acerca das causas. Contudo, não podemos negar-nos a acreditar num fato juridicamente comprovado; e por pessoas de probidade..."