terça-feira, 30 de outubro de 2007

Ritual de Proteção

Tenha consigo os seguintes materiais (serão utilizados na representação dos Elementais da Natureza).
- 1 cristal (para o elemento Terra)
- 1 cálice ou taça com água mineral até a borda (para o elemento Água)
- 1 incenso de sua preferência (para o elemento Ar)
- 1 vela branca (para o elemento Fogo)
Faça uma cruz no chão, representando os pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste.
Coloque o cristal no ponto marcando Norte; o cálice com a água no ponto Oeste; o incenso (de preferência em um incensório) no ponto marcado por Leste e finalmente, no ponto Sul coloque a Vela Branca.
Faça uma oração qualquer (a que você mais goste), antes de começar a invocação.
Primeiramente, pegue o cristal na mão e segure-o firmemente, dizendo: "EU (seu nome) SAÚDO A TERRA, A NATUREZA, TODOS OS SEUS ELEMENTOS E A SUA FORÇA. EU AGRADEÇO POR TUDO QUE A TERRA ME PRESENTEIA TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA. PEÇO QUE A ENERGIA DA TERRA ESTEJA SEMPRE PRESENTE E ME TRAGA CORAGEM, ESTÍMULO, DISCIPLINA, CONFORTO, ESTABILIDADE E SAÚDE. EU PEÇO A TERRA QUE, REPRESENTADA POR ESTE CRISTAL, ME PROTEJA E ME AJUDE SEMPRE. ASSIM SEJA."
Coloque o cristal de volta no lugar. Em seguida, erga o cálice (ou taça) de água para o céu e diga: "EU (seu nome) SAÚDO TODOS OS ELEMENTAIS E AS DEUSAS DA ÁGUA. AGRADEÇO À ÁGUA POR TODA A ÁGUA EXISTENTE NO PLANETA, PELA ÁGUA QUE BEBO E DE QUE NECESSITO PARA VIVER. PEÇO AO ELEMENTO ÁGUA INTUIÇÃO, CLAREZA, VISÃO, ENERGIA, FORÇA MÁGICA. EU PEÇO QUE A ÁGUA CONTIDA NESSA TAÇA ME PROTEJA E ME AJUDE SEMPRE. ASSIM SEJA."
Coloque a taça com a água no lugar. Depois, acenda o incenso e espalhe sua fumaça pelo ar, dizendo: "EU (seu nome) SAÚDO E INVOCO TODOS OS ELEMENTAIS DO AR. AGRADEÇO PELO AR QUE RESPIRO, PELOS VENTOS, PELA INTELIGÊNCIA, PELA CRIATIVIDADE, PELAS MINHAS VIRTUDES RACIONAIS. PEÇO AO ELEMENTO AR CAPACIDADE DE RACIOCÍNIO, CLAREZA DE IDÉIAS, CONDIÇÃO DE CRIAR E SER FELIZ. EU PEÇO QUE A FUMAÇA DESTE INCENSO QUE SE DESPRENDE NO AR ME PROTEJA E ME AJUDE SEMPRE. ASSIM SEJA."
Novamente, coloque o incenso no seu lugar. Agora é a vez da vela. Acenda-a e diga: "EU (seu nome) SAÚDO E INVOCO TODOS OS ELEMENTAIS DO FOGO. PEÇO A INTUIÇÃO SAGRADA E A ENERGIA CURATIVA E CRIADORA DO FOGO. AGRADEÇO AO FOGO PELA VIDA. EU PEÇO QUE O CALOR QUE SE DESPRENDE DA CHAMA DESTA VELA SIRVA PARA OS MAIS NOBRES FINS, BEM COMO NA MINHA PROTEÇÃO E CUIDANDO DE MIM, ENQUANTO EU VIVER. ASSIM SEJA."
Agora, que a invocação chegou ao fim, você deve tomar os seguintes procedimentos: o cristal, servirá como um amuleto de proteção e auxílio, então leve-o sempre e carregue-o consigo; tome a água do cálice. Essa água, que fez parte da invocação, ajuda nas realizações mágicas (feitiços ou dicas mágicas) que você realizará. Já o incenso e a vela, deixe-os queimar até o fim. O que sobrar (o pó do incenso e a cera derretida da vela) é para ser jogado em um jardim ou água corrente

Ritual das Almas Gêmeas

Uma cerimônia mágica e simples para você encontrar seu par perfeito...

Você está feliz no amor ou já entrou para o time dos que desistiram de sonhar com o par ideal? Se estiver no segundo grupo, não desanime! O amor verdadeiro não tem idade para acontecer e independe de você ter ou não um corpo malhado, um rosto lindo de morrer ou a conta corrente recheada de dinheiro. Pois o Amor, com “A” maiúsculo, é um sentimento maior, infinito, transcendente - enfim, é a união perfeita de duas almas que se encontram para dar continuidade a um romance eterno.

O primeiro passo para você atrair sua alma gêmea é harmonizar-se internamente. Senão, existe o risco de você cruzar o caminho dessa pessoa e nem se aperceber do quanto esse encontro é especial. Ou de desperdiçar esse relacionamento em nome de outras ilusões, de falsas buscas, de antigos traumas... Portanto, para “merecer” esse amor, é preciso estar com o coração limpo e o espírito receptivo.

A meditação que ensinamos a seguir é uma técnica eficiente e prazerosa, mas que exige uma certa disciplina, pois seu sucesso está associado à sua freqüente repetição. Se você quer mesmo encontrar sua outra metade, incorpore essa prática ao seu dia-a-dia. Você não vai se arrepender!

Procedimento:

1. Às sextas-feiras - dia de Vênus -, sempre às 6 da manhã, ao meio-dia ou às 6 da tarde, recolha-se a um lugar tranqüilo e silencioso. Acenda uma vela branca e ofereça-a mentalmente ao seu Eu superior (que é a centelha divina que resplandece dentro de você). Acenda também um incenso de almíscar, alfazema, jasmim ou sândalo.
2. Mentalize que você está passeando por um jardim repleto de rosas cor-de-rosa. Inspire e expire lenta e profundamente pelas narinas, visualizando uma névoa rosada envolvendo todo o seu corpo. Relaxe, sinta essa energia de amor penetrando pela sua pele e procure captar um som suave e harmonioso que vibra bem no seu íntimo. Entregue-se à leveza e à doçura desse momento, no qual não existem problemas e em que todos os sonhos são possíveis.
3. Em voz alta, recite as seguintes palavras: Estou envolvido(a) pela aura da felicidade, do sucesso, da saúde e do romance da magia branca. Harmonizo minha alma com o ritmo da alma do universo. Torno-me amoroso(a) e piedoso(a), afável e delicado(a). Agora harmonizo meus centros psíquicos superiores com o raio do amor divino e universal. Sei que o Eterno quer que eu encontre minha alma gêmea. Assim, projeto o magnetismo do amor que a atrairá para mim. Peço orientação e intuição para encontrá-la. Sei que Deus é amor e estou em sintonia com as ondas cósmicas do amor espiritual e físico.

Pronto! Você está fazendo sua parte! Mas pode acontecer de você encontrar sua alma gêmea, “reconhecê-la”, envolver-se... E descobrir que ela não está preparada para se relacionar tão profundamente! Isso seria uma pena! Mas, nesse caso - e sempre que rolar uma desilusão amorosa -, lembre-se de que o mais importante é estar de bem com você mesmo e tornar-se auto-suficiente. Porque o amor tem de ser um complemento bom para a vida, e não um fardo pesado ou uma fonte de sofrimento. Vá em frente, sem medo de ser feliz!

vampirosmo espiritual


"Muitos acometem os adversários que ainda se entrosam no corpo terrestre,
empolgando-lhes a imaginação com formas mentais monstruosas,
operando perturbações que podemos classificar como "infecções fluídicas"
e que determinam o colapso cerebral com arrasadora loucura."

PARASITISMO NOS REINOS INFERIORES - Comentando as ocorrências da obsessão e do vampirismo no veículo fisiopsicossomático, é importante lembrar os fenômenos do parasitismo nos reinos inferiores da Natureza.
Sem nos reportarmos às simbioses fisiológicas, em que microorganismos se albergam no trato intestinal dos seus hospedadores, apropriando-se-lhes dos sucos nutritivos, mas gerando substâncias úteis à existência dos anfitriões, encontraremos a associação parasitária, no domínio dos animais, à maneira de uma sociedade, na qual um das partes, quase sempre após insinuar-se com astúcia, criou para si mesma vantagens especiais, com manifesto prejuízo para a outra, que passa, em seguida, à condição de vítima.
Em semelhante desequilíbrio, as vítimas se acomodam, por tempo indeterminado, à pressão externa dos verdugos; contudo, em outras eventualidades, sofrem-lhe a intromissão direta na intimidade dos próprios tecidos, em ocupação impertinente que, às vezes, se degenera em conflito destruidor e, na maioria dos casos, se transforma num acordo de tolerância, por necessidade de adaptação, perdurando até a morte dos hospedeiros espoliados, chegando mesmo a originar os remanescentes das agregações imensamente demoradas no tempo, interferindo nos princípios da hereditariedade, como raízes do conquistador, a se entranharem nas células que lhes padecem a invasão nos componentes protoplasmáticos, para além da geração em que o consórcio parasitário começa.
Em razão disso, apreciando a situação dos parasitas, perante os hospedeiros, temo-los por ectoparasitas, quando limitam a própria ação às zonas de superfície, e endoparasitas, quando se alojam nas reentr6ancias do corpo a que se impõem.
Não será lícito esquecer, porém, que toda simbiose exploradora de longo curso, principalmente a que se verifica no campo interno, resulta de adaptação progressiva entre o hospedador e o parasita, os quais, não obstante reagindo um sobre o outro, lentamente concordam na sociedade em que persistem, sem que o hospedador considere os riscos e perdas a que se expõe, comprometendo não apenas a própria vida, mas a existência da própria espécie.

OBSESSÃO E VAMPIRISMO - Em processos diferentes, mas atendendo aos mesmos princípios de simbiose prejudicial (Vide "Parasitismo nos Reinos Inferiores", mesmo cap.), encontramos os circuitos de obsessão e de vampirismo entre encarnados e desencarnados, desde as eras recuadas em que o espírito humano, iluminado pela razão, foi chamado pelos princípios da Lei Divina e renunciar ao egoísmo e à crueldade, à ignorância e ao crime.
Rebelando-se, no entanto, em grande maioria, contra as sagradas convocações, e livres para escolher o próprio caminho, as criaturas humanas desencarnadas, em grande número, começaram a oprimir os companheiros da retaguarda, disputando afeições e riquezas que ficavam na carne, ou tentando empreitadas de vingança e delinqüência, quando sofriam o processo liberatório da desencarnação em circunstâncias delituosas.
As vítimas de homicídio e violência, brutalidade manifesta ou perseguição disfarçada, fora do vaso físico, entram na faixa mental dos ofensores, e conhecendo-lhe a enormidade das faltas ocultas, e, ao invés do perdão, com que se exonerariam da cadeia de trevas, empenham-se em vinditas atrozes, retribuindo golpe a golpe e mal por mal.

INFECÇÕES FLUÍDICAS - Muitos acometem os adversários que ainda se entrosam no corpo terrestre, empolgando-lhes a imaginação com formas mentais monstruosas, operando perturbações que podemos classificar como "infecções fluídicas" e que determinam o colapso cerebral com arrasadora loucura.
E ainda muitos outros, imobilizados nas paixões egoísticas desse ou daquele teor, descansam em pesado monoideísmo, ao pé dos encarnados, de cuja presença não se sentem capazes de afastar-se.
Alguns, como os ectoparasitas temporários, procedem à semelhança dos mosquitos e dos ácaros, absorvendo as emanações vitais dos encarnados que com eles se harmonizam, aqui e ali; mas outros muitos, quais endoparasitas conscientes, após se inteirarem dos pontos vulneráveis de suas vítimas, segregam sobre elas determinados produtos, filiados ao quimismo do Espírito, e que podemos nomear como simpatinas ou aglutininas mentais, produtos esses que, sub-repticiamente, lhes modificam a essência dos próprios pensamentos a verterem, contínuos, dos fulcros energéticos do tálamo, no diencéfalo.
Estabelecida essa operação de ajuste, que os desencarnados e encarnados, comprometidos em aviltamento mútuo, realizam em franco automatismo, à maneira dos animais em absoluto primitivismo nas linhas da Natureza, os verdugos comumente senhoreiam os neurônios do hipotálamo, acentuando a própria dominação sobre o feixe amielínico que liga o córtex frontal, controlando as estações sensíveis do centro coronário que aí se fixam para o governo das excitações, e produzem nas suas vítimas, quando contrariados em seus desígnios, inibições de funções viscerais diversas, mediante influência mecânica sobre o simpático e o parassimpático. Tais manobras, em processos intrincados de vampirismo, prestigiam o regime de medo ou de guerra nervosa nas criaturas de que se vingam, alterando-lhes a tela psíquica ou impondo prejuízos constantes aos tecidos somáticos.

PARASITAS OVÓIDES - Inúmeros infelizes, obstinados na idéia de fazerem justiça pelas próprias mãos ou confiados a vicioso apego, quando desafivelados do carro físico, envolvem sutilmente aqueles que se lhe fazem objeto de calculada atenção e, auto-hipnotizados por imagens de afetividade ou desforço, infinitamente repetidas por eles próprios, acabam em deplorável fixação monoideísta, fora das noções de espaço e tempo, acusando, passo a passo, enormes transformações na morfologia do veículo espiritual, porquanto, de órgãos psicossomáticos retraídos, por falta de função, assemelham-se a ovóides, vinculados às próprias vítimas que, de modo geral, lhes aceitam, mecanicamente, a influenciação, à face dos pensamentos de remorso ou arrependimento tardio, ódio voraz ou egoísmo exigente que alimentam no próprio cérebro, através de ondas mentais incessantes.
Nessas condições, o obsessor ou parasita espiritual pode ser comparado, de certo modo, à Sacculina carcini, que, provida de órgãos perfeitamente diferenciados na fase de vida livre, enraiza-se, depois, nos tecidos do crustáceo hospedador, perdendo as caracterísitcas morfológicas primitivas, para converter-se em massa celular parasitária.
No tocante à criatura humana, o obsessor passa a viver no clima pessoal da vítima, em perfeita simbiose mórbida, absorvendo-lhe as forças psíquicas, situação essa que, em muitos casos, se prolonga para além da morte física do hospedeiro, conforme a natureza e a extensão dos compromissos morais entre credor e devedor.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

RITUAL DE TIAMAT PARA A CRIATIVIDADE

Para este ritual você necessitará:


Três velas brancas
Uma bacia ou um cálice que contenha água com sal


É ideal você realizar este ritual ao ar livre e à luz da Lua Cheia.

Comece seu ritual purificando seu espaço de trabalho e seus instrumentos. Trace o círculo. Invoque uma deusa lunar para cada elemento. Você pode invocar Tiamat para o elemento água. Coloque a bacia ou cálice de modo que você possa ver na água o reflexo da lua. Peça então para que as Deusas abençoem a água salgada com seus poderes surpreendentes de criatividade.

Pense nos aspectos de sua vida que podem ser beneficiados com toda esta criatividade. Então levante o cálice (ou bacia) e derrame a água sobre você (dos ombros para baixo). Deixe que a energia criativa de Tiamat flua. Em seguida sentirá que o poder criativo está incorporado à você.

Agradeça as Deusas da Lua que você invocou e abra o círculo.

Texto pesquisado e desenvolvido por

TIAMAT, A DEUSA DRAGÃO

O reino da Babilônia se desenvolveu ao sul da Mesopotâmia durante 2200 até 538 a. C., quando os persas conquistaram a cidade. Os babilônios eram os herdeiros do grande legado cultural dos antigos sumérios.

Para os babilônios como para o sumérios, o rei obtinha sua autoridade diretamente dos Deuses. Por exemplo, o rei Hammurabi afirmava que havia recebido as leis de seu Código diretamente da mão do Deus Sol Shamash. Os reis eram tão importantes que, em anos recentes, o agora condenado ditador Saddam Hussein (nascido em 1937), justificava em parte sua soberania sobre o Iraque atual, comparando-se com o rei Nabucodonosor, que governou desde o ano de 606 até 562 a. C.

A história de Tiamat pode ser encontrada no épico babilônico Enuma Elish, data do século XIX-XVI a. C., que foi cantada ante a estátua de Marduk, Deus principal babilônico, celebrando a fundação do mundo e da própria Babilônia que era o centro do mundo.

Tudo inicia-se com o caos aquático. Apsu a água doce que origina rios e riachos, e Tiamat, o mar ou as águas salgadas (representada na forma de um dragão), combinam seus poderes para criar o universo e os Deuses. Os primeiros dois Deuses chamaram-se: Lachmu e Lachamu. A primeira prole se reproduziu e formou-se outra prole. Esses Deuses irritavam profundamente Apsu que convocou seu auxiliar Mummu e foram juntos a Tiamat, a quem disseram que a descendência de ambos deveria ser eliminada para que regressasse a tranqüilidade. Tiamat, entretanto, enfureceu-se rechaçou a idéia, pois embora estivesse perturbada com os ruídos dos deuses, os perdoava.

As crianças-Deuses acabam descobrindo que Apsu tinha plano de matá-las e enviam o Deus Ea para matá-lo primeiro.



Tiamat não apoiava os planos de Apsu de destruir seus filhos mas, diante da morte de seu esposo, passa a lutar contra eles. A Deusa encontra outro companheiro, Kingu, com quem gera vários monstros: serpentes de garras venenosas, homens-escorpiões, leões-demônios, monstros-tempestade, centauros e dragões voadores. Depois, partiu para a retaliação.

Antes designou Kingu como chefe de seu exército dizendo:

-"Exaltando-te na assembléia dos Deuses, eu te dou o poder para dirigir todos eles. Tu és magnífico e meu único esposo. Que os Anunnaki exaltem teu nome." Entregou-lhe então as Tábuas do Destino.



As crianças-Deuses temiam lutar contra Tiamat até que Marduk, filho de Ea, decidi lutar contra ela. O restante dos deuses rebentos prometeram a Marduk que, em caso de vitória, ele seria coroado como rei dos Deuses.

Marduk teceu uma rede e apanhou Kingu e todos os monstros. Ele os acorrentou e os atirou no Submundo. Partiu então para matar Tiamat. Primeiro Marduk cegou o dragão com seu disco mágico, possivelmente representado pelo próprio sol, pois o Deus era também um herói-solar. Depois feriu mortalmente Tiamat com uma lança, símbolo da vontade criativa e procriação. O herói teve ainda o auxílio dos sete ventos para destruir Tiamat. Com metade do corpo dela ele fez o céu, e com a outra metade a Terra. Tomou sua saliva e formou as nuvens e de seus olhos fez fluir o Tigre e o Eufrates. Finalmente de seus seios criou grandes montanhas.



Os humanos foram criados a partir do sangue de Kingu misturado com terra. Marduk, de posse das Tábuas do Destino, criou em seguida, uma habitação para os Deuses no céu, fixou as estrelas e regulou a duração do ano e fundou a cidade da Babilônia para que fosse sua residência terrestre.

Outros mitos, descrevem o processo de criação como um fluxo contínuo de energias originadas do sangue menstrual de Tiamat, armazenado no Mar Vermelho ou Tiamat, em árabe. Foi essa a razão pela qual, mesmo após a interpretação patriarcal do mito, na qual foi acrescentada a figura de Marduk, que teria matado Tiamat, o Dragão do Caos e criado o mundo com seu corpo, foi mantido na Babilônia, durante muito tempo, o calendário menstrual, celebrando os Abbats e nomeando os meses do ano de acordo com as fases da Lua.



O mistério de Tiamat e de Marduk era comemorado anualmente na Babilônia durante o Ano Novo ou no festival de Akitu.

Pouco resta da magnífica cidade da Babilônia, somente uns quatro bancos de barro às margens do rio Eufrates, sul da atual Bagdá, Iraque. Porém um dia, a cidade da Babilônia foi famosa por seus "jardins suspensos", uma das maravilhas do antigo mundo. No coração da cidade estava o templo de Marduk, a Casa da Fundação do Céu e da Terra.



Como em incontáveis mitos, a origem de toda a vida teria vindo do mar primordial, quer na terra, ou no céu, mas o que existe de comum em todas estas possíveis procedências são as trevas primordiais. São delas que se origina a luz, sob a forma de luz ou estrelas e do dia acompanhado pelo sol. É esse fator comum, a escuridão da noite primordial como símbolo do inconsciente que explica a identidade entre o céu noturno, terra, mundo inferior e água primordial anterior à luz. Com efeito, o inconsciente é a mãe de todas as coisas, e tudo o que surgiu depois e permanece na luz da consciência está em uma relação filial com a escuridão. Designamos como urobórica, essa situação psíquica primordial, que abrange os opostos e, ma qual os elementos masculinos e femininos, os inerentes à consciência e os hostis a ela, confundem-se uns com os outros.



Na Babilônia, a unidade masculino-feminina dos uroboros era constituída por Tiamat e Apsu, que representavam o caos primordial da água. Mas é Tiamat, o verdadeiro elemento de origem, a mãe de todos os deuses, e a possuidora das tábuas do destino.

A existência original de Tiamat também resulta do fato desta ter sobrevivido à morte de Apsu e, quando finalmente derrotada pelo Deus-sol patriarcal Marduk, formam-se a partir de seu corpo a abóbada celeste superior e a abóbada inferior das profundezas. Assim, mesmo depois de ter sido derrotada, ela permanece como o Grande Círculo que tudo contém.



Tiamat, não é apenas o monstro terrível (dragão) do abismo, tal como a via o mundo patriarcal daquele que a venceu, Marduk. Ela é não só geradora, como também a mãe legítima de suas criaturas, que se enfureceu quando Apsu decidiu matar os deuses que eram seus filhos. Somente depois destes terem assassinado Apsu, seu marido, o pai primordial, é que ela dá inicia à sua vingança e propaga a sua força destruidora.

Tiamat representa o poder irracional dos primórdios e do inconsciente criador. Mesmo na morte, ela continuou a representar o mundo superior e o inferior. Marduk, ao contrário, é um legislador. A cada uma das forças celestes ele atribuiu um lugar fixo e, como Deus bíblico do Gênese, organizou o mundo segundo leis racionais que correspondem à consciência e sua natureza solar.



O caráter numinoso da Grande Deusa ainda se manifesta na forma de um Dragão em Tiamat, entretanto, é mais freqüente este deusa primitiva surgir despida e com características sexuais acentuadas quando a ênfase recai em sua fecundidade e em seu caráter sexual.

Taimat não é uma Deusa cruel, mas seus templos eram escondidos, devido a sua impopularidade, provavelmente por causa dos sacrifícios humanos que faziam parte de seus rituais. Isto mudou, em algumas cidades do Império, quando Tiamat passou a ser adorada abertamente e onde, os rituais mais sangrentos eram executados raramente. Tiamat representa todos os cinco elementos chineses: terra, água, fogo, ar e metal.



A DERROTA DA DEUSA

O Enuma Elish é a primeira história da substituição de uma Deusa Mãe por um deus que "fabrica" a criação como algo distinto e separado de si mesmo. Em todos os mitos da Idade do Ferro (que começa em 1250 a.C.) em que um deus do céu ou do sol vence a uma grande serpente ou dragão, podemos encontrar traços desse poema épico babilônico, nele a humanidade foi criada a partir do sangue de um deus sacrificado, e não há útero de uma Deusa primordial. Sua influência pode ser rastreada ao longo da mitologia hitita, assíria, persa, cananeia, hebréia, grega e romana.

Na cultura da Deusa, a concepção da relação entre "criador" e "criação" se expressa na imagem da Mãe, como "zoé", a fonte eterna, dando a luz a seu filho como "bios", a vida eterna criada no tempo, que está viva e que ao morrer regressa à fonte. O filho era a parte que emergia do todo, através da qual o todo podia chegar a conhecer-se a si mesmo. A medida que o deus "cresceu" no transcurso da Idade do Bronze, chegou a ser consorte da Deusa e em algumas ocasiões co-criador com ela. Porém, na Idade do Ferro a imagem da relação representada no matrimônio sagrado desaparece e se perde o equilíbrio entre as imagens feminina e masculina da divindade que derivava da dita cerimônia.

Agora, um deus pai se estabelece em uma posição de supremacia em relação à Deusa Mãe, e se transforma paulatinamente em um deus sem consorte das três religiões patriarcais que hoje em dia conhecemos: o judaísmo, o cristianismo e o islam. O deus é então o único criador principal, quando antes era a Deusa quem havia sido a única fonte da vida. Porém, o deus se converte em fazedor do céu e da terra, enquanto que a Deusa era o céu e a terra. O conceito de "fazer' difere radicalmente do de "ser", no sentido de que o que se faz e quem o faz não compartilham necessariamente da mesma substância; pode conceber-se o que se faz como inferior a quem o faz. No entanto, o que emerge da Mãe é necessariamente parte dela, como ela também é parte do que dela emerge.

Portanto, a identidade essencial entre criador e criação se quebrou e desta separação nasceu um dualismo fundamental, o conhecido dualismo entre espírito e natureza. No mito da Deusa esses dois termos carecem de significado se forem considerados em separado: a natureza é espiritual e o espírito é natural porque o divino é imanente à criação. No mito do deus, a natureza já não é "espiritual" e o espírito já não é "natural", porque o divino transcende da criação. O espírito não é inerente à natureza, mas está além dela e chega inclusive a converter-se em fonte da natureza. Assim, um novo significado se introduz na linguagem: o espírito se torna criativo e a natureza se torna criada. Esse novo tipo de mito da criação é resultado de uma ação divina que estabelece a ordem a partir do caos.

Podemos considerar esses mitos como relatos narrados pela humanidade em distintos momentos de evolução: ambos explorariam, deste ponto de vista, distintos modos de existir no universo. Porém, a atual tradição judeu-cristã, apresenta implicitamente o mito da dualidade de espírito e natureza como "dado", como inerente ao modo de ser das coisas. Aliás, sua origem na história humana se perdeu para a consciência: nas culturas patriarcais em que o deus pai se adorava como criador único não sobreviveu recordação alguma cuja forma possa conhecer-se das imagens anteriores da Deusa Mãe como criadora.

AS MUDANÇAS

O desejo de poder, junto com o medo, sempre presente, a ser atacado, explica em grande parte a necessidade de um deus cada vez mais poderoso, finalmente um deus "supremo", capaz de um unir um povo embaixo de uma causa comum de defesa ou ataque. Porém, como resultado do predomínio do deus pai do céu, apareceu uma idéia de tempo diferente. Esse já não se concedia como cíclico, segundo o modelo lunar da Deusa Mãe, que acolhia de volta os mortos em na escuridão de seu útero. O deus pai não podia acolher os mortos em seu interior, nem devolvê-los à terra para renascerem. Portanto, o tempo tornou linear aos olhos da humanidade: tinham um começo no nascimento e um final na morte. De maneira similar, a própria criação, elevada a uma proporção cósmica, tinha um começo absoluto e teria um final definitivo, que coincidiria com o triunfo final da luz sobre a escuridão, uma afirmação definitiva da vitória original que havia dotado de existência o universo.

Esse modelo de tempo linear é que influenciou o "mito da criação" do século XX, segundo o qual o "big bang" marcou o início da vida e é possível que também está por detrás do temor contemporâneo ante ao "big bang" apocalíptico que marque o final dos tempos.

Ritual a Lilith


I - O nome Lilith vem, provavelmente, da Suméria e significa: "aquela que se apoderou da Luz". Originalmente, Lilith tinha um só aspecto, "a terrível Deusa-Mãe". No desenrolar da evolução do mito, ela conservou dois aspectos singulares: . Como uma prostituta divina, ela tenta seduzir todos os homens; . E, como a terrível mãe, ela ambiciona prejudicar mulheres grávidas. Estes dois aspectos de Lilith são encontrados nas escrituras babilônicas como personificações de Camaschtu e Ishtar. Nos textos mágicos aramaicos ela aparece como um demônio, que causa tanto doenças corporais, esterilidade, aborto, como também perturbação psíquica. Dizem que ela não só aparece em sonhos e visões como, também, os provoca. Dos Códigos Antigos do Sacerdócio (Gênesis) consta que Lilith foi a primeira mulher de Adão. Deus criou Lilith, assim como Adão, do barro. Surge, assim, uma briga entre os dois, porque Lilith, no "movimento conjugal", não queria se deitar por baixo. Lilith se referia à criação com o mesmo barro e desejava igualdade de direitos. Como Adão não conseguia aceitar que Lilith se deitasse por cima, ela o abandona e atrai para si de volta o Mar Vermelho (Deus, então, cria para Adão uma mulher dócil - Eva. Pois ela é somente uma costela, para não poder se rebelar.). Podemos chamar Lilith para abortar crianças indesejadas. Para fazer correr desde aquele vizinho inoportuno, indesejável (não é à toa que um dos seus nomes é "a estranguladora"). Mas, também podemos chamá-la para nos ajudar a quebrar tabus ou nos livrar de nossos próprios padrões, conceitos e preconceitos.

II - Ritual:

RGP ( Banimento).

O templo é iluminado por uma vela. A Sacerdotisa, que está com o corpo pintado de preto, fica de cócoras no meio da sala. Os participantes entram nus e, um a um, no templo. Ao fundo um monótono tamborilar. Os participantes sentam em círculo em volta da Sacerdotisa.

Estabelecimento de Intenção:

"É nosso desejo, nos libertar de nossos preconceitos em relação à nossa conduta sexual." A música ressoa (de preferência: "Diamanda Galás - Deliver me from mine enemies") e as invocações passam a ser entoadas. Enquanto os participantes entoam um mantra, visualizam a sacerdotisa como Lilith ( ela é uma Deusa com duas grandes asas e enormes pés de aves com garras para agarrar as presas).

Para os mantras, os participantes são divididos em dois grupos:

Mantra l: KISIKIL LILAKE.

