sexta-feira, 28 de setembro de 2007

CICLO IMORTAL




Finalizando o meu eterno ciclo
Vejo o que não posso mais ter
Não mais amo, não mais sinto
Vivo a morte em meu sofrer

A vida eu sugo
Buscando o prazer no elixir dessa mundana vida
O mal eu sou
Ao fugir da paz que almejo

Os traços eu confundo nessa escuridão
O que me cerca são apenas sombras, e morte
Os dias se passaram e eu nunca mereci o fim
O meu tempo se foi e todos os pensamentos se anularam
Amando, eu descobri que somente eu poderia me criar
E eternamente me recriar após um simples fim

Corpo leve que possuo
Peso que tenho que carregar
Minha alma está condenada
E o meu fim eu vivo a buscar

Fui o mais belo imortal
Sempre existi consciente em mim
Lágrimas de sangue dos meus olhos rolaram
Quando eu criei o meu fim...
Me recriei em mim buscando um novo fim
Que nunca tive, mesmo criando uma prole pra mim
Da morte surgiu a morte sem nunca se ter um fim!




LE VAMPIRE

Toi que, comme un coup de coufeau,
Dans mon ur plaintif es entrée,
Toi Qui, fort comme un troupeau
De démons, vins, folle et parée

De mon esprit humilié
Faire ton lit et ton domaine;

- Infâme à Qui je suis lié
Comme le forçat à la chaîne,

Comme au jeu joueur têtu,
Comme à la bouteille l'ivrogne,
Comme aux vermines la charogne,
- Maudite, maudite sois-tu!

J'ai prié le glaive rapide
De conquérir ma liberté,
Et j'ai dit au poison perfide
De secourir ma lâcheté.

Hélas! Le poison et le glaive
M'ont pris en dédain et m'ont dit:
"Tu in'es pas digne qu'on t'enlève
A ton esclavage maudit,

Imbécile! - de son empire
Si nos efforts te délivraient,
Tes baisers ressusciteraient
Le cadavre de ton vampire!"

O VAMPIRO

Tu que, como uma punhalada,
Em meu coração penetraste,
Tu que, qual furiosa manada
De demônios, ardente, ousaste,

De meu espírito humilhado,
Fazer teu leito e possessão
- Infame à qual estou atado
Como o galé ao seu grilhão

Como ao baralho o jogador,
Como à carniça o parasita,
Como à garrafa o bebedor
- Maldita sejas tu, maldita!

Supliquei ao gládio veloz
Que a liberdade me alcançasse,
E ao veneno, pérfido algoz,
Que a covardia me amparasse.

Ai de mim! Com mofa e desdém,
Ambos ma disseram então:
"Digno não és de que ninguém
Jamais te arranque à escravidão,

Imbecil! - se de teu retiro
Te libertássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro!

Charles Baudelaire


CRUZES E ESPADA

Estou numa noite fria, noite negra,
sei que preciso me alimentar,
e enquanto caço, e ouço os gritos,
tento beber sem nunca pensar

Pesadelos enquanto durmo,
com as pessoas que já matei,
em nome de minha fome, o sangue.
Parar? Não acham que eu já não tentei?

Cruzes e espadas, esperando para nos matar,
em nome de um Deus Ebreu, que morreu para nos salvar,
não sei se choro, não sei se grito,
eu já não sei no que acredito,
apenas fico aqui esperando,
imerso nessa escuridão.

E eu espreitando, nessa noite escura,
que quanto mais fria, mais perdura,
esperando nessa terra insana,
caçando de noite como um animal,
esperando o fim dessa guerra,
que perdura entre o bem e o mal.

Estou, numa noite fria, noite negra,
um manto que por mais que sujo,
ele me aconchega,
pois sou o filho das trevas,
e ela é uma mãe que não me renega.

Lutando em meio desta não- vida,
esperando alguém para me salvar,
talvez a cruz e a espada,
possam com minha dor acabar.

Amaldiçôo minha existência,
maldita minha vida Imortal,
não, não peço a sua clemência,
apenas aguardo-a até o final.

DOWN IN THE SHADOWS.


Down in the shadows,
Something shifts,
Rope of roses
Broken gifts.
I took your pain
For a twisted dream,
I took your name
For a ciphered scream
But someone said,
"Don't be so sure-
'Coz The Vampire man
Is at your door."
Down from the mountain,
Jumping ship
He's a little bit more
Than a Freudian slip.
Rope of roses,
Vision shifts
Time to come in and
Claim those gifts.




ABAIXO NAS SOMBRAS.

Abaixo, nas sombras,
algo troca,
Corda de rosas
Presentes quebrados.
Eu entendi sua dor
Como um sonho trançado,
Eu entendi seu nome
Como um grito calculado
Mas alguém disse,
"Não esteja tão seguro -
Porque o Homem Vampiro
Está a sua porta".
Abaixo da Montanha,
Saltando do navio
Ele é um pouco mais
Que um deslize Freudiano.
Corda de rosas,
Trocas de visão
Tempo para entrar e
Reivindicar esses presentes.

Clare Emmett
Tradução: Léa Santana


GRITOS

Na névoa do anoitecer
As presenças da noite se aproximam...
Em sombras de vento
Em risadas ecoando entre os braços das árvores

A morte espalha o seu cheiro no ar,
E gritos;
Gritos invadem as minhas veias...
Eu, um ser frio que vive do sangue para o sangue,
Que vive da dor para a dor...

Um monstro sou;
Um monstro que chora a perda da vida
E vive do inevitável,
Por não ser a dor que causo
Nem o prazer que crio.

Nem o prazer que crio.

Na escuridão permaneço
Vivendo nesse escuro medo
Todos estão a me observar
O amor que sinto me protege por nada me amar
O medo se transforma em ódio
Para que eu descubra o que tenho que buscar...

Que mais posso esperar de tudo isso?
Das lágrimas busco o sorriso...
Do peso em meu coração busco a paz
O simples beijo que dou,
Desperta meu imortal desejo do fatal beijo dar
E nesse fim de mais uma vida
O que terei eu de amar?

Poet & Mekare



POEMA - RODOLFO VILLORDO

tremere_loko@hotmail.com


Não sei mais o que é dor
e o que é amor
pois hoje estou em torpor
não sinto mais o cheiro daquela flor
já que a muito fui abracado por meu senhor
agora vejo surgir uma nova flor
carregada de odio e rancor
a prole se levantou contra seu senhor...
so estou em torpor
pra não sentir essa dor
que antes era amor
prole minha, como se justificar ao nosso senhor?
Cain nosso grande criador
que ja passou uma vez por essa dor
e jurou que na proxima sairia de seu torpor
para julgar e matar cada traidor.



SERES DA NOITE - angelmumiah@hotmail.com

Vives na sombra da noite

Escondido de toda a luz

Que possa quebrar o teu encanto

Seduzes as tuas vítimas

Com o teu olhar poderoso

Com esse teu jeito maldoso

Derretes o gelo cortante da noite

Com as tuas palavras ardentes

Enceideias nas suas veias

Toda a maldade e pecado

Que possa existir dentro delas

Apagas de vez o sorriso inocente

Para dar lugar a alguém como tu

Estranho, Sedutor, Maquiavélico

Alguém que domina o mundo

Apenas no silêncio da noite

Alguém que conquista

o mais puro coração

Com os teus dentes afiados

Tiras a vida humana

mas ofereces vida já morta

Vida que é consumida na noite

E apagada durante a noite

Enganas quem te pede vida imortal

Pois ela só é vida na escuridão das trevas....



NA PELE DE UMA VAMPIRA...



Quando a noite vem só e fria

eu fico a imaginar o infinito

desta minha curta vida

que promete ser distante

a fome por um ser fresco

apodera-se da minha mente

mas a pena de tirar uma vida

instala-se neste meu coração ainda quente

a necessidade choca com a ética

a solidão mórbida submerge

tenho nas minhas mãos

o poder de dar vida eterna

mas sera justo dar vida já morta?

a eternidade é sedutora

mas o poder de sentir amor é vida

E esta vida insanguina que levo é já morte

Muitos são aqueles que me pedem vida

mas que vida posso eu dar se já sou cinza?

O desejo de ter alguém para partilhar o mundo

é grande , forte mas egoísta

Estas noites de cinza fúnebre

que assombram e seduzem olhares curiosos

saseiam meu ser com sede de vida fresca

mas a vitima prefeita ainda não encontrei

alguém com o mesmo sentimento atroz

que tenha sede de infinito .....

Tenho a eternidade para o procurar

mas tenho a incerteza se ele existerá....

Nenhum comentário: