terça-feira, 6 de maio de 2008

Invocacao Empregada Para a Comjuracao Da Compaixao!

Com o anjo da tortura e a ira da extinção, eu despejo as minhas vozes, protegido no ribombar do
trovão, a fim de que você possa escutar!
Oh grandes espreitadores da escuridão, oh guardiões do caminho, oh favoritos do poder de Thoth!
Movam-se e apareçam! Apresentem-se a nos em seu poder benigno, em benefício de alguém que
acredita e esta acometido de tormento.
Isole-o no baluarte da sua proteção, pois ele não merece a tortura e não a deseja.
Deixe que os que se conduzem contra ele sejam enfraquecidos e destituídos de substancia.
Assista-o através do fogo e água, terra e ar, para que ele recupere o que perdeu.
Torne forte através do fogo o cérebro do nosso amigo e companheiro, nosso confrade do caminho
da mão esquerda.
através do poder de Satan deixe a terra e os seus prazeres reentrarem o seu ser.
Permita que suas forcas vitais fluam livremente, que ele possa saborear os néctares carnais dos seus
desejos futuros.
Inflija o silencio ao seu adversário, com ou sem forma, a fim de que ele possa emergir alegre e forte
daquilo que o aflige.
Permita que nenhum infortúnio atinja o seu caminho, pois ele e um de nos, e desta forma deve ser
cuidado.
Restaure o seu poder, para se alegrar, para o domínio interminável dos reveses que lhe tenham
atacados.
Construa em volta e dentro dele o brilho exultante que introduzira solenemente sua emergência do
marasmo estagnado que o engole.
Isto nos comandamos, em nome de Satan, cujas mercês florescerão e cujo amparo prevalecera!
Assim como Satan reina ele reinara, de quem o nome e este som: (nome) e o vaso de cuja carne e
como o mundo; vida eterna, mundo sem fim!
Shemhamforash! Hail Satan!

Invocacao Empregada Para A Conjuracao De Destruicao!

ATENCAO! As poderosas vozes da minha vingança quebrarão a calmaria do ar e se manterão
como monólitos de fúria sobre um plano de serpentes retorcidas. Eu me torno como uma maquina
monstruosa de aniquilação para os fragmentos ulcerosos do corpo dele (dela) que desejou
deter-me.
não me arrependerei que a minha invocação viaje pelas asas do vento que multiplicarão a dor da
minha crueldade; e uma grande forma negra repugnante subira do inferno sombrio e vomitara sua
pestilência dentro dele (dela) de mente inferior.
Eu chamo os mensageiros da destruição para cortar com repugnante deleite a vitima que eu escolhi.
Quieto e este pássaro silencioso que se alimenta dos miolos dele (dela) que me atormentou, e a
agonia e para ser sustentada por ele nas gargalhadas da dor, apenas fornecer os sinais de
advertência àqueles que desejam me ofender.
Oh venha adiante no nome de Abaddon e destrua ele (ela) cujo nome eu dei como sinal.
Oh grandes irmãos da noite, vocês que me encheram de conforto, que esconderam dentro das asas
quentes do Inferno, que habitam na pompa do demônio, Venham e apareçam! Apresentem-se a ele
(ela) a quem sustentarão a podridão da mente que move a fala inarticulada que zomba do justo e
forte!; lacere esta língua mordaz e feche a garganta dele (dela), Oh Kali! Penetre seus pulmões com
a ferroada dos escorpiões. Oh Sekhmet! Penetre a substancia dele (dela) com o seu vazio sombrio,
Oh poderoso Dagon!
Eu empurro para cima em duas farpas infernais e em suas pontas magníficas penetra a mancha
do meu sacrifício através da vingança mortal!
Shemhamforash! Hail Satan!

PACTO EM ELIPHAS LEVI

O ocultista Eliphas Levi, em Dogma e Ritual da Alta Magia, desaconselha, despreza e até ridiculariza práticas de magia negra encluindo o Pacto com Diabo. Não obstante, inclui em sua mais famosa obra comentário e descrição deste tipo de Pacto nos seguintes termos:

Os evocadores do diabo devem, antes de tudo, ser da religião que admite um diabo criador e rival de Deus. Eis como procederá um firme crente na religião do diabo, para corresponder-se com seu pseudodeus (falso-deus).
[Em primeiro lugar Levi deixa claro que qualquer "diabo" é uma criação do operado, entidade composta de fluidos astrais provenientes das próprias emanações energéticas sutis do magista]

Aquele que afirma o diabo, cria ou faz o diabo. Para ser bem sucedido nas e vocações infernais, é preciso ter:

1º - Uma teimosia invencível
2º - Uma consciência ao mesmo tempo endurecida
no crime e muito acessível ao remorso e ao medo.
3º - Uma ignorância parente ou natural.
4º - Uma fé cega em tudo o que não é crível.
5º - Uma idéia completamente falsa de Deus. (LEVI, 1995)

Eliphas Levi destaca a necessidade de renegar a Deus posto que o Diabo é o principal adversário do Criador. A fim de efetivar esse ato de rejeição, o autor enumera complexos procedimentos tais como:1. PROFANAR as cerimônias do culto ou religião de origem e desrespeitar seus símbolos sagrados.

2. JEJEUM: durante quize dias fazer somente uma refeição, sem sal e depois do crepúsculo: "esta refeição será de pão preto e sangue temperados com molho, também sem sal, de favas pretas, ervas leitosas e narcóticas.

3. EMBEBEDAR-SE: A cada cinco dias, depois do crepúsculo, além da refeição, é preciso embebedar-se com vinho preparado com uma INFUSÃO feita com 5 cabeças de papoulas negras e cinco onças de linhaça triturada. Deixa-se descansar por cinco horas. A mistura deve, então, ser coada em uma toalha que tenha sido feita [ou que pertença a uma] por uma mulher, de preferência, prostituta.

4. DIAS DA EVOCAÇÃO: Os dias propícios para a eocação do demônio são: na noite de segunda para terça-feira OU na virada entre a sexta-feira e o sábado.

3. LOCAL DA EVOCAÇÃO: "É preciso procurar um lugar solitário e assombrado, tal como um cemitário freqüentado por maus espíritos, uma ruína temida, no campo, os fundos de um convento abandonado, o lugar onde foi cometido um assassinato, um altar druídico ou um antigo templo pagão."
(LEVI, 1995 - p 346)

3. VESTIMENTA: É preciso prover-se de uma roupa preta, sem costuras e sem manchas; um gorro ou capuz em tom de chumbo ornamentado com os signos da Lua, Vênus e Saturno. O mago negro deve também providenciar:

3. OBJETOS E ACESSÓRIOS

- 02 velas de sebo humano colocadas em candelabros de madeira negra cortados em forma de crescente lunar. (Implica acesso a uma vítima humana, um morto recente.)
- 02 coroas de Verbena.
- 01 ou A espada mágica, de cabo preto.
- 01 ou A forquilha mágica.
- 01 fogareiro tripé (três pés)
- Um vaso de cobre contendo o sangue da vítima (de quem se extraiu o sebo).
- PERFUMES: Os perfumes são preparados para queima no fogareiro que fica no altar do círculo mágico. Na invocação do Demo, o operador deve levar uma caixa contendo incensos de cânfora, aloés, ambar-pardo e estorague, misturados e homegeneizados com sangue de bode, sangue de poupa e sangue de morcego.
- 04 cravos tirados docaixão de um supliciado.
- CABEÇA DE UM GATO PRETO alimentado com carne humana durante cinco dias.
- Um MORCEGO morto por afogamento em sangue.
- Os chifres de um bode que tenha sido seviciado pelo operador (!!!)
- O crânio de um parricida.
- A pele da vítima imolada, que forneceu sangue e sebo.


Assim paramentado e e portando os objetos listados acima e estando no local, data e hora apropriados o operador, sozinho ou acompanhado de dois assistentes, deverá traçar o círculo mágico com a ponta da espada deixando uma ruptura ou "ponto de saída". A pele da vítima, cortada em faixas, devera ser disposta ao longo do círculo, formando um segundo círculo que será fixado com os quatro cravos do caixão de um supliciado.

DENTRO DO CÍRCULO, deverá ser traçado, também com a espada, um triângulo equilátero. Este triângulo devela ser pigmentado com o sangue da vítima. O fogareiro deve ser colocado no vértice do triângulo queestará voltado para o Norte. Na BASE DO TRIÂNGULO, serão traçados três círculos, que demarcam o lugar onde deve ficar o operador (no centro) e seus assistentes. Com o próprio sangue, atrás do seu círculo, o operador deverá traçar, o símbolo de Constantino - que é um grande "P" com o traço vertical cortado por um "X" (ver figura acima).

NOS pontos marcados pelos quatro cravos (pregos), fora do círculo, são colocados: a cabeça do gato, o crânio humano, os chifres do bode e o morcego. Tais objetos devem ser aspergidos com osangue da vítima. Depois, acende-se o fogo usando ramos de amieiro e cipestre. As duas velas são colocadas à direita e esquerda do operador, no centro das coroas de Verbena. Feito TUDO ISSO! o operador pronunciará as fórmulas de evocação, que são várias. Por exemplo, a Evocação do Grande Grimório Dragão Vermelho:

Per Adonai Elohim, Adonai Jeova, Adonai Sabaoth, Metraton On Agla Adonai Mathom, vérbum pythónicum, mistérium salamándrae, convéntus sylphórum, antra gnomórum, doemónia Coeli Gad, Almousin, Gibor, Jehosua, Evam, Zariatnatmik - Veni, veni, veni!!!

A "receita" indicada por Eliphas Levi, embora pareça algo inventado pelo pesquisador, de fato, está registrada em inúmeros livros de magia negra, os Grimórios ou Engrimanços, manuais repletos de fórmulas espetaculares e de difícil execução. Nos dias atuais estas dificuldades são ainda maiores no que diz respeito à obtenção da maior parte dos "ingredientes". Fica claro que um mago negro é alguém que tem de ser pervertido o suficiente para se permitir a prática das mais exóticas e inumanas aberrações e seu primeiro passo é tornar-se um assassino, posto que precisa de uma vítima humana para obter boa parte dos materiais que o pacto exige.

Supondo que este mago negro suje suas mãos cometendo o homicídio, ainda assim terá um exaustivo trabalho para conseguir elementos como gato, morcego, chifres de bode seviciado e o crânio de um parricida, coisa complicada porque não há parricidas mortos e conhecidos em pencas por aí. A execução de uma "fórmula" como essa é tão complexa e arriscada que antes convida a desistir e esquecer uma empreitada que, se não fosse tão macabra, seria certamente a página apoteótica de uma crônica da "Magia Ridícula" e não é de admirar que o Diabo apareça para quem se preste a produção deste "espetáculo"; afinal, alguém que faz tais coisas, se não é louco, é quase; e a loucura pode engendrar todo tipo de alucinação inclusive a ilusão perfeita de uma visão de Satanás.



ROMPENDO O PACTO

Fazer o Pacto com o Diabo, como se viu acima, é uma operação bastante complexa e implica longa preparação física e mental. O caminho contrário, romper o Pacto, é bem mais simples; não exige substâncias exóticas, atos abjetos ou dispendiosos objetos. O indispensável para anular o Pacto é simplesmente 1. a FÉ. Fé em Deus, fé em uma inteligência justa diretora do Universo.; 2. um arrependimento sincero em relação atos praticados sob a inspiração do mal.

As Lendas de São Cipriano e do arcediago Teófilo ilustram bem este fato. Cipriano, erudito e inteligente, ao perceber que o Sinal da Cruz impedia a ação de seus poderes demoníacos, deduziu de imediato que atrás do sinal havia uma doutrina-referência poderosa capaz de produzir uma auto-confiança inabalável, verdadeiro segredo de proteção contra feitiços de todo o tipo. Esta referência, que fortalece o campo energético protetor, no caso da vítima de Cipriano, era a vida do Chrestos Ocidental Jesus. Justina, a moça-alvo dos encantamentos do Mago de Antióquia, tornou-se invulnerável porque assumiu, pela fé, sua natural invulnerabilidade, em uma atitude que "fechou o seu corpo", ou seja, fechou o seu campo mental-espiritual para toda e qualquer influência externa. No caso do Bispo Teófilo, processo semelhante ocorreu: arrependimento sincero e fé inabalável no poder da Virgem Maria romperam o pacto. Diz a Lenda que certa tarde, em meio às orações na capela, onde havia várias pessoas, o pergaminho, documento-registro do Pacto, emanou de uma parede e, esvoaçando no aposento, foi parar nas mãos de Teófilo.

Santo Alphonso Maria de Ligouri (1696-1787) ensina como romper acordos com o Malígno ainda que assinados com sangue. O procedimento é simples:

1. Renunciar, abjurar, renegar qualquer pacto firmado com o Diabo, explicitamente, em declaração verbal íntima ou com testemunhas de confiança, de preferência um sacerdote.

2. Destruir todos os escritos, fórmulas, talismãs, objetos encantados etc. relacionados à magia negra.

3. Queimar o Pacto, se este foi registrado em documento escrito.

4. Restituir bens ou renunciar a todos os bens ou privilégios obtidos por intermédio do Pacto e compensar quaisquer pessoas prejudicadas por causa do Pacto em todos os casos em que isso for possível.

No folclore árabe existe a história de um mercador que tendo prosperado infinitamente graças a um Pacto com Satanás, ao findar o prazo de desfrute do acordo, depois de muito pensar, decidiu tentar um último golpe para se livrar da dívida e preservar sua alma. No dia determinado, quando apareceu o Malígno a fim de efetuar sua cobrança, foi recebido com desafio irresistível: uma última aposta, um jogo de xadrez! Se o mercador conseguisse superar o Demo no tabuleiro, estaria livre; se, ao contrário, perdesse a partida, suas penas seriam redobradas. Exímio enxadrista, tanto quanto seu oponente, o mercador conduziu a partida até se colocar em total desvantagem, na iminência de receber o xeque-mate. Mais uma jogada e o demônio encerraria o jogo. Porém, ao observar a mesa, ao invés de fazer o movimento final da vitória, a criatura infernal, arreganhando seus dentes pontiagudos, tomada de intenso furor, levantou-se abruptamente e proferindo mil maldições desapareceu numa explosão deixando no ar um forte cheiro de enxofre. Tranquilo, delicadamente o mercador concluiu o jogo e movendo uma peça em xeque-mate, viu que, como previra, formava-se no tabuleiro a imagem de uma cruz. O Diabo e seus Pactos são extremamente vulneráveis diante de qualquer símbolo do bem apresentado com verdadeira fé.

BRUXARIA SATÂNICA

Irei analisar aqui o tema no seu geral, a bruxaria satânica ante aos olhos do satanismo. Alguns wiccans esotéricos podem vir a achar aqui um tema que não poderia ser colocado em um site de satanismo, mas ao contrário tal tema pode ser colocado neste site, pois foi explorado por Anton LaVey em um de seus livros, sendo assim, não errado ligar este tema a um site de satanismo.

Uma das preocupações do satanista é com sua estética, sendo inclusive a falta de estética um dos pecados satânicos. Logicamente, a estética dependerá muito do que o satanista entender por isto. Como estética, numa forma maior pode ser considerado primeiramente o satanista se sentir bem consigo mesmo e como ele está, estética é algo bem subjetivo nestes termos.

Mas, como uma das coisas que o satanismo tem como importantes, é o satanista evoluir, fica latente também que é de bom grado que ele procure evoluir, mesmo se sentindo bem, procurar sempre melhorar seu corpo e seu visual para que ele esteja sempre melhor consigo mesmo.

Esta evoluçao e aceitaçao de si mesmo, é um dos primeiros passos para que você alcance uma melhor evoluçao, para chegar logicamente ao self (Xeper). Logicamente, não dizendo que Xeper e Self sao totalmente iguais, tanto laveystas como setianos sabem muito bem que são um pouco diferentes do modo como enxergar, mas como este texto é bem geral, estou colocando uma visão mais abrangente da coisa.

Esta evolucao levará o satanista a uma evolucao até o arquétipo de Lúcifer, anjo de beleza única, que em religioes antigas era visto como o portador de Luz. Esta visao de o portador de luz, logicamente, vem de que, Lúcifer era belo, e em meio a outros tanto anjos se sobressaia, pois brilhava por sua beleza. Por este motivo, alcançar o arquétipo de Lúcifer é uma das evoluções mais importantes do satanista.

Outra coisa no satanismo, é também a aceitaçao do sentimento de Luxúria. Este torpor da alma, tao importante para que possamos viver nossa vida cada vez mais recheada de prazer,é, pelo satanista, um sentimento importantissimo. Como pode ser encontrado na Satanic Bible, Livro de Belial, temos um ritual para isto.

Mas, logicamente, há uma pergunta até agora, onde está a bruxaria satânica até agora neste texto. Respondo eu, agora começa o que tenho a dizer sobre bruxaria satânica, visto que a introduçao a alguns aspectos do tema já foram feitas.

A bruxaria satânica é antes de tudo, voltada principalmente para o feminino. Logicamente, como pode ser visto no Livro "The Satanic Witch" de Anton LaVey, esta arte "bruxistica" está mais latente nas mulheres. Mas, logicamente, isto não impede que nenhum homem (satanista) procure nos ensinamento deste livro algo que possa servir para sua vida.

Como toda arte que se proponha a ter o nome de Bruxaria, elementos do feminino são sempre utilizados. Uma das primeiras coisas que vem na cabeça ante a bruxaria satânica, é que toda bruxa satânica tem que ser bela e uma mulher fatal. É uma opiniao geral, inclusive em alguns sites satânicos, que a bruxa satânica deveria se tornar uma messalina do sexo para que assim, conseguisse cada vez mais homens para si, e também, se portar como quase uma prostituta, não vendendo seu corpo, mas causando desejo insinuando-se em excesso para todos os homens. Esta interpretaçao errônea vem do que chamamos de colocaçao dos arquétipos acima do entendimento da arte em si.

Lilith, o arquétipo feminino da carne, de acordo com o folclore judaico foi a primeira mulher de Adao ( citando somente uma das faces deste demônio), que por sua vez ensinou a ele práticas de sexo não habituais, como felaçao, anal e outras formas de sexo que só tendem a melhorar o ato sexual.

Algumas pessoas, ou até mesmo satanistas, quando acabam de entender o arquétipo de Lilith, e vem a ler o livro destinado a isto na literatura satânica, acham que a satanista (bruxa satânica), terá que se tornar uma nova Lilith, ou seja, se tornar a devoradora de homens que terá que antes de tudo se tornar uma expert nas artes sexuais e se vulgarizar, para se tornar cada vez mais chamativa ao desejo carnal masculino.

Mas a bruxaria satânica vai muito mais além disto, mesmo no arquétipo de Lilith. A bruxa satânica, logicamente, terá que procurar ter cada vez mais qualidades sexuais, e até mesmo usar roupas ou até tornar-se mais atrativa em alguns momentos com logicamente algumas coisas que possam ser vulgares. Mas, nunca a bruxa satânica deve levar isto ao extremo se vulgarizando ao extremo, pois isto pode ser antes de tudo um erro, pois ao contrário de se tornar mais atrativa será somente um objeto sexual. Isto é, antes de tudo, valorizar o corpo da bruxa satânica, pois como todo satanista é um "Deus", ele não deve se vulgarizar, pois assim estará se distanciando cada vez mais do seu self.

A utilizaçao do arquétipo de Lilith neste caso vem de que a mulher tem artifícios que podem atrair o sexo oposto, tendo a mulher a intençao de possuir aquele corpo. As formas arredondadas de seu corpo, os odores exalados pela excitação, roupas que provoquem a fantasia masculina estao entre algumas das armas femininas para atrair o homem. E também, a arte do sexo, tão importante em um relacionamento, que quando bem feita pela mulher, atrairá o homem que ela quer, cada vez mais.

Valorizar estas qualidades, sem vulgarizá-las , é estar junto ao arquétipo de Lilith, e antes de tudo, é estar junto com lado carnal de si mesmo, não deixando logicamente este lado carnal estar acima do seu próprio self.

Como este texto está sendo analisado frente ao folclore judaico, irei aqui como arquetipo da mulher mais doce, o arquétipo de Eva. Mas, nem so de sexo, nem so de dominar o sexo masculino, já que Lilith sempre preferiu ficar por cima nas relaçoes sexuais com Adao, há a doçura e o lado servil de Eva.

Pelo folclore Judaico, quando Deus expulsou Eva do Paraíso, ele para que Adão não ficasse sozinho, criou de uma de suas costelas Eva. Eva era o extremo contrario de Lilith, era servil e doce, e queria somente agradar ao marido, não se usando da sexualidade e de outros artificos, mas sim somente da sua doçura e carinho, como uma mae, o segundo lado de toda mulher.

Este é um outro lado que a mulher também deve valorizar, nem sempre ela deverá estar tentando sobressair-se ao homem, mas às vezes poderá submeter-se a algumas vontades do homem, e também, dar o carinho necessário ao mesmo para que em momento em que a carne não pedir Lilith, o homem tenha a Eva ao seu lado.

Não utilizando uma forma machista, dizendo que a mulher deve servir sempre ao homem, mas sim uma forma de que, este é um outro lado que deve ser valorizado na bruxa satânica, pois também, este, é um dos lados da mulher que causam também grande atraçao no sexo oposto.

Procurar contrapor lados de uma moeda e formar a Bruxa Satânica é um dos grandes papeis da satanista, em sua evoluçao dentro da arte satânica. Logicamente, algumas sucumbirao ao arquetipo Lilith, outras não saberao dosar os lados da moeda, mas algumas, ao entender totalmente o arquetipo Lilith, e somar ao seu lado Eva, conseguirao finalmente se tornar bruxas, e ai, poder conquistar tudo aquilo que quiserem, e a pessoa que quiserem.

É uma realidade incontestável que o homem quer na mulher, a amante e a mae. É incontestável que uma mulher fatal é atraente, e que uma menina sem experiência nenhuma atrai muito também. Mas é muito mais atraente aquela que tem os dois lados, e que, não dá chance do homem saber como ela se portará, atraindo-o pela surpresa.

Mas chega-se talvez a uma conclusao, de quem não conseguiu entender totalmente este texto. Entao a bruxaria satanica é a arte de conquistar os homens ? Não, não somente isto. A bruxa satânica sim, atrairá os homens com seus lados somados, e conseguirá todos aqueles que ela quiser. Por estas qualidades somadas com as qualidades físicas ? Talvez sim, mas tambem há um lado a ser colocado. Entre estes dois lados, está a bruxa satânica, o seu self. A sua essência mais pura, que quando tiver estes dois lados aflorados, irá começar a aceitar-se cada vez melhor, sentir-se mais segura e assim, irá se tornar atraente.

Será uma mulher segura, que não terá vergonha de expor suas opinioes, expor-se ao desejo, e expor seu corpo, que será sua forma de atrair, e sua mente, que será sua forma de mostrar que dentro da mulher fatal, somada com a mulher mae, há também uma mente pensante que não poderia permitir que fosse vista somente como objeto, e sim, como uma parte participante e importante em um relacionamento e em uma sociedade.

A MULHER E O SATANISMO

O papel da mulher nas grandes religiões estabelecidas é por todos conhecido, praticamente nulo. A mulher nessas religiões são sempre consideradas como a origem de todo mal. Eva, Dalila e muitas outras mais, formam parte da inumerável lista de mulheres malditas. Também nas suas práticas religiosas estiveram sempre em um segundo plano, como convidadas indesejáveis.

A História nos ensina que isto nem sempre foi assim. A mulher era dona da terra, mãe e centro de toda a existente, sua fertilidade garantia o ciclo de riquezas em seus grupos. Seus nomes foram muitos: Isis a deusa egípcia cujo culto chegou a própria Roma. Na Babilonia a deusa Isthar e Innana eram o centro das grandes religiões mesopotâmicas. A Deusa Tiamat que existiu antes da própria criação, rodeada sempre por sua corte de demônios como narra Enuma Elish, o relato da criação de origem Cananea que foi tomado em parte pelos primeiros hebreus.

Daquelas épocas nem ao menos restaram os rituais mágicos onde a mulher é o centro de toda a cerimônia. O satanismo através de alguns ritos mágicos tem resgatado esse papel protagonista das mulheres. Fora das práticas mágicas naquilo que chamamos de filosofia satânica, a mulher joga no mesmo papel que o homem, não existem diferenças no satanismo por sexo ou raça. A discriminação deixa sua marca as pessoas por suas ambições, sede de conhecimento, deleite da vida e por suas maneiras de ver e entender tudo aquilo que as rodeia.

No satanismo a única diferença entre homens e mulheres são as definições de suas próprias individualidades. As irmãs satanistas encontram aqui o respeito e a admiração de seus irmãos.

InvocaÇÃo A Satan!

In nomine Dei nostri Satanas Luciferi excelsi!

Em nome de SATAN, o soberano da terra, o rei do mundo, eu comando as forcas das trevas para
conferir o seu poder infernal sobre mim!
Abram totalmente os portões do Inferno e venham adiante do abismo para me saudar como seu
irmão (irmã) e amigo!
Concedam-me as indulgências de que falo!
Eu aceitei o seu nome como parte de mim! Eu vivo como o animal do campo, exultando na vida da
matéria! Eu favoreço o justo e amaldiçôo o corrupto!
Por todos os deuses do Inferno, eu ordeno que todas estas coisas de que falo venham se realizar!
Venham adiante e respondam seus nomes pela manifestação dos meus desejos!

OH! ESCUTEM OS NOMES!

OH! ESCUTEM OS NOMES! OS NOMES INFERNAIS
Abaddon Adramelech Ahpuch Ahriman Amon Apollyn Asmodeus Astaroth Azazel Baalberith Balaam Baphomet Bast Beelzebub Behemoth Beherit Bilé Chemosh Cimeries Coyote Dagon Damballa Demogorgon Diabolus Dracula Emma-O Euronymous Fenriz Gorgo Haborym Hecate Ishtar Kali Lilith Loki Mammon Mania Mantus Marduk Mastema Melek Taus Mephistopheles Metzli Mictian Midgard Milcom Moloch Mormo Naamah Nergal Nihasa Nija O-Yama Pan Pluto Preserpine Pwcca Rimmon Sabazios Sammael Samnu Sedit Sekhmet Set Shaitan Shamad Shiva Supay T’an-mo Tchort Tezcatlipoca Thamuz Thoth Tunrida Typhon YaotzinYen-lo-Wang

InvocaÇão a Luxuria

Venha adiante, oh grande gerador do abismo e faca a sua presença manifestada. Eu tenho posto os
meus pensamentos sobre o pináculo de chamas que cresce com a luxuria escolhida nos momentos
de incremento e cresce fervente em grande expansão.
Mande adiante o mensageiro das delicias voluptuosas, e deixe estas perspectivas dos meus negros
desejos tomem forma no futuro em atos e obras.
Da sexta torre de Satan vira um sinal que vinculara com estes sabores e igualmente movera o corpo
da matéria da minha requisição.
Eu reuni os meus símbolos adiante e preparo meus ornamentos do que e para ser, e a imagem da
minha criação espreita como um dragão agitado aguardando a sua liberdade.
A visão se torna uma realidade e através do alimento que meu sacrifício lhe da, os ângulos da
primeira dimensão se tornarão a substancia da terceira.
Saiam no vazio da noite (luz do dia) e penetrem esta mente que respondera com pensamentos que
levarão aos caminhos do luxurioso abandono.
(HOMEM) Minha vara está impelida. A forca de penetração do meu veneno quebrara a santidade
desta mente que e estéril a luxuria; e assim que a semente cair, então seus vapores serão espalhados
dentro da mente adormecida paralizando-a ate torna-la impossível de controlar de acordo com o
meu desejo! Em nome do grande deus Pan, permita que os meus pensamentos secretos sejam
dispostos no movimento da carne que eu desejo!
Shemhamforash! Hail Satan!
(MULHER) Meus quadris estão sem chama! O derramamento do néctar da minha fenda ansiosa
agira como pólen para esta mente adormecida, e a mente que não sente luxuria repentinamente
vacilara com um louco impulso. E quando a minha poderosa onda e gasta, novas perambulações
começarão; e esta carne que eu desejo vira a mim. Em nome das grandes prostitutas da Babilônia e
de Lilith e de Hecade, possa ser a minha luxuria consumada.
Shemhamforash! Hail Satan!

Ritual De InvocaçÃo A Deusa

"Eu invoco a Grande Deusa, Senhora de todas as coisas.
Oh, Grande Mãe me abençoe através de seu poder.
Senhora dos encantos da noite, Senhora dos mistérios da Magia,
Que a sua benção se espalhe sobre mim !
Que os seus poderes e encantos sempre conspirem ao meu favor.
Oh, Senhora do céu noturno, Deusa da Lua e da Madrugada,
Oh, Deusa das três faces,
Traga-me os Dons da Lua!
Na crescente me de coragem,
Na cheia invada-me com teu amor,
Na minguante traga-me sabedoria!
Dançaremos e cantaremos em volta do circulo,
Na hora noturna do feitiço.
Traga boa sorte para nós que temos fé,
E que mantemos nossa Arte com carinho!

Pelo poder do 3 vezes o 3,
Que assim seja,
E que assim se faça!"

O perfil filosófico do vampirismo

“O milagre da relação erótica masculina é o de uma total confiança e abandono endereçados somente ao prazer, sem qualquer dever, compromisso ou coerção”

(Francisco Alberoni)



Senhores, creio que é quase impossível filosofar sobre vampirismo sem falar em sexo, prazeres, orgias e sonhos fantasmagóricos, afinal um assunto tão complexo deverá por força encarnar na sua essência uma apologia direta ao culto do erotismo, onde a estética de um belo corpo, jovem e saudável, pode ser fonte inesgotável de prazer e vida!

O vampirismo caracteriza-se basicamente por um perfil aristocrata de personalidade, e segundo J. Gordon Melton, que estudou profundamente por mais de trinta anos seguidos sobre o assunto, no prefácio “O que é um vampiro”, do famoso “Livro dos Vampiros”, temos as seguintes palavras:

“A definição comum, nos dicionários, serve como referência para a investigação: vampiro é um cadáver reavivado que levanta do túmulo para sugar o sangue dos vivos e assim reter a aparência da vida”.

Somente nesta idéia central já se evoca a horrenda imagem de um corpo em estado hipnótico ou de alucinação, reavivado por um poder diabólico direcionado contra o princípio das eternas leis naturais de vida e morte dentro do monismo da natureza!

É exatamente aí que prevalece a força indestrutível do mito como encarnação de um antigo horror endêmico herdado pelo inconsciente coletivo, à civilização moderna e contemporânea.

As primeiras hordas de seres humanos primitivos, habitantes de cavernas, não tinham um conhecimento científico-biológico sobre a função do sangue no corpo vivo. Eles observaram porém, que quando um animal perdia sangue, a vida também abandonava o corpo...

O mesmo se dava com o ente humano e em muitos casos, o sangue humano foi bebido no intuito de “transferir a vida” do semelhante ao corpo do que havia ingerido o sangue, num macabro ritual onde a violência e o crime foram atos decisivos num combate.

O sangue simboliza de alguma forma o “espírito” dos animais, a própria vida animada na criatura viva, e no homem este significado transfigurou sua própria imagem a um universo mítico, ilustrado por ritos e crenças das mais variadas naturezas.

O vampirismo nasceu já de alguma forma exatamente quando um homem primitivo bebia o sangue de seu inimigo acreditando herdar do mesmo toda a vida, coragem e ferocidade! Bebia-se o sangue em um ritual de triunfo e regozijo em comunhão ou numa orgia, num deleite que causava prazer acima de tudo por vencer o rival que antes era uma ameaça, disputando o direito de gozar as fêmeas da ordem primeva, as mulheres agrupadas em submissão absoluta!

Neste período da pré-história da humanidade, já se traçava um perfil marcante e fundamental do culto do vampirismo, ou seja, beber sangue numa volúpia selvagem e irracional, abusando do próprio instinto!

A carne humana também podia ser comida num ritual antropofágico de primitivo canibalismo. Daí também se pode extrair num paralelo, o mito do lobisomem, um monstro que come carne humana!

O alemão Hans Staden descreveu situações desta natureza, há quatrocentos e cinqüenta anos atrás e muito próximo de nós, aqui mesmo no Brasil, no seio de tribos indígenas primitivas. Sua obra publicada por volta de 1557 em Marburg, na Alemanha, tinha o seguinte título que chegava a ser extravagante:

“Descrição verdadeira de um país de selvagens nus, ferozes e canibais, situado no Novo Mundo, América, desconhecido da terra de Hessem antes e depois do nascimento de Cristo”.

Porém, as alusões mais antigas a respeito de tais práticas como beber sangue humano ou comer carne humana remontam a milênios da história natural. Mas estes “estranhos” modos de comportamento humano só puderam ser estudados nos últimos duzentos anos de avanço científico, através das duas cátedras, rainhas absolutas do verdadeiro conhecimento humano, a psicanálise ou psicologia, e a antropofagia. Através do estudo aprofundado de certas tribos indígenas ou de negros, puderam-se compreender de alguma forma como estes grupos comportam-se e como comportava-se o homem de sessenta mil anos atrás. Os ritos e as práticas religiosas variam em abundância nos aspectos principais, porém, têm um só elo em comum, ou seja, a plena consciência da temida morte!

A morte entra em cena como uma das principais personagens da odisséia do vampirismo, não como mito de ficção, mas uma amarga e dura realidade a tudo que vive!

Posso fazer um trocadilho de palavras chaves para ilustrar a base do mito do vampirismo: vida-morte è vida através do sangue – morte ao perder sangue...

Revendo a mitologia judaica, encontrei um nome que muito significou para mim e para a própria história do vampirismo. A rainha das trevas, o lado oculto da lua, Lilith, a filha legítima de Satã e a primeira esposa de Adão! Lilith!...

Lilith será sempre a mais bela das belas, a mais fogosa, a mulher mais deliciosa do mundo, o símbolo absoluto do prazer, o cheiro mais excitante que é o cheiro característico que exala-se abaixo do ventre feminino, o cheiro do mel almiscarado, o cheiro da mulher! Lilith é a mãe primeva dos vampiros e espectros malignos. Lilith foi também esposa de Caim, que logo tornou-se o primeiro assassino que derramou o sangue do próprio irmão, tornando-se também uma espécie de vampiro errante, réprobo maldito.

Com o surgimento de Lilith, o vampirismo ganha a sensualidade e a conotação sexual que faltava para completar a grandeza de um mito tão forte dentro da cultura humana, ou seja, sem sexo o vampirismo não teria atrativo suficiente para sobreviver dentro das civilizações do mundo.

Os mitos, assim como as crenças que alimentam-se de sangue emergem de vários povos de todo o mundo e em várias épocas da história da civilização. Na Grécia, por exemplo, encontramos citações significativas de vampiros com nomes como “Empusai”, “Mormolykiai”, “Lamiai” e “Strige”. Este último significa uma sinistra referência a uma enorme coruja que habitava torres. Este ser tornou-se um monstro noturno equiparado a uma Lilith que atacava somente criancinhas para beber o sangue.

“Lamiai” de “Lamia”, era uma belíssima rainha da Líbia que foi seduzida por Zeus. A mulher deste, Hera, num ataque de ódio e ciúmes castigou Lamia transformando-a num monstro hediondo condenada a habitar cavernas e beber também sangue de crianças como alimento.

Vários fatores caracterizam estes monstros sugadores de sangue, e um dos pontos mais significativos é que a maioria dos vampiros são seres noturnos, que habitam nas trevas, seres que repelem a luz do sol.

O cinema e a literatura ilustraram este universo vampírico, por isso sabemos de antemão que “luz do sol”, “alho”, “crucifixo” e “água benta”, afugentam os vampiros. Queria, porém, desviar o curso natural destas informações, ou melhor, acrescentar costumes de comportamentos sociais com hábitos que muito caracterizam alguns indivíduos como vampiros!

Em relação aos últimos dois mil anos de história por exemplo, vemos a vitória do Cristianismo em todo o Ocidente, onde reina ainda uma fé um tanto ultrapassada para a nossa época. Porém, observei o seguinte: que o símbolo do Cristianismo, a “cruz” ou o “crucifixo”, demonstra uma vitória e afirmação absoluta sobre qualquer “vampiro” ou “demônio”, que repele o símbolo devido “ao poder de Cristo pregado em uma cruz”!

Espantosa observação, onde um vampiro passa a ser um “fruto mítico do próprio Cristianismo” para ser apontado como a própria encarnação do mal, um demônio, que representa a oposição a todo o “bem Cristão”. Desta forma, toda vez que se mostra um crucifixo a um vampiro, simbolicamente o Cristianismo se afirma como o “sumo bem”, regado às vezes com “água benta” ou “óleo benzido” por estúpidos crentes.

Tudo nos leva a crer que somente Cristo e a doutrina pregada pelos seus seguidores é que pode salvar o mundo, o que é de fato também um mito sem a mínima sombra de dúvidas.

Com essa gigantesca inversão de valores, sempre a religião Cristã sai ganhando campo, às vezes sobre os mitos mais importantes da humanidade, e assim boa parte da literatura sobre vampiros é de alguma forma fruto deste Cristianismo avassalador que tudo quer dominar para fortalecer a fé. Porém, o mito do vampiro é muito mais antigo que a religião Cristã, ele já pode ser identificado em mitologias pagãs de vários povo do passado, entre gregos, judeus, romanos, orientais, e vários agrupamentos de povos indígenas e de negros, que já falavam de alguma forma sobre “monstros ou cadáveres sugadores de sangue”...

Um traço interessante que observei num vampiro moderno são as duas forças pagãs de divindades mitológicas que podem caracterizar esta figura curiosa e incomum.

Nietzsche, o filósofo da cultura, identificou duas forças dentro da alma do Homem, uma ele chamou de “Apolínea”, a outra ele chamou de “Dionízica”. Em sua obra “A origem da tragédia”, este complexo e aprofundado estudo pode ser melhor compreendido ao reservarmos obrigatoriamente, ou por simples prazer, algum tempo para a leitura desta obra singular.

O perfil “Apolíneo” de um vampiro está muito além da regra de um homem comum, ao contrário, ultrapassa este num radicalismo seguido à risca! A postura aristocrata e nobre de um vampiro distingue-se das outras pessoas comuns, seu porte físico, seus traços de rosto, seus olhos, mãos, cabelos, tudo em se tratando de corpo é de porte elevado e misterioso.

Um gosto por arte e acabamento estético dão aquele toque “diferente” na casa ou castelo de um vampiro. Pinturas do romantismo, referências ao helenismo greco-romano em artes, colunas e pilares de sustentação em estilos jônicos-dóricos-coríntios, cortinas vermelhas simbolizando paixões, gosto por profundas leituras de livros raros de autores célebres, prazer absoluto no culto ao conhecimento, ao estudo pontificado, meditado, a transformação nas palavras em argumentos filosóficos e referências de literatura ou poesia nas conversações.

Esta postura e este gosto pelo belo que todo vampiro aspira, é manifestação de cunho apolíneo em graus elevados de poder! Tudo que embeleza a vida, ofereça conforto absoluto e segurança, grandeza de cultura, por detrás de todas estas manifestações à luz apolínea, a força e o poder de Apolo como exemplo de equilíbrio permanente.

O traço “dionízico” de um vampiro também é explicitamente visível no gosto por sexo, por orgias e paixões desenfreadas, busca incessante de companhia para os prazeres, o desejo ardente de sedução, os beijos de fogo, a fúria cega na busca eterna de noivas, e por fim, a conquista de uma só musa bela, sensual, nobre, submissa, verdadeira nos encantos doces de um belo corpo harmonioso, jovem, muito jovem e cheia de vida e calor para fundir-se no deleito supremo do gozo e da vampirização absoluta!

Apolíneo e dionízico, dois traços marcantes na alma de um vampiro, identificando estas curiosas personalidades com seus respectivos gozos e aspirações muito além do homem comum. Este, condenado a errar até a morte num raciocínio senso-comum que o limita e reduz seu campo de conhecimento e compreensão do mundo e civilização.

Mas espantoso mesmo é o traço lúgubre do vampirismo que aparentemente está em contradição com o que acabei de descrever, mas aí é interessante notar que o vampiro é um ser que resiste à ação do tempo e às transformações sociais. Se seu castelo está em ruínas devido às guerras e à corrente dos séculos, resistiram porém estas ruínas impondo-se ainda, com o perfil radical de uma raça dominadora que impôs um dia na linha do tempo a marca da sua maneira de ser no mundo!

Vlad Tepes hoje é apenas uma referência histórica para fortalecer uma personagem de literatura, mas os castelos que habitou no tempo em que reinou, as ruínas que emergem do alto dos rochedos, são ainda uma realidade visível a quem visitar a Romênia nos dias de hoje!

Já falei sobre Vlad Tepes Dracul em um outro escrito mais específico, onde pudemos rever algumas maneiras “diferentes” de se fazer justiça no mundo, e como seria gratificante ver essa justiça “Draculesca” se abater radicalmente sobre todos estes bandidos marginais que barbarizam as sociedades modernas, esses assaltantes, esses ladrões violentos, esses anti-helênicos por natureza, essa corja de inúteis serem todos, torturados com fogo, empalados com estacas pontiagudas com mais de dois metros de comprimento, ou serem esquartejados vivos, esfolados e cozidos em enormes panelas de ferro!

Lembremos dos relatos medievais escritos por Ambrosiu Huber em 1499 na cidade alemã de Nuremberg, onde Drácula, o calamitoso, espalhava o terror da sua lenda com as atitudes reais e ferrenhas de uma justiça horripilante e assustadora, mas que funcionava de verdade!

Drácula é a manifestação absoluta do mito do vampirismo por excelência, o símbolo superior que jamais será destruído, pois é a própria força da vida eterna conquistada! Não existe meio termo, ou se cultua Drácula ou odeia este mito como o diabo odeia a cruz, ou se identifica com Drácula ou será apenas mais um perdido no meio da massa humana dos grandes aglomerados em número!

Que símbolo mais ousado e másculo do que a imagem do vampiro criado por Bram Stocker?

Por certo o dandy da Irlanda não imaginaria a proporção que ganhou o seu personagem do romance publicado em 1897, uma das obras mais horripilantes escritas em língua inglesa, o livro “Drácula” vem sendo lido e relido a todo instante no mundo todo por adolescentes e adultos!

Eu mesmo confesso que li o livro nos meus gloriosos dezesseis anos de idade pela primeira vez, e de lá para cá já reli de oito a dez vezes, mais ou menos!

Todo homem que sonha com as mais belas jovens cheirando a água de flores, que sonha com as virgens impossíveis, ideal helênico de beleza clássica feminina, o sonho perdido com um número considerado de ninfas, todas essas fantasias oriundas de uma mente esclarecida e bem resolvida em questões de prazer, tem na imagem do vampiro a realização plena destes desejos reprimidos e sufocados pela falsa moral, tem no vampiro a transferência e a canalização direta dos próprios anseios eróticos que sufocam os moralistas ingênuos e as beatas frígidas castradas por preconceitos medíocres impostos por gente que no fundo é inimiga da vida e do prazer.

Um vampiro é uma espécie de “super-homem” que Zaratrusta tanto falou, porém não é o “super-homem” em sua plenitude, pois é um ser diferente no perfil do comportamento e da personalidade que o classifica como “um super-homem misterioso”.

Muitos de nós, cultuadores do vampirismo e da feitiçaria, magos, bruxos, ocultistas, goticistas, e dandys, identificamo-nos com o perfil de um vampiro exatamente porque este personagem é a projeção absoluta de tudo aquilo que gostaríamos de ser! Acreditando nessa filosofia, vamos na medida que adquirimos conhecimento das verdades, tornando-nos espécies raras de vampiros!

O vampirismo passa a ser uma maneira exótica de pensar e agir num mundo repleto de riquezas e prazeres diversos que precisam ser conquistados, afinal chega o grande momento na vida onde temos que decidir por nossos gostos e desejos e só no universo do vampirismo estaremos plenamente realizados, e vingados de todo o mal que a realidade comum nos tem feito todos estes anos!

“Juventude eterna” e “poder sobre os outros”, somente aqui, um reino e harém aos nossos pés como “bom vivants” que somos, passaríamos o nosso tempo desfrutando prazeres que somente os vampiros podem gozar!

A transgressão ao pensamento dominante cristão de “fraternidade”, “perdão”, “piedade”, “igualdade social” e todas estas mentiras convencionais na moderna civilização, prevalecerá na filosofia do culto ao vampirismo como a rebeldia aristocrata por excelência!

Nelson Liano Jr., em sua célebre obra “Manual prático do vampirismo”, traça um perfil bastante singular sobre a filosofia do vampirismo. Quando estudei esse livro, imediatamente classifiquei-o como um dos melhores trabalhos já escritos sobre um assunto tão complexo. Ali o autor abordou a essência do vampirismo de uma maneira perfeita em linguagem histórica e poética aprofundando-se neste obscuro universo onde orgias com ninfetas em rituais e sabás são realizações comuns aos neófitos iniciados.

As fantasias sexuais são os impulsos que precisamos para renascermos outra vez, mais humanos e mais saciados dos nossos desejos, que é a coisa mais importante da vida. “Só o prazer e a juventude valem a pena nesta vida”, ensinou-nos também o genial escritor irlandês Oscar Wilde.

Nesses rituais secretos, escondidos, pois tudo que é escondido é mais gostoso de fazer, ali o vinho era também um símbolo de comunhão, mas antes mesmo do vinho, o sangue humano era uma bebida ideal!

Mas a verdadeira maldição pode estar em um sangue sujo, contaminado com infecção venérea, sífilis ou HIV por exemplo. Desta forma, o líquido mais precioso que existe pode oferecer uma morte eterna àquele que ingerir tal beberagem!

Atualmente uma orgia vampiresca é coisa raríssima de ocorrer, e o sangue é substituído por vinho quando ocorre tais deleites, onde os mais ousados se entregam aos prazeres...

O próprio Cristo em sua ceia com os apóstolos, realizou na última noite um ritual fantástico de vampirismo simbólico, dando seu próprio sangue, substituindo por vinho em uma taça, aos doze apóstolos escolhidos para compartilhar do interessante ritual!

“Tomai e bebei todos vós, este é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por mim, por vós e por todos os homens, para o perdão dos pecados, faço isso para celebrar a minha memória!”. Aqui, nestas profundas palavras, o iniciado Jesus Cristo realiza um ritual pacto, onde o sangue está presente para ser bebido... Seu corpo que é simbolizado por um pão, será devorado também pelos apóstolos, numa comunhão, onde nos lembra simbolicamente um ritual de antropofagia que remonta há mais de 60 mil anos, onde se celebrava um culto primitivo ao redor do fogo! A mística da “Santa Ceia”, pintada por Leonardo da Vinci na parede de um grande refeitório do Mosteiro de Santa Maria Delle Grazie, em Milão, na Itália, entre os anos de 1495 e 1498, expressa um verdadeiro clima de agitação ao revelar a Jesus que um dos que ali estavam iria traí-lo! O sal derramado na mesa é o símbolo desta traição...

O vinho tem a cor do sangue e o misticismo que remonta às próprias mitologias pagãs. Baco é o deus do vinho, logo a embriaguez, a dança e o prazer, são a glorificação da própria vida. Ingerir vinho (sangue simbólico) é reviver ou ressuscitar do tédio, spleem, que é uma espécie de morte psicológica, é embriagar-se de vida!...

Por todos os lugares que passei, com todos os homens que conversei, encontrei neles um desejo ardente por possuir deliciosas ninfas e mulheres sensuais, fogosas, fartas, delicadamente doces, selvagemmente perversas! Em todos vi a frustração, a impotência perante o harém perfeito que é o mundo e a diversidade da realidade. Em todos estes homens, os mesmos queixumes, as mesmas fraquezas, as mesmas taras, os mesmos desejos de serem mais viris, os que mais gozam com um maior número de mulheres possíveis, todos tarados, todos sonhando com orgias impossíveis, nenhum exemplo prático, concreto, como um verdadeiro Sade ou Byron, nenhum Sultão, nenhum Casanova, nenhum César, nenhum Napoleão, nenhum Drácula! Todos bem abaixo do verdadeiro papel de homem!

Toda orgia, por mais ou menos requintada que seja, pertence ao culto do vampirismo, aos que vivificam esta maneira de ser e de agir no mundo. Só os vampiros são capazes de se realizarem plenamente porque fazem do prazer e da juventude um culto supremo.

Os homens comuns praticam sexo apenas e pronto, por ali se resumem as suas aspirações, não vão além de um gozo comum e natural que também foi um presente da natureza. Estes impõem-se, como somente eles que fossem os eleitos, sendo que todo o reino da natureza é regido por esta força natural! Ou seja, “nada de novo debaixo do sol”. Mas quando mergulhamos na ilusão ou realidade do culto do vampirismo, abrimos novos campos para o prazer sexual e estético, então é revelado a nós de uma maneira muito especial que o prazer e o sexo são uma prática sagrada e milenar, que a fantasia abre os caminhos para multiplicarmos este tesouro que a natureza nos deu. Então, através da estética, ficamos mais exigentes até depararmos de fato com o “belo”, a beleza humana em si mesma.

Só se torna vampiro quando se descobre de fato o que é belo, então vem a necessidade apurada da grande conquista, da sedução vampírica, da posse física daquilo que de fato é vida!

Existem casos de mulheres mais velhas apaixonarem-se por garotos mancebos. Estas espécies de “vampiras” não buscam mais do que gozar o pleno vigor físico e a jovialidade dos mancebos de forma absoluta! E tudo elas fazem em matéria de sexo, iniciando estes jovens às verdadeiras loucuras eróticas onde a regra é o sexo livre, para a sorte absoluta dos eleitos por “Vênus”.

Teoricamente, o vampirismo se apresenta por mais de mil maneiras diferentes de interpretação, desde aquele goticismo sinistro e fantasmagórico até as mais excitantes maneiras e modos de erotismo e masoquismo, onde os neófitos atingem orgasmos através de dor e tortura. Tudo de mais profundo e criativo do imaginário humano compõe o cenário do vampirismo.

O célebre e genial Graça Aranha fez algumas importantes observações a respeito do medo no ser humano, em sua dissertação sobre “A função psychica do terror”. Ele nos relata o seguinte:

“Não é somente por uma manifestação physica retrógrada que o terror reside no homem, é também pelo retrocesso à alma antiga dos antepassados, reação em que a cultura adquirida se esvai, como a luz solar no mistério da infalível noite. Esse retrocesso à sub-consciência se acentua na vida coletiva, nas sociedades humanas, em que o estado de aglomeração faz despertar os instintos selvagens dos antropóides e homens primitivos que viviam em tribos. Outra causa do medo é a dor, antes do sofrimento moral, a dor física agindo nos centros nervosos do animal determinando o pavor do desconhecido e no homem cria o sentimento da morte”.

A imagem sinistra de um vampiro desperta nos homens este medo antigo pelo desconhecido, pelo ser excêntrico que o ameaça por diferentes formas transfiguradas no seio da escuridão.

O vampiro tradicional das páginas da literatura é o ser mais horripilante que pode existir, nas palavras, nos gestos, na imagem e no perfil, o vampiro equivale à mil homens em força e inteligência!

O vampiro sabe das verdades, conhece os tesouros do mundo, o valor do que é belo, o valor da beleza em si, por isso arrisca, por isso sai todas as noites à luta por uma presa de pele de seda e ventre aveludado, aspira o perfume ideal – a sua tara ancestral, e precisa gozar até o êxtase, sugando o sangue do pescoço ou pulsos da vítima. Aqui, como todos sabem, é uma espécie de símbolo esta mordida vampiresca que no fundo representa sempre uma selvagem relação sexual.

O que são as orgias depravadas dos filmes pornográficos senão a plena realização de instintos vampirescos de cunho perverso e escarnecedor?

As estrelas desses filmes, escolhidas a dedo, são a encarnação da própria beleza em si mesma, e o que é belo, arrebata sem piedade, então por alguns instantes nos vemos diante das forças primitivas da natureza auxiliada pela perversão dos que estão atuando por detrás dos bastidores!

Mito ou realidade, o vampirismo é esta força indestrutível de sedução, saque, posse, busca, conquista, realização e vitória sobre a morte, e só se vence a morte vivendo a vida intensamente, sem trégua e sem demonstrar fraqueza, avançando sempre em busca de um ideal.

Todo misticismo e poesia do culto do vampirismo deve ser preservado e apreciado cada vez mais, como fonte de vida eterna, e para enriquecer o nosso conhecimento e as nossas fantasias, que são as armas que temos para destruir os nossos inimigos e o próprio tédio, que se converte em spleem quando esmorecemos o nosso espírito criador.