Mantra 2: KISIKIL UDDAKARA

( Os mantras são entoados alternadamente.).

Quando a Sacerdotisa incorpora, ela se levanta e começa a dançar. Em algum momento ela grita alto e os participantes encerram os mantras. Invocação Enochiana.

Após, a música recomeça e a Sacerdotisa busca um participante para dançar dentro do círculo. Cada participante joga uma pedra, como sacrifício para a Deusa, em um alguidar com um líquido vermelho e, então, outro participante entra no círculo. Os participantes dançam e carregam o Sacramento. Separam-se.

Agradecimento e RGP ( Banimento).

Invocação l :

Terrível ela é, impetuosa ela é, ela é uma Deusa, horrível ela é. Seus pés são como dos pássaros, seus cabelos são soltos, suas mamas são desnudas.

Suas mãos estão em carne e sangue.
Deusa Negra, preto sobre preto.
Sangue ela irá comer, sangue ela irá beber. Como um boi irá bramir, como um urso irá resmungar, como um lobo irá esmagar.

Invocação 2 :

Negra ela é, mas bela!

Seus lábios são vermelhos como a Rosa, mais doce que toda a doçura do mundo. Ela é a prostituta Lilith, ela que na escuridão voou do deserto para cá, para seduzir as pessoas. Ela é a causadora de sonhos e visões prazerosas. Uma prostituta ela é! Ela é a primeira Eva, a Deusa que combate à frente com revoluções pela liberdade. Ela é KI-SIKIL-LIL-LA-KE, uma menina permanentemente gritante!

Lilith - Invocação em linguagem lunar :

OMARI TESSALA MARAX,
TESSALA DODI PHORNEPAX.
AMRI RADARA POLIAX
ARMANA PILIU.
AMRI RADARA PILIU SON,
MARI NARYA BARBITON
MADARA ANAPHAX SARPEDON
ANDALA HRILIU.

Tradução:

Eu sou a prostituta, aquela que abala a morte.
Este abalo dá à paz, prazer realizante.
Imortalidade nasce em meu crânio, e música na minha vulva.
Imortalidade nasce na minha vulva também, pois minha luxúria é um doce
perfume, como um instrumento de sete lados tocado para Deus, o invisível, o
Todo-soberano, que vagueia ao redor, que dá o grito estridente do Orgasmo.
( Aleister Crowley : "A Visão e a Voz").

Invocação Enochiana :

OL GOHE
Eu invoco
DO AO IP KI-SIKIL-UD-KAR-RA
o nome de Ki-Sikil-Ud-Kar-Ra
DAS I VAMAD BABALON BABALOND
aquela que é chamada de prostituta perversa
PI GIU EORS CORAXO
ela é mais forte do que mil trovões
PA MAZABA VAPAAH VOUINA
ela vem com asas de dragão
I TOLTORGI
e com todas as suas criaturas
BUTMONI PARM ZUMVAI
de suas bocas jorra sangue
PA BAHAL CINILA
ela chora sangue em alta voz
EOLIS OLLAG ORSABA
fazendo os homens ficarem inebriados
OD GOHIA CICELES TELOCHI
dizendo os mistérios da morte e
MALPIRGAY
aumentando a chama da vida.
MAZABA LILITH !
Venha Lilith!
ZAMRAN LILITH !
Apareça Lilith!

ASTAROTH

Segundo certos autores de demonoloxía, Astaroth é o rei do Inferno, sendo Lucifer o Emperador e Satanás o seductor de mulleres. Os seus principais axudantes son tres demos chamados Aamon, Pruslas e Barbatos. No Dictionnaire Infernal, Astaroth é representado coma un home espido con ás, mans e pes de dragón e un segundo par de ás con plumas baixo o principal, levando unha coroa, sostendo unha serpe nunha man e cabalgando un lobo ou un can. De acordo con Sebastian Michaelis, é un demo de primeira xerarquía, que seduce empregando a tendencia á pereza e á vaidade. O seu adversario é Santo Bartolomé, que pode protexer contra el porque venceu as tentacións de Astaroth. Para outros, aprende matemáticas e artesanía, pode volver invisibles ós homes, guía ata tesouros ocultos e contesta a calquera pregunta que se lle faga. De acordo con Francis Barret, Astaroth é o príncipe dos acusadores e inquisidores. Según algúns demonoloxistas do século XVI, os ataques deste demo contra os humanos son máis fortes durante o mes de agosto. O seu nome parece provir do da deusa Ashtart / Astarté, que na biblia Bulgata Latina se traduciu por Astharthe (singular) e Astharoth (plural). Esta última forma transformouse na Biblia do Rei Xaime en Ashtaroth. Parece que a forma plural foi tomada do latín ou dalgunha outra tradución por aqueles que non sabían que era plural nin que era o nome dunha deusa, véndoo só como o nome doutro deus a parte de Deus e, polo tanto, un demo.

LILITH


O primeiro capitulo da Bíblia, conta a história de Adão e Eva ...mas segundo o Zohar (comentário rabínico dos textos sagrados), Eva não é a primeira mulher de Adão. Quando Deus criou o Adão, ele fê-lo macho e fêmea, depois cortou-o ao meio, chamou a esta nova metade Lilith e deu-a em casamento a Adão. Mas Lilith recusou, não queria ser oferecida a ele, tornar-se desigual, inferior, e fugiu para ir ter com o Diabo. Deus tomou uma costela de Adão e criou Eva, mulher submissa, dócil, inferior perante o homem.

De acordo com Hermínio, "Lilith foi feita por Deus, de barro, à noite, criada tão bonita e interessante que logo arranjou problemas com Adão". Esse ponto teria sido retirado da Bíblia pela Inquisição. O astrólogo assinala que ali começou a eterna divergência entre o masculino e o feminino, pois Lilith não se conformou com a submissão ao homem.

O mito de Lilith pertence à grande tradição dos testemunhos orais que estão reunidos nos textos da sabedoria rabínica definida na versão jeovística, que se coloca lado a lado, precedendo-a de alguns séculos, da versão bíblica dos sacerdotes. Sabemos que tais versões do Gênesis - e particularmente o mito do nascimento da mulher - são ricas de contradições e enigmas que se anulam. Nós deduzimos que a lenda de Lilith, primeira companheira de Adão, foi perdida ou removida durante a época de transposição da versão jeovística para aquela sacerdotal, que logo após sofre as modificações dos pais da igreja.



No Talmude, ela é descrita como a primeira mulher de Adão. Ela brigou com Adão, reivindicando igualdade em relação a seu marido, deixando-o "fervendo de cólera". Lilith queria liberdade de agir, de escolher e decidir, queria os mesmos direitos do homem mas quando constatou que não poderia obter status igual, se rebelou e, decidida a não submeter-se a Adão e, a odia-lo como igual, resolveu abandona-lo. Segundo as versões aramaica e hebraica do Alfabeto de Ben Sirá (século 6 ou 7). Todas as vezes em que eles faziam sexo, Lilith mostrava-se inconformada em ter de ficar por baixo de Adão, suportando o peso de seu corpo. E indagava: "Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual." Mas Adão se recusava a inverter as posições, consciente de que existia uma "ordem" que não podia ser transgredida. Lilith deve submeter-se a ele pois esta é a condição do equilíbrio preestabelecido. Vendo que o companheiro não atendia seus apelos, que não lhe daria a condição de igualdade, Lilith se revolta, pronuncia nervosamente o nome de Deus, faz acusações a Adão e vai embora; é o momento em que o Sol se despede e a noite começa a descer o seu manto de escuridão soturna, tal como na ocasião em que Jeová-Deus fez vir ao mundo os demônios.
Adão sente a dor do abandono; entorpecido por um sono profundo, amedrontado pelas trevas da noite, ele sente o fim de todas as coisas boas. Desperto, Adão procura por Lilith e não a encontra: Procurei-a em meu leito, à noite, aquele que é o amor de minha alma; procurei e não a encontrei" (Cântico dos Cânticos III, 1). Lilith partiu rumo ao mar vermelho (Diz-se que quando Adão insistiu em ficar por cima durante as relações, Lilith usou seus conhecimentos mágicos para voar até o Mar Vermelho). Lá onde habitam os demônios e espíritos malignos, segundo a tradição hebraica. É um lugar maldito, o que prova que Lilith se afirmou como um demônio, e é o seu caráter demoníaco que leva a mulher a contrariar o homem e o questionar em seu poder. Desde então, Lilith tornou-se a noiva de Samael, o senhor das forças do mal do Outro Lado . Como conseqüência, deu à luz toda uma descendência demoníaca, conhecida como "Liliotes ou Linilins", na prodigiosa proporção de cem por dia. Alguns escritos contam que Adão queixou-se a Deus sobre a fuga de Lilith e, para compensar a tristeza de Adão, Deus resolveu criar Eva, moldada exatamente como as exigências da sociedade patriarcal. A mulher feita a partir de um fragmento de Adão. É o modelo feminino permitido ao ser humano pelo padrão ético judaico-cristão. A mulher submissa e voltada ao lar. Assim, enquanto Lilith é força destrutiva (o Talmude diz que ela foi criada com imundície e lodo), Eva é construtiva e Mãe de toda Humanidade (ela foi criada da carne e do sangue de Adão).
Jehová-Deus tenta salvar a situação, primeiro ordenando-lhe que retorne e, depois, enviou ao seu encalço uma guarnição de três anjos, Sanvi, Sansavi e Samangelaf, para tentar convencê-la; porém, uma vez mais e com grande fúria, ela se recusou a voltar. Lilith está irredutível e transformada. Ela desafiou o homem, profanou o nome do Pai e foi ter com as criaturas das trevas. Como poderia voltar ao seu esposo? Os anjos ainda ameaçaram: "Se desobedeces e não voltas, será a morte para ti." Lilith , entretanto, em sua sapiência demoníaca, sabe que seu destino foi estabelecido pelo próprio Jeová-Deus. Ela está identificada com o lado demoníaco e não é mais a mulher de Adão. Acasalando-se com os diabos, Lilith traz ao mundo cem demônios por dia, os Lilim, que são citados inclusive na versão sacerdotal da Bíblia. Jeová-Deus, por seu lado, inicia uma incontrolável matança dessas criaturas, que, por vingança, são enfurecidas pela sua genitora. Está declarada a guerra ao Pai. Os homens, as crianças, os inválidos e os recém-casados, são as principais vítimas da vingança de Lilith. Ela cumpre a sua maligna sorte e não descansará assim tão cedo.



Uma outra versão diz que foram os anjos que mataram os filhos que tivera com Adão. Tão rude golpe transformou-a, e ela tentou matar os filhos de Adão com sua segunda esposa, Eva.

Lilith Alegou ter poderes vampíricos sobre bebês, mas como os anjos a queriam impedir, fizeram-na prometer que, onde quer que visse seus nomes, ela não faria nenhum mal aos humanos. Então, como não podia vencê-los, ela fez um trato com eles: concordou em ficar afastada de quaisquer bebês protegidos por um amuleto que tivesse o nome dos três anjos. Não obstante, esse ódio contra Adão e contra sua nova (e segunda) mulher, Eva, resultou, para Lilith, no desabafo da sua fúria sobre os filhos deles e de todas as gerações subseqüentes.
A partir daí, Lilith assume plenamente sua natureza de demônio feminino, voltando-se contra todos os homens, de acordo com o folclore assírio, babilônico e hebraico. E são inúmeras as descrições que falam do pavor de suas investidas. Conta-se, por exemplo, que Lilith surpreendia os homens durante o sono e os envolvia com toda sua fúria sexual, aprisionando-os em sua lasciva demoníaca, causando-lhes orgasmos demolidores. Ela montava-lhes sobre o peito e, sufocando-os (pois se vingava por ter sido obrigada a ficar "por baixo" na relação com Adão), conduzia a penetração abrasante. Aqueles que resistiam e não morriam ficavam exangues e acabavam adoecendo. Por isso Lilith também está identificada com o tradicional vampiro. Seu destino era seduzir os homens, estrangular crianças e espalhar a morte.

Durante os primeiros séculos da era cristã, o mito de Lilith ficou bem estabelecido na comunidade judaica. Lilith aparece no Zohar, o livro do Esplendor, uma obra cabalística do século 13 que constitui o mais influente texto hassídico e no Talmude, o livro dos hebreus. No Zohar, Lilith era descrita como succubus, com emissões noturnas citadas como um sinal visível de sua presença. Os espíritos malignos que empesteavam a humanidade eram, acreditava-se, o produto de tais uniões. No Zohar Hadasch (seção Utro, pág. 20), está escrito que Samael - o tentador - junto com sua mulher Lilith, tramou a sedução do primeiro casal humano. Não foi grande o trabalho que Lilith teve para corromper a virtude de Adão, por ela maculada com seu beijo; o belo arcanjo Samael fez o mesmo para desonrar Eva: E essa foi a causa da mortalidade humana. O Talmude menciona que "Quando a serpente envolveu-se com Eva, atirou-lhe a mácula cuja infecção foi transmitida a todos os seus descendentes... (Shabbath, fol. 146, recto)". Em outras partes, o demônio masculino leva o nome de Leviatã, e o feminino chama-se Heva. Essa Heva, ou Eva, teria representado o papel da esposa de Adão no éden durante muito tempo, antes que o Senhor retirasse do flanco de Adão a verdadeira Eva (primitivamente chamada de Aixha, depois de Hecah ou Chavah). Das relações entre Adão e a Heva-serpente, teriam nascido legiões de larvas, de súcubos e de espíritos semiconscientes (elementares). Os rabinos fazem de Leviatã uma espécie de ser andrógino infernal, cuja a encarnação macho (Samael) é a "serpente insinuante" e a encarnação fêmea (Lilith), é a "cobra tortuosa" . Segundo o Sepher Emmeck-Ameleh, esses dois seres serão aniquilados no fim dos tempos: "Nos tempos que virão o Altíssimo (bendito seja!) decapitará o ímpio Samael, pois está escrito (Is. XVII, 1): 'Nesse tempo Jeová com sua espada terrível visitará Leviatã, a serpente insinuante que é Samael e Leviatã, a cobra tortuosa que é Lilith' (fol. 130, col. 1, cap.XI). Também segundo os rabinos, Lilith não é a única esposa de Samael; dão o nome de três outras: Aggarath, Nahemah e Mochlath. Mas das quatro demônias, só Lilith dividirá com o esposo a terrível punição, por tê-lo ajudado a seduzir Adão e Eva. Aggarath e Mochlath tem apenas um papel apagado, ao contrário do que acontece com as outras duas irmãs, Nahemah e Lilith.

Europa, Século das Luzes - Cenário Perfeito

O Vampirismo é uma lenda presente desde tempos antiqüíssimos e em diversas regiões, no entanto, no século XVIII assistimos a uma verdadeira avalanche de casos e histórias, quase todos oriundos da Europa oriental, que colocou em polvorosa a opinião pública e despertou a curiosidade e o espanto de filósofos, religiosos e autoridades governamentais.
Conhecido como o século das luzes, foi uma época em que o saber e a ciência deram passos consideráveis. Pensa-se que a razão tudo explicaria, e que as crenças e superstições seriam coisas do passado. Por outro lado, as seitas místicas e esotéricas também aumentavam, o que fazia desta época um tempo de contradições.
Jornais franceses desta época chegaram a estampar reportagens sobre impressionantes histórias, que fazia do vampirismo um assunto dos mais destacados dentro do imaginário popular.
Conta-se que neste tempo, em muitas regiões da Europa oriental o vampirismo tornou-se uma verdadeira praga, atingindo dezenas de jovens, velhos, crianças e até mesmo animais. Por esta época, segundo narrativos, hordas de mortos-vivos assombravam de forma horripilante vilas e aldeias, fala-se que a volúpia destes espectros era tamanha que seus cadáveres eram encontrados nadando em sangue pelas sepulturas.
Diante tal realidade, as autoridades passaram a encarar o vampirismo na medida em que se tratava de uma epidemia incontrolável, segundo muitos relatos. Para se ter uma idéia, conta-se que soberanos húngaros chegaram a determinar a formação de comissões para estudar o fenômeno, considerado como uma praga que colocava em risco o poder do estado e das autoridades constituídas.
Neste tempo, chegou-se a determinar a incineração e perfuração dos corações de todos os cadáveres de cemitérios, onde por ventura habitassem um ou mais vampiros, na medida em que supunha-se que o írus do vampír poderia inclusive atingir os mortos que ali jaziam.
Fala-se que nesta época, fogueiras ardiam por muito tempo incinerando diversos cadáveres suspeitos de vampirismo, e que durante estes grandes rituais de incineração todos os animais que se encontrassem nas proximidades também eram queimados, pois acreditava-se que os vampiros poderiam encarnar em algum deles, escapando assim da destruição definitiva.

Tipos:

É bom você saber que a respeito de Vampiros, é tudo igual, todos sugadores de fluídos de outros seres. Porém existem três maneiras a serem feitas: Astral, Sexual, ou pelo sangue.
Vamos considerar apenas dois:

Vampiro de Sangue: é o vampiro clássico, que chupa o sangue e de outro ser e a partir disso se alimenta.
Vampiro Astral: é o vampiro que se utiliza dos meios psíquicos e astrais para subjugar a vítima e tomar-lhe o fluído vital.
Mas no fim das contas, mais cedo ou mais tarde a troca é a mesma e o vampiro astral vai passar a sentir a sede de sangue como todos os vampiros.

Classes:

-|- Asanbosam -|-
Asanbosam é um vampiro africano. Eles são só vampiros normais eles têm ganchos em vez de pés. Mordendo suas vítimas no dedo polegar.

-|- Baital -|-
Baital é o vampiro índio, sua forma natural é meio homem, meio morcego, mede meio metro.

-|- Ch'tang Shih -|-
Na China há criaturas que acreditam em Vampiros chamados Ch'Iang Shih, que tem um gato que salta sobre o cadáver de uma pessoa. Eles se aparecem pálidos e eles matariam com a sua respiração venenosa, em soma de escoar o sangue. Se um Ch'Iang Shih achar um montão de arroz, deveria contar os grãos antes de poder acontecer. A forma material deles é uma esfera de luz.

-|- Ekiminu -|-
Ekiminus é espírito mau (meio fantasma, meio vampiro) não é causado por sua própria morte. Eles são naturalmente invisíveis e eles são apazes de possuir o humano. Usa-se armas de madeira para poderem ser destruí-los ou para exorcismo.

-|- Katalkanas -|-
O vampiro de Crete é como muitos dos originais, mas pode ser morto só por um corte na cabeça e o lançando vinagre fervendo.

-|- Krvopijac -|-
Estes são vampiros Búlgaros. Eles se assemelham aos vampiros normais, mas eles têm um único buraco nasal e um idioma pontudo. Eles podem ser imobilizados para pôr cor-de-rosa ao redor as tumbas. Pode ser destruído por um mágico que deveria pôr isto em uma garrafa e lançar isto a uma chama.

-|- Lamia -|-
Era conhecido como Lambeu na Roma e velha Grécia. Eles são vampiros femininos que freqüentemente se pareceram meio o humano, meio animal (freqüentemente a baixa parte era uma cobra). eles Comem a carne de suas vítimas desfrutando isto como muito como quando eles beberem sangue. Você pode matar um Lambeu usando armas normais.

-|- Nosferatu -|-
Nosferatu é outro nome para o vampiro original que também o chama vampiro ou vampyre

-|- Rakshasa -|-
Rakshasa é o vampiro índio com superpoderes que também é um mágico. Eles normalmente se aparecem como humano ou eles se assemelham a um animal (garras, dentes caninos, olhos, etc.) ou como animais com características de humano (pés, mãos, nariz, etc.). O lado animal é muito freqüentemente um tigre. Eles comem as vítimas, enquanto os descarnando além de beber o sangue. Você pode destruir um Rakshasa para a luz ardente do sol ou exorcismo.

-|- Strigoiul -|-
Este é o vampiro romeno. Strigoiuls é como muito dos vampiros originais, mas eles gostam de atacar em rebanhos. Eles podem ser matados pôr alho na boca deles/delas ou remover o coração deles.

-|- Succubus -|-
Este é um vampiro europeu. O modo para alimentar está tendo relações sexuais exaustivas com a vítima, alimentando da energia sexual. Eles podem assumir o aparecimento de outras pessoas. Freqüentemente eles visitarão a mesma vítima mais de uma vez. A vítima de um Succubus experimentará as visitas como sonhos.

-|- Vlokoslak -|-
Vampiros sérvios também chamados Mulas. Eles normalmente se aparecem como pessoas que usam roupas brancas. Eles são tanto de dia ativos como podendo à noite assumir forma de cavalos e ovelhas. Eles comem as vítimas e bebem o sangue delas. Eles podem ser mortos cortando o dedo do pé deles, ou apertar uma unha no pescoço deles.

-|- Upierczi -|-
Estes vampiros também têm as origens na Polônia e Rússia chamou Viesczy. Eles têm uma picada debaixo do idioma em vez dos dentes caninos. Eles são ativos do meio-dia uma meia-noite e eles podem ser destruídos quando o corpo estiver queimado. Quando o corpo este queimado já explodirá e animais se aparecerão (ratos, etc.). Se qualquer um destas fugas de criaturas, então o espírito do Upierczi escapará e devolverá para procurar vingança.

Goetica

Demologia Ghoetica

Goetia é um assunto interessante e uma prática que divide muita gente. Tem gente que adora e tem gente que detesta. Particularmente não pratico Goetia e não estou interessado em fazê-lo, o que pode distorcer um pouco minha opinião a respeito. Mas estudar os seres da Goetia é algo que me preocupo, uma vez que alguns desses seres parecem se manifestar na Umbanda e Quimbanda.

A Goetia é uma prática mágica medieval. O nome Goetia é provavelmente um nome bárbaro, e não tem significado aparente. O som Goetia (pronuncia-se goétia) refere-se aos gritos que são pronunciados durante os rituais. Segundo meu herói Kenneth Grant, Goetia significaria "sussurro", o que a ligaria à Árvore da Morte. Embora goste de Grant, não concordo com a tese desses seres estarem na Árvore da Morte.

Antes, precisamos definir 2 termos, que são essenciais para entender essa prática. Existem duas formas de se ter contato com um "ser" ou "entidade". A primeira é a INvocação, onde chamamos o ser para dentro de nós. A segunda é a Evocação, onde colocamos o ser fora de nós, possivelmente materializando-o. É pela evocação que existe o contato "clássico" com o ser, embora exista gente tenha conseguido a invocação com sucesso.

Os seres derivam do nome de Deus que tem 72 letras, o SHEMHAMPHORASH. Como vivemos em um mundo de dualidade, ele se desdobra em um feixe de luz e sombras, gerando 72 anjos e 72 demônios. Na verdade, segundo a teoria, esses 72 seres seriam um só, divididos em 2, conforme as leis do hermetismo. Isso gera reflexões interessante, uma vez que muitos afirmam que temos um oposto em algum local no universo, a esse exemplo.

O SHEMHAMPHORASH é essencialmente um nome que se manifesta em LVX, ou na Árvore da Vida. Em NOX, ou Árvore da Morte, existiriam 72 outros seres, divididos sucessimente em 2 polaridades. E seguindo essa teoria, esses 72 (divididos em 2) de NOX se relacionam com os 72 (divididos igualmente em 2) de LVX. A polaridade da polaridade.

O ritual goético é muito complexo, cheio de parafernálias discutiveis e até inúteis. Está baseado em antigos grimórios medievais, as Claviculas Salomonis, textos como o Arbatel da Magia e outros livros obscuros, hoje todos fácilmente encontráveis na Net, todos em PDF. O principal é conhecido como Liber Sameck, que envio em outro mail.

A Goetia é uma prática mágica que se dedica exclusivamente a evocação dos 72 demônios de LVX. Os seres de NOX são pouco conhecidos hoje e não foram todos catalogados, ainda hoje. Os 72 seres se dividem em uma hierarquia infernal complexa. São divididos em Reis, Principes, Duques, Marqueses e coisas do gênero.

Os seres são: Bael, Agares, Vassago, Samigina, Marbas, Valefor, Amon, Barbatos, Paimon, Buer, Gusion, Sitri, Beleth, Leraje, Eligos, Zepar, Botis, Bathin, Sallos, Purson, Marax, Ipos, Aim, Naberius, Glasya- Labolas, Buné, Ronové, Berith, Astaroth, Forneus, Foras, Asmoday, Gaap, Furfur, Marchosias, Stolas, Phenex, Halphas, Malphas, Raum, Focalor, Vepar, Sabnock, Shax, Viné, Bifrons, Uvall, Haagenti, Crocell, Furcas, Balam, Alloces, Camio, Murmur, Orobas, Gremory, Osé, Amy, Oriax, Vapula, Zagan, Volac, Andras, Haures, Andrealphus, Cimejes, Amdusias, Belial, Decarabia, Seere, Dantalion, Andromalius.

Vários deles tem diferentes pronuncias ou nomes, como Asmoday, conhecido em português como Asmodeus. Normalmente, se estudarmos melhor esses seres vamos perceber algumas coisas interessantes. Astaroth é uma derivação da deusa Ishtar e portanto de Innana, Afrodite, Vênus e etc. No esquema infernal, principalmente no proposto por Milton, faltam os dois principais, Bels-Zebub (é assim que se escreve ?) e Satan. Segundo Eliphaz Levi, tentar evocar um dos dois é procurar a loucura.

Normalmente, podemos dizer que muitos desses demônios são antigos deuses de povos conquistados, ou inimigos dos judeus. Esse é um fenômeno interessante, o da demonização. Para entender melhor esse fato, precisariamo estudar o método de criação de deuses e egregoras. É possível que muitos deles sejam egregores, deuses criados com sacrificios humanos, sacrificio de sangue e etc. Como pode ser que sejam pessoas como nós, que já andaram sobre a terra. Algo como os Orixás, Voudouns, ou os espíritos de Umbanda, Vodú, Palo Majombe e outros cultos.

Aliás, é uma das insistencias de parte do pessoal que pratica Goetia. Os demônios ali registrados não seriam demônios, mas deuses e até seriam benéficos. O olhar a esses seres seria com preconceito. Isso é positivo.

Mas muitos apenas entram em contato por simplesmente seres demônios, entidades malignas e etc. Mandar maldições e coisas do gênero.

Aliás, cada um comanda algo, vejamos Furcas: "ensina as artes da filosofia, astrologia, retórica, logica, claromancia e piromancia, em todas suas partes e perfeitamente". Para o praticante de Goetia, esse ser deveria ser evocado, para o aprendizado dessas artes. Assim, o magista escolhe um, para o contato devido a afinidade que tem com ele e o que possa obter com esse ser. Normalmente não é o que ocorre. Insistem alguns, que esses seres escolhem o praticante.

Cada um tem um forma demoníaca diferente, alguns de monstros, seres fálicos e etc. E cada um tem um sêlo, uma marca que o identifica e que é utilizada para chamá-lo. E isso é uma das coisas mais interessantes, um simbolo que identifica um espírito. A outra coisainteressante é que cada um comanda legiões de espíritos. É aí que a coisa realmente pega.

Já dizia meu pai, que é Pai de Santo de Umbanda, que o Exu Tranca Rua das Almas é Bels-Zebub, o Exu Caveira, Astaroth e mais uma série de
relacionamentos que não me lembro ao certo. Isso, os próprios Exus teriam dito, uma vez que ele pode vê-los frente a frente, pois é médium. Dizem que muitos dos selos dos demônios da Goetia são quase que semelhantes a pontos riscados de Exus (Lei de Pemba). Assim, esses seres encontraram outras formas de manifestação.

Outro fato: demônios da Goetia comandam legiões. Paimon, por exemplo é um Rei que comanda 200 legiões e por isso, nesse sentido, seria o mais poderoso de todos os seres (digo novamente: nesse sentido). Os Exus comandam falanges. O Exu do Lodo, por exemplo, comandaria um sem número de espíritos que se identificam todos como Exu do Lodo. Aliás, os Exus se dizem tenentes, capitães e etc. Uma evidencia de hierarquia. Assim, para designar o Exu do Lodo, devemos portanto, considerar a totalidade desses espíritos.

Prossigamos com a viageira. Um demônio da Goetia tem uma contra-parte. Assim, um Exu teria uma contra-parte ? Um Exu e um Cabloco, ou um Exu e um Preto-Velho podem ser o mesmo ser ? Isso é difícil de se saber e qualquer dia desses faço essa pergunta para eles.

Assim, se um Exu for um demônio da Goetia, e se um demônio da Goetia for um anjo (segundo o velho conceito do que seja um anjo), um Exu é um anjo e um caboclo, um preto-velho, uma criança, um boiadeiro, um marinheiro também são... E um Exu, ou um preto-velho, ou uma criança e seres do gênero, podem ser o famoso Sagrado Anjo Guardião de alguém. Ou seja, o Ori de alguém pode ser o SAG. E a conversação com o Sagrado Anjo Guardião é o objeto de todo o Mago Ocidental.

Sabemos que esses seres passam o verdadeiro nome da pessoa, conforme o Gwydyon colocou em outra lista. E é isso que o SAG faz com o
magista que o contata. E isso pode ser a maior lição de humildade que alguém que pratica a magia ocidental e pretende que os cultos afros sejam coisas inferiores: seu SAG pode ser um Cabloco, um Erê e etc. Assim, Abramelin, Goetia e outras coisas seriam hoje, técnicas "complexas" e "obsoletas" para se contatar o anjo. Bastaria uma vela e um copo dágua ?

Em tese, a prática da Goetia é o caminho entrada para o contato com o Anjo. A pessoa "pratica" evocando demônios, até estar habilitada a evocar o próprio anjo. É uma prática complexa e cheia de problemas e etc. Muitos evocam os demônios com círculo mágico, espada, cálice, sigilos, evocações em linguas bárbaras e etc. Outros simplesmente olham para o sêlo, enquanto elevam a Kundalini. Outros tentar usar a técnica do Spare, untanto o selo, ou sigilo com esperma ou sangue menstrual.

Existe muito a ser dito sobre o assunto, isso foi apenas um esboço.