sábado, 8 de dezembro de 2007

magia sexual

"A Bruxaria não deve desculpas por envolver magia sexual.
São as outras religiões que devem desculpas pela miséria da
repressão puritana que impingiram à humanidade
A Magia Sexual, conhecida no Oriente como Tantra, é a prática ritualística desenvolvida através das energias canalizadas do corpo físico, da mente e do espírito humano. O ato de criar outras vidas através de relações sexuais e instituir uma força, ou um vínculo energético entre as pessoas envolvidas, é visto como místico e sagrado.

Como outras modalidades de Magia, a Magia Sexual também é um recurso usado como fonte do poder que fortalece as cerimônias ritualísticas e para obter o auto-conhecimento através da exploração do próprio corpo, psique e alma. A Magia Sexual é uma das faces mais importantes da Magia moderna.

Utilizada tanto nas escolas ocidentais como nas orientais, sua origem nos remete às práticas das crenças pré-cristãs, sendo que os primeiros registros datam de 3000 a.C.. A Antiga Religião da Europa baseava-se em ritos de fertilidade para assegurar a proliferação de animais, plantas e humanos. O conceito pagão da atividade sexual era saudável e natural. Era a mais poderosa energia que os humanos podiam experimentar através dos próprios sentidos, com a manifestação afetiva de um indivíduo ou simplesmente a ação de compartilhar prazer e desejo carnal com outra pessoa. Assim, mulheres consagradas serviam aos deuses em templos, o homossexualismo e o heterossexualismo eram apenas definições das preferências sexuais, etc.

Existem dois canais de energia no corpo humano que estão associados ao sistema nervoso central e à medula espinhal, conhecidos no Ocidente como Lunar e Solar ou Feminina e Masculina (receptiva/negativa e ativa/positiva). Geralmente, entre os não-praticantes da Magia Sexu
apenas uma das correntes de energia está aberta e fluindo. Entre as mulheres, apenas a corrente lunar flui desimpedida. Entre os homens, apenas o canal solar está realmente livre. No caso dos homossexuais, essa situação está invertida. Em todas as situações, este fato causa um desequilíbrio e influencia negativamente várias esferas da vida humana.

Portanto, segundo este raciocínio, o estado sexual natural é a bissexualidade, em que ambas as correntes fluem juntas em harmonia. A alma que habita o corpo físico não é masculina nem feminina. Desse modo, o sexo é meramente uma circunstância física. O fluxo harmonioso das correntes no corpo é simbolizado pelo antigo símbolo do Caduceu.

Um dos maiores divulgadores da Magia Sexual contemporânea ocidental é Aleister Crowley, através da doutrina do Thelema. Posteriormente, diversas escolas iniciáticas a adotaram e adaptaram de acordo com a própria filosofia. Porém, os princípios básicos permanecem inalterados. Na Índia, ainda é uma das práticas mais utilizadas no hinduísmo.

Apesar de (teoricamente) compor vários sistemas mágicos, atualmente, a maioria das tradições não incorpora a Magia Sexual em suas atividades. Isto se deve a opção pessoal dos praticantes (inibição e preocupações com as doenças sexualmente transmissíveis) e a pressão social de uma cultura judaico-cristã, onde o sexo é visto como algo pecaminoso e polêmico. Deste modo, nos ritos sexuais modernos, são usadas representações simbólicas dos antigos elementos da fertilidade, sejam objetos que representem os genitais ou apenas uma dança ou encenação erótica.





Sagrado Feminino



Nas antigas crenças pagãs, os pólos femininos da criação eram reverenciados como sagrados e a mulher era vista como o principal canal gerador de vida. A Deusa era a divindade principal, responsável pela criação de todas as formas viventes. Dessa forma, os ritos que envolviam Magia Sexual, utilizavam-se de mulheres e do sangue menstrual como elementos principais do Altar Cerimonial.

O altar sagrado é formado por uma mulher que se deita de costas, nua, com as pernas dobradas e afastadas (de forma que os calcanhares toquem as nádegas). Um cálice é colocado diretamente sobre seu umbigo, ligando-o ao cordão umbilical etéreo da Deusa, a qual é invocada em seu corpo. Derrama-se o vinho sobre o cálice. O Sumo Sacerdote pinga três gotas de vinho, uma no clitóris e uma em cada mamilo, traçando uma linha imaginária que forma um triângulo no corpo feminino, tendo o útero como centro. Segue-se um beijo em cada ponto, enquanto a invocação é recitada.





Fluidos Mágicos



Os fluidos produzidos no corpo humano de forma natural ou através da estimulação sexual, também são utilizados nas cerimônias herdadas dos povos antigos que envolvem a Magia Sexual, e são empregados para um determinado objetivo.

O vinho ritual continha três gotas do sangue menstrual da Suma Sacerdotisa do clã, que unia magicamente os celebrantes nesta vida e nas próximas encarnações. Os caçadores e guerreiros eram ungidos com pinturas ritualísticas que continham sangue menstrual. Acreditava-se que ao unir o sangue de duas pessoas, criava-se um vínculo entre ambas. Ungir os mortos com o sangue era uma forma de assegurar o retorno à vida. O sêmen era considerado energia canalizada que vitaliza o praticante que o recebe. Ainda, o estímulo dos mamilos faz com que a glândula pituitária secrete um hormônio que ativa as contrações uterinas. Isso ativa o fluxo de certos fluidos através do canal vaginal.





Criança Mágica



A criança mágica é um termo utilizado na Magia Sexual ocidental para designar uma imagem no momento do orgasmo. Neste caso, a energia sexual não é liberada como no ato sexual tradicional, mas inibida por períodos prolongados e canalizada através da mente para que se manifeste numa forma de pensamento mágico, formando uma imagem astral durante o orgasmo.

Para esta atividade, é necessário que o praticante tenha desenvolvido a arte da concentra-ção/visualização e um controle firme sobre a própria força de vontade pessoal, de forma que no momento do orgasmo, não haja nada mais na mente que a imagem que deseja ver criada. Se estiver incompleta ou difusa, é possível que interferências negativas se manifestem e passem a consumir a energia sexual do praticante. Este conceito é uma das bases na crença dos Sucubus.





Pancha Makara



A corrente oriental da Magia Sexual, chamada Tantra, é dividida em cinco categorias de aplicações distintas conhecidas como Cinco M ou Pancha Makara, que em sua maioria, são canalizados no campo físico (Caminho da Mão Esquerda) e outro simbólico (Caminho da Mão Direita). O Pancha Makara recebe interpretações diferenciadas nas cerimônias praticadas nas correntes do Ocidente, ou em algumas situações, são adaptadas ou omitidas.



Madya Sadhana

A palavra Madya significa Licor e este princípio está relacionado à aplicação do Caminho da Mão Direita com uso adequado de estimulantes que ativam o sétimo chakra, Sahastrara, considerado o último nível de evolução da consciência humana e responsável pela integração dos outros chakras.



Mamsa Sadhana

O termo Mamsa pode ser traduzido como carne e significar que este princípio está associado ao uso ritualístico de carne. Também pode ser compreendido como fala (do verbo falar) e ser interpretado como uma invocação ou um mantra. Em quaisquer dos casos, está associado ao Caminho da Mão Esquerda (Físico).



Matsya Sadhana

Matsya significa peixe. Este princípio é usado tanto no aspecto físico como no simbólico. É visto como um fluxo psíquico que corre através dos canais da espinha dorsal, ou minoritariamente, como o consumo ritual de peixe num banquete ou Eucaristia.



Mudra Sadhana

Este é o mais conhecido fora dos círculos tântricos e é utilizado de maneira similar nos Caminhos Esquerdo/Direito. Representa o uso de posições específicas do corpo (especialmente da mão) para simbolizar ou encarnar certas forças, além de efetuar mudanças na consciência.



Maithuna Sadhana

A palavra Maithuna refere-se a união sexual. Este princípio, que atua tanto no aspecto físico como simbólico, está relacionado primitivamente com a atividade sexual. Porém, pode ser interpretado também como a atividade simbólica.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

ritual vampirico de sangue

Bebei do meu sangue, eu sou Aquele Que A Noite Guarda, bebei do meu sangue, eu sou Pai e Mãe, bebei do meu sangue, eu sou o Veneno_Negro, não tereis frio, não tereis falta, não conhecereis a ignorância e a fome dos homens e sereis libertos da miséria e da morte. Sentai-vos, tudo o que vos mostraram antes foi ilusão, provação protocolar da alma e do corpo, labirinto e véu, partilhai desta Mesa, bebei porque eu sou a Taça Escarlate, comei porque eu sou a Hóstia de Lume, abri o peito agora porque nada há para esconder entre irmãos, despi-vos porque as vestes que vos deram foram apenas ritual que lava, porque nada pode dividir a carne que o sangue uniu, porque nada mais é de um só e tudo é dádiva, pertença da Mesa e celebração.
Abram o Tesouro que a carne oculta e prende e desta claridade forte, pura e alta bebamos todos, deixem que o Rio de Almas se reúna no Espelho da Mesa, que sejamos de novo o Único, o Sangue da Nascente, a Glória da Grande Pirâmide Negra. Não tenhais vergonha nos lábios nem temor nos gestos, a Senhora_da_Casa_da_Vida não é feroz para a sua prole, é doce como o sangue e nos Seios da Noite bebemos o amor que não separa a carne, o Espelho e a Taça são lençóis de prata e lume que nos vestem da vitória sobre a cinza, sobre os bens terrenos, o ciúme, a cobiça e a mentira e nos erguem livres para o voo na treva sagrada.
Recebei esta Coroa e beijai, beijai, beijai e bebei do Rio Escarlate, assim somos Um, assim nos nutrimos e de Luz Negra os corpos nus trajamos, preservados do pó dos dias e dos impérios do mundo.
Por isso, pagãozinhos, fotógrafos de campas e de putedo suicida, filhos de puta nazis, menininhas de corpete auto-mutiladas, bebedores de mênstruo, barrigudos psicóticos de vibrador e chicote, cautela, muita cautela, porque o sangue é a mais pura das substâncias, lava o vómito das ruas, lava a merda e o mijo, lava os vermes e o lixo, porque o sangue é vida, porque o sangue enlaça e une as crianças da noite, porque o sangue é o chão, as paredes e o tecto do coven, a Porta, o túmulo e a ressurreição, onde quer que um de nós esteja.

O Rito da Morte

Este artigo tratará sobre O Rito da Morte. Se você está lendo ele agora sem dúvida se interessa por temas como e correlatos. Após a leitura, tente a sorte, e veja se temos disponíveis algunsprodutos nesta categoria.

Participantes:

Sacerdote (em um robe preto)
Sacerdotisa (nua, em cima do altar)
Senhora - (Robe sensual, negro)

Preparação do Templo:

Velas negras sobre o altar. Um pequeno sino de prata. Incenso com essência dedicada a Marte a ser utilizado (Musk). . Um pequeno caixão de madeira (num tamanho satisfatório para abrigar um boneco de cera a ser feito), decorado de preto está posicionado perto do altar e um punhado de terra retirada de uma sepultura sobre ele.

Antes do Ritual propriamente dito começar, a Senhora faz o boneco de cera em um canto do Templo, apenas com a Sacerdotisa presente (a forma mais fácil de fazer o boneco é colocar várias velas brancas em um receptáculo contendo água que acabou de ser fervida. Após um período, a cera formará uma fina membrana na superfície. A cera então poderá ser moldada na forma de um corpo humano, que deverá ser o mais detalhista possível).

A Sacerdotisa deita-se nua sobre o altar. A Senhora coloca o boneco na altura do útero da Sacerdotisa e então move-o simbolicamente para baixo, por entre suas coxas. Ela unta o boneco com óleo de musk, recitando: "Eu, que lhe criei, realizei teu parto e agora lhe nomeio N.N." (indica o nome completo da vítima) A Senhora e a Sacerdotisa então visualizam o boneco como a vítima pretendida - e vestem o boneco com roupas da vítima, se desejarem. A imagem então é depositada sobre o útero da Sacerdotisa enquanto a Senhora toca o sino treze vezes, simbolizando o início do ritual em que o Sacerdote condiz a congregação para dentro do Templo.

O Ritual

Sacerdote:

Eu descerei aos altares do Inferno.

Todos:

Por Satan, o doador da vida.

O Sacerdote então beija a boca da sacerdotisa, vira-se em direção a congregação e faz o sinal do Pentagrama invertido, dizendo:

Nosso Pai que deixou os céus...

A congregação une-se a ele no Pai Nosso Satânico - vinde A Missa Negra". O Sacerdote então conduz a congregação na proclamação do Credo Satânico: "Eu acredito..." - vinde "A Missa Negra". Após o Credo, o Sacerdote diz:

Forneça-nos prazer, Príncipe da Escuridão, e ajude-nos a satisfazer nossos desejos.

Ele vira-se e afaga a Sacerdotisa, dizendo:

Com êxtase nós glorificamos nosso Príncipe.

A Congregação canta o cântico "Sanctus Satanas" - vinde "Cânticos" - enquanto o Sacerdote diz calmamente sobre a imagem de cera:

"Sie anod namretae meiuqer."

Então ele eleva sua voz, encarando a congregação:

Veni, omnipotens aeterne diabolus!

A Senhora então diz:

Agios o Satanas!

A Congregação responde:

Agios o Satanas!

Senhora:

Satanas - venire!

Todos:

Satanas - venire!

Senhora:

Dominus diabolus sabaoth. Tui sunt caeli

Todos:

Tua est terra!

Senhora:

Ave Satanas!

Todos:

Ave Satanas!

A Senhora beija o Sacerdote. Ele faz o símbolo do Pentagrama Invertido sobre a congregação dizendo:

Nós, a Criação do Caos, amaldiçoamos N.N.

Todos:

Nós amaldiçoamos N.N.

Sacerdote:

N.N. irá se retorcer e morrer

Todos:

N.N. irá se retorcer e morrer!

Sacerdote:

Por nossa vontade destruído

Todos:

Por nossa vontade destruído!

Sacerdote:

Matem e riam

Todos:

Matem e riam!

Sacerdote:

Matem e riam e então dancem para o Príncipe

Todos:

Matem e riam e então dancem para o Príncipe!

Sacerdote:

N.N. está morrendo

Todos:

N.N. está morrendo!

Sacerdote:

N.N. está morto!

Todos:

N.N. está morto!

Sacerdote:

Nós o matamos e agora nos glorificamos na matança!

Todos:

Nós o matamos e agora nos glorificamos na matança!

O Sacerdote ri, então a congregação também ri, pulando e dançando com prazer. Eles continuam até a Senhora toque o sino duas vezes. O Sacerdote aponta para ela. Ela diz:

A Terra rejeita N.N!

Todos:

Você rejeita N.N.

A Senhora pega a imagem, segura-a para que a congregação veja e então a coloca na terra da sepultura, colocando o tecido negro sobre ela. Ela deposita o tecido, junto a terra e a imagem dentro do caixão. Então ela se vira para a congregação dizendo:

N.N. está morto.

A congregação começa a dançar no sentido anti-horário, cantando "The Diabolus" - vinde Cânticos. Após o cântico, se posicionam em volta do caixão e da Senhora. O Sacerdote diz a eles então:

Fratres, ut meum ac vestrum sacrificium acceptabile fiat apud Satanas.

O Sacerdote mantém relações sexuais com a Sacerdotisa, deitados sob o altar, enquanto a congregação bate palmas em sinal de aprovação, cantando "Ave Satanás" repetidamente, até o ato chegar ao final. Após o clímax, a Senhora beija a Sacerdotisa os lábios e então 'locis muliebribus'. Ela então beija cada membro da congregação. O Sacerdote após isso faz o sinal do Pentagrama Invertido sobre o caixão, e rindo, diz:

N.N. está morto e nós todos compartilhamos sua morte. N.N. está morto e nós regojizamos!

Senhora:

et justum est.

O Sacerdote e a congregação ri. A Senhora então vai até o Sacerdote, coloca seu pênis em sua boca, até que ele esteja ereto de novo. Então ela recua, para admirar o orgão ereto, e diz a congregação:

Eu, que trago a vida, também a retiro.

Ela então passa as mãos sobre o caixão, visualizando o corpo morto de N.N. deixado. Ela pega o caixão e deixa o Templo. Quando ela sai, o Sacerdote diz:

Deleitem-se agora, pois nós matamos, fazendo o trabalho do nosso Príncipe!

Ele começa a orgia de luxúria no Templo. A Senhora leva o caixão a um pequeno buraco, lá fora, cavado previamente. Sela deposita o caixão na terra, dizendo:

N.N. você está morto, assassinado por nós.

Ela termina o enterro e deixa a área

invcações

Invocações

Nota: É extremamente desaconselhável praticar tais rituais sem ter alguma base de magia ou à esmo. Abaixo estão descritos Rituais e invocações . As Operações da Magia não estão isentas de perigos, pois temos que agir, sempre conscientemente, com base fundamentada na suprema, absoluta e infalível Vontade.
É extremamente desaconselhável fazer da Magia um passatempo, uma prova de poderes. Ninguém se diverte impunemente com os mistérios da vida e da morte, e tudo em Magia deve ser tratado com seriedade e com a maior reserva.
Nunca ceda ao desejo de convencer os outros pelas Operações Mágicas. Isso porque os efeitos mais surpreendentes nunca seriam suficientes como provas para as pessoas não-Iniciadas. Mostrar prodígios para alguém ou acreditar na Magia é, para o Iniciado, tornar-se indigno ou incapaz da Magia.
Não se vanglorie com as obras que operou. A Tradição sempre recomenda o silêncio dos doentes que são curados; e, se este silêncio for guardado fielmente, o Iniciado nunca será crucificado antes da conclusão de toda a sua obra.
Outra precaução que nunca devemos esquecer é não fazer qualquer operação quando estivermos doentes.
O Homem verdadeiramente Homem só pode Querer o que deve, razoável e justamente, fazer. Por isso, impõe silêncio aos desejos e ao seu temor, para escutar a voz da Razão, no silêncio absoluto.
Um Homem assim é um rei natural e um sacerdote espôntaneo para as multidões errantes. É por isso que o objeto da Iniciação se chama, desde as antigas Iniciações, Arte Sacerdotal ou Arte Real. Para praticar a Magia, só será considerado um verdadeiro Mago se se puser acima de todas as fraquezas da Natureza.

As invocações não deixam de ser um tipo de oração mais complexo, e sua prática aumenta, e muito, nosso contato com as forças ocultas da Natureza. Logo abaixo, uma Invocação mais completa, mas dedicada a quem já conhece um pouco sobre Magia Prática. E logo depois, uma Invocação simples, mas de ótimos resultados para todas as pessoas, Iniciadas ou não em Magia.


INVOCAÇÃO DOS QUATRO CANTOS
"O Iniciado, aponderando-se do pensamento, que produz as diversas formas, se torna senhor das formas e as faz servir ao seu uso." O Ar, a Água, a Terra e o Fogo (formas elementais) separam e especificam, por uma espécie de esboço, os espíritos criados no Moviento Universal Inteligente. Evocando os Elementos, entramos em contato com toda parte, pois o Espírito elabora e fecunda a matéria pela vida; toda matéria é animada; o pensamento e a Alma estão em toda parte. Para evitarmos as interferências dos fenômenos provocados pelos Elementais, temos que possuir a Vontade mais poderosa, a fim de dominarmos, por uma elevada razão e uma grande severidade, as correntes invisíveis que podem ser ocasionadas. Para isso, não podemos ter medo da água, pois necessitamos dominar as Ondinas. Não teremos medo do fogo, porque ordenaremos às Salamandras. Não nos abrigaremos dos ventos, nem teremos medo de alçar às alturas, porque dominaremos os Silfos e os Gênios. E não temeremos os elementais da Terra, porque os espíritos inferiores só obedecem a um poder que lhes provamos. Mostramo-nos seus Senhores até no seu próprio elemento. Com a Ousadia e o Exercício, conquistamos o Poder incontestavél, impondo aos Elementos o Verbo Puro da nossa Vontade por Consagrações especiais para o Ar, ao Fogo, à Água e à Terra. Este é o começo indispensável de todas as operações Mágicas. Mas antes, com o Sinal Mágico, da cruz, é preciso vencê-los nas suas forças, sem nunca se deixar subjulgar pelas nossas fraquezas e pelas "fraquezas" deles. Sabemos que a cruz surgiu muito antes do Cristianismo e a ele não pertence exclusivamente. Para nós, representa as oposições e o equilíbrio quaternário de todos os elementos. Portanto, é reservado aos Inciados o Sinal-da-Cruz em sua forma original. Esta é a maneira correta; ao longo dos anos, a Igreja e seus militantes profanaram os significados e simbolismos. O Iniciado leva a mão à testa e diz: -A TI PERTENCEM... Leva a mão ao peito: -O REINO... Bota a mão no ombro esquerdo: -A JUSTIÇA No ombro direito: -E A MISERICÓRDIA... Depois, com a mão direita erguida para o céu e a esquerda em direção à Terra, fala: -NOS CICLOS GERADORES! TIBI SUNT MALCHUT ET GEBURAH ET CHESED PER AEONAS. (em latim, mesmo!) Este Sinal Mágico, da cruz, deve ser feito sempre, antes e depois de qualquer desenvolvimento de Desejos, Vontades e Verbos - As operações mágicas. As consagrações e outras Evocações que estão a se encontram a seguir, foram retiradas de Grimoires de diversos autores, tais como Agrippa, Albert Le Grand, Papus e Eliphas Levi. Devemos lembrar que as orações devem ser criadas e produzidas, palavra por palavra, pelo próprio Iniciado, numa verdadeira alquimia das Vontades expressas por suas palavras. Portanto, o que você irá ler não deve ser tomado como uma "receita", e sim como um estímulo para o Iniciado buscar suas próprias palavras na expressão Pura de suas Vontades. Agora sim, podemos dar início às Consagrações (Ar e Água) e ao Exorcismo (Fogo e Terra). Consagramos o Ar soprando para os quatro quatro pontos cardeais, dizendo:

SPIRITUS DEI FEREBATUR SUPER AQUAS, ET INSPIRAVIT IN FACIEM HOMINIS SPIRACULUM VITAE. SIT MICHAEL DUZ MEUS, ET SABTABIEL SERVUS MEUS IN LUCE PER LUCEM FIAT VERBUM HALITUS MEUS; ET IMPERABO SPIRITIBUS AERIS HUJUS, ET REFROENABO EQUOS SOLIS VOLUNTATE CORDIS MEIS, ET COGITATIONE MENTIS MEAE ET NUTU OCULI DEXTRI. EXORCISO IGITUR TE, CREATURA DERIS, PER PANTAGRAMMATON ET IN NOMINE TETRAGRAMMATON, IN QUIBUS SUNT VOLUNTAS FIRMA ET FIDES RECTA. AMEN. SELA FIAT.

Em seguida, recitamos a oração aos Silfos: Espírito de sabedoria cujo sopro dá e retoma a forma de todas as coisas. Tu, diante de quem a vida dos seres é uma sombra que muda e um vapor que passa. Tu, que sobes às nuvens e que caminhas nas asas dos ventos. Tu, que expiras, e os espaços sem fim são povoados.Tu, que aspiras, e tudo o que de ti vem a ti volta: movimento sem fim na estabilidade eterna, sê eternamente bendito. Nós te louvamos e te bendizemos no império móvel da luz Criada, das sombras, dos reflexos e das imagens, e aspiranmos, incenssamente, à tua imutável e imperecível claridade. Deixa penetrar até nós o raio de tua inteligência e o calor do teu amor: então o que é móvel ficará fixo, a sombras será um corpo, o espírito do ar será uma alma, o sonho será um pensamento. E nós não seremos mais arrastados pela tempestade, porém seguraremos as rédeas dos cavalos alados da manhã e dirigiremos o curso dos ventos da tarde, para voarmos diante de ti. Ó Espírito dos espíritos, ó alma eterna das almas, ó sopro imperecível de vida, ó suspiro criador, ó boca que aspiras e expiras a exitência de todos os entes, no fluxo e refluxo da tua eterna palavra, que é oceano divino do movimento e da verdade. Amém. Consagramos, depois a água pela imposição das mãos e pelo sopro das palavras: FIAT FIRMAMENTUM IN MEDIO AQUARUM ET SEPARET AQUAS AB AQUIS, QUAE SUPERIUS SICUT INFERIUS, ET QUAE INFERIUS SICUT QUAE SUPERIU, AD PERPETRANDA MIRACULA REI UNIUS. SOL EJUS PATER EST, LUNA MATER ET VENTUS HANC GESTAVIT IN UTERO SUO, ASCENDIT A TERRA AD COELUM ET RURSUS A COELO IN TERRAN DESCENDIT. EXORCISO TE CREATURA AQUAE, UT SIS MIHI SPECULUM DEI VIVI IN OPERIBUS EJUS, ET FONS VITAE, ET ABLUTIO PECCATORUM. AMEN.

Seguimos, então, com a Oração das Ondinas:
Rei do terrível mar, vós que tendes as chaves das cataratas do céu, e que encerrais as águas subterrâneas nas cavernas da Terra. Rei do dilúvio e das chuvas da primavera, a vós que ordenais à umidade, que é como que o sangue da Terra, de tornar-se seiva das plantas, nós vos adoramos e vos invocamos. A nós, vossas móveis e variáveis criaturas, falai-nos nas grandes comoções do mar, e tremeremos diante de vós. Falai-nos também do murmúrio das límpidas águas, e desejaremos o vosso amor. Ó imensidão na qual vão perder-se todo os rios do ser, que sempre renascem em vós! Ó oceano das perfeições infinitas! Altura de que vos mirais na profundidade. Profundidade que exalais na altura, levai-nos à verdadeira vida pela inteligência e pelo amor! Levai-nos à imortalidade pelo sacrifício, a fim de que sejamos dignos de vos oferecer, um dia, a água, o sangue e as lágrimas, pela remissão dos erros. Amém.

Para exorcizarmos o Fogo, jogamos sal e pronunciamos três vezes os três nomes dos gênios do fogo: Miguel, rei do Sol e do raio; Samael, rei dos vulcões; e Anael, príncipe da Luz Astral. A seguir, recitamos a oração das Salamandras:
Imortal, eterno, inefável e incriado pai de todas as coisas, que és levado no carro sem cessar rodante dos mundos que giram sempres. Dominador das imensidades etéreas, onde estás ereto no trono do teu poder, de cima do qual teus olhos formidáveis descobrem tudo e teus belos e santos ouvidos escutam tudo, atende aos teus filhos, que amaste desde o nascimento dos séculos; porque a tua dourada, grande e eterna majestade resplandece acima do mundo e do céu das estrelas; estás elevado acima delas, ó fogo faíscante. Aí, tu te acendes e te conservas a ti mesmo pelo teu próprio esplendor, e saem da tua essência regatos inesgotáveis de luz, que nutrem teu espírito infinito. Este espírito infinito alimenta todas as coisas e faz este tesouro inesgotável de substância sempre pronta à geração que elabora e que se aprimora das formas de que a impregnaste desde o princípio. Deste espírito tiram também sua origem estes reis mui santos que estão ao redor do teu trono e que compõem a tua corte, ó pai universal! Ó único! Ó pai dos felizes mortais e imortais.
Criaste, em particular, potências que são, maravilhosamente, semelhantes ao teu eterno pensamento e à tua essência adorável. Tu as estabeleceste superiores aos anjos, que anunciam ao mundo as tuas Vontades. Enfim, nos criaste na terceira ordem no nosso império Elemental. Aqui, o nosso contínuo exercício é louvar e adorar os teus desejos.
Aqui, ardemos, incessantemente, aspirando possuir-te. Ó pai! Ó mãe! Ó mais terna das mães! Ó arquétipo admirável da maternidade e do puro amor! Ó filho, flor dos filhos! Ó forma de todas as formas, alma, espírito, harmonia e número de todas as coisas! Amém.

A seguir, passamos a exorcisar a Terra:
Rei invisível, que tomastes a Terra para apoio e que cavastes os seus abismos para enchê-los com a vossa onipotência. Vós, cujo nome faz tremer as abóbodas do mundo, vós que fazeis correr os sete metais nas veias da pedra, monarca das sete luzes, remunerador dos operários subterrâneos, levai-nos ao ar desejável e ao reino da claridade. Velamos e trabalhamos sem descanso, procuramos e esperamos, pelas doze pedras da cidade santa, pelos talismãs que estão escondidos, pelo cravo de imã que atravessa o centro do mundo. Senhor, tende piedade dos que sofrem, desabafai os nossos peitos, desembaraçai e elevai nossas cabeças, engrandecei-nos. Ó estabilidade e movimento. Ó dia envolto de noite, ó obscuridade coberta de luz! Ó Senhor, que nunca retende convosco o salário de vossos trabalhadores! Ó brancura cristalina, ó esplendor dourado! Ó coroa de diamantes vivos e melodiosos! Vós que levais o céu no vosso dedo, como um anel de safira, vós que escondeis embaixo da Terra, no reino das pedrarias, a semente maravilhosa das estrelas, vivei, reinai e sede o eterno dispensador das riquezas que nos fizeste guardas. Amém.

Estas são as relações de todos os Elementais na composição Univesal, com seus respectivos soberanos:

Gob, para os Elementais da Terra;
Djin, para as Salamandras;
Pralda ou Peralda, para os Silfos; e
Niksa ou Nikse, para as Ondinas.
REINOS GÊNIOS INFLUÊNCIAS SIGNOS INSTRUMENTO MÁGICO
Oriente/leste Silfos Biliosos Águia Pentáculo ou punhal
Meridiano/sul Salamandras Sangüineos Leão Tridente ou vela
Ocidente/oeste Ondinas Fleumáticos Aquário Taça
Septembrine/norte Elementais Melancólicos Touro Espada ou moeda

CONJURAÇÃO DOS QUATRO
Quando os espíritos Elementais nos atormentam, ou nos inquietam, pronunciamos em voz alta a Conjuração dos Quatro:

CAPUT MORTUUM IMPERET TIBI DOMINUS PER VIVUM ET DEVOTUM SERPENTEM.
CHERUBM, IMPERET TIBI DOMINUS PER ADAM IOTCHAVAH!
AGUILA ERRANS, IMPERET TIBI DOMINUS PER ALAS TAURI.
SERPENS, IMPERET TIBI DOMINUS TETRAMMATON PER ANGELUM ET LEONEM!
MICHAEL, GABRIEL, RAPHAEL, ANAEL!
FLUAT UDOR PER SPIRITUM ELOHIM.
MONEAT TERRA PER ADAM IOT-CHAVAH.
FIAT FIRMAMENTUM PER IAHUVEHU-ZEBOATH.
FIAT JUDICUM PER IGNEM IN VIRTUDE MICHAEL.

Anjo de olhos mortos, obedece, ou escorre-te com esta água santa.
Touro alado, trabalha ou volta à Terra, se não queres que te aguilhoe com esta espada.
Águia acorrentada, obedece a este signo, ou retira-te diante deste sopro.
Serpente móvel, arrasta-te a meus pés, ou seja atormentada pelo fogo sagrado e evapora-te como os perfurmes que queimo nele.
Que a água volte à águal. Que o fogo queime. Que o ar circule. Que a terra caia na Terra, pela virtude do Pentagrama, que é a estrela da manhã, e em nome do Tetragrama, que está escrito no centro da cruz luminosa. Amém. É desta maneira que o Iniciado fica pronto e ativo como os Silfos, flexível e atento às imagens como as Ondinas, enérgico e forte como as Salamandras, laborioso e paciente como os Elementais da Terra. CUIDADOS

INVOCAÇÃO SIMPLES
Tenha consigos o seguintes materiais (serão utilizados na representação dos Elementais da Natureza).
- 1 moeda antiga (para o elemento Terra)
- 1 cálice ou taça com água mineral até a borda (para o elemento Água)
- 1 incenso de sua preferência (para o elemento Ar)
- 1 vela branca (para o elemento Fogo)
Faça uma cruz no chão, representando os pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste.
Coloque a moeda no ponto marcando Norte; o cálice com a água no ponto Oeste; o incenso (de preferência em um incensário) no ponto marcado por Leste e finalmente, no ponto Sul coloque a Vela Branca.
Faça uma oração qualquer (a que você mais goste), antes de começar a invocação.
Primeiramente, pegue a moeda na mão e segure-a firmemente, dizendo: "EU (seu nome) SAÚDO A TERRA, A NATUREZA, TODOS OS SEUS ELEMENTOS E A SUA FORÇA. EU AGRADEÇO POR TUDO QUE A TERRA ME PRESENTEIA TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA. PEÇO QUE A ENERGIA DA TERRA ESTEJA SEMPRE PRESENTE E ME TRAGA CORAGEM, ESTÍMULO, DISCIPLINA, CONFORTO, ESTABILIDADE E SAÚDE. EU PEÇO A TERRA QUE, REPRESENTADA POR ESTA MOEDA, ME PROTEJA E ME AJUDE SEMPRE. ASSIM SEJA."
Coloque a moeda de volta no lugar. Em seguida, ergua o cálice (ou taça) de água para o céu e diga: "EU (seu nome) SAÚDO TODOS OS ELEMENTAIS E AS DEUSAS DA ÁGUA. AGRADEÇO À ÁGUA POR TODA A ÁGUA EXITENTE NO PLANETA, PELA ÁGUA QUE BEBO E DE QUE NECESSITO PARA VIVER. PEÇO AO ELEMENTO ÁGUA INTUIÇÃO, CLAREZA, VISÃO, ENERGIA, FORÇA MÁGICA. EU PEÇO QUE A ÁGUA CONTIDA NESSA TAÇA ME PROTEJA E ME AJUDE SEMPRE. ASSIM SEJA."
Coloque a taça com a água no lugar. Depois, acenda o incenso e espalhe sua fumaça pelo ar, dizendo: "EU (seu nome) SAÚDO E INVOCO TODOS OS ELEMENTAIS DO AR. AGRADEÇO PELO AR QUE RESPIRO, PELOS VENTOS, PELA INTELIGÊNCIA, PELA CRIATIVIDADE, PELAS MINHAS VIRTUDES RACIONAIS. PEÇO AO ELEMENTO AR CAPACIDADE DE RACIOCÍNIO, CLAREZA DE IDÉIAS, CONDIÇÃO DE CRIAR E SER FELIZ. EU PEÇO QUE A FUMAÇA DESTE INCENSO QUE SE DESPRENDE NO AR ME PROTEJA E ME AJUDE SEMPRE. ASSIM SEJA."
Novamente, coloque o incenso no seu lugar. Agora é a vez da vela. Acenda-a e diga: "EU (seu nome) SÁUDO E INVOCO TODOS OS ELEMENTAIS DO FOGO. PEÇO A INTUIÇÃO SAGRADA E A ENERGIA CURATIVA E CRIADORA DO FOGO. AGRADEÇO AO FOGO PELA VIDA. EU PEÇO QUE O CALOR QUE SE DESPRENDE DA CHAMA DESTA VELA SIVAM PARA OS MAIS NOBRE FINS, BEM COMO NA MINHA PROTEÇÃO E CUIDANDO DE MIM, ENQUANTO EU VIVER. ASSIM SEJA."
Agora, que a invocação chegou ao fim, você deve tomar os seguintes procedimentos: a moeda, servirá como um amuleto de proteção e auxílio, então leve-a sempre carregue-a consigo; tome a água do calice. Essa água, que fez parte da invocação, ajuda nas realizações mágicas (feitiços ou dicas mágicas) que você realizará. Já o incenso e a vela, deixe-os queimar até o fim. O que sobrar (o pó do incenso e a cera derretida da vela) é para ser jogado em um jardim ou água corrente.

ritual de morte

O Ritual

O Ritual de abertura deve ser realizado como sempre até o fim da invocação do Deus Cernunnos. A Grã Sacerdotisa e o Sacerdote, em seguida, encaram os membros do coven diante do altar.

A sacerdotisa diz:

NÓS NOS REUNIMOS HOJE EM MEIO À TRISTEZA E ALEGRIA. ESTAMOS TRISTES PORQUE UM CAPÍTULO SE ENCERROU E, NO ENTANTO, ESTAMOS JUBIOLOSOS PORQUE, COM O ENCERRAMENTO, UM NOVO CAPÍTULO PODE COMEÇAR.

NÓS NOS REUNIMOS PARA MARCAR O PASSAMENTO DE NOSSA(O) AMADA(O) IRMÃ(O) [NOME DA PESSOA] PARA QUEM ESTA ENCARNAÇÃO FINDOU. ESTAMOS REUNIDOS PARA CONFIÁ-LA(O) AO ZELO DA BENÇÃO DO DEUS E DA DEUSA, PARA QUE ELA(E) POSSA REPOUSAR, ISENTA(O) DE ILUSÃO OU TRISTEZA, ATÉ QUE ADVENHA O TEMPO DE SEU RENASCIMENTO NESTE MUNDO. E SABENDO QUE ISSO SERÁ, SABEMOS TAMBÉM QUE A TRISTEZA NÃO É NADA E QUE O JÚBILO É TUDO.

O Sacerdote permanece em seu lugar e a Sacerdotisa conduz o coven numa dança em espiral, lentamente fechando o círculo num sentido anti-horário, mas não o fechando de maneira demasiada.

O Sacerdote diz:

NÓS TE CONVOCAMOS, MÃE SOMBRIA E ESTÉRIL, TU PARA QUE TODA A VIDA MANIFESTA CUMPRE RETORNAR ADVINDO SEU TEMPO; MÃE SOMBRIA DA TRANQÜILIDADE E DO REPOUSO, ANTE QUEM OS HOMENS TREMEM PORQUE FALTA-LHES A COMPREENSÃO DE TI. NÓS TE CONVOCAMOS, QUE É TAMBÉM HÉCATE DA LUA MINGÜANTE, SENHORA SOMBRIA DA SABEDORIA, QUE OS HOMENS TEMEM PORQUE TUA SABEDORIA SE ELEVA ACIMA DA DELES. NÓS, OS FILHOS OCULTOS DA DEUSA, SABEMOS QUE NADA HÁ A TEMER EM TEU ABRAÇO, DO QUAL NINGUÉM ESCAPA; QUE QUANDO ENTRAMOS EM TUA ESCURIDÃO, COMO DEVEM TODOS, SERÁ COMO ENTRAR NOVAMENTE NA LUZ. ASSIM, COM AMOR E SEM TEMOR, CONFIAMOS A TI [NOME DA PESSOA], NOSSA(O) IRMÃ(O). TOMA-A(O), PROTEGE-A(O), NORTEIA-A(O), ADMITA-A(O) À PAZ DE SUMMERLAND, QUE SE ENCONTRAM ENTRE A VIDA E A VIDA. E SABE, COMO SABES TODAS AS COISAS, QUE NOSSO AMOR COM ELA(E) VAI.

O sacerdote apanha a tigela, o cordel, o martelo e o pano. A dança cessa e os membros se afastam a fim de admitir o Sacerdote ao centro da espiral, onde ele deposita o pano sobre o chão e a tigela sobre o pano. Em seguida, a extremidade livre do cordel à Donzela.

A sacerdotisa diz:

SOLTE-SE O CORDEL PRATEADO, OU SE QUEBRE A TIGELA DOURADA, OU SE QUEBRE O CÂNTARO NA FONTE, OU SE QUEBRE NA CISTERNA E ENTÃO O PÓ RETORNARÁ À TERRA COMO ERA, E O ESPÍRITO RETORNARÁ À DEUSA QUE O CONCEDEU.

O sacerdote desata o cordel prateado e a Donzela o colhe. O Sacerdote embrulha então a tigela com o pano e a quebra com o martelo. A seguir recoloca o pano dobrado com os fragmentos da tigela e o martelo ao lado do altar. O Coven retorna, fechando novamente o círculo.

A Donzela carrega o cordel prateado e durante a invocação que se segue, movendo-se em sentido horário em torno do círculo, o oferece primeiramente aos senhores das Atalaias do Oeste (Senhores da Morte e da Iniciação), depois aos Senhores das Atalaias do Leste (senhores do Renascimento). Em seguida, ela deposita o cordel no chão diante da vela do leste e se reúne ao Sacerdote, junto ao altar (movendo-se sempre em sentido horário). Enquanto isso, a Sacerdotisa dirige-se novamente a dança, repetindo o movimento de volta em sentido horário, a fim de desfazer a espiral até que se torne mais uma vez um círculo completo, continuando a se mover em sentido horário.

Logo depois de recolocar o pano e o martelo ao lado do altar, o Sacerdote encara o coven e diz:

NÓS TE CONVOCAMOS, AIMA, MÃE LUMINOSA E FÉRTIL, TU ÉS O ÚTERO DO RENASCIMENTO, DE QUEM TODA VIDA MANIFESTA PROCEDE E EM CUJO SEIO QUE JORRA TODOS SÃO NUTRIDOS. NÓS TE CONVOCAMOS, QUE É TAMBÉM PERSÉFONE DA LUA CRESCENTE, SENHORA DA PRIMAVERA E DE TODAS AS COISA NOVAS. A TI CONFIAMOS [NOME DA PESSOA], NOSSA(O) IRMÃ(O). TOMA-A(O), PROTEGE-A(O), NORTEIA-A(O); A(O) CONDUZ NA PLENITUDE DO TEMPO A UM NOVO NASCIMENTO E UMA NOVA VIDA. E CONCEDE QUE, NESSA NOVA VIDA, ELA(E) POSSA SER AMADA(O) NOVAMENTE, COMO NÓS, SEUS IRMÃOS E IRMÃS, A AMAMOS.

O Sacerdote e a Donzela juntam-se novamente ao coven, que desenvolve um movimento circular, e a sacerdotisa inicia a Runa das feiticeiras, os demais se unindo a ela. Finda a runa, a Sacerdotisa ordena:

AO CHÃO!

Os membros se sentam, formando um círculo olhando para o interior deste. A Sacerdotisa atribui papéis para a Lenda da Descida da Deusa ao Mundo Subterrâneo: o Narrador, A Deusa, O Senhor do Mundo Subterrâneo, e o Guardião dos Portais.

A Deusa é adornada com jóias, coberta com véu e fica na borda do círculo ao sudeste. O senhor do Mundo Subterrâneo coloca sua coroa, toma a espada e permanece com suas costas para o altar. O Guardião dos Portais toma seu athame e o cordel vermelho e fica de pé encarando a Deusa.


A Lenda da Descida da Deusa ao Mundo Subterrâneo

Narrador:

NOS TEMPOS ANTIGOS, NOSSO SENHOR, O CORNUDO, ERA (E AINDA É) O CONSOLADOR, O CONFORTADOR. MAS OS HOMENS O CONHECIAM COMO O TERRÍVEL SENHOR DAS SOMBRAS, SOLITÁRIO, INFLEXÍVEL E JUSTO. MAS NOSSA SENHORA, A DEUSA, RESOLVERIA TODOS OS MISTÉRIOS, ATÉ MESMO O MISTÉRIO DA MORTE; E ASSIM ELA VIAJOU AO MUNDO SUBTERRÂNEO. O GUARDIÃO DOS PORTAIS A DESAFIOU...

O Guardião dos portais desafia a Deusa com seu Athame.

TIRA TUAS VESTES, PÕE DE LADO TUAS JÓIAS POIS NADA TU PODES TRAZER CONTIGO AO INTERIOR DESTA NOSSA TERRA.

A Deusa retira seu véu e as jóias. Nada deve permanecer sobre seu corpo (se o Requiem é realizado com os participantes vestidos, somente o manto simples dela deve permanecer sobre seu corpo). O Guardião então a prende com o cordel vermelho à maneira da iniciação de primeiro grau, com o centro do cordel em torno da frente do pescoço dela e as extremidades passando por seus ombros e indo atar seus pulsos por trás de sua cintura.

ASSIM ELA SE DESPOJOU DE SUAS VESTES E DE SUAS JÓIAS E FOI AMARRADA COMO TODOS OS VIVOS QUE BUSCAM INGRESSAR NOS DOMÍNIOS DA MORTE, A PODEROSA, TÊM QUE SER.

O Guardião dos portais conduz a Deusa perante o Senhor do Mundo Subterrâneo e, depois, se afasta para um lado.

TAL ERA A BELEZA QUE A PRÓPRIA MORTE SE AJOELHOU E DEPOSITOU SUA ESPADA E COROA AOS SEUS PÉS.

O Senhor do Mundo Subterrâneo se ajoelha ante a Deusa, deposita sua espada e sua coroa no chão a cada lado dela, e em seguida beija os pés direito e esquerdo dela.

...E BEIJOU SEUS PÉS, DIZENDO: ABENÇOADOS SEJAM TEUS PÉS QUE TE TROUXERAM POR ESTES CAMINHOS. PERMANECE COMIGO, MAS DEIXA QUE EU PONHA MINHAS MÃOS FRIAS SOBRE TEU CORAÇÃO.

O senho do Mundo Subterrâneo ergue suas mãos, com as palmas para a frente e as retém a algumas polegadas do coração da Deusa.

E Ela Responde: EU NÃO TE AMO. POR QUE FAZES TODAS AS COISAS QUE AMO E NAS QUAIS ME COMPRAZO FENECEREM E MORREREM?

O Senhor do Mundo Subterrâneo estende seus braços para baixo, com as palmas das mãos para a frente.

SENHORA... TRATA-SE DA IDADE E DA FATALIDADE, CONTRA OS QUAIS SOIS IMPOTENTE. A IDADE, O ENVELHECIMENTO LEVA TODAS AS COISAS A DEFINHAREM; MAS, QUANDO OS HOMENS MORREM AO DESFECHO DE SEU TEMPO, CONCEDO-LHES REPOUSO, PAZ E FORÇA PARA QUE POSSAM RETORNAR. MAS TU, TU ÉS LINDA. NÃO RETORNES, PERMANEÇA COMIGO. Mas Ela responde: EU NÃO TE AMO!

O Senhor do Mundo subterrâneo se levanta, vai até o altar e pega o açoite. Volta-se para encarar a Deusa.

E então disse a morte: SE NÃO RECEBES MINHAS MÃOS SOBRE TEU CORAÇÃO, TENS QUE TE CURVAR AO AÇOITE DA MORTE. É A FATALIDADE - MELHOR ASSIM...

Ela disse e se ajoelhou. E a morte a açoitou brandamente. A Deusa se ajoelha encarando o altar. O Senhor do Mundo Subterrâneo aplica-lhe de maneira muito branda três, sete, nove, vinte e um golpes do açoite.

E Ela bradou: EU CONHEÇO AS AFLIÇÕES DO AMOR.

O Senhor do Mundo Subterrâneo recoloca o açoite no altar, ajuda a Deusa a levantar-se e se ajoelha, encarando-a.

E a morte a ergueu e disse: SEJAS ABENÇOADAS. E LHE DOU O BEIJO QUÍNTUPLO, DIZENDO: ASSIM APENAS PODES ATINGIR A ALEGRIA E O CONHECIMENTO.

O Senhor do Mundo Subterrâneo dá na Deusa o beijo quíntuplo. Em seguida, desamarra os pulsos dela, depositando o cordel no chão.

E ELE A ELA ENSINA TODOS OS SEUS MISTÉRIOS E LHE DÁ O COLAR QUE É O CÍRCULO DO RENASCIMENTO.

O Senhor do Mundo Subterrâneo pega o colar no altar e o coloca em torno do pescoço da Deusa. A Deusa então, toma a coroa e a recoloca na cabeça do senhor do Mundo Subterrâneo.

E ELA ENSINA A ELE O MISTÉRIO DA TAÇA SAGRADA, QUE É O CALDEIRÃO DO RENASCIMENTO.

O Senhor do Mundo Subterrâneo move-se diante do altar, no extremo leste deste, e a Deusa move-se diante do altar, no extremo oeste deste. A Deusa toma o cálice em ambas as mãos, eles se entreolham e ele coloca ambas as mãos nas dela.

ELES AMARAM E SE TORNARAM UM, POIS HÁ TRÊS GRANDES MISTÉRIOS NA VIDA DO HOMEM, E A MAGIA OS CONTROLA A TODOS. PARA REALIZAR O AMOR, TENDES QUE RETORNAR NOVAMENTE AO MESMO TEMPO E NO MESMO LUGAR DAQUELES QUE SÃO OS AMADOS; E TENDES QUE ENCONTRÁ-LOS, CONHECÊ-LOS, LEMBRÁ-LOS E AMÁ-LOS DE NOVO.

O Senho do Mundo Subterrâneo solta as mãos da Deusa e esta recoloca o cálice no altar. Ele toma o açoite em sua mão esquerda e a espada em sua mão direita e fica na posição do Deus, antebraço cruzados sobre o peito, espada e açoite apontados para cima, com suas costas para o altar. Ela fica ao lado dele na posição de Deusa, pernas escarranchadas e braços estendidos formando o pentagrama.

MAS PARA RENASCER, TENDES QUE MORRER E SER PREPARADO PARA UM NOVO CORPO. E PARA MORRER TENDES QUE NASCER E SEM AMOR NÃO PODES NASCER. E NOSSA DEUSA SEMPRE SE INCLINA PARA O AMOR, E O JÚBILO, E A VENTURA; E ELA PROTEGE E ACARICIA SUAS CRIANÇAS OCULTAS NA VIDA, E NA MORTE MINISTRA O CAMINHO DA COMUNHÃO COM ELA; E MESMO NESTE MUNDO ELAS LHES ENSINA O MISTÉRIO DO CÍRCULO MÁGICO, QUE É DISPOSTO ENTRE OS MUNDOS DOS HOMENS E DOS DEUSES.

O Senhor do Mundo Subterrâneo recoloca o açoite, a espada e a coroa sobre o altar junto deste. Isto completa a Lenda e os atores se juntam de novo aos demais membros. A Grã Sacerdotisa diz:

QUE PARTICIPEMOS AGORA, COMO A DEUSA NOS ENSINOU, DA FESTA DE AMOR DO VINHO DOS BOLOS; E A MEDIDA QUE O FAZEMOS, QUE NOS LEMBREMOS DE NOSSA(O) IRMÃ(O) [NOME DA PESSOA], COM A QUAL NÓS TÃO AMIÚDE COMPARTILHAMOS TAL FESTA. E MEDIANTE ESTA COMUNHÃO, NÓS COLOCAMOS AMOROSAMENTE NOSSA(O) IRMÃ(O) NAS MÃOS DA DEUSA.

Todos Dizem: QUE ASSIM SEJA!

O vinho e os bolos são consagrados e passados por todos.

O mais cedo possível, após o Requiem, os fragmentos da tigela deverão ser ritualmente arremessados num rio, com a tradicional ordem:

RETORNA AOS ELEMENTOS DOS QUAIS VIESTE.

Lyle Raymond

Lyle Raymond nasceu no ano 630, em uma pequena vila no centro de Stormgard, conhecida como Wilden. Os seus pais, Juke e Sara Raymond, faziam parte de uma família pobre que passava por muitas dificuldades para criar o seu recém-nascido filho, mas sobreviviam honestamente.

Lyle tinha apenas 5 anos quando Éden, então regente de Longness, assassinou seu irmão Figho I, rei de Loivty, fato que ficou conhecido como a Grande Traição e que mudou a história do mundo e do pequeno Lyle.

Como todos sabemos, após esse terrível fato, o reino de Avalon, os anões de Stonegate e o rei de Stormgard decidiram unir-se e acabar com Éden e seu poderoso exército. Para isso, no reino de Stormgard, plebeus foram convidados a se alistarem no exército em troca de ouro. Juke Raymond, pai de Lyle, pensando no futuro de sua família, resolve alistar-se.

Treze anos se passaram, Éden abandonou o trono e a guerra foi considerada terminada. Avalon, Stonegate e Stormgard foram declarados vencedores e aumentaram significativamente seus territórios. Porém, Juke, o pai de Lyle não retornou. Sara Raymond, mãe de Lyle, não suportou a agonia de não saber o paradeiro de seu marido e amado e morreu de depressão. Lyle tinha dezoito anos.

A sua dor e revolta foi enorme. Ele enterrou o corpo da mãe e chorou por noites e noites. Afastou-se dos amigos e do restante da vila, pois todos pediam para ele esquecer o incidente. Ele não queria esquecer, ele queria apenas chorar a morte de sua mãe e o desaparecimento de seu pai. A depressão tomou conta de sua vontade.

Durante uma dessas noites de depressão, Lyle ouviu gritos de agonia se espalhando por toda a vila. Ele estava, como sempre, sentado no túmulo de sua mãe com olhar catatônico. Não tinha força para ver o que estava acontecendo e tinha vontade de que tudo acabasse logo.

Quando reparou melhor, havia uma pessoa na sua frente. Tinha a boca e as mãos manchadas de sangue, usava roupa e capa pretas. Sua pele era pálida como os seus olhos brancos. Lyle não teve reação e continuou em seu estado depressivo. A criatura aproximou-se de Lyle, agarrou seu pescoço, levou seus dentes pontiagudos a ele e deliciou-se com o sangue do pobre rapaz.

A criatura foi embora e deixou o corpo de Lyle estendido sobre o túmulo de sua mãe. Porém, o rapaz, em seu delírio, viu a imagem de sua mãe ao lado de uma mulher de cabelos negros e vestida toda nessa cor mórbida, como uma viúva. A mãe de Lyle caminhou em sua direção e disse:

- Meu filho, chore minha morte. Chore o desaparecimento de seu pai. Chore por essa nova criatura que você se tornou. Chore por você não ser mais capaz de morrer. Chore por ter que sacrificar outras criaturas para matar a sua sede de sangue. Faça as outras criaturas sofrerem tanto o quanto você sofreu e sofrerá em sua secular vida. Lembre-se que sempre haverá uma deusa olhando para você em todas as suas noites de depressão. Meu filho, em todas as suas noites, chore por Hellenah, a nossa deusa, e faça o mundo chorar por ela.

Quando acordou, Lyle Raymond estava com a pele pálida, olhos brancos e caninos pontiagudos assim como a criatura que o desgraçou. Lyle havia se tornado um vampiro. Ele foi amaldiçoado para vagar por toda a eternidade sugando sangue de suas presas e causando tristeza por onde passa.

Durante suas andanças de sangue, Lyle avistou um templo para a deusa Hellenah. Lembrando das palavras de sua mãe, ele entrou no templo e começou a participar de suas atividades. Os cultos do templo de Hellenah são abertos para toda a população e o clérigo utiliza sua magia para que todos os males surjam na mente dos participantes para que eles chorem por toda a cerimônia. Lyle iniciou sua carreira como clérigo e se mostrou muito eficiente desde o início. Ele fazia suas vítimas na cidade e depois levava suas famílias para o templo chorar pelas mortes que ele mesmo havia causado.

Em alguns anos, a religião de Hellenah havia se divulgado de uma forma como nunca antes, desde a Grande Guerra dos Deuses. Os principais fiéis e assistentes de Lyle foram escolhidos para sofrer a eternidade com ele na forma vampírica. O templo de Stormgard havia se tornado o maior templo de Hellenah de todo o continente.

Durante uma de suas noites de depressão, recordando as suas tristezas, agonias e sofrimentos, Lyle viu a imagem da viúva, agora sozinha, na sua frente novamente, era Hellenah, a sua deusa. Ela disse que a partir daquele dia, no ano 660, Lyle Raymond seria seu o sumo-sacertode, o clérigo mais poderoso da deusa no mundo de Morgdan. E assim, mesmo após terem se passado cem anos de sua nomeação, Lyle continua fiel ao seu ideal e não passa uma noite sequer sem chorar por sua mãe, seu pai, pela criatura que se transformou e por sua deusa, Hellenah.

Hécate

Senhora das encruzilhadas.

Hécate é uma Deusa que tem inúmeros atributos e provavelmente seja a Deusa menos compreendida da mitologia grega. Ela não reina apenas sobre
a bruxaria, a morte, mas também sobre o nascimento, o renascimento e a
renovação.

Ela era evocada pelos gregos para protege-los dos perigos e das maldições.
Para uns era filha de Perseu e Asteria e mãe de Scyylla, para outros era filha de Nyx, a noite. Alguns historiadores dizem que ela era apenas um das Fúrias e que ganhou proeminência com o tempo.

Historicamente, Hécate é uma Deusa que se originou nos mitos dos antigos karianos, no sudoeste da Asia menor, e foi assimilada na religião grega a partir do seculo 6 a.C.

Hekat, uma antiga palavra egipcia que significa "Todo o poder",e que pode ser a origem do nome Hécate. Entre os romanos era chamada de Trívia, em virtude de sua conexão com as encruzilhadas triplices.

Outra possibilidade para o significado de seu nome esta nas relações das frases: "Ela que trabalha seu desejo" e o mais comum seria "Aquela que é distante' ou "A mais brilhante"!

Hécate foi adotada pela mitologia Olimpica após os Titãs serem derrotados, e seu culto perdurou entre os gregos até tempos tardios. Era considerada tão importante que os gregos acreditavam que o proprio Zeus lhe rendia culto e oferendas e teria-lhe concedido o direito de compartilhar com Ele o poder de conceder ou reter os desejos dos humanos e os domínios da Terra,céus e mares.

Existiram pouquíssimos Templos dedicados a Hécate e os poucos que foram encontrados são de escassa informação ou não totalmente documentados. Muitos dos Santuários devotados a Ela eram pequenos e não tinham grandes ou preciosos materiais.

Existem estátuas que a representam, mas são quase todas copias romanas e é difícil saber o quão fiés elas sejam das originais.
Considerada uma Deusa Triplice, classicamente fazia uma trindade com Perséfone e Deméter. Ao contrário da visão moderna pagã, Hécate era considerada a donzela, enquanto Perséfone era a mãe e Deméter a anciã.

Hécate era evocada nas encruzilhadas durante à noite. Suas representações mostram-na carregando tochas e muitas vezes aparecendo como uma Deusa Tríplice com três faces. Oferendas eram deixadas à ela nas margens das estradas e nos cruzamentos.

Era a padroeira das Bruxas e em alguns lugares da Tessália, cultuada por grupos exclusivos de mulheres sob a luz da Lua.

A Deusa possui inúmeros titulos.

Como Propylaia, que significa:"Aquela que fica na frente do portão", Hécate oferecia proteção contra o mal,especificamente contra espiritos malígnos e maldições. Neste aspecto, seu culto era
realizado nos portões de entrada, onde estátuas eram colocadas em sua homenagem.

Dagon

Dagon é um personagem criado pelo escritor H.P. Lovecraft Juntamente com Cthulhu, ele pertence a uma linhagem de criaturas conhecidas como "Os Antigos"; seres que chegaram à Terra antes da história conhecida, e criaram a vida.

Extraído do ciclo de Mitos de Cthulhu, Dagon aparece sobretudo nos contos ambientados na cidade ficticia de Innsmouth. Nessa cidade, os habitantes fizeram um pacto com Dagon para obterem ouro e peixes em abundância. Em troca, eles devem oferecer sacrificios humanos, e suas mulheres, para que Dagon as fecunde. Com isso, os habitantes de Innsmouth são estranhos híbridos de homem e peixe.

Há um filme livremente inspirado nos contos sobre Dagon e Innsmouth, intitulado simplesmente Dagon, foi lançado em 2001 sem grande alarde, mas é considerado um dos melhores filmes baseados na obra de Lovecraft.ru-sib:Дагон

Behemoth

Behemoth é o nome de uma criatura fantástica descrita na Bíblia, no Livro de Jó, 40:15-24. No idioma Hebreu é transcrito como בהמות, Bəhēmôth, Behemot, B'hemot; em Árabe بهيموث (Bahīmūth) ou بهموت (Bahamūt).

Sua descrição é tradicionalmente associada de um hipopótamo monstruoso, mas alguns criacionistas identificam-no como um saurópode. Em uma outra análise vemos este como um animal pré-histórico muito conhecido como braquiossauro. Os relatos no livro de Jó capítulo 40 (Bíblia) apontam para este grande herbívoro. Esta criatura tem um corpo couraçado e é típica dos desertos. A sua missão é esperar pelo dia em que Deus lhe pedirá para matar o Leviatã, uma criatura marinha parecida com uma Baleia. As duas criaturas morrerão no combate, mas o Behemoth será glorificado por cumprir a sua missão.
Belzebu

Outros Nomes / Variantes:


Belzebud, Belzaboul, Beelzeboul, Baalsebul, Baalzebubg, Beelzebuth, Beelzebus
Significado do Nome: "Deus de Flies" ou "Lord das Flies"



Comentário:



Embora Belzebu não está listada como uma variante do BA'AL penso que são realmente uma no mesmo, bem como Zeus e Júpiter. Ambos faziam divindades das diferentes regiões que iriam apoiar a teoria. Algumas das variações de cada demónio da nomes são muito semelhantes às do outro nome. Além disso, elas são visualizadas tanto tem grande poder ter em Hell, muitas vezes, em par com Satanás ou foram precursores de Satanás. Eu também incluída uma lista de variantes de BA'AL do nome, na parte inferior desta página para comparação.

Belzebu - Inicialmente uma divindade síria, Belzebu está em II Reis 1:3, o deus da Ekron em Philistia. Na cabala, ele é o chefe do 9 mal hierarquias do submundo. Em Mateus 10:25, Marcos 3:22, e Luke 40:15, Belzebu é o chefe dos demônios, "príncipe dos demônios" (como em Mateus 12:24), mas ele tem de ser distinguida de Satan (apenas como Ele está em todos magia, medievais ou de outra forma). [Rf. Legge, Forerunners e Rivals do cristianismo 9, 108] No Evangelho de Nicodemos, Cristo, durante os seus 3 dias de inferno, dá Belzebu domínio sobre o submundo em gratidão para permitir a ele (Cristo), mais de Satanás acusações, a fim de ter Adam e os Outros "santos na prisão" para Heaven. A populares título de Belzebu foi "senhor da moscas". Outro de seus títulos foi "rei do caos", como indicado na gnostic escritos de Valentinus. (Um)

Belzebu. Quando Satanás primeiro rebelaram, ele recrutou vários muito poderoso seraphim, Belzebu, dentre eles, a luta ao seu lado. Depois que ele assumiu sua nova residência, no inferno, Belzebu aprendeu a tenta homens com orgulho. Quando convocados por bruxas ou magos, ele apareceu na forma de uma mosca, porque "Senhor dos Flies", foi o seu nome de guerre, por assim dizer. Ele deseja adquiridas visitando uma praga de moscas após a colheita de Canaã, ou, talvez, simplesmente porque moscas eram pensa serem gerados na semelhança de cadáveres. De qualquer maneira, o nome furado. (C)

Beelzebul (abelha - el' - zuh'bull) O nome para o governante dos demónios (Mt 12,24-27). Baseia - se no hebraico forma Baalzebul, "rei dos céus", para a divindade fenícia em Ekron (2 Kings 1,2-18), transformada (provavelmente como um nome derrogatório) em Baalzebub, "lorde das moscas". (D)

O capítulo XIX.

Uma lista descritiva dos nomes dos espíritos que podemos chamar de obter o que nós desejamos.

I WILL aqui dar uma descrição precisa de muitos Espíritos, o que (nomes), quer totalmente ou em parte, ou então como muitos deles como você pode desejar, você deve dar ao documento por escrito até à Oito SubPrinces, no Segundo dia de O Conjuration. Agora, todos estes (Spirits) é quem vai aparecer no Terceiro Dia, juntamente com os seus Princes. E esses (Spirits) não ser vil, de base, e comum, mas de classificação, industriosa, e muito rápido até um infinitude de coisas. Agora seus nomes têm - se manifestado e descoberto pelo Anjos, e se deve mais ao desejo de Angel irá aumentar - los para você, tanto quanto você deve desejar; vendo que o seu número é infinito.

As Oito Sub - Príncipes ser:

ASTAROT. MAGOT. ASMODEE. BELZEBUD.

ORIENS. PAIMON. ARITON. AMAIMON.





Estas serão as de

BELZEBUD,

Ou seja.:
Alcanor Amatia Bilifares Lamarion
Diralisen Licanen Dimirag Elponen
Ergamen Gotifan Nimorup Carelena
Lamalon Igurim Akium Dorak
Tachan Ikonok Kemal Bilico
Tromes Balfori Arolen lirochi
Nominon Iamai Arogor Holastri
Hacamuli Samalo Plison Raderaf
Borol Sorosma Corilon Gramon
Magalast Zagalo Pellipis Natalis
Namiros Adirael Kabada Kipokis
Orgosil Arcon Ambolon Lamolon
Bilifor

(= 49 Spirits Servient.)



Em que governantes. Total de espíritos SERVIENT.

Oriens, Paimon, Ariton, Amaymon


111

Ashtaroth e Asmodeus


53

Amaymon e Ariton


10

Asmodeus e Magoth


15

Ashtaroth


32

Magoth e Koré


65

Asmodeus


16

Belzebu


49

Oriens


8

Paymon


15

Ariton


22

Amaymon


20

Total de Nomes de Servient Spirits


316

Infinite ser os Espíritos que eu poderia ter aqui estabelecidos, mas de forma a não fazer qualquer confusão, tenho pensado aptos a colocar apenas aqueles a quem Eu próprio empregado, e quem eu encontrei bom e fiel em todas as operações em que tenho Uso próprio deles.

Também é verdade que, quem deve realizar esta operação será capaz posteriormente, de acordo com a sua necessidade, para obter (os nomes de) mais.

---------

Belzebud: Também escreveu frequentemente "Belzebu", "Baalzebub", "Beelzebuth", e "Beelzeboul". De hebraico, BOL, = Senhor, e ZBVB, = Fly ou Flies; Lord das moscas. Alguns derivar o nome da Syriac "Beel de Bobo", = Master de Calumny, ou quase o mesmo significado que a palavra grega Diabolos, quando são derivados da moderna Francês e Inglês "Diable" e "Devil". (Af)



No que se refere às bebidas alcoólicas, são os superiores e os inferiores. Nomes dos superiores são: Lucifer, Beelzebuth, Astaroth. O inferiors de Lucifer estão na Europa e na Ásia, e obedecer - lhe.

Beelzebuth vive na África, e Astaroth habita América. Destes, cada um deles tem duas quem fim de que todos os seus assuntos, que o imperador tenha resolvido a fazer em todo o mundo, e vice - versa. (U)

Beelzebuth aparece por vezes em formas monstruosas, às vezes como uma vaca gigantesca, às vezes como um ele - cabra, com uma longa cauda. Quando irritado, ele vomitar fogo. (U)

Aqueles de Beelzebuth [demónios que estão sob ele] são Tarchimache e Fleruty. (U)

Belzebu - Page 2 Belzebu - Page 3

Leia Belzebu da entrada em: Hell's Hierarchy como descrito pelo Padre Michaelis (1612)
Variantes sobre o nome BA'AL:

Baal Davar, Baal - Peor, Baalam, Baalberith, Baalphegor, Baalsebul, Baalzephon, Bael, Baell, Balam, Balan, Balberith, Beal, Belberith, Beleth, Belfagor, Belial, Beliar, Belphegor, Berith, Bileth, Bilet, Byleth, Elberith , BA'AL



Os caracteres de Beelzebuth colocados fora do seu círculo. (U)

Resource List - todas as entradas já estão tomadas literais da fonte original:

(Um) Taken literal de "O Dicionário dos Anjos", por Gustav Davidson, © 1967.

(C) «Fallen Angels ... e Espíritos da Dark", de Robert Masello © 1994.

(D) A Bíblia Access. New Revised Standard Version. Oxford University Press. © 1999

(Af) "The Sacred Magic de Abramelin o Mage, Book I, II, e III". Traduzido por: SL Mac Gregor Mathers.

Bastet

Na mitologia Egípcia Bastet, Bast, Ubasti, Ba-en-Aset ou Ailuros (palavra grega para "gato") é uma divindade solar e deusa da fertilidade, além de protetora das mulheres grávidas. Também tinha o poder sobre os eclipses solares.

A deusa está presente no panteão desde a época da II dinastia. Era representada como uma mulher com cabeça de gato, que tinha na mão o sistro, instrumento musical sagrado. Por vezes, tinha na orelha um grande brinco, bem como um colar e um cesto onde colocava as crias. Podia também ser representada como um simples gato.

Por vezes é confundida como Sekhmet, adquirindo neste caso o aspecto feroz de leoa. Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência. A deusa, que é representada com cabeça de leoa, executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá precisou embebedá-la com cerveja para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana. O que acabou originando a deusa Bastet.

Era a esposa de Ptah, com quem foi mãe de Nefertum e Mihos. A esta deusa é tradicionalmente consagrado o dia 15 de abril.

O seu centro de culto estava na cidade de Bubastis, na região oriental do Delta do Nilo. Nos seus templos foram criados gatos que eram considerados como encarnação da deusa e que eram por essa razão tratados da melhor maneira possível. Quando estes animais morriam eram mumificados, sendo enterrados em locais reservados para eles.

Baphomet

A história em torno do Baphomet foi intimamente relacionada com a da Ordem do Templo pelo Rei Filipe IV de França e com apoio do Papa Clemente V, ambos com o intuito de desmoralizar a Ordem, pois o primeiro era seu grande devedor e o segundo queria revogar o tratado que isentava os Cavaleiros Templários de pagar taxas a Igreja Católica.

A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, também conhecida como Ordem do Templo, foi fundada no ano de 1118. O objetivo dos cavaleiros templários era proteger os peregrinos em seu caminho para a Terra Santa. Eles receberam como área para sua sede o território que corresponde ao Templo de Salomão, em Jerusalém, e daí a origem do nome da Ordem.

Segundo a história, os Cavaleiros tornaram-se poderosos e ricos, mais que os soberanos da época. Segundo a lenda eles teriam encontrado no território que receberam documentos e tesouros que os tornaram poderosos. Segundo alguns, eles ficaram com a tutela do Santo Graal, o cálice onde foi coletado o sangue de Jesus Cristo na cruz, e o mesmo que foi usado na última ceia.

Em 13 de outubro de 1307, sob as ordens de Felipe, o Belo (homem torpe e grande devedor de dinheiro para a Ordem e favores para o Grão-Mestre Jacques DeMolay, sendo este inclusive padrinho de seu filho) e com o apoio do Papa Clemente V, os cavaleiros foram presos, torturados e condenados à fogueira, acusados de diversas heresias.

A Igreja acusava os templários de adorar o diabo na figura de uma caveira que eles chamavam Baphomet, de cuspir na cruz, e de praticar rituais de cunho sexual, inclusive práticas homossexuais (embasado no símbolo da Ordem, que era representado por dois Cavaleiros usando o mesmo cavalo). O Baphomet tornou-se o bode expiatório da condenação da Ordem pela Igreja Católica e da matança de templários na fogueira que se seguiu a


Origem da expressão "Baphomet"

A origem da palavra Baphomet ficou perdida, e muitas especulações podem ser feitas, desde a impossível derivação (corruptela, deformação) de Mahomet (Maomé - o nome do profeta do Islã), até Baph+Metis do grego "Batismo de Sabedoria". Outra teoria nos leva a uma composição do nome de três deuses: Baph, que seria ligado ao Deus Baal; Pho, que derivaria do deus Moloc; e Met, advindo de um deus dos egípcios, Set.

A palavra "Baphomet" em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se a cifra Atbash (método de codificação usado pelos Cabalistas judeus), obtém-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que soletra-se Sophia, palavra grega para "sabedoria".


Significados possíveis

O símbolo do Baphomet é fálico, haja visto que em uma de suas representações há a presença literal do falo devidamente inserido em um vaso (símbolo claro da vulva). O Baphomet de Levi possui mamas de mulher e o pênis é metaforicamente representado por um Caduceu. Este tipo de simbologia sexual aparece com freqüência na alquimia (o coito do rei e da rainha), com a qual o ocultismo tem relação.

Pode ser interpretado em seu aspecto metafísico, onde pode representar o espírito divino que "ligou o céu e a terra", tema recorrente na literatura esotérica. Isto pode ser visto no Baphomet de Eliphas Levi, que aponta com um braço para cima e com o outro para baixo (em uma posição muito semelhante a representações de Shiva na Índia). No ocultismo isto representaria o conceito que diz "assim em cima como embaixo".

Eliphas Levi lista as mais frequentes representações do Baphomet:

1. um ídolo com cabeça humana;
2. uma cabeça com duas faces;
3. com barba;
4. sem barba;
5. com a cabeça de um bode;
6. com a cabeça de um homem;
7. com a cabeça de um bode e o corpo de homem.


Baphomet Por Eliphas Levi

Na classificação e explicação das gravuras de seu livro Dogma e Ritual da Alta Magia, Eliphas Levi classifica a imagem de Baphomet como a figura panteística e mágica do absoluto. O facho representa a inteligência equilibrante do ternário e a cabeça de bode, reunindo caracteres de cão, touro e burro, representa a responsabilidade apenas da matéria e a expiação corporal dos pecados. As mãos humanas mostram a santidade do trabalho e fazem o sinal da iniciação esotérica a indicar o antigo aforismo de Hermes Trismegisto: "o que está em cima é igual ao que está embaixo". O sinal com as mãos também vem a recomendar aos iniciados nas artes ocultas os mistérios. Os crescentes lunares presentes na figura indicam as relações entre o bem e o mal, da misericórdia e da justiça. A figura pode ser colorida no ventre (verde), no semicírculo (azul) e nas penas (diversas cores). Possuindo seios, o bode representa o papel de trazer à Humanidade os sinais da maternidade e do trabalho, os quais são signos redentores. Na fronte e embaixo do facho encontra-se o signo do microcosmo a representar simbolicamente a inteligência humana. Colocado abaixo do facho o símbolo faz da chama dele uma imagem da revelação divina. Baphomet deve estar assentado ou em um cubo e tendo como estrado uma bola apenas ou uma bola e um escabelo triangular.

Baalberith

Baalberith é um demônio de Segunda ordem, senhor dos casamentos, secretário, chefe e arquivista do inferno . E chamado de "O Arquivista". É advogado astucioso e possui uma prodigiosa memória. Os fenícios o tomavam como testemunha de seus juramentos. Entre os séculos XV e XVII, apareceu invocado com freqüência nos grimorios populares como campeão de causas perdidas. O demonologista I. Wier representa-o como um pontífice sentado entre os príncipes do inferno. Preside o mês de junho.

O Bode “Azazel”

Os Adventistas são freqüentemente criticados, através de publicações preconceituosas e destituídas de embasamento bíblico, de fazerem de satanás um “co-redentor”, juntamente com Cristo, devido à interpretação que damos à figura do bode utilizado no serviço do santuário de Israel, no Dia da Expiação. Entretanto, um estudo coerente e livre de preconceitos mostrará que a Igreja Adventista está correta em sua interpretação acerca desse bode, chamado de AZAZEL. Vejamos...

O DIA DA EXPIAÇÃO

Lv 16:1-34 traz a descrição dos eventos que ocorriam no Dia da Expiação, que era o encerramento do calendário judaico, e a ocasião na qual se realizava uma “purificação” do santuário (v. 19).

O v. 5 declara que os dois bodes seriam tomados para servirem de oferta pelo pecado, porém os vv. 7-9 mostram que era feito um “sorteio” (heb. GOWRAL) para saber qual seria o bode que realmente seria utilizado no serviço de expiação. O v. 5 diz que os dois eram, inicialmente, tomados como oferta pelo pecado (heb. CHATTAAH), porque ainda não havia sido realizado o sorteio; por isso, a princípio, os dois eram apresentados como podendo ser o animal da oferta pelo pecado.

Os vv. 9-10 descrevem claramente que havia uma visível diferença na participação dos dois bodes, pois apenas um era oferecido como oferta, enquanto que o outro (o chamado AZAZEL, ou “bode emissário”) deveria ser levado ao deserto, para morrer por lá, sem ter seu sangue derramado no serviço do Dia da Expiação, no santuário. Ora, o próprio livro de Levítico esclarece que apenas pelo sangue se poderia fazer a expiação pelos pecados (17:10-12), por isso não se pode afirmar, com base bíblica, que o bode AZAZEL também seria um tipo de Cristo, pois o seu sangue não era derramado (cf. Hb 9:22).

Para deixar mais claro ainda, temos a límpida declaração do v. 20, que diz que apenas após ter “acabado” (heb. KALAH) o serviço da expiação pelos pecados, é que o bode vivo deveria ser trazido, ou seja, é evidente que ele não participava em nenhum momento da cerimônia de expiação.

Portanto, não é correto dizer que os Adventistas fazem de satanás um co-participando no plano de redenção, tomando-se como base para tão absurda declaração o nosso ensinamento sobre a figura de AZAZEL ser um símbolo de satanás, pois a Bíblia é bastante clara em afirmar que ele levará sobre seus ombros o peso de ter sido o mentor da destruição da raça humana, através do pecado (cf. Ap 20:1-10; 12:9-12; Lc 13:16; At 5:3; etc.).

Dos dois bodes, como vimos, apenas um tinha parte no plano da redenção esboçado no serviço do santuário – e este era aquele que derramava seu sangue, prefigurando ao sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário.

Astaroth

Segundo certos autores de demonoloxía, Astaroth é o rei do Inferno, sendo Lucifer o Emperador e Satanás o seductor de mulleres. Os seus principais axudantes son tres demos chamados Aamon, Pruslas e Barbatos. No Dictionnaire Infernal, Astaroth é representado coma un home espido con ás, mans e pes de dragón e un segundo par de ás con plumas baixo o principal, levando unha coroa, sostendo unha serpe nunha man e cabalgando un lobo ou un can. De acordo con Sebastian Michaelis, é un demo de primeira xerarquía, que seduce empregando a tendencia á pereza e á vaidade. O seu adversario é Santo Bartolomé, que pode protexer contra el porque venceu as tentacións de Astaroth. Para outros, aprende matemáticas e artesanía, pode volver invisibles ós homes, guía ata tesouros ocultos e contesta a calquera pregunta que se lle faga. De acordo con Francis Barret, Astaroth é o príncipe dos acusadores e inquisidores. Según algúns demonoloxistas do século XVI, os ataques deste demo contra os humanos son máis fortes durante o mes de agosto. O seu nome parece provir do da deusa Ashtart / Astarté, que na biblia Bulgata Latina se traduciu por Astharthe (singular) e Astharoth (plural). Esta última forma transformouse na Biblia do Rei Xaime en Ashtaroth. Parece que a forma plural foi tomada do latín ou dalgunha outra tradución por aqueles que non sabían que era plural nin que era o nome dunha deusa, véndoo só como o nome doutro deus a parte de Deus e, polo tanto, un demo.

Asmodeus

Asmodeus
32o dos 72 demônios goéticos. Certo texto antigo menciona um rei chamado Asmoday, rei justo e benevolente, famoso pela sua sabedoria e capacidade de julgar. De algum modo, pode ter sido transferido para o Inferno. Asmodeus significa "criatura que julga". Asmodeus também é chamado de Ashmadia que pode originar do Persa Aeshma-Deva ou "Demônio da Ira". Asmodeus o grande rei dos demônios tem como consorte mais nova, Lilith, filha do rei cujo nome é Qafsefoni. Está escrito nos Capítulos dos Pequenos Hehalot que Samael, o grande príncipe deles, tem excessivos ciúmes de Asmodeus o rei dos demônios por causa desta Lilith que é chamada Lilith, a Jovem. Asmodeus também aparece no testamento de Tobias e no Talmud como o arquiteto e guardião do templo de Salomão. Asmodeus, dominado pela sabedoria do rei de Israel, conta a Salomão seu verdadeiro nome e revela como tinha sido derrotado pelo anjo Raphael. Asmodeus também prevê a divisão do reino de Israel. A Qabahla Medieval diz que de Asmodeus e de sua consorte Lilith um grande príncipe nasceu no paraíso. Ele é a régua de oitenta mil demônios destrutivos e é chamado "a espada do rei Asmodeus" Seu nome é Alefpene'ash e sua face queima como um fogo violento (' esh). Ele também é chamado Gurigur, porque antagoniza e luta com o "Príncipe de Judah" tentando-o durante seu jejum de 40 dias no deserto.