sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Obsessores semelhantes aos ovóides, mas em um nível menos extremo. O espírito obsessor-vampirizador, ao definir seu perseguido -- por questões cármicas ou por simples prazer em exercer o mal --, põe-se a sugar-lhe as forças. O vampirismo se faz ainda mais presente no caso em que:

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o indivíduo é fumante,
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alcoólatra,
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come em demasia,
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é usuário de drogas, etc.

O espírito-vampiro segue-lhe os passos, "alimentando-se" das emanações, sejam do fumo, da bebida, etc., ou até mesmo do próprio fluido vital. Há vários graus de subjugação em uma relação vampirizante. Há vampiros que drenam apenas emanações de fumo, bebida, etc., mas há aqueles que têm a capacidade de vampirizar a um tal ponto que o obsidiado vê se minguarem-lhe as forças, emagrecendo, adoecendo e não raro -- se não é efetuado um trabalho de desobsessão -- o indivíduo pode acabar por morrer. O nome "vampiro" foi dado apenas pelo ato de o espírito sugar as forças do outro e, não pela forma de seu perispírito, que não apresenta semelhança com a figura conhecida do vampiro terrestre. No entanto, um obsessor, dado o seu rebaixamento moral, adquire muitas vezes formas grotescas de monstros e demônios, sempre de acordo com seu baixo nível moral.

OBSESSÃO E VAMPIRISMO


Em processos diferentes, mas atendendo aos mesmos princípios de simbiose prejudicial, encontramos os circuitos de obsessão e de vampirismo entre encarnados e desencarnados, desde as eras recuadas em que o espírito humano, iluminado pela razão, foi chamado pelos princípios da Lei Divina a renunciar:

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ao egoísmo e à crueldade,
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à ignorância e ao crime.

Rebelando-se, no entanto, em grande maioria, contra as sagradas convocações, e livres para escolher o próprio caminho, as criaturas humanas desencarnadas, em alto número, começaram a oprimir os companheiros da retaguarda, disputando afeições e riquezas que ficavam na carne, ou tentando empreitadas de vingança e delinqüência, quando sofriam o processo liberatório da desencarnação em circunstâncias delituosas.

As vítimas de homicídio, e violência, brutalidade manifesta ou perseguição disfarçada, fora do vaso físico, entram na faixa mental dos ofensores, conhecendo-lhes a enormidade das faltas ocultas, e, ao invés do perdão, com que se exonerariam da cadeia de trevas, empenham-se em vinditas atrozes, retribuindo golpe a golpe e mal por mal.

Outros desencarnados, exigindo que Deus lhes providencie solução aos caprichos pueris e proclamando-se inabilitados para o resgate do preço devido à evolução que lhes é necessária, tomam-se madraços e gozadores, e, alegando a suposta impossibilidade de a Sabedoria Divina dirimir os padecimentos dos homens, pelos próprios homens criados, fogem, acovardados e preguiçosos, aos deveres e serviços que lhes competem.

PARASITOSE MENTAL


Na reunião da noite de 28 de outubro de 1954, fomos novamente felicitados com a palavra do nosso Instrutor Espiritual Doutor Francisco de Menezes Dias da Cruz, que nos enriqueceu os estudos, palestrando em torno do tema que ele próprio definiu por “parasitose mental”.
Observações claras e precisas, estabelecendo um paralelo entre:

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o parasitismo no campo físico
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e o vampirismo no campo espiritual

O Doutor Dias da Cruz, na condição de médico que é, no-las fornece, aconselhando-nos os elementos curativos do Divino Médico, através do Evangelho, a fim de que estejamos em guarda contra a exploração da sombra.
Avançando em nossos ligeiros apontamentos acerca da obsessão, cremos seja de nosso interesse apreciar o vampirismo, ainda mesmo superficialmente, para figurá-lo como sendo inquietante fenômeno de parasitose mental.
Sabemos que a parasitogenia abarca em si todas as ocorrências fisiopatológicas, dentro das quais os organismos vivos, quando negligenciados ou desnutridos, se habilitam à hospedagem e à reprodução dos helmintos e dos ácaros que escravizam homens e animais.
Não ignoramos também que o parasitismo pode ser externo ou interno.

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Nas manifestações do primeiro, temos o assalto de elementos carnívoros, como por exemplo as variadas espécies do aracnídeo acarino sobre o campo epidérmico e,
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nas expressões do segundo, encontramos a infestação de elementos saprófagos, como, por exemplo, as diversas classes de platielmíntios, em que se destacam os cestóides no equipamento intestinal.

E, para evitar as múltiplas formas de degradação orgânica, que o parasitismo impõe às suas vítimas, mobiliza o homem largamente os vermífugos, as pastas sul-furadas, as loções mercuriais, o pó de estafiságria e recursos outros, suscetíveis de atenuar-lhe os efeitos e extinguir-lhe as causas.
No vampirismo, devemos considerar igualmente os fatores externos e internos, compreendendo, porém, que, na esfera da alma, os primeiros dependem dos segundos, porquanto não há influenciação exterior deprimente para a criatura, quando a própria criatura não se deprime.
É que pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo:

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à escabiose e à ulceração,
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à dipsomania e à loucura,
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à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência,
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tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral,
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e, através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam:
o

as psicoses de angústia e ódio,
o

vaidade e orgulho,
o

usura e delinqüência,
o

desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte.

Imprescindível, assim, viver em guarda contra as Idéias fixas (Fixação mental), opressivas ou aviltantes, que estabelecem, ao redor de nós, maiores ou menores perturbações, sentenciando-nos à vala comum da frustração.
Toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte, que se rende, desajustada, às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva.
Usemos, desse modo, na garantia de nossa higiene mento-psíquica, os antissépticos do Evangelho.

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Bondade para com todos,
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trabalho incansável no bem,
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otimismo operante,
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dever irrepreensivelmente cumprido,
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sinceridade,
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boa-vontade,
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esquecimento integral das ofensas recebidas
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e fraternidade simples e pura, constituem sustentáculo de nossa saúde espiritual.

— «Amai-vos uns aos outros como eu vos amei» recomendou o Divino Mestre.
— «Caminhai como filhos da luz» — ensinou o apóstolo da gentilidade.
Procurando, pois, o Senhor e aqueles que o seguem valorosamente, pela reta conduta de cristãos leais ao Cristo, vacinemos nossas almas contra as flagelações externas ou internas da parasitose mental.

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