quarta-feira, 3 de outubro de 2007

DEFINIÇÃO DE MAGIA

Magia — cavalos — carruagens e cocheiros

— Vistes alguma vez um fiacre (coche, carruagem) transitando pelas ruas de Paris? ... se observares atentamente este fiacre, estareis em condições de aprender rapidamente a mecânica, a filosofia, psicologia e sobretudo, a magia. Se minha pergunta ... vos parece absurda é que não sabeis ainda observar. Olhais, mas não vêdes; experimentais passivamente sensações, mas não tendes o costume de as analisar, de procurar as relações das coisas. ... Todos os fenômenos físicos que ferem nossos sentidos, não são mais do que reflexos das vestes de princípios mais elevados: as idéias. ...

Voltemos ao nosso fiacre. Uma carruagem, um cavalo, um cocheiro, eis toda a filosofia, eis toda a magia. ... Se o ser inteligente, o cocheiro, quisesse pôr em movimento seu fiacre sem o cavalo, o carro não andaria. ... [Entretanto] muitos supõem que magia é a arte de fazer mover fiacres sem cavalos ou, traduzindo em linguagem um pouco mais elevada, de agir sobre a matéria pela vontade e sem intermediários de espécie alguma. ... Observastes que o cavalo é mais forte que o cocheiro e que, por meio das rédeas, o cocheiro domina a força bruta do animal que ele conduz? O cocheiro representa a inteligência e, sobretudo, a VONTADE, o que governa todo o sistema ... A carruagem representa a matéria, o que é inerte ... O cavalo representa a força.

Obedecendo ao cocheiro e atuando sobre a carruagem, o cavalo move todo o sistema. [O Cavalo] é o princípio motor ... elo intermediário entre a carruagem e o cocheiro, elo que prende o que suporta (matéria) ao que governa (pensamento, inteligência). [Em outras palavras] ... O cocheiro é a VONTADE HUMANA, o cavalo é a VIDA (FORÇA VITAL) ... sem a qual o cocheiro não pode agir sobre a carruagem.

... Ora, quando nós nos encolerizamos ao ponto de perder a cabeça, [dizemos que] o sangue "subiu à cabeça" {ou, a força vital, o cavalo descontrolado apoderou-se da mente], isto é, o cavalo "desboca-se" e, céus! Nesse caso, o dever do cocheiro é [manter o pulso firme nas rédeas], e pouco a pouco, o cavalo, dominado por essa energia, torna-se calmo. O mesmo acontece com o ente humano: seu cocheiro — a vontade, deve agir energicamente sobre a cólera, as rédeas que prendem a força vital à VONTADE devem ser mantidas em tensão [sob controle] ...

A magia sendo uma ciência prática, requer conhecimentos teóricos preliminares, como todas as ciências práticas. Entretanto, há diferença entre um engenheiro mecânico, que passou por um curso universitário e um mecânico técnico ou leigo, que fez um curso rápido ou aprendeu na lida do dia a dia da oficina. Em muitos lugarejos, há leigos em magia que, de fato, produzem fenômenos curiosos e realizam curas, porque aprenderam a fazer estas coisas vendo como eram feitas pelos mais velhos, repetindo tradições cujo fundamento, geralmente, se perdeu. Esses "magos leigos" são os chamados FEITICEIROS ...

Sendo prática, a magia é uma ciência de aplicação. Mas, o quê o operador vai aplicar? SUA VONTADE ... o princípio diretor, o cocheiro do sistema. Perguntamos ainda: em quê, em qual objeto será aplicada esta VONTADE? Na MATÉRIA? Nunca! Seria como um cocheiro agitando-se na boléia da carruagem enquanto o cavalo ainda está na estrebaria! Um cocheiro AGE SOBRE um cavalo, não sobre a carruagem. ... Um dos grandes méritos da ciência oculta é justamente ter fixado este ponto: que o espírito não pode agir sobre a matéria diretamente; o espírito age sobre um AGENTE INTERMEDIÁRIO, o qual, por sua vez, reage (repercute) sobre a matéria. O operador deverá, pois, aplicar sua VONTADE não diretamente na matéria, porém naquilo que modifica a matéria incessantemente, [seu mediador plástico] que, a ciência oculta chama PLANO ASTRAL ou PLANO DE FORMAÇÃO DO MUNDO MATERIAL.
p 17-18-19-20-21

Antes de comandar as forças em ação em um grão de trigo, aprendei a comandar aquelas que agem em vós mesmos e lembrai-vos que antes de ocupardes uma cadeira de Mestre na Sorbonne, é preciso passar pelo Liceu e pela Faculdade. p 21

2. DEFININDO MAGIA Magia é ... a aplicação da VONTADE às forças HIPERFÍSICAS (ou metafísicas) da natureza. Estas forças HIPERFÍSICAS diferem das FORÇAS FÍSICAS no que se refere à sua essência energética: as forças físicas são puramente mecânicas enquanto, as hiperfísicas são psico-orgânicas. Nas palavras de Papus, as forças hiperfísicas "... são produzidas por seres vivos em vez de o serem por máquinas" (PAPUS, 1995 - p 22, 23). São exemplos de forças FÍSICAS: calor, luz, eletricidade. São forças que tocam os sentidos físicos e se relacionam às percepções comuns dos olhos, ouvidos, tato, olfato e paladar. Já a força hiperfísica manifesta-se especialmente por meio do PENSAMENTO-VONTADE capaz de controlar a vitalidade ou fluxo de energia vital. "Reichenbach provou, desde 1854, que os seres animados e certos corpos magnéticos desprendiam, na obscuridade, eflúvios visíveis para os sensitivos. Estes eflúvios constituíam para Reichenbach a manifestação de uma força desconhecida que ele chamou OD. ...Há, na Índia, seres humanos adextrados ...no manejo destas forças hiperfísicas ... (Idem, p 23). Papus descreve a experiência de um faquir capaz de promover o desenvolvimento de uma semente em planta adulta em poucas horas usando tão somente seus eflúvios vitais.

"A vontade do faquir pôs em jôgo uma força que anima em algumas horas uma planta, que só um ano de cultura poderia conduzir ao mesmo resultado. Ora, esta força não tem dez nomes para um homem de bom senso; ela chama-se simplesmente VIDA. ...A vontade do faquir atuou sobre a VIDA ADORMECIDA NO vegetal e não só pôs esta força vital em movimento como também lhe forneceu elementos de ação MAIS ATIVOS que aqueles que fornece habitualmente a natureza. O faquir nada fez de SOBRENATURAL. Ele apenas PRECIPITOU um fenômeno natural: fez uma experiência mágica, mas nada produziu de contrário às leis da Natureza. Mas que meios utiliza o faquir para ATIVAR uma força latente na planta? A ciência oculta ensina que o faquir utilizou SUA PRÓPRIA FORÇA VITAL. Isso demonstra que A VIDA PODE "SAIR" DO SER HUMANO E AGIR À DISTÂNCIA."
(PAPUS, 1995 - p 23, 24)

Pelo exposto podemos dizer que magia é "a ação consciente da vontade sobre a vida". ...Para distinguir as forças de que se ocupa a Magia das forças físicas chamaremos as forças mágicas de FORÇAS VIVAS. A Magia é a APLICAÇÃO DA VONTADE HUMANA, dinamizada (concentrada e direcionada) à evolução rápida das foças vivas da Natureza (direcionada para a produção de fenômenos coerentes com as leis da natureza)


O HOMEM





O homem é triplo: nele, tudo se manifesta em três esferas ontológiccas (de ser), seja no aspecto físico ou psíquico. O homem e triplo e triuno, três em um porque os três não existem em separado, porém interados. Somente um homem plenamente desenvolvido consegue dominar a complexidade de seu próprio ser. No plano terreno ou meramente físico, o homem, como ensina a magia tradicional, é um resumo da Natureza e contém em si o SER MINERAL, o SER VEGETAL e o SER ANIMAL. Porém um ser humano é também um ser metafísico, ele é o SER QUE PENSA, o pensante, o racional. Este homem também é trino: sua essência inferior é o 1. Espírito, aquele que tem consciência do "Eu Sou"; seu corpo metafísico, que abriga o Espírito, é 2. Buddhi, o Veículo e a essência superior do homem é aquilo que no humano se confunde e coexiste com o Criador, 3. Atman, o Homem-Deus. O estudante de magia deve atentar especialmente ao animal que existe em todos nós. Papus denomina esse animal humano de o SER IMPULSIVO.

...o homem é triplo e tudo nele se manifesta sob uma aparência trinária. O mesmo se dá com sua constituição psicológica. ... O homem é triplo e mesmo triuno quando ele está completamente desenvolvido, psicologicamente falando. Quantos homens, porém, não têm desenvolvido senão um ou dois de seus centros intelectuais... O primeiro fim da Magia será pedir, antes de tudo, ao estudante consciencioso que aprenda a analisar seus impulsos, sabendo excitá-los ou inibi-los conforme as circunstâncias. (PAPUS, p 48-49)





O HOMEM IMPULSIVO

O homem sofre a influência do exterior pelos orgãos dos sentidos e age sobre o exterior pelo olhar (olhos), pela palavra (laringe), pelo gesto (braços) e pelo movimento ou ação (pernas e todo integrado). ...Os olhos pertencem propriamente à pessoa, ao homem de vontade (e não ao animal humano) que tem o olhar como meio de expressão. Por isso, o olhar será o primeiro a ser modificado pela loucura, pela embriaguês etc.. ...Ora, todos estes orgãos de expressão podem obedecer quer ao homem de vontade, quer aos atos reflexos (o animal). ...Domina-se um reflexo como se domina um animal: pelo hábito porém o ideal de certos homens consiste em fazer-se substituir por seus reflexos em todas as ocupações da vida. E dizem, então, que são felizes. ...Ora, o grande inimigo da magia é o homem impulsivo. É ele que é preciso saber dominar, apesar de seus protestos em cada um de nós, pois é dele que vêm todos os compromissos e todas as fraquezas — visto que ele é mortal, como nos ensina Platão no Timeu — e só o HOMEM VERDADEIRO é imortal. Aquele que submete o imortal ao mortal, materializa-se...



O HOMEM IMPULSIVO pode apresentar-se-nos como SENSUAL, SENTIMENTAL ou INTELECTUAL. Seu caráter fundamental, porém, é a passividade. Ele obedece a uma sugestão habitual ou de uma outra vontade, mas não age nunca por si mesmo. É um sujeito sonambúlico que pode ser inteligente, mas não é um homem.



INSTINTIVO SENSUAL — Animal Faminto

Depois de uma sensação, um homem puramente instintivo manifesta unicamente NECESSIDADES. É um ser guiado por apetites. O ideal da vida dele será comer, beber e dormir. E este ser amará, mas somente como um macho pode amar uma fêmea. Onde está sua RAZÃO? Ele não é um louco todavia sua razão está no presa ao instinto e um homem instintivo não é um verdadeiro homem.

INSTINTIVO EMOTIVO — Animal Apaixonado

Um homem mais elevado que o precedente vai além de necessidades culturais de fundo biológico. O animal emotivo é movido por suas paixões. É a esfera sentimental que predomina neste tipo. ...Em tal homem o sentimento ocupa o lugar principal. Para estes, a maior alegria é o amor bucólico sob a frondosa sombra de um copado arvoredo, um bote e um pouco de música.

INSTINTIVO INTELECTUAL — Animal Inteligente!

A terceira encarnação do homem impulsivo é o INTELECTUAL. A primeira pergunta que nos farão é a seguinte: como admitis que um homem possa manifestar intelectualidade fora da ação da alma imortal? Tal como o animal dominado por desejos e o animal submisso a emoções, existe igualmente o animal inteligente, capaz de aprender truques! O intelectual não bebe, não tem fortes apetites sexuais nem gastronômicos. É uma pessoa judiciosa , um modelo de cidadão. Entretanto, não é um homem, é uma máquina. Nele, o raciocínio fútil substitui o amor; o cálculo a propósito de minúcias, substitui a música. O dinheiro ocupa um lugar de máxima importância em sua vida. ...A vida real decorre entre 1.200 francos e a Cruz da Legião de Honra; a felicidade calculada, a casa de campo e os coelhinhos. Ele é uma máquina de idéias criada pelo Estado para seu uso, muito útil à sociedade, pois as faculdades desenvolvidas à força de professores e à custa de castigos, são as mais elevadas que o homem impulsivo pode produzir. Estas faculdades são: dedução, análise, comparação, memória. Porém, ele não é um homem no sentido psicológico e, sobretudo, mágico da palavra: é um organismo votado ao cálculo a tal ponto que seu vício preferido, aquele que distrai esta espécie de seres, não o vinho nem a mulher: é o jôgo.

...A mola que move a máquina intelectual do homem é o número. Daí provém a obediência a horas; a faculdade que quase todos nós possuímos de despertar na hora certa, pensando nela com insistência. Não há nada de extraordinariamente inteligente nestas coisas se compreendemos bem as três esferas de ser do animal humano como ensinaram Pitágoras, Platão, hermetistas e ocultistas de todas as épocas. Aí está o perigo terrível das funções administrativas, das carreiras que incrustam no indivíduo hábitos inveterados... Ao lado do ofício que põe em movimento a parte mecânica de nosso ser intelectual, é preciso, portanto, que todo homem digno deste nome tenha uma OCUPAÇÃO LIVREMENTE ESCOLHIDA. Descansa-se do trabalho físico pelo trabalho intelectual, descansa-se o intelectual pelo lúdico, pelo artístico porém JAMAIS o descanso se confunde com o ÓCIO.
O HOMEM DE VONTADE

Dominando todos os impulsos, percebendo-os e julgando-os, existe uma potência maravilhosa mais ou menos desenvolvida em cada um de nós; a VONTADE HUMANA, o Homem real, verdadeiro. O homem de vontade pode agir diretamente sobre as incitações reflexas da sensação, do sentimento ou do intelecto; ele pode agir pelo olhar, pela palavra, pelo gesto e pela ação sobre os outros homens e sobre a natureza. O homem verdadeiro encarna em si uma três potências do Universo. Este homem se relaciona com a Natureza em igualdade de condições. O homem de Vontade é o imperador do mundo da matéria, do mundo das idéias, é o inventor e fundador das cidades, o explorador audaz e o revelador da verdade eterna; sabe sofrer, abster-se e morrer quando for preciso porque ele domina seu organismo, não é dominado por ele. É um senhor e não um escravo.



Meditação

O homem que adquiriu o hábito de agir sobre suas impressões não se contenta em experimentar passivamente a sensação, ao contrário, desde que ela se produz, apodera-se da sensação e sujeita a impressão recebida a um trabalho todo particular que chamaremos meditação. A meditação consiste na digestão psíquica da idéia produzida pela sensação. A idéia primitiva, submetida à meditação, resulta em um juízo. ...O uso da meditação é a preliminar obrigatória no estudo da magia no que se refere ao domínio da Vontade. (p 59)



Saúde & Equilíbrio

No homem, o equilíbrio entre corpo e espírito se estabelece através de um princípio intermediário: vida, mediador plástico ou CORPO ASTRAL. Tanto a saúde física quanto a saúde psíquica dependem desse equilíbrio. O que chamamos de saúde para o corpo físico é um equilíbrio, uma resultante de várias forças. As doenças orgânicas surgem por excesso ou falta de princípios nutrientes. No primeiro caso há congestões; no segundo, anemias. Mas não somente o corpo físico adoece. De forma análoga, há doenças do CORPO ASTRAL e do ESPÍRITO causadas por desequilíbrios. Esquematicamente e metaforicamente: o corpo é o veículo; o Espírito é a vontade inteligente que conduz o veículo. Entre o veículo e o condutor, há um elemento intermediário, um conector que transmite o comando, do condutor para o veículo. O homem comanda seu veículo por meio de fluxos de energia que denominamos FORÇA NERVOSA. A força nervosa é o cavalo de uma carruagem. Essa força é o laço que prende o espírito ao corpo material. É a vitalidade que produz ações e reações.



Força Nervosa

A força nervosa é a energia intermediária por meio da qual o espírito atua sobre o organismo e sobre o mundo exterior. ...Lembremo-nos que o ser humano compreende, além deste corpo físico, simples suporte, um outro princípio encarregado de mover e animar tudo: o CORPO ASTRAL. Este corpo astral age quase sempre conforme a lei dos reflexos, o que significa que a irritabilidade orgânica é a causa de quase todos os movimentos do ser psíquico-impulsivo. ...Ora, o centro psíquico impulsivo (o animal) pode ser mobilizado quer por uma excitação vinda do mundo exterior, quer por uma excitação vinda do espírito consciente. Graças à provisão de fluido nervoso que o espírito tem sempre à sua disposição, no estado de vigília, ele pode excitar diretamente um centro psíquico no sentido que ele julgar preferível; é assim que o espírito pode deter um movimento reflexo.


Sono





No estado de vigília o espírito dispõe de uma certa quantidade de fluido nervoso. Ao longo de um período de atividades físicas e/ou mentais, o fluido se esvai. Quando o nível deste fluido torna-se muito baixo as relações do espírito com o corpo perdem sua intensidade. Os membros se entorpecem, o indivíduo já não tem forças para manter-se de pé, seus olhos pesam, fecham-se, os orgãos dos sentidos perdem sua precisão e o SONO NATURAL se produz. O sono é causado pela diminuição progressiva da quantidade de fluido nervoso. Daí a perda da sensibilidade exterior e da volição: as relações entre o espírito consciente e o organismo são interrompidas momentaneamente. Durante o sono, o corpo astral, que pertence à esfera do homem físico, repara as perdas orgânicas dos centros nervosos conscientes e produz uma nova quantidade de fluido nervoso. Quando o nível de fluido nervoso disponível atinge novamente um nível ótimo, a comunicação entre o organismo e o ser consciente se restabelece: o sujeito acorda. (p 70)



Embriaguês

O homem que se embriaga com substância alcoólica dá ao seu sangue um dinamismo maior que o ordinário. Todos os orgãos são excitados e o mesmo se dá nos centros nos quais está condensada a reserva de força nervosa. A embriaguês se desenvolve em três fases:

Primeira fase: no início, o espírito parece dotado de maior vivacidade. O animal intelectual é o primeiro a ser excitado. A imaginação funciona mais do que nunca, tendo à sua disposição uma considerável quantidade de fluido nervoso. É a fase excitante do álcool sobre o corpo físico.

Segunda fase: A seguir, os centros impulsivos de desejo e emoção começam a se fortalecer e se impor sobre o intelecto e sobre o espírito consciente. Apetites e emoções subjugam o racional. Perde-se o senso comum, a razão, a sagacidade e o equilíbrio, inclusive o equilíbrio físico. Os movimentos são vacilantes. Nesta fase, uma idéia fixa, geralmente absurda, pode tornar-se único móvel dos atos do bêbado. Todos os maus instintos, as más paixões são despertadas e podem conduzir o homem à perdição.

Terceira fase: Se o indivíduo continua ingerindo mais álcool, toda a força nervosa disponível ao espírito é dissipada e a conexão entre corpo e espírito se desfaz. O sujeito cai mergulhado em profundo sono e se a separação entre corpo e espírito foi muito rápida ou muito completa, o resultado é a morte.
(p 71)



Loucura

A loucura é uma embriaguês permanente. Na loucura o ser impulsivo prevaleceu definitivamente sobre o ser consciente. ...O gênero de loucura dependerá do centro impulsivo que predomine sobre os outros. Se o centro intelectual domina, a loucura das grandezas, a idéia fixa e persistente aparecerão (mitomania, por exemplo). Se o centro anímico predomina (paixões) veremos a loucura extática em suas variadas formas. Enfim, se é o centro instintivo que atingido, a hipocondria e a melancolia prevalecerão sobre todas as outras manifestações. Convém notar que a separação absoluta é pouco freqüente e muitas vezes o louco passa de um período para outro, ao acaso dos movimentos do ser impulsivo. Um louco é quase sempre um ser meio morto, quando não o é completamente. Swedenborg afirma essa consequência tirando dela sombrias conclusões acerca do vampirismo





A Natureza


Este seixo que está aqui na minha frente, a árvore sob a qual eu estou e a erva que a circunda, os insetos e pássaros que vejo, tudo isso constitui manifestação da natureza em seus três reinos: mineral, vegetal e animal. Mas a terra sobre a qual tudo se apoia, a água que torna esta terra fecunda, o ar que eu respiro e que alimenta minha vida, da mesma forma que o calor, a luz, a eletricidade, modificações em graus diversos do fogo sutil constituindo o sol, isto tudo ainda é a natureza. ...Conceber, porém, a natureza como o conjunto do mundo visível e estudá-la sob este ponto de vista, eqüivale a não ver no homem mais que seu aspecto visível, exterior; é expor-se a tomar o hábito pelo monge. A natureza é, portanto, também outra coisa além deste mundo visível que nos rodeia, da mesma forma que o homem real é outra coisa além deste corpo que estamos habituados a confundir com ele. p 81-82


Ora, na natureza, todos os seres... quaisquer que sejam sua forma ou constituição ...são animados por um mesmo princípio que circula em todo o planeta, como o sangue circula em todos os pontos do organismo humano. ...Efetvamente, a célula orgânica é banhada pelo sangue, o homem é banhado pela atmosfera; resta sabermos que fluido banha a Terra ...A Terra, como todos os planetas do nosso sistema, é banhada pelo fluido solar ... força misteriosa que preside a vida em toda a natureza. Porém, o fluido solar não é, por si mesmo e materialmente falando, a vida universal, assim como o sangue, por si mesmo, não é a força vital, antes, é condutor da força vital. p 85

A Terra, considerada do ponto de vista mais externo e tangível, compõem-se de uma carcassa mineral, que tambémcompreende as massas líquidas (mares, rios, fontes,lagos etc.) e gasosas. Sobre esta base evoluem os vegetais e os animais, formando os dois outros reinos. ...Cada um dos seres minerais, vegetais ou animais que vivem sobre a Terra é análogo a cada uma das células do homem. O ar atmosférico que banha todos estes seres é análogo ai sangue e os fluidos solares e astrais que, a toda parte, levam o movimento, são análogos ao fluido nervoso. ...A Terra deve ser concebida pelo magista como um organismo, isto é, como uma máquina animada cujo fluido nervoso são as emanações vindas dos astros que circundam nosso globo.



O corpo humano representa, realmente, o reino mineral por sua ossatura; o reino vegetal, por sua vida vegetativa, cujo centro está no abdômen e o reino animal, por sua vida anímica, cujo centro está no peito. Há porém um quarto homem, o homem divino, a alma imortal cuja sede está na cabeça. ...O homem, assim concebido é, de fato, um resumo da natureza, o pequeno mundo, o microcosmo, contendo em si não somente os três reinos físicos mas ainda a centelha divina que lhe permitirá agir de igual para igual com a natureza.

O homem torna-se senhor da natureza quando começa a agir conscientemente sobre seu próprio organismo ...Quando a Vontade, por meio do fluido nervoso domina o organismo e o dirige, está agindo sobre a luz astral e, por conseguinte, sobre as forças da natureza. O homem, porém, que não dominou suas paixões; o homem susceptível aos reflexos do organismo, é completamente subjugado pela natureza e se converte em um escravo do seu próprio corpo. ...Todas as palavras mágicas do mundo, todos os talismãs, todas as cerimônias postas em uso por tal homem, o escravo, só produzirão efeitos nulos ou ridículos porque um cavalo de raça não tem o hábito de deixar-se conduzir por meninos inexperientes p 94-95-96-97



Astrologia

Em primeiro plano colocaremos o fluido solar ...Mas quando a ação do Sol e de seu fluido deixa de ser preponderante sobre um ponto da Terra, quando o fenômeno da noite se produz, a emanação do centro so sistema é substituída pela do reflexo deste centro e o FLUIDO LUNAR entra em ação....A marcha da vida sobre a Terra está estreitamente ligada aos influxos astrais e se os fenômenos das marés nos indicam uma ação física destes astros, uma observação mais atenta indicará bem depressa outras influências, não somente físicas mas ainda psíquicas. Como no homem, que possui um centro predominante no seu sistema ontológico (de ser), na natureza a acontece o mesmo. O Sol é o centro do nosso sistema planetário, porém, com este centro se relacionam vários outros, os planetas, os quais, não somente a influência do Sol mas também agem uns sobre os outros. A Terra não escapa a esta regra e portanto sofre influência dos astros que lhe são próximos. Destes, sete são de especial interesse para a magia. Na astrologia dos antigos, cada dia da semana é associado a um dos sete astros: p 90-91
DOMINGO — Sol
SEGUNDA — Lua
TERÇA — Marte
QUARTA — Mercúrio
QUINTA — Júpiter
SEXTA — Lua
SÁBADO — Saturno

Enquanto percorrem suas órbitas, os astros assumem posições diferentes e relações espaciais diferentes entre si. Estas diferenças resultam em variações da influência que estes astros exercem sobre o globo terrestre. "Consideramos estes astros como verdadeiros orgãos do mundo."

No organismo humano, quando um acidente ou uma doença destruiu um certo número de células mas os centros simpáticos permaneceram intactos, o inconsciente repara os orgãos e isto em suas formas primitivas. ...Da mesma forma, no estado normal é ainda este inconsciente que preside o jogo das funções nutritivas e respiratórias ...A escola de Paracelso deu a inconsciente o nome de CORPO ASTRAL. ...O instrumento (matéria-prima) empregado por este corpo astral éo fluido nervoso. ...Na natureza, a substância análoga ao fluido nervoso é o FLUIDO ASTRAL. ...Toda evolução dos seres terrestres se fará sob a influência do influxo astral. ... Cada organismo individualiza (detém) uma porção desta luz astral, a qual, condensada nos centros nervosos, torna-se o corpo astral do organismo e desenvolve as formas materiais do mesmo. ...O corpo físico é como uma "tradução material" (realidade perceptível) dos aspectos do corpo astral. Estudando as formas de um corpo material pode-se determinar a qualidade do corpo astral que presidiu a evolução deste corpo e logo remontar à influência do astro dominante no momento da individuação daquele corpo astral. ...Em cada organismo, o mago reconhece a assinatura de um ou dois astros. A esta ciência de adivinhação denomina-se estudo das assinaturas astrais. p 94-95

Um ser terrestre, uma planta, por exemplo, sofre a influência astral quando o astro que se desloca encontra-se em relação atrativa com esta planta. ...Haverá momentos em que uma planta, sofrendo uma influência astral particular, estará em um estado especial. Colhida neste instante, ela terá propriedades diferentes das que possuía habitualmente ou, ao menos, muito mais acentuadas. p 94 e 99



Natureza Inteligente

O psíquico existe Natureza tanto quanto no homem... A Natureza concebida como ser vivente, deve também ser concebida como ser inteligente. ...Nossos estudos contemporâneos, baseados no materialismo, entendem o Universo como um imenso cadáver movido por forças exclusivamente físicas. A concepção de um Universo povoado de inteligências, agindo segundo impulsões do destino, parece uma coisa bizarra. Os críticos delicados consideram esta concepção algo poético. A magia, entretanto, ensinou sempre a teoria do Universo vivo e inteligente em lugar da teoria do universo-cadáver. Os físicos encaram os astros como enormes blocos materiais cujo movimento só pode ser concebido como resultado da aplicação das forças físicas à periferia do astro. Os magistas ensinam, ao contrário, que os astros se movem sob a influência de forças que atuam do interior para o exterior e que a ação do núcleo de cada astro não é, em coisa alguma, diferente da ação do núcleo de uma célula orgânica qualquer. p 107 - 108



Memória das Formas

Aqueles que estão familiarizados com o ocultismo sabem que toda realização no plano físico é produto de ação do plano astral sobre a matéria. No corpo humano, quando uma leve incisão destrói um pouco da pele da ponta dos dedos, o ferimento recupera-se naturalmente e todo o tecido é recomposto inclusive as delicadas impressões digitais. Ensina a fisiologia que são as células nervosas do gânglio simpático eu presidem o processo de regeneração. Se o ferimento for muito profundo danificando filetes nervosos ou o próprio gânglio, o tecido não recupera sua constituição primitiva e uma cicatriz persistente se produz. O fenômeno da regeneração dos tecidos sugere que existe uma MEMÓRIA DAS FORMAS. O que se passa no homem, se forma análoga acontece em toda a Natureza.

A forma dos seres terrestres que se perpetua através de gerações é também resultado da ação constante do plano astral e dos seres que o povoam sobre a matéria. Os sujets em estado de visão lúcida (os videntes) ...distinguem perfeitamente este mundo das inteligências atuando sobre a matéria, mundo velado aos olhos físicos. É atuando sobre estas inteligências que se pode fazer evolucionar rapidamente as formas; porém, há limites. Não é dado ao homem modificar os resultados normais dos processos da Natureza. Um faquir poderá fazer germinar uma planta em duas horas; mas é impossível que obtenha pêras de uma videira. Isto seria sobrenatural ou não-natural e o sobrenatural é tão impossível como os milagres. p 108 - 109



Conclusão do Capítulo III

Todas as percepções que eu experimento neste momento vêm da Natureza física, do MUNDO das FORMAS MANIFESTADAS. Porém, estas formas são apenas a vestimenta que envolve cada parcela da força conservadora do Universo (UNO & DIVERSO). No seixo que está diante de mim, na árvore, nas ervas, nos pássaros, nos insetos, vejo que uma mesma força circula. Esta força que circula em mim e que preside também à elaboração da seiva nesta árvore é a VIDA. A vida, fonte das ilusões deste mundo cujo móvel secreto é o amor e que eu todos os seres criados pela cadeia sutil da correspondências. E quando todos os seres terrestres parecem estranhos uns aos outros, por suas formas, aquele que possui a ciência das correspondências saberá encontrar o laço vital que faz da Criação uma unidade paradoxal que admite aquele que sendo UNO é, em simultâneo, DIVERSOS.
O ARQUÉTIPO

Quando queremos figurar o homem, é sempre a imagem de seu corpo físico que se apresenta primeiramente em nosso espírito. Porém, este corpo físico não faz senão suportar e manifestar o homem verdadeiro, o espírito que o governa. Pode-se retirar milhões de células deste corpo físico, cortando um membro, por exemplo e a consciência não sofre danos. O homem-mente que nós somos é inteiramente independente dos orgãos, os quais não são mais que suportes e meios de comunicação. p 111

Homem e Deus

O conjunto dos seres e das coisas revela a existência de Deus, como o corpo físico do homem revela e determina a realidade de seu espírito. As relações do espírito humano com o corpo humano são análogas às relações entre Deus e a Natureza. Deus, embora se manifeste na Humanidade e em todas as coisas da Natureza não se confunde com com estes seus aspectos infinitos; antes, possui uma existência metafísica independente de toda a Criação. ...Deus é, de fato, o conjunto de tudo o que existe assim como o homem é o conjunto de todos os orgãos e de todas as faculdades que possui. O homem verdadeiro, porém, o Espírito (ou a Mônada) é distinto do corpo físico, do corpo astral e do ser psíquico (a personalidade efêmera) ...Da mesma forma, Deus-em-Unidade é distinto da Natureza e da Humanidade. Em termos vulgares, a Natureza é o corpo de Deus e a humanidade é sua vida em mais alto grau de autoconsciência. No homem, o organismo é o corpo material denso do homem e o corpo astral e o ser psíquico são seus princípios vitais.

O Universo concebido como um todo animado é composto de três princípios: a Natureza, o Homem e Deus ou, empregando a linguagem dos hermetistas: o Macrocosmo, o Microcosmo e o Arquétipo. O homem é chamado Microcosmo, o pequeno Mundo, porque ele contém analogicamente em si as leis que regem o Universo. ...O homem influindo sobre a Natureza pela ação, sobre os outros homens pela palavra e elevando-se até Deus pela prece e pelo êxtase, constitui o elo que une a Criação ao Criador. ...Os fatos são do domínio da Natureza; as Leis, do domínio dos Homens e os Princípios, são o domínio de Deus.

VAMPIROS




ESSA É A PARTE MAIS POLÊMICA. AQUI CABE A CADA UM O SEU PRÓPRIO JULGAMENTO A RESPEITO DO QUE ACREDITA OU NÃO...



O mito desses seres é fantástico. Alguns acreditam na existência real deles, como mortos-vivos. Na realidade são espécies com uma certa mutação genética, possuem uma anemia inexplicável para a ciência e necessitam de sangue para poder viver e conservar suas características físicas, tais como a rigidez de sua pele. Coloco abaixo um depoimento de uma vampira:



O mito desses seres é fantástico. Alguns acreditam na existência real deles, como mortos-vivos. Na realidade são espécies com uma certa mutação genética, possuem uma anemia inexplicável para a ciência e necessitam de sangue para poder viver e conservar suas características físicas, tais como a rigidez de sua pele. Coloco abaixo um depoimento de uma vampira:

INTRODUÇÃO

A definição comum para "vampiros" que encontramos em dicionários é de um cadáver reavivado que levanta do túmulo para sugar o sangue dos vivos. Essa definição de um modo geral se adapta ao Conde Drácula, o mais famoso dos vampiros, mas essa definição de modo algum se encaixa em todos os tipos de vampiros. Nem todo vampiro é um corpo ressuscitado, inúmeros deles são espíritos demoníacos desencarnados. Os vampiros também podem aparecer como espírito encarnado de um morto que retém uma existência substancial. Da mesma forma os vampiros, às vezes, emergem como uma espécie de vida inteligente, que possivelmente é produto de uma mutação genética, ou ainda seres humanos normais que tem o incomum hábito de se alimentar de sangue ou um poder psíquico extraordinário, como "drenar" as pessoas emocionalmente.

O vampiro sendo ou não, uma alma utilizando um corpo morto, que não se decompõe, seus pensamentos refletem sobre seu espírito, só que de uma maneira diferente, já que quando seu corpo deixou de viver junto com a vida levou embora muitos pensamentos e sentimentos. Mas por que sendo tão poderosos, os vampiros não dominam o mundo? Nós não possuímos essa ambição como os mortais, a única coisa que desejamos dos humanos é escondermos, pois só queremos continuar a vida do jeito que está sem mudanças, afinal nosso destino é vagar alimentando, fingindo que não vivemos na situação na qual nos encontramos..

Mesmo assim nos paira um sentimento, um sentimento um tanto estranho para quem é imortal. Esse sentimento é o amor...Nós conseguimos amar algo, na maioria das vezes um ser humano, nossa paixão é sempre devido a beleza ou uma grande paixão pela vida. Mas costumamos negar esse sentimento e fugimos do ser amado, talvez por medo que o amor tomasse conta de nós vampiros, viveríamos apenas em função da paixão.

SANGUE

Sim! Nós bebemos do sangue dos que ainda respiram e o sangue humano é a substância mais sublime que nós podemos saborear. E também é a única. Ela satisfaz nossa fome, como a fome dos humanos, mas além disso, nos fornece uma incrível sensação de coito, como num ato sexual, só que muito mais poderosa do que isto. Não me lembro de ter tido qualquer ato sexual tão extasiante quanto a pior de minhas refeições. Também não creio que qualquer outro que não de nossa espécie o tenha feito. Precisamos do sangue freqüentemente para nosso sustento. Pode parecer cruel para vocês mortais, e pareceria cruel para mim mesmo se ainda fosse um mortal, só que não podem nos culpar por isso. Somos uma espécie que luta para viver. Caçamos nossas presas assim como vocês matam bovinos, suínos e outros animais menos inteligentes para os mesmos fins. E vocês são ainda piores, sem querer ofender, porque matam também por esporte. Caçam animais em extinção para obter partes de seus corpos apenas por dinheiro. Somos seus predadores assim como um tigre é o predador de uma lebre. Mas vocês nunca extinguiriam um tigre por matar uma lebre. Então não podem achar justo querer nos matar porque praticamos o único ato que nos mantém vivos. Mas ainda assim, os que tomam conhecimento de nossa existência, o fazem.

BESTAS

Não somos bestas assassinas como as que você provavelmente viu num daqueles filmes nojentos de terror. Não perambulamos maltrapilhos pelas ruas, rosnando e gemendo, à procura do sangue.

Depois da transformação, é sabido que nos afastamos completamente de nossos antigos hábitos porque seria deveras evidente para um familiar ou conhecido nos identificar como um novo ser. A transformação muda muito nossa aparência e nossa necessidade. Nós temos uma facilidade de conseguir empregos noturnos e bem remunerados, porque existe uma infra-estrutura vampira, alheia aos mortais, que garante o nosso bem estar. Podemos estar entre vocês e mesmo assim nunca saberão que o seu patrão, o diretor de sua escola, aquele vigia noturno ou mesmo o bispo de sua igreja na verdade é um vampiro imortal, que como qualquer outro, dedica parte de sua noite à caça ao sangue. Em geral somos vaidosos, porque procuramos ocultar ao máximo nossa aparência. A maquiagem é necessária se quisermos ter uma pele mais rosada. As roupas longas também escondem partes de nosso corpo, até mesmo quando num país tropical. E existe um antigo lema entre os vampiros que diz: "Devemos ser fortes, bonitos e sem arrependimento."

INTERIOR

Talvez esta seja a característica mais marcante, infelizmente, na vida de um vampiro. Todos nós temos nossos instintos, mortais e imortais. Homens humanos contentemente sofrem uma ereção do pênis simplesmente ao ver uma fêmea da mesma espécie, ao mesmo tempo que uma mulher perde toda a sua racionalidade ao ser tocada em seus pontos heterógenos. Tudo isso para assegurar a propagação da espécie. Da mesma forma, existe um instinto, mil vezes mais forte, que nos induz a desejar o sangue. É como uma consciência interior, que nos avisa de que o alimento é o sangue, e dele devemos beber. É extremamente difícil de ser controlado, visto que como qualquer instinto, toma conta de nossos pensamentos e anestesia o que chamamos de racionalidade, até que a Fome esteja saciada. A parte mais cruel é que, se estivermos muito famintos, podemos atacar um ente querido, um amigo, alguém que esteja do nosso lado. Podemos até cometer canibalismo contra outros vampiros. Entenda que por mais conscientes que somos, os mortais não passam de ossos de cálcio envoltos por uma carne macia regada ao líquido que nos seduz. Verdadeiros petiscos. Todos vocês são lindos. Da mais carismática criança até o mendigo mais sugismundo, vocês são criaturas lindas para nós. Desta forma, com esse instinto que ao mesmo tempo assegura nossa sobrevivência nos pondo num estado inconscientemente predatório, também nos põe num estado posterior de remórço e depressão. Imagine você mortal o que seria se acordasse de um transe sonâmbulo e se descobrisse que durante o sono matou toda a sua família? Tente imaginar a situação. Como se sentiria? Ao mesmo tempo que o vampirismo é uma glória que nos torna seres híbridos, também é uma maldição que nos condena ao sofrimento eterno.

IMORTALIDADE

Nem todos possuem a energia para a imortalidade. Nem todo o vampiro consegue viver para sempre como um assassino. Se já leu ou viu Interview With The Vampire (Entrevista Com O Vampiro), vai entender isso pelos olhos do Vampiro Loui. Muitos de nós somos como ele. E mais ainda. Assim como não podemos viver sem sangue, não podemos viver muito tempo sem um companheiro vampiro. O instinto interior que nos acompanha desde a Transformação nos faz nos apaixonarmos com muita facilidade. E logo encontremos alguém com quem desejamos estar para sempre, alguém que não queremos ver ser tragado pelo tempo, pela velhice, e pela morte, tornado-o um como nós. Não podemos viver entre os mortais. Não podemos nos aproximar muito daqueles que têm o privilégio de envelhecer. De morrer. De nascer de novo para uma nova vida.

Imagine você se fosse um de nós. Um imortal. Alguém para quem o tempo nada significa além de algo que passa, leva o que era velho e traz o novo para mais perto. E você fica. Intacto. Você provavelmente, em alguma ocasião, irá se apaixonar por alguém. Entenda que nossa paixão não significa a união de dois seres como num casamento. Não representa sexo. Pode ser alguém que se tornou seu melhor amigo. Uma senhora que lembra sua mãe em vida. Um velho sábio. Alguém que nasceu com um dom que te encanta, ou mesmo uma musa, uma mulher, que consideras como sendo sua alma gêmea. Você deixaria essa pessoa viva? Deixaria que o tempo a levasse, que esculpisse rugas em seu corpo e enfraquecesse sua vitalidade até que numa iminente ocasião, não seja mais nada além de pó? Deixaria que a imortalidade o privasse de ficar com essa pessoa para sempre? Eu duvido muito. Não conheço muitas exceções. Certamente presentearia o teu amor com o Dom Negro. Com O Presente Das Trevas. Com A Maldição. E assim, consuma-se a transformação. Agora você, como a maioria de nós, tem alguém a quem amar. A quem dividir sua eternidade. Isso às vezes alivia a dor de nunca morrer.

TRANSFORMAÇÃO

É possível a transformação de um mortal em um imortal? Sim e é muito simples. Para transformar um mortal em vampiro, basta que o Senhor das Trevas, sugue todo o sangue da pessoa, e então próximo ao coração da vítima ele crava as garras jorrando seu próprio sangue e fazendo com que este bombeie em seu coração. Mas existe um porém, nós só condenamos um outro ser às trevas se o amamos ou idolatramos, mais do que nosso próprio sangue. Logo após o ato há uma espécie de transe no qual o humanos ficam fora de si, perdendo um pouco a razão, como se estivesse drogado. Depois de passado essa fase, ele já é considerado um imortal e há um ligeiro sentimento de medo, seguido de um esquecimento do que aconteceu. Pensam ainda ser mortais, mas com o passar do tempo e com as sensações e insucessos ao tentar ingerir alimentos, os Vamps (que são vampiros com menos de 100 anos de idade) vão entendendo o que está acontecendo. Logo no começo os Vamps, que não se deram conta que não são mais humanos, tentam levar a vida que levavam antes, mas é claro que não conseguem, primeiro vem as insatisfações ao tentar deglutir os alimentos. Depois vem a estranha atração ao sangue, seguido esses sentimentos os Vamps começam a perceber o que já não fazem mais parte do mundo que eles nasceram, e sim de um outro mundo em que eles acabaram de morrer. Então os Vamps fogem de suas famílias e se alojam em sempre muitos lugares diferentes, (esse é o destino da maioria das pessoas que se dizem desaparecidas). Quanto ao contato físico e relações sexuais com outras pessoas. Os Jovens até tentam e podem conseguir algum tipo de relação, mas isto é inútil pois não há qualquer tipo de prazer ou mesmo sentimento, para o vampiro a única fonte de prazer é o ato, o ato seria comparado na nossa sociedade com o orgasmo, para os vampiros não há gosto melhor do que o desfeche perfeito de um ato.

APARÊNCIA

Nosso corpo permanece como era no momento de nossa morte, os músculos e nervos estão atrofiados e a pele estica um pouco sobre os ossos, como acontece com os recém-falecidos.

A pele tem uma cor clara e pálida, devido a falta de circulação e a vida noturna, longe dos raios do Sol, mas adquirimos um tom mais rosado e um calor mais humano após a alimentação devido a passagem do sangue pelo tecidos. Como não possuímos células de defesa, ficamos vulneráveis a radiação emitida pelo Sol ou pelas chamas do fogo.

Nossos olhos variam muito de cor, sendo que a maioria dos vampiros possui uma cor próxima ao castanho ou uma coloração amarelada, que na hora da ação se transforma numa cor mais esverdeada. Isso acontece porque somos criaturas extremamente noturnas e necessitamos de uma adaptação para melhor enxergarmos no escuro, sendo assim os olhos absorvem muito mais a luz, por isso são bastante claros e estranhos. As unhas tem textura parecida com o vidro, só que mais resistentes, sendo muito difícil quebrá-las. Lembram muito as unhas dos felinos. Os cabelos permanecem exatamente iguais a como eles eram antes de serem vampirizados. Se cortado, o cabelo cresce de novo, até adquirir o tamanho e forma original, mas esse processo não é instantâneo, demora horas e horas, ou até dias. Nossos caninos são longos e pontiagudos para melhor sugarmos o sangue, mas eles só alcançam a extensão máxima no momento do ataque, permanecendo o resto do tempo retraídos em seus alvéolos. As células estão paradas e não se reproduzem, os órgãos vitais estão bloqueados e os pulmões já não respiram mais, embora muitos vampiros tenham aprendido a simular a respiração enquanto estão juntos aos mortais. O sangue fresco da vítima fornece a pequena quantidade de oxigênio necessária para nos sustentar .

Temos um ótimo sistema imunológico, somos imunes a qualquer doença mortal. Correm boatos de que algumas doenças mortais, como o E-bola, podem chegar a matar um vampiro porque faz com que a vítima expila todo o sangue. Nós também podemos regenerar rapidamente de qualquer ferimento. Por termos o sangue super forte e concentrado, as plaquetas agem milhões de vezes mais rápido que nos humanos. Só não podemos regenerar de queimaduras solares ou por fogo porque o sangue fica bastante aquecido quando queimado e perde temporariamente suas propriedades até que abaixe a temperatura.

SARCÓFAGOS

Quando o sol se encontra acima de nossas cabeças, ninguém nunca pode explicar por que, atingimos um estado de incontrolável sonolência. É extremamente difícil nos movermos durante o dia ou a tarde, e por isso, temos que ter bastante cuidado ao escolhermos um lugar para dormir. É preferível um porão. Um lugar embaixo da terra, onde não exista risco de que num acidente qualquer os raios do sol venham a penetrar no aposento. Alguns apenas cobrem suas janelas com algo que impeça a passagem da luz. Os mais antigos ainda dormem em caixões, ataúdes, ou sarcófagos. Os mais jovens já não se separam do confortável espaço de uma cama. De uma forma ou de outra, o importante é que, de maneira alguma, o vento solar toque nossa pele, que provavelmente entraria em combustão espontânea.Com o passar do tempo, um vampiro aprende que NUNCA, JAMAIS, SE DEVE CONFIAR EM NUNGUÉM. Nem mesmo em seu melhor amigo. Ninguém pode saber onde passamos nossos dias. Os que sabem, como vizinhos e pessoas que nos vêem entrar em casa, não devem nos conhecer. Nunca nos aproximamos de nossos vizinhos porque costumam ser bastante curiosos. Deve haver apenas uma única cópia da chave do refúgio, e ela deve ficar com seu dono, porque é a única garantia de que tudo estará lá quando necessário. E sua segurança deve ser extrema. Trancas poderosas provam-se úteis nos momentos mais inesperados. E muito comum também, é o uso de trancas inteligentes, como as antigas alavancas de estante ou as modernas trancas de senha, que apenas o proprietário sabe como abrir



SOCIEDADE

Como os mortais, precisamos interagir com o mundo. Temos que sair todos os dias para trabalhar, nos alimentar, nos divertir. Em fim. Durante grande parte de nossa pós-vida, entramos em contato com mortais. É o seu empregado, advogado, contador, professor, colegas de bar, além daqueles que você nem mesmo conhece, mas é obrigado a dialogar como caixas, vendedores, oficiais, etc... E para isso, a parte mais difícil de nossa máscara, há uma grande sociedade que provê uma infra-estrutura que garante o nosso lugar na sociedade de vocês. Grande parte de nós, os mais velhos principalmente, conseguimos juntar uma considerável soma em dinheiro desde os tempos mais antigos. Esse dinheiro está hoje sendo investido em todas as bolsas de valores do mundo, e assim garante o sustento de um grupo seleto de imortais no qual eu também me incluo. Algumas vezes, precisamos entrar em torpor. Dormir durante décadas ou até séculos. Por esse motivo, costumamos usar as imortais contas da Suíça, criadas especialmente para nós, que não podemos nos identificar, pois mudamos de identidade de tempos em tempos. Outros preferem roubar daqueles que se alimentam. Eu faço isso geralmente para confundir as autoridades e fazer com que pensem que a vítima foi assaltada. E isso somente quando mato, porque não se deve matar toda a vez em que se alimenta. Mas certamente, o dinheiro que eu recolho dos corpos de minhas refeições não pagam nem a minha conta de telefone ou mesmo o meu provedor..

Mas também existem aqueles que trabalham, e outros, como eu, que freqüentam uma faculdade, um curso, ou uma escola. Para nós, é fácil conseguir empregos noturnos. Se desejamos cursar algo e não existem cursos disponíveis em horário noturno, fazemos com que sejam. Temos a proteção dos poderes Político, Legislativo e Judiciário porque de certa forma, dominamos o mundo e controlamos toda a política mundial. A ONU, por exemplo, foi fundada por um de nós. E alguns países que não desejo mencionar, têm vampiros sentados na cadeira da presidência. Não leves isso como uma ofensa, mas os humanos não têm a competência para comandar. São deveras irresponsáveis e estão sempre criando problemas. Por isso tomamos esta responsabilidade de vocês.



COMO SUSPEITAR E CONHECER UM VAMPIRO



O vampiro é um ser eminentemente noturno, pois é esse período que os canais de transferência energética estão livres para que o mal transite livremente. Por isso, dificilmente uma pessoa que desperta com o sol e repousa durante a noite terá poder para beber na fonte da eternidade. O sol cria a vida, mas da mesma forma a consome, garantindo o ciclo do planeta no qual habita. Por isso, fugimos de seus raios, pois sabemos que eles tornam a existência carnal temporária. Por isso, escolhemos a noite para viver, nesse período, podemos estudar os meios que nos garante a eternidade. É comum ver pessoas que saem somente a noite, que evitam o contato com o sol e, quando o fazem, se protegem com óculos escuros, para que sua pupila não se influencie com as cores do brilho solar. Na casa de um vampiro, as luzes ficam acesas até alta horas da madrugada e só se apagam com o desaparecimento da estrela da manhã. Dormimos enquanto os outros seres trabalham para garantirem a sobrevivência. Nossos hábitos são diferentes dos das pessoas comuns. Somos estudiosos e prolixos quando desejamos seduzir alguém ou conseguir vantagem. Possuímos um aguçado sentido pra saber quando estamos em perigo e somos rápidos para escapar das ciladas que são armadas em nosso caminho. Também sabemos o momento certo de aparecer num determinado local e o momento de desaparecer quando assim convier. Gostamos de conversar olhando fixamente o interlocutor, para podermos enxergar um pouco além da massa que reveste o corpo. Gostamos de beber álcool, mas jamais somos vistos embriagados. O nomadismo é outra característica comum aos mortos-vivos, porque, depois de semearmos a destruição pelos lugares por onde passamos, despertamos a desconfiança da população recebendo represálias. Por isso, mudamos constantemente de cidade e de país. Isso explica nossa afinidade entre os ciganos, que não nos teme nem somos submetidos à sua vontade, por conhecermos os segredos que nos rodeiam. É comum os vampiros viajarem ocultos dentro das carroças dos ciganos. O maior problema que encontramos pra a locomoção é o fato de termos que carregar junto de nós sempre uma quantidade de terra extraída do local onde nascemos. Nossos corpos terão que repousar sob essa terra natal para podermos encontrar forças para a peregrinação noturna. Durante esses trajetos, permanecemos dentro dos caixões, como mortos, para libertarmos somente com a chegada ao destino.

O REFÚGIO DOS IMORTAIS

É evidente que nós nos escondemos muito bem de vocês. Ou você poderia acreditar no que eu estou dizendo, e nossas pós-vidas se tornariam um inferno ainda maior do que já é. Sim. Nós somos mais fortes fisicamente e sobrenaturalmente. Também somos mais inteligentes, visto que a inteligência só tende a aumentar com o passar das eras. E também a maturidade. Assim como muitos, posso matar um mortal apenas com um olhar, e faço uso disso quando desejo me alimentar, ou mesmo me livrar de uma testemunha. Mas vocês são muito perigosos para nós, em vista de sua maioridade numérica. Existem certa de dez mil mortais humanos para cada membro de nossa classe. Se o conhecimento de predadores humanos chegasse aos ouvidos das autoridades, ou mesmo de fanáticos religiosos, como aconteceu há alguns séculos atrás na Santa Inquisição, nossa espécie entraria em extinção. Por esse motivo, nós temos muitas precauções quanto a vocês. Por um acaso já viu um cadáver? Depois de algumas horas, ele se torna pálido, devido à parada da corrente sangüínea. Seu corpo, a pesar de duro, fica muito elástico, por causa da inércia dos músculos. As veias e artérias se tornam evidentemente azuladas, devido ao ressecamento do sangue. Todas essas características também se adequam a nós. Se nos visse nus, sem absolutamente nada ocultando nossa mórbida aparência, indubitavelmente que perceberia como somos diferentes. É por isso que nos preocupamos muito em tomar certas providências.

A DESTRUIÇÃO

Somos praticamente imortais. O tempo não nos afeta. A velhice não nos alcança. Uma espada pode nos decapitar, ou até nos cortam ao meio, mais o lado em que ficou o coração cresce novamente. Um tiro pode nos perfurar ao meio, e isso dói tanto quanto em vocês, mas a bala é expelida e a regeneração não demora mais que alguns segundos. Um .38, por exemplo, cicatriza em menos de 10 segundos, enquanto um .457 leva um pouco mais de tempo. Mas isto é relativamente irrelevante. Podemos cair de uma aeronave, e ter nossos corpos esmagados e os membros separados pelo impacto, e isso seria horrivelmente doloroso, mas nosso corpo levaria poucos minutos para se reformar novamente, igual a como estava antes da fatalidade. As chamas de uma vela ou de uma superfície muito quente nos queimariam como a vocês, mas nos regeneraríamos quase que instantaneamente, na mesma velocidade em que somos queimados. Pelo que sei e acredito, só existem duas coisas que podem destruir um vampiro. Uma fogueira extrema, como a de uma fornalha ou de um crematório, ou uma pira de execução. Consumiria-nos depressa demais para conseguirmos nos regenerar. Seria uma luta exaustiva. O imortal tentando refazer seu corpo, e o fogo o comendo de fora para dentro, em velocidade superior. Isso seria realmente terrível. E a outra forma, é a mais aterrorizante que conheço. O Sol. Ninguém ainda descobriu que energia existe em seu vento solar, inofensiva aos vivos, que tanto nos afeta. Alguns poucos segundos expostos à sua luz celestial e cada célula de nosso cadavérico corpo entra em combustão expontânea, e morremos em menos de um minuto, como se fossemos atirado à mais quente fornalha. Mas hoje em dia já é possível ver vampiros andando em plena luz do dia quase expondo-se ao sol. Isso é graças aos incríveis produtos farmacêuticos existentes, usando apenas um protetor solar total, podemos nos expor no sol. Mas isso, apenas dá a possibilidade de vampiros também andar durante o dia, e não viver durante o dia. Quando um vampiro é destruído, sobra apenas o que seria de seu corpo se não fosse conservado pela vampirização. Um vampiro criado à 24 horas se tornaria um cadáver normal. Um de 24 anos seria apenas um esqueleto enquanto aquele de 24 séculos, imagino eu, não seria nada além de pó.

ÚLTIMO AVISO AO MORTAL

Agora, mortal, já sabes demais. Porém não me importo. O conhecimento que te dei nestas linhas mal escritas, é apenas um aviso, de que existe muito mais por trás do obscuro véu da noite do que bêbados e marginais. Você não se encontra mais no topo do sistema alimentar, e pode ser sugado a qualquer momento. Ou pior, pode ser transformado num de nós, e obrigado a sugar todas as noites. Não penses que isto é tudo. Ainda há muito mais. Coisas que não interessa a você saber, coisas que poderiam revolucionar a sua forma de pensar. Coisas que nem eu mesma sei. Eu espero que não saia matando o primeiro ser suspeito de pertencer à nossa espécie quando estiver na rua. Não irá conseguir e provavelmente estará cavando sua própria sepultura. Também não fique com medo de que um dia você venha a ser uma vítima de nossas presas. A morte pelo nosso Beijo geralmente é prazerosa para a vítima assim como é para o vampiro, além de que muitas vezes o vampiro suga tão pouco que a vítima nem fica sabendo do ocorrido. Mas preste atenção para a verdade. A realidade é muito mais do que você imagina ser. A ciência ainda não explicou 1% do que realmente existe. Continue navegando. Aproveite a chance que lhe foi dada. Você acredita em sorte? Eu não. Prefiro acreditar em destino. Vida longa a ti e a sua família!"





Há também o vampirismo energético ou espiritual. Qualquer pessoa pode ser um vampiro energético, ou ser vampirizado sem nem imaginar o que está ocorrendo! Alguma vez em alguma conversa com alguém sentiu-se cansado ou desanimado sem algum motivo aparente? Essa pessoa te vampirizou, sugou suas energias e te enfraqueceu, deixando com a sensação de cansaço. Mas ela poderia ter feito isso inconscientemente, na maioria das vezes as pessoas o fazem sem saber.

Uma larva astral pode vampirizar nas noites de sono, quando sai-se para seus passeios e trabalhos no plano astral. Essa larva cria um elo com o vampirizado, podendo ser parecido com o cordão prata que nos une ao corpo material, só que além desse cordão, encontra-se também o utilizado pelo vampiro, que assemelha-se a um cordão umbilical ligado do seu umbigo ao dele. Assustador, não! O vampiro fica dependente como uma criança depende da mãe. Ele suga suas energias através desse elo e com o passar do tempo a vítima começa a vampirizar também outras pessoas para poder repor as suas energias e as do seu vampiro.

Participo de uma lista de discussão onde o tema foi discutido e coloco abaixo um outro depoimento, verídico do assunto:



"Pedi a ... permissão para colocar isto aqui. Não é motivo de piadas nem de babaquice. Quase morri com a coisa, e estou postando para explicar como três "caça-vampiros" me ajudaram a me desligar de uma destas criaturas através do rompimento do cordão de prata que une um vampiro à sua vítima, como disse ... em outra msg. Se isso causar algum problema, so be it. Quem realmente me conhece - e são poucos - sabem que a coisa foi real. A mensagem abaixo foi escrita por mim a uma pessoa que está sendo, agora mesmo, usada pelo mesmo vampiro que quase me matou. Chamarei minha "amiga" de Dionísia e o vampiro de M., e vou acrescentar bastante à msg que enviei a ela, para esclarecer o processo pelo qual eu me livrei do vampiro: Prezada Dionísia, os mortos-vivos sempre se unirão - ou seja, os vampiros. Você ainda não percebeu, ainda não entendeu, que foi e está sendo usada? Analise cuidadosamente e verá por si mesma. O que você recebe são migalhas do senhor para com os servos, quando eles fazem o que são "aconselhados" a fazer. Nem mais, nem menos. E daí você é usada para fazer o trabalho sujo de seu "senhor". Uma bruxa amiga minha já me avisara que M. vampiriza mulheres para isto, e não acreditei. Alguns homens também são vampirizados, mas só os mais fracos. Ao mesmo tempo, ele não sabe que é vampiro - pelo menos prefiro pensar assim. Ele nem vê o que faz no astral. Agora, porém, tenho provas indiscutíveis do fato. Abaixo descrevo porque. Minha preocupação era se nós, pessoas como vc e eu, que foram vampirizadas por um longo período de tempo, também se tornam vampiras. Quando fui às listas e perguntei, todo mundo riu de mim! E daí? A resposta foi "sim". Meu próximo passo foi me libertar. Por isso, Dionísia, eu tive que sair publicamente com a história - precisava chamar a atenção das duas pessoas que podiam me ajudar, e não sabia em que listas ou sob que nick elas estavam. As duas são o que conhecemos por "caça-vampiros". Cheguei ao ponto de colocar meu telefone "sem querer" em todas as listas. Quando a poeira baixou, ambas pessoas me telefonaram. E uma terceira pessoa apareceu tambem - surpreendentemente. Engraçado é que elas não se conhecem, não sabem uma da outra - mas me mandaram fazer exatamente a mesma coisa. Segue abaixo o que me aconselharam a fazer, e que segui à risca - e mais. Foi perigoso - e muito - mas fiz. De repente eu me levantei e abertamente contra-ataquei M., coisa que nunca havia feito antes. E meus olhos se abriram bem abertos para outros vampiros que, no decorrer de minha vida, haviam me sugado, tornando-me, a mim também, "serva". Descobri também que esta era a razão pela qual tanta coisa nefasta me aconteceu na vida: eu era presa fácil deles, porque tinha muitos dons não usados, e nenhuma defesa astral. Uma presa perfeita. Mas, ao mesmo tempo, as pessoas que me vampirizaram no passado não eram fortes, e não me dominaram. Mas M. tem conhecimento de Magia, e bem logo teve total poder sobre mim, ainda que eu me rebelasse o tempo todo. Agora que aprendi a ver a coisa com outros olhos é inclusive divertido: quando vou ao shopping, ou a um restaurante, ou qualquer lugar assim, eu os reconheço - e eles a mim. Mas eles não se aproximam mais, fazendo-se de gentis, me tocando e me sugando. Agora eles se afastam. Aprendi a usar minhas maos e meus dedos para me proteger, até que esteja forte o suficiente para deixar a defesa puramente no campo astral - porque ainda estou aprendendo. Quando vejo que estou perto de alguém nefasto, disfarçadamente traço a cruz cabalística, e cruzo as mãos na altura de meu peito, a esquerda com a palma para fora, a direita palma para dentro. Ambas com os dedos médio, indicador e polegar estirados e os dedos mindinho e anular dobrados. Mão direita para fora, esquerda para dentro. Depois estico os braços lentamente, o esquerdo para cima, o direito para baixo. Unindo macrocosmos e microcosmos. Se preciso, retiro-me de onde estou e fico nesta posição, meditando nem que seja por cinco minutos, até que sinta os pentagramas de fogo ao meu redor. Mas o mais importante é que aprendi a recolocar minhas energias sem sugar de outros - com a ajuda de G., amigo fiel, que pode me dizer, de fora, se estou progredindo ou voltando a cair em velhos hábitos de carência astral. Ainda tenho um longo caminho a percorrer, com exercícios mentais e visuais. Mas estou chegando lá. A melhor defesa, além de visualização e gesticulação (que se tornará dispensável quando eu ficar mais forte) é ficar bem na luz, e deixar que a luz cegue as criaturas das sombras. Elas pensam que te estão atacando, e vêm.

Isso foi o mais assustador da técnica de defesa que me ensinaram - e me disseram que não precisava esconder: era me expor completamente, no mundo e no astral, sem defesas, sem roupas, sem escudos. Engraçado que esta parte eu já sabia, não é mesmo? Eu disse a elas: mas o sujeito (M.) me odeia e disse que não precisava mais de mim. Não vai adiantar abrir a guarda, ele não vai vir. Mas me disseram: ele vai vir. Explico como foi: Eu fiquei deitada, fisicamente imóvel, tendo baixado todo e qualquer escudo protetor, e subi ao astral - completamente exposta. Ele veio em menos de dois minutos. Tenho seu retrato na parede de meu quarto - pintado por mim mesma - e foi dali que ele saiu. De repente o quadro ficou do tamanho real, e aquela sombra, contra a luz suave do banheiro, veio em minha direção. Houve um momento de pavor, pq pela primeira vez a minha atitude nao era passiva e eu sabia que ele sabia disso. Quando ele chegou perto, e eu podia vislumbrar seus traços, fechei os olhos. Tentei desesperadamente visualizar meu cordão prateado, mas ele me escapava. Abri então os olhos e pela primeira vez vi o tal cordão - e meu pavor se transformou em revolta. Meu cordão prateado nao saía de minha cabeça, como é o normal de um cordãoprateado, mas sim do meu chakra umbilical, direto para cima, e daí descia para... o chakra umbilical dele! Era claramente visível, mais grosso que o cordão de prata normal. Eu estava presa à criatura por um cordão umbilical! Minha raiva foi tamanha que meti a mão sob o travesseiro, onde guardo meu athame, e o tomei em minha mão direita. Um dos caça-vampiros me havia dito para "visualizar um athame de luz azul", e o outro que "circundasse o athame com luz azul". Na minha ira, escolhi a coisa real: cingi-o com luz azul, e esfaqueei o cordão - vez a pós vez - até rompê-lo, com a criatura descendo lentamente sobre mim, ali mesmo. Como as pessoas me haviam dito, o cordão era muito forte - mais ou menos como um galho de árvore - e foi muito duro de romper. Mas ele afinal se rompeu, e se encolheu em nada. Ele recuou, cambaleou e desapareceu. De repente a luz do banheiro iluminou outra vez o quarto, e voltei imediatamente ao meu corpo. Eu nao estava mais deitada, imóvel. Eu estava sentada na cama, com meu athame real na minha mão levantada! Estava suando, ofegando... lágrimas escorrendo pela cara. Daí eu caí para trás, com athame e tudo, e dormi, pela primeira vez em meses, por cinco horas seguidas. Sem desmaiar, sem ânsias de vômito, sem sangue correndo pelo meu nariz, sem sua voz me dizendo coisas. Quando acordei, algo estava profundamente diferente - e eu sabia que estava livre, nao apenas dele, mas de todos os outros vampiros que me sugaram através dos anos. Eu havia cortado o cordão umbilical. Meu athame estava com umas marcas como de cera na lâmina. Limpei com álcool e guardei na baínha."


Bem, quem tiver mais alguma coisa a respeito para eu poder acrescentar, por favor, envie um e-mail no endereço abaixo:

amantesdanoite_vamp@hotmail.com

Vampirismo

A crença em vampiros nasceu milênios de anos atrás, quando o homem descobriu que o sangue é a fonte da vida, e se espalhou pelo mundo todo. Em muitos lugares, como na Romênia - pátria de Drácula -, ela sobrevive ainda hoje.

O significado do vampirismo perde-se muito longe no passado, desde que o caçador primitivo descobriu que, Juntamente com o sangue que sai de um animal, ou de um outro homem, a vida também escapa e se extingue. O sangue é a fonte da vitalidade. Por isso, os homens se besuntaram a si mesmos de sangue, e às vezes o beberam. Foi assim que a idéia de beber sangue para renovar a vitalidade entrou na historia. Para o vampiro, na verdade, "o sangue é a vida" – como citou Drácula, e ainda em Deuteronômio 12:36, embora a passagem bíblica real seja uma advertência contra beber sangue. ("Tão somente o sangue não comereis; sobre a terra derramarei como água") Outra passagem da Biblia onde cita a advertência esta em Gêneses 9:4 ("A carne porem, com sua vida, isto é com seu sangue, não comeris")

A crença em vampiros é universal. Ela é documentada na antiga Babilônia, no Egito, em Roma, na Grécia e na China. Os relatos sobre vampiros existem em civilizações completamente separadas, entre as quais, quais quer influências diretas foram impossíveis. O vampiro é conhecido por vários nomes - vrykolakes, brykilakas, barbarlakos, borborlakos ou bourdoulakos em grego moderno; katakhanoso ou baital em sânscrito antigo: upiry em russo; upiory em polonês; blutsäuger em alemão; etc. Os chineses antigos temiam o giang shi, um demônio que bebia sangue. Na China, os vampiros já existiam em 600 a.C. Descrições de vampiros são encontradas nas antigas cerâmicas da Babilônia e da Assíria, milhares de anos antes de Cristo. A crença também floresceu no Novo Mundo, assim como no Antigo. Os peruanos pré-colombianos acreditavam numa classe de demônios chamados canchus ou pumapmicuc, os quais sugavam o sangue dos jovens adormecidos de modo a partilhar sua vida. Os astecas sacrificavam o coração dos prisioneiros ao sol, na crença de que seu sangue conservava a energia solar.

No começo da era cristã, o erudito Bhavabhuti escreveu contos clássicos indianos, inclusive 25 histórias de um vampiro que animava cadáveres e podia ser visto pendurado de cabeça para baixo numa árvore, como um morcego. O deus hindu Shiva partilha muitas semelhanças com os vampiros, tal como ser capaz de criar e de destruir ao mesmo tempo. A idéia de vampiro supõe o conceito oriental do eterno retorno, segundo o qual ninguém é realmente destruído, mas volta vezes sem fim em reencarnações. Os vampiros tiram o sangue dos viventes, mas se misturam o seu sangue ao de sua vítima essa pessoa setorna um morto-vivo, sobrevivendo à morte comum. A prova de que os vampiros foram considerados essencialmente femininos, sem órgãos masculinos, vem de Santo Agostinho e dos primeiros padres da Igreja. Agostinho escreveu que os demônios tinham" imortalidade corporal e paixões como seres humanos", mas não podiam produzir sêmen. Em vez disso, eles juntavam sêmens dos corpos de homens reais e os injetavam em mulheres adormecidas para engravidá-las. São Clemente testemunha que os demônios têm paixões humanas mas "não órgãos, assim eles se voltam para os humanos para usar seus órgãos. Uma vez exercendo o controle desses órgãos, podem obter o que querem".

Durante o século 18, um vampiro famoso chamado Peter Poglojowitz surgiu em uma pequena aldeia da Hungria. Após sua morte, em 1725, seu corpo foi desenterrado. Encon traram sangue fresco escorrendo de sua boca e seu corpo não aparentava os sinais de rigor mortis ou de decomposição. Assim, os camponeses locais imaginaram que se tratava de um vampiro e queimaram o corpo.

Os ortodoxos cristãos que em 1725, seu corpo foi desenterrado.

Em 1732, o caso do vampiro sérvio Arnold Paole, de Medvegia, estimulou a pesquisa científica do século 18 sobre vampiros. Em pleno ápice do racionalismo, em 1751, um erudito dominicano, Augustin Calmet, escreveu um tratado sobre vampiros na Hungria e na Morávia. As crenças em vampiros são particularmente fortes hoje no sudeste da Europa, especialmente entre os modernos gregos. A ilha sulina das Cíclades, em Santorini, é considerada maldita pelos vampiros que tem.

Muitos autores notaram esse fenômeno desde o século XVII. De fato, se um vampiro suspeito era descoberto na Grécia continental, embarcavam seu corpo em navio para Santorini, porque o povo lá tinha uma longa tradição e uma vasta experiência a respeito de vampiros. Um velho dito grego fala em "trazer vampiros para Santorini".

As práticas ortodoxas de excomunhão reforçam a crença nos vampiros. Quando os padres ou bispos ortodoxos cristãos expedem uma ordem de excomunhão, acrescentam a maldição "e a terra não receberá seu corpo" Isso significa que o corpo da pessoa excomungada permanecerá "incorrupto e inteiro". A alma não descansará em paz. Nesse caso, a não-decomposição do corpo é um aviso do mal. Os ortodoxos cristãos que se couverteram ao catolicismo romano ou ao islamismo são condenados a vagar pela terra e a não entrar no céu. É importante lembrar nesse contexto que o Drácula histórico, tendo se convertido ao catolicismo próximo ao fim de sua vida, "abandonou a luz da ortodoxia" e "aceitou a escuridão" da heresia, e a partir daí candidatou-se a se tornar um morto-vivo, um vampiro.

Os romenos em particular têm muitos nomes para uma grande variedade de vampiros. Por exemplo, o termo mais comum, strigoi (na sua forma feminina é strigoaica), é uma criatura demoníaca que dorme durante as horas do dia, voa à noite e pode tomar a forma animal de um lobo, um cão ou um pássaro, e chupa o sangue de crianças adormecidas. A fêmea é mais perigosa que o macho. Ela pode também destruir casamentos e colheitas, impedir vacas de darem leite e mesmo provocar doenças fatais e a morte. O pricolici romeno é um vampiro que pode aparecer nas formas humana, de cachorro e de lobo. Entre os romenos, os vampiros são sempre o mal, sua jornada para o outro mundo foi interrompida e eles são condenados a vagar entre os vivos por um tempo.

Na Transilvânia, o alho é a arma poderosa para deter vampiros. As janelas e as portas são ungidas com alho para mantê-los a distância. Além disso, animais de criação, especialmente ovelhas, são esfregados com alho, pois os vampiros podem atacá-los as sim como fazem com os humanos.

Os camponeses consideram o alho uma planta medicinal. Eles o comem para curar o resfriado comum e várias enfermidades. Tudo que afasta as doenças é considerado bom ou magia "branca", de onde se conclui que o alho pode afugentar os demônios, o lobisomem e os vampiros. A tumba de um vampiro pode ser identificada por buracos em torno do sepulcro bastante grandes para que uma serpente possa passar por eles. Para impedir que o vampiro saia de sua sepultura, esses buracos devem ser enchidos com água. Os espinhos das rosas selvagens são garantidos para manter vampiros a distância. Sementes de papoula são espalhadas no caminho do cemitério para a cidade porque os vampiros são contadores compulsivos e não conseguem deixar de querer catá-las. Essa prática pode impedir o vampiro de chegar à aldeia antes do raiar do dia, hora em que ele deve voltar ao seu caixão.

O modo definitivo de destruir um vampiro é dirigir ao seu coração uma estaca que deve atravessá-lo, ou ao seu umbigo, enquanto é dia claro e o vampiro precisa repousar no caixão. A estaca deve ser feita de oliveira ou de álamo. Em algumas regiões da Transilvânia, barras de ferro de preferência aquecidas ao rubro - são usadas. Como garantia adicional, o corpo do vampiro é queimado. Às vezes um abeto é enterrado no corpo do vampiro para mantê-lo na sua sepultura. Uma derivação disso é o pé de abeto como ornamento, encontrado hoje sobre os túmulos na Romênia.

Muitos romenos acreditam que a vida após a morte será bastante parecida com a vida na Terra. Como não há muita fé num mundo puramente espiritual, parece razoável que após a morte o vampiro possa andar pela Terra do mesmo modo que uma pessoa viva. Os mortos ambulantes não são sempre vampiros, no entanto. De fato, o termo romeno para morto-vivo, moroi, é mais comum do que o termo para vampiro ou sugador de sangue, strigoi, mas ambos são mortos do mesmo modo. Os strigois são literalmente pássaros demoníacos da noite; eles só voam após o pôr-do-sol, comem carne humana e bebem sangue.

A crença em mortos ambulantes e vampiros bebedores de sangue talvez nunca desapareça. Foi só no século passado 1823, para ser exato , que a Inglaterra pôs fora da lei a prática de enterrar estacas no coração dos suicidas. Hoje é na Transilvânia que a lenda dos vampiros tem seu apelo mais forte.

Na Europa Oriental diz-se que os vampiros têm dois corações ou duas almas. Uma vez que um desses corações ou uma dessas almas nunca morre, o vampiro permanece um morto-vivo.

Quem pode tornar-se um vampiro? Na Transilvânia, criminosos, bastardos, feiticeiras, mágicos, pessoas excomungadas, os que nascem com dentes, com âmnio (ou membrana na cabeça) e crianças não batizadas podem tornar-se vampiros. O sétimo filho de um sétimo filho está condenado a se tornar vampiro.

Como se pode descobrir um vampiro? Toda pessoa que não come alho ou que manifesta uma clara aversão ao alho é suspeita.

Os vampiros às vezes atacam os mudos. Podem roubar a beleza ou a energia de alguém, ou ainda leite de mães que amamentam.

Na Romênia, os camponeses acreditam que os vampiros e outros espectros encontram-se na véspera do dia de Santo André, num lugar onde o cuco não canta e o cachorro não ladra. Os vampiros têm medo da luz, e por isso é necessário fazer um bom fogo para afastálos, assim como tochas devem iluminar o exterior das casas.

Mesmo se você se tranca na sua casa, não está a salvo dos vampiros, uma vez que eles podem entrar pelas chaminés e pelo buraco da fechadura. Assim, deve-se esfregar a chaminé e as fechaduras com alho, assim como as janelas e portas. Os animais de criação devem ser também esfregados com alho para sua proteção.

Cruzes feitas de espinhos de rosas selvagens são eficazes para manter longe os vampiros.

Os corpos são exumados entre três e sete anos após o sepultamento; se a decomposição não é completa, uma estaca deve ser cravada no coração.

Se um gato ou outro animal demoníaco salta ou voa sobre o corpo antes que ele seja enterrado, ou se a sombra de um homem passa sobre o cadáver, o falecido pode ser um vampiro.

Se o corpo do morto é refletido no espelho, o reflexo ajuda o espírito a deixar esse corpo e a se tornar um vampiro.

No folclore húngaro, uma das maneiras mais comuns de identificar um vampiro era escolher uma criança jovem bastante para ser virgem e sentá-la num cavalo de cor homogênea que também fosse virgem e nunca tivesse tropeçado. O cavalo era levado ao cemitério e solto entre as sepulturas. Se ele se recusasse a passar sobre um túmulo, ali poderia estar um vampiro.

É comum o túmulo de um vampiro ter um ou mais buracos pelos quais possa passar uma serpente.

Como matar um vampiro? A estaca, feita de uma roseira selvagem, álamo ou abeto, ou de ferro em brasa, deve ser dirigida para o coração do vampiro, a fim de mantê-lo preso no seu túmulo. 0 corpo do vampiro será então queimado, ou enterrado novamente numa encruzilhada.

Se um vampiro não é encontrado ou é considerado inofensivo, ele primeiro matará todos os membros mais próximos da sua família. Depois se voltará para os outros habitantes da aldeia e os animais.

O vampiro não pode se distanciar de sua sepultura, uma vez que deve retornar para ela antes do raiar do dia.

Se não for localizado, o vampiro pode subir ao campanário de uma igreja e recitar ali os nomes dos habitantes do lugar, que morrerão instantaneamente, ou em algumas regiões o vampiro tocará um dobre de finados e todos que o ouvirem morrerão na hora.

Se o vampiro continua despercebido por sete anos, pode viajar para outro país ou a um lugar onde outra língua é falada e tornarse humano outra vez. Ele ou ela pode se casar e ter filhos, mas todos se tornarão vampiros quando morreremOs romenos cortam as solas dos pés ou amarram juntos as pernas e os joelhos dos suspeitos, para tentar impedilos de caminhar.

Alguns enterram corpos com foices em torno dos pescoços, de modo que, tentando sair, o vampiro corte fora sua própria cabeça.

Por ser uma liga pura, acredita-se que a prata tem o poder de barrar vampiros, assim como lobisomens. Por isso, as cruzes e os ícones são em geral feitos de prata.

Os camponeses do século 5 consideravam Vlad Tepes um vampiro? Quando interrogados sobre as crenças correntes, os camponeses residentes na região em torno do Castelo Drácula revelaram que há uma ligação entre Vlad Tepes e o vampiro do seu folclore. Os camponeses nada sabem do Drácula de Stoker. Os mais velhos, no entanto, acreditam piamente em vampiros e mortos-vivos.

À medida que nossa cultura se tornou mais urbana, um preconceito contra a superstição dos camponeses também cresceu. Isso é refletido no nosso uso da palavra "urbano" para descrever alguma coisa positiva, aberta e racional, e a palavra "provinciano" para designar alguma coisa primitiva, estreita e ignorante. Há uma tendência a ver a cultura camponesa como primária e não-científica. Até Karl Marx afirmou que o capitalismo pelo menos havia salvo a maioria da população da "idiotice da vida rural".

Por fim nem todas as crenças do homem moderno ocidental são lógicas e científicas. As atitudes em relação à morte e à vida foram sempre complexas para todos os homens, abrangendo ódio e amor, atração e repulsa, esperança e medo. A crença em vampiros é um modo poético e imaginativo de olhar a morte e a vida depois dela.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

O Assumir De Uma Nova Era

Longe vão os tempos das atrocidades cometidas contra aqueles que possuindo uma lucidez e inteligência superiores, ousaram desafiar os hipócritas que atrasavam o progresso da humanidade em nome de doutrinas emanadas de livros ditos de revelação, que mais não são do que fábulas advindas de tempos de ainda maior fanatismo.

Os tempos mudaram! A Ciência tomou o lugar do condutor e deixou à porta da idiotia os mesmos que perseguiam os ideais da evolução.



Em 1966 Anton Szandor Lavey fundou a Satanic Church (Igreja Satânica), legalmente oficializada em 1969 como Church of Satan, dando assim inicio ao assumir de uma nova era, alicerçando-se em pilares que fazem juz à verdadeira natureza humana.


Satan

O símbolo “perverso” da rebelião, de choque total contra os valores instituídos (qual é a principal fonte de castração mental…? Exacto, subverta-se isso, então, simbolicamente).


Church

Em congregação, numa postura estética que além da ideologia/ filosofia “abraça” uma mística obscura na qual se revêem alguns dos principais visionários da época (grande parte dos quais ligados às artes); subjectivando antecedentes pagãos, teatralizando, solenizando em ritos e fulminando em intenções.



A CoS surge em total esplendor e vigor destrutivo de vazias concepções, fomentadas pelos tais que padecem de um dos maiores males psíquicos: a idiotia religiosa.

Um novo conceito de “religião” foi elaborado, fazendo desmoronar o antigo por falta de consistência nas estruturas justificativas. Religião é aquilo que consiste no objectivo principal da vida do ser humano, e não aquilo que assume uma natureza meramente formal, em obrigatoriedade, refugio psíquico, receio e condenação “divina” – não se consubstanciando em nada de concreto em termos de progressão mental.



Assim, os hipócritas vêem-se forçados a pôr em questão os seus próprios conceitos, quando no dia a dia continuam a dizer que a sua religião é “tal”, mas na prática a sua verdadeira religião é materialmente satânica.

O facto é que só os realmente débeis e tolos, masoquistas e maníacos, seguem os dogmas alheios/ lendas herdadas de um passado diferente, em absoluto, sem os questionarem. É inegável que a maioria que “sobra” é composta por pseudo-crentes, hipócritas até consigo próprios… Ninguém dá a outra face. Ninguém ama o próximo como a si mesmo… Ninguém é imaculado, nem faz por ser.



É tudo fachada.

Padrões comportamentais instituídos e vazios de lógica.



Talvez a maior revolução introduzida pelo “movimento satânico” tenha sido a assunção da verdadeira natureza do Homem, despida de véus imaginários, e com as consequências que daí advêm.

O Homem não passa de um animal que luta por sobreviver, um animal apenas mais inteligente que os outros, e que, por esse mesmo facto, é capaz de formas mais sofisticadas e elaboradas para a sua sobrevivência, em detrimento dos seus semelhantes.

A maldade do Homem é comprovada. Está escrita na História. Nos registos criminais, nos jornais, nos noticiários televisivos (e apenas pequena parte se sabe…).

A história da humanidade é a história da guerra, dos assassinatos, dos assaltos, dos massacres, das torturas e de tantos outros actos de violência. O Homem nasce para morrer, e está a isso condenado à partida.

Para a ideologia Satanista nada existe para além da morte. A verdadeira vida eterna é nos cérebros daqueles que nos reconhecem e admiram, através do legado que deixamos.



Este grande movimento de violência, que se manifesta em todos os domínios da vida (desde o peixe que é despedaçado e ingerido pelo tubarão nos oceanos, ao homem que explora o outro homem mais fraco de forma a, sem trabalhar, retirar o seu sustento do trabalho deste, dominando-o e alimentando-se sumptuosamente do seu esforço) foi de todos os tempos, só que agora tem que ser encarado de frente em nome de princípios mais elevados.

O deus dos débeis e hipócritas revela bem, nos tais livros pseudo-sagrados, que também se integra nesse grande movimento de violência, não possuindo (senão na boca dos seus escravos) as características de uma hipotética "bondade infinita".

Assim, é ele que ordena o massacre de milhões de "pecadores" em tantas e tantas histórias da Bíblia (principalmente Antigo Testamento) ou do Corão. O dito “diabo” também tem a sua quota parte nos acontecimentos, mas nessas fábulas fantásticas, ele é criação de deus e age em conformidade com este até se rebelar.



Nem esse deus nem esse diabo existem ou alguma vez existiram.



Abra os olhos quem puder e quiser.

Deus e o diabo foram obra de mentes amedrontadas pela morte. Invejosas, com intuitos dominadores, e pura e simplesmente tão sugestionáveis e seguidistas de falsos profetas como é natural da condição humana o encarnar soluções fáceis para problemas difíceis. O diabo e deus foram obra de criaturas tão normalmente inventivas e velhacas, como o vizinho do lado… Todos temos sido, somos, e seremos uma só humanidade.



Assim tomou-se este termo: Satan

Alheado de toda e qualquer conotação religiosa, para simbolizar a verdadeira natureza humana que justifica o Mundo tal como ele é. Um movimento geral de violência com o fim primordial da sobrevivência e da progressão, que presidiu desde sempre à humanidade, e que por ela foi e é responsável (embora impessoalmente).

Chegou o momento da cegueira dos homens terminar.

Satan pede honra ao seu nome, e que seja finalmente assumida a verdadeira natureza da humanidade. Sobreviver e perseverar.



O termo Satan tem um significado simples, directo. Significa Opositor, Adversário.

Nesses livros de histórias, Satan constitui uma personagem maléfica produtiva e sofisticada, apesar de toda a maldade do tal deus (absolutamente impiedoso!) que, por exemplo, arrasa com a humanidade inteira bem como com todos os animais, poupando apenas "meia dúzia" - aqueles que ele considerou ser os seus melhores escravos (o personagem Noé e familiares seus, juntamente com apenas um casal de cada espécie animal); todos os outros homens, ou seja, praticamente toda a humanidade, foram brutalmente assassinados por afogamento por esse tal deus tão "misericordioso". Há várias estórias/ passagens interessantes nos mais variados romances de consumo massivo. De todas se tira uma conclusão principal: servir incondicionalmente o deus soberano ou sofrer a “danação eterna”. Isto com as mais variadas envolventes figurativas.



Anton Szandor Lavey falou em nome deste magnífico e bestial Homem, deixando escritos os princípios básicos da fundação dum novo mundo, uma nova era, numa época que já não se rege apenas pela força braçal, o fio da espada, pela guerra… Mas pela ciência! E…


Pela sublime supremacia intelectual. Ave Satanas!

Os Nove Pecados Satânicos

1. Estupidez – O topo da lista no que diz respeito aos Pecados Satânicos. O Pecado Cardinal do Satanismo. É pena que a estupidez não seja dolorosa. Ignorância é uma coisa, mas a nossa sociedade alimenta-se cada vez mais da estupidez. Depende das pessoas seguirem tudo aquilo que lhes é dito. A comunicação social promove uma estupidez tratada como uma postura que não é apenas aceite mas louvada. Os Satanistas devem aprender a ver para além dos truques e não se podem dar ao luxo de ser estúpidos.

2. Pretensão – Uma postura oca pode ser tremendamente irritante e não aplica as leis cardinais da Lesser Magic. No mesmo patamar da estupidez no que diz respeito ao que mantém o dinheiro a circular nos dias de hoje. Todos são levados a sentir-se alguém importante, quer consigam feitos que o comprovem ou não.

3. Solipsismo – Pode ser bastante perigoso para os Satanistas. Projectar as reacções, respostas e sensibilidades em alguém que não está provavelmente alinhado com a própria pessoa. É o erro de esperar que as pessoas retribuam a mesma consideração que naturalmente lhes é dada. Não o farão. Em vez disso, os Satanistas devem esforçar-se por aplicar o ditado "Faz aos outros o que eles te fazem a ti." É trabalhoso para a maior parte das pessoas e requer constante atenção, não se vá cair na confortável ilusão que todos são como nós. Como já foi dito, certas utopias seriam ideais numa nação de filósofos, mas infelizmente (ou talvez felizmente, de um ponto de vista Maquiavélico) estamos longe desse ponto.

4. Auto-Ilusão – Está nas Nove Afirmações Satânicas mas merece ser repetido aqui. Outro pecado cardinal. Não devemos prestar homenagem a nenhuma das vacas sagradas que nos são apresentadas, incluindo como se espera que nos comportemos. A única altura em que se pode abordar a auto-ilusão é quando ela é divertida, e conscientemente. Mas dessa forma, não é auto-ilusão!

5. Conformismo de Massas – É óbvio de uma perspectiva Satânica. Não há problema em conformar-se aos desejos de uma pessoa, se em última análise isso nos vai beneficiar. Mas só os tolos seguem as massas, permitindo que uma entidade impessoal dite as regras. A chave é escolher um mestre sabiamente em vez de ser escravizado pelos caprichos das massas.

6. Falta de Perspectiva – De novo, pode ser muito doloroso para o Satanista. Nunca nos podemos esquecer de quem e o que somos, e que ameaça podemos ser, apenas por existirmos. Estamos a fazer história neste preciso momento, todos os dias. É preciso manter sempre presente uma visão histórica e social alargada. É uma peça importante quer para a Lesser Magic quer para a Greater Magic. Observa os padrões e encaixa as peças como pretendes que elas se encaixem. Não sejas coagido pelas restrições das massas - compreende que funcionas num nível diferente do resto do mundo.

7. Esquecimento de Ortodoxos Passados – Atenção que esta é uma das chaves para a lavagem cerebral que é feita às pessoas para as levar a aceitar algo novo e diferente, quando na realidade é algo que foi outrora amplamente aceite e é agora apresentado numa nova embalagem. É esperado que deliremos com o génio do criador e esqueçamos o original. Isto cria uma sociedade descartável.

8. Orgulho Contraproducente – A segunda palavra é importante. Orgulho é óptimo até ao momento em que “se atira o bebé pela janela juntamente com a água do banho”. A regra do Satanismo é: se funciona para ti, óptimo. Quando deixar de funcionar para ti, te tiveres deixado encurralar e a única forma de resolver a situação é dizendo: lamento, cometi um erro, gostava de chegar a um meio termo, compensar de alguma forma”, então fá-lo.

9. Falta de Estética – Esta é a aplicação física do Factor de Equilíbrio. Estética é importante na Lesser Magic e deve ser alimentada. É óbvio que ninguém consegue na maioria das vezes ganhar dinheiro com standards clássicos de beleza e forma, por isso eles são desencorajados numa sociedade consumista, mas um olho para a beleza, para o equilíbrio, é uma ferramenta Satânica essencial e deve ser aplicada para maximizar a eficácia da magia. Não é o que é suposto ser agradável – é o que realmente o é. Estética é uma coisa pessoal, reflexo da nossa própria natureza, mas há configurações que são universalmente agradáveis e harmoniosas que não devem ser negadas.

As Onze Regras Satânicas da Terra

1. Não dês opiniões ou conselhos a não ser que tos peçam.

2. Não contes os teus problemas aos outros a não ser que tenhas a certeza que eles os querem ouvir.

3. No ambiente natural de outra pessoa, demonstra-lhe respeito ou não vás lá.

4. Se um convidado te incomodar no teu ambiente natural, trata-o cruelmente e sem misericórdia.

5. Não tomes iniciativas de índole sexual a não ser que te sejam dados sinais de receptividade.

6. Não te apropries do que não te pertence a não ser que seja um fardo para a outra pessoa e ela implore que a aliviem.

7. Reconhece o poder da magia se a empregaste com sucesso para obteres o que desejavas. Se negares o poder da magia depois de a teres invocado com sucesso, perderás tudo aquilo que obtiveste.

8. Não te queixes daquilo a que não tens que estar sujeito.

9. Não faças mal a crianças.

10. Não mates animais não humanos a não ser que sejas atacado ou para obter alimento.

11. Ao caminhar em território aberto, não incomodes ninguém. Se alguém te incomodar, pede-lhe que pare. Se ele não parar, destrói-o.

As Nove Afirmações Satânicas

1. Satan representa indulgência e não abstinência!

2. Satan representa a essência de vida e não fúteis sonhos espirituais!

3. Satan representa conhecimento sem limites e não auto-ilusão hipócrita!

4. Satan representa bondade para aqueles que o merecem e não amor desperdiçado em ingratos!

5. Satan representa vingança e não dar a outra face!

6. Satan representa responsabilidade para os responsáveis e não preocupação com vampiros psíquicos!

7. Satan representa o homem como apenas mais um animal, algumas vezes melhor, na maioria das vezes pior que aqueles que andam em quatro patas, que, por causa do seu "desenvolvimento intelectual e espiritual divino" tornou-se no animal mais perverso de todos!

8. Satan representa todos os denominados pecados, uma vez que que todos eles conduzem a gratificação física, mental e emocional!

9. Satan tem sido o melhor amigo que a Igreja jamais teve, já que a manteve em funcionamento todos estes anos!

"O teixo é por fora uma árvore lisa, dura e firme na terra;um pastor do fogo, um prazer sobre a terra..." (Havanal)

O título da runa Eihwaz tem a conotação sinistra, mas seu significado será amenizado se vc tiver uma visão realista do fim e encara-lo como um processo normal, do qual todos nós havemos finalmente de partilhar; uma vez aceita a ideia de que a materia e espírito são uma só coisa, o ato de morrer deixa de ser uma ameaça; evidentimente, todos nos nos preocupamos com a meneira como morreremos; seria ótimo se todos pudéssemos morrer na idade avançada, durante um sono, em nossa propia cama, cercados de amigos e parentes; o wyrd disõe de outro modo. Todos nós somos manifestações da força vital, e é a ela que retornaremos depois da morte; todos os sistemas de crenças religiosas criaram uma vida futura que representa a sociedade na qual seus adoradores viveram, no Pais do meio, elevada a seu mais alto ideal; os ovos da europa setentrional não exceção, e o valhala é concebido como uma imensa sala onde um grande fogo arde eternamente as taças de hidromel nunca secam.Esses contos de fadas constituem representações simbolicas da vida futura e não devem ser objeto de chacota, pois são provavelmente imagens válidas que condicionaram o espirito à realidade da existência posterior à morte física.

Esta estrofe tem como centro ou foco o teixo; no folclore popular e na crença pagã o teixo representa a arvore dos mortos;isso é confirmado pelo fato de bosques de teixos serem frenquentemente encontrados em velhos adros; num nível pratico, eles também ofereciam à igreja projeção contra as tempestades de inverno. na mitologia nórdica o teixo é a arvore sagrada de Odin em seu aspecto de senhor dos caçadores selvagens, que cavalga pelo céu noturno recolhendo as almas dos mortos, ele é também sempre verde e oferece a promessa de que a natureza renascerá na primavera; segundo outra gvelha crença popular, a madeira do teixo, quando sazonada, pode ser tão dura quanto o ferro e durar tanto como ele; é também boa p queimar, e o fogo é um símbolo de regeneração através da destruição criadora.

A runa Eihwaz informa ao buscador do caminho na floresta que a morte não é algo a temer; nos misterios classicos, o candidato à iniciação passava simbolicamente pela morte e pelo renascimento; muitos dos velhos deuses pagãos experimentaram a morte e depois foram ressuscitados, numa representação do ciclo das estações do inverno ao verão; no mito nórdico é Baldur quem morre, mas renasce misteriosamente para tornar-se o líder de uma nova orden de deuses após a batalha final do Ragnarok; uma das cerimonias mais importantes da velha religião pagã da europa setentrional era celebrada na primavera com o acasalamento ritual de representantes humanos do deus e da deusa da fertilidade (beltane); nessa cerimonia, os participantes reiteravam com o ato de amor físico o poder da natureza de vencer até mesmo a morte.

OS MANTRAS

A ORIGEM

Já sabemos a importância das vibrações ou sons na formação do universo. Certos sons produzem diferentes conjuntos de vibrações no éter. Alguns destes, de freqüências baixas produzem reações e formam partículas de matéria, dando origem a formação de elementos. Como o microcosmo é a representação do macrocosmo, desvendando-se os segredos do micro pode-se conhecer os do macro.

Se nós fecharmos nossos olhos e tentarmos concentrar-nos ao nosso redor, o que sentimos? Todo tipo de poluição sonora. Dirigimos-nos a um local ermo, tranqüilo. Suponhamos no mato, lá também nós ouvimos o canto dos passarinhos, das cascatas, a dança das folhas das árvores ao ritmo do vento, etc. Parece quase impossível escapar do som externo.

Mas, fechando-nos num quarto a prova de som, e continuando a nossa experiência, depois de certa concentração, poderemos ouvir gradualmente a nossa respiração, o som do sangue fluindo nas veias, nas artérias, e o som do sistema nervoso.

Milhares de anos atrás os sábios e os yogis meditavam nas cavernas onde reinava o silencio absoluto. Retrairam suas mentes dos sons do corpo físico, focalizando-as nos centros de energia sutil, que chamamos de sete chakras. Estes sábios ouviram 50 diferentes vibrações dos 7 chakras e traduziram-nas através das cordas vocais, em 50 letras, dando origem ao alfabeto da língua Sânscrito.

O som de cada letra tem certa energia que ajuda controlar a performance (rendimento e atividade) dos determinados centros energéticos chamados de Chakras.

Cada uma destas 50 letras do alfabeto representa um ¿

Rudra
- o aspecto masculino da transmutação ou transformação.

Shaktirúp
- o aspecto feminino da transmutação ou transformação.

Vishnu
- o aspecto masculino da proteção e preservação.

Shakti
- o aspecto feminino da proteção e preservação.

Rishi
- o nome do sábio que está associado a letra e suas qualidades.

Chanda
- o contexto musical que o alfabeto representa.

Bija
- semente (como a semente de manga contém uma árvore de manga, assim, as letras contêm em si a entidade que representam, como a letra "ga" é semente do Ganesh ou Ganpati).


Para manter o nosso corpo físico nós dependemos basicamente dos cinco elementos, mas para os outros revestimentos, que nos colocam em posição diferenciada aos outros reinos (animais e vegetais), nós precisamos de energias mais sutis que provem do cosmo. Estas energias estão sempre a nossa disposição mas o seu proveito depende da capacidade de nossa antena, sintonização e processamento. Os centros de controle e processamento que estão no nosso corpo sutil são chamados de Chakras.

Cada aspecto ou manifestação do brahman seja grosseira ou sutil, física ou abstrata tem a sua própria vibração. Os rishis personificaram estas vibrações em deuses e deusas. Por ex.: Brahma, Vishnu, Shiva, Fogo, Terra, Ar, Água, Ganapati, Kártikeya, Laxmí, Kalí, Durgá etc., e combinaram as letras produzindo palavras que têm poder de invocar estas entidades, e estão em total harmonia com a energia que a entidade correspondente representa.

Este conjunto de palavras chama-se MANTRA.

A emissão do som pelo homem tem quatro estágios ¿ para, pashyanti, madhyama e vaikhari. Nos primeiros três estágios o som não é audível e o processo começa no primeiro chakra ¿ básico. No terceiro estágio o som chega ao quarto chakra ¿ coração, aonde o som está quase formado e no último estágio, o som é ouvido através do Quinto chakra ¿ Laríngeo. Na Índia o Jaimuni foi primeiro a anunciar que o som é eterno e é a matriz da toda criação. O som no estado latente já existiu antes da vibração. Assim, não existe vácuo no universo tudo esta preenchido por este som estático. As propriedades do som mudam conforme a freqüência, amplitude, entonação, volume, harmonia, pronuncia, ritmo etc. A energia do som deve ser organizada e canalizada para produzir certos resultados e isto é feito através dos mantras.

Os mantras são baseados na combinação certa de letras e quando cantados de maneira especifica produzem certos efeitos no nosso organismo, não só no plano físico, mas também no plano mental e espiritual. As letras do mantra são representações das seqüências definidas do som que, para produzir o efeito desejado, devem ser pronunciadas corretamente e seguindo as regras da música ¿ o sur (escala) e ritmo.

Ao pronunciar os mantras, certas vibrações sonoras são geradas e com a prática contínua criam o poder de trazer as energias da respectiva divindade dentro da pessoa. Quando a divindade é realizada ou é atingido o domínio sobre o mantra, o praticante recebe o poder que supostamente reside na divindade.

Para cada mantra existe um rishi (criador) e um Deus (entidade).

A palavra mantra significa: fórmula sagrada. Literalmente Man em sânscrito quer dizer mente (o revestimento da mente), em sentido amplo e Tra significa disciplinar, então, mantra seria disciplinar a mente.

Os mantras não são fórmulas mágicas nem meras sentenças com ou sem lógica. Eles ligam de maneira muito especial, os aspectos subjetivo e objetivo da realidade. Segue um exemplo para ilustrar esta função:

O rei insiste com o ministro chefe, que é avançado espiritualmente e recita mantras, para ensinar a ele o seu mantra. O ministro hesita e nega, mas o rei insiste. O ministro ordena ao guarda-costas a prender o rei. Depois de várias tentativas, sem resultado, o rei se aborrece e ordena prender o ministro. No momento seguinte, o ministro preso dá risada e explica ao rei que nos dois casos, a ordem era a mesma e quem recebeu também mas, somente em um caso, foi cumprida. Em relação ao mantra, o resultado depende do preparo espiritual de quem o recita.

As palavras e sílabas não têm só o som, mas também têm significados que não são tão aparentes para os que ouvem só o som. As palavras dos mantras recitadas corretamente tornam-se entidades vivas e transcendem o plano mental quando é compreendida a mensagem e a vibração delas.

As mesmas palavras ou sílabas podem ter significados diferentes, dependendo do contexto do mantra ou entidade.

Cada entidade tem vários aspectos, por ex.: Shiva e Vishnu tem 1000 nomes diferentes representando cada aspecto. Shiva tem conotação básica de destruição e transmutação. A destruição se torna necessária nos vários casos, desde o plano físico até no mais elevado plano espiritual, desde afastar a morte ou doenças, até a destruição de certas emoções, que são obstáculos na evolução espiritual, nestes casos ele passa a ser Rudra ou Shankar. O Vishnu tem conotação de bem estar e felicidade, mas ele manifestou-se como Rama e Krishna, para aniquilar o Ravana e Kouravas que eram representantes do mal.

Assim, mesmo as outras entidades como Durga, Ganesh, Mahakali, Shakti também têm 1000 aspectos e tantos mantras. Principalmente 40 aspectos de cada entidade são mais adorados. O mantra é selecionado baseado no objetivo e sincronicidade entre entidade, mantra e a pessoa. Para qualquer objetivo que a mente humana possa imaginar, existe um mantra próprio.

A idéia básica para trabalhar com mantras é que certos sons, quando articulados produzem efeitos no Akasha, que por sua vez colocam a fonte em comunicação com planos superiores. Quanto maior a articulação, melhor será a qualidade da comunicação. A natureza deste efeito pode ser não explicada pelo atual conhecimento da física mas existe uma relação entre o som e seu efeito no Akasha. Estes sons são conhecidos como as letras do alfabeto sânscrito e os mantras são compostos por estas letras. Como representam diferentes aspectos da energia cósmica, não são destituídos de poder, por isso antes de invocar uma força particular deve-se compreender muito bem a natureza desta força.

Ao lado dos mantras estão os bhajans, que são canções compostas na língua sânscrita ou em outro idioma da índia . Diferente na origem os bhajans não se originam dos vedas , como os mantras .

Os mantras podem ter diversas finalidades :

1) elevar o nível de consciência ;
2) desenvolver a espiritualidade;
3) despertar os poderes psíquicos ;
4) invocar uma proteção;
5) tranqüilizar a mente;
6) facilitar a concentração .