sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Uma nova noite (Na visao do Vampiro)

Uma nova noite (Na visao do Vampiro)

Sou um vampiro, um caçador.
Vivo sozinho pois nao gosto de me envolver com minhas vitimas e de viver com outros vampiros.
Como o mundo está muito avançado, nao preciso vagar a noite toda atras de minhas vitimas. As acho pela Internet, encontro muitas garotas "desiludidas" com a vida.
E assim foi com Valkiria, seu apelido era "Black Angel", tentava ser uma mulher depressiva e revoltada, algumas conversas, percebia sua ternura.
Em toda a minha eternidade, nunca me senti tao atraido, precisava acabar com ela, pois ela iria acabar comigo. Como nao vi nenhuma foto, era mais facil, ja que as mais belas eu matei.
Ela, para minha surpresa pediu para nos encontrarmos no cemiterio. (-Um ponto para mim!).
Estava tao nervoso com o encontro que matei todos os goticos que la estavam. (-Engraçado nunca havia ficado desse jeito).
Senti sua presença e virei.
Fiquei pasmo. Só ela queria ser tao bela. Branca, alta, com um corpo atraentemente modelado que caía perfeitamente no vestido preto, com um leve decote que mostrava seus seios volumosos. Um rosto de mulher, mas ao mesmo tempo de anjo. Seus cabelos cor de fogo totalmente enrolados que terminavam perto da cintura.
Tudo isso me enlouqueceu. Suas joias nao tinham tanto brilho quanto seus olhos azuis cor do ceu. Aquele azul que deixei de ver há muito tempo, mas que matei a vontade ao olhar para eles.
Li em seus pensamentos o quanto ela me queria.
Me apaixonei por ela e estava tao louco que pensava em deixa-la viva e ser seu "amigo".
Comecei uma conversa para esquecer que ela era a minha vitima.
Seus pensamentos eram tao sensuais que nao conseguia me conter e beijei seu rosto.
Sua lingua ávida me enlouquecia. Seus braços eram quentes; sua pele era quente. Esqueci que era vampiro.
Mas seus pensamentos nao paravam e um deles mudou meus pensamentos.
"-Me possua! Te quero tanto!"
Disse em seu ouvido "Te amo", mas acho que ela nao ouviu, e nisso meu instinto voltou.
A unica coisa que consegui dizer foi "desculpa".
O desejo dela por mim foi tao forte que nem sentiu minha mordida, mas acabou desfalecendo.
Comecei a chorar. Nao queria ter feito isto, era amor; ainda é!
Ela voltou em si e me viu chorando.
"-Oque esta acontecendo? Oque voce sussurrou em meu ouvido? Fale!" foi seu pensamento.
Quando contei, ela me odiou.
Em sua mente so havia gritos, nada mais.
Quando fui possuido, nunca fiquei triste ou com odio do meu criador, mas vendo o seu desespero, queria poder voltar com o tempo. Queria nao ser um vampiro.
Ela conhecia vampirismo, entao nao precisei explicar muito.
Decidi nao ler seus pensamentos, tinha que dar pelo menos isso a minha amada.
Ela pediu a eternidade, e quando mordi meu pulso, pensei que seria bom te-la como minha por toda a eternidade.
Ela nao gostou muito do sangue, mas logo depois nao parava de bebe-lo.
Como sempre acontece, ela se virou e se apoiou no tumulo. Mas a raiva dela era tao grande que nao sentiu a maioria das sensaçoes "pos-abraço".
Meus pensamentos eram de alegria, ela seria minha companheira. Caçariamos juntos e depois de uma bela caçada, fariamos amor.
Amor! Sim, amor. Eu poderia dar isso à ela.
Agora seus sentidos eram maiores e ela com o tempo aprendera a usa-los. Eu ajudarei!
"-Como estou? Como vou olha-lo?"- pensou ela.
A respondi, e senti que isso nao lhe agradava. Ela sabia da minha leitura de pensamentos e resolvi nunca mais fazer isso com ela.
Ela se virou de costas para mim, e quando ficou de pe, senti sua tristeza, mas nao li oque pensava.
Demorou um pouco e ela se virou para mim.
Maravilhosa! Realmente, estava.
Ela veio se aproximando.
Minha alegria voltou e peguei em seu rosto para beija-la. Mas ela com toda calma, retirou minha mao, levou ate meu corpo e sem nenhuma palavra ou gesto, foi embora.
Fiquei ali ate o sol sair, chorando.
E quando ele chegava, sai correndo.
Agora, em meu esconderijo. Sinto sua falta.

Nenhum comentário